Max Clara

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Max Clara (12 de Fevereiro de 1899, Völs am Schlern, Austro-Hungria – 13 de Março de 1966, Munique) foi um anatomista alemão e membro do partido nazista que conduziu pesquisa com cadáveres de prisioneiros executados.

História de vida[editar | editar código-fonte]

Clara foi apontado à cadeira de anatomia na Universidade de em 1935. Clara é conhecido por ter laços íntimos com o partido nazista, baseando muito de seu trabalho em seus estudos de corpos de prisioneiros executados, sem o consentimento de suas famílias[1]. Seu principal trabalho, "Das Nervensystem des Menschen" (O sistema nervoso humano) foi publicado em 1942[2] em Leipzig durante a ditadura do Terceiro Reich.

Em 1937, ele descobriu células previamente desconhecidas nos pulmões humanos, para as quais foram dadas o epônimo células de Clara[3]; e porque isso foi considerado como uma honraria a ele, em 2013 jornais médicos começaram um período de transição de dois anos mudando seu nome de "células de Clara" para "células em clava".

Atividade política[editar | editar código-fonte]

Clara foi um membro ativo do partido nazista[4], e virou professor na Universidade de Leipzig devido ao suporte de Max de Crinis. Ele subsequentemente propôs reformas à Lei alemã que proibia o uso científico de cadáveres humanos sem o consentimento da família do falecido; ele também propôs que, até que tais medidas pudessem ser implementadas, pesquisadores deveriam preservar a aparência externa do cadáver para que a família do falecido não notasse o que tinha sido feito a ele.

Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, Clara foi oficialmente desnazificado e subsequentemente ensinou na Universidade de Instanbul[5].

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Winkelmann, A.; Noack, T. (1 de outubro de 2010). «The Clara cell: a "Third Reich eponym"?». European Respiratory Journal (em inglês) (4): 722–727. ISSN 0903-1936. doi:10.1183/09031936.00146609. Consultado em 18 de maio de 2021 
  2. Clara, Max (1942). Das Nervensystem des Menschen; ein Lehrbuch für Studierende und Ärzte. Leipzig: [s.n.] 
  3. Woywodt, A.; Lefrak, S.; Matteson, E. (1 de outubro de 2010). «Tainted eponyms in medicine: the "Clara" cell joins the list». European Respiratory Journal (em inglês) (4): 706–708. ISSN 0903-1936. doi:10.1183/09031936.00046110. Consultado em 18 de maio de 2021 
  4. Gea, Joaquim; Orozco-Levi, Mauricio; Aguiló, Rafel (março de 2013). «Enfermedad de Wegener y células Clara: la eponimia y la dignidad médicas en medicina del aparato respiratorio». Archivos de Bronconeumología (3): 126–127. ISSN 0300-2896. doi:10.1016/j.arbres.2012.07.006. Consultado em 18 de maio de 2021 
  5. Goetz, Aly, (1994). Cleansing the fatherland : Nazi medicine and racial hygiene. [S.l.]: Hopkins Univ. Press. OCLC 833260104