Memória Organizacional

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Memória Organizacional (também conhecida por memória corporativa) é todo o dado, informação e conhecimento criado durante a existência de uma organização. Inclui os processos organizacionais, artefatos utilizadas, responsabilidades e tecnologias empregadas, visando registrar de forma acessível o acervo de conhecimento da organização. Contida dentro da área de gestão do conhecimento, atua sobre a explicitação do conhecimento dentro de uma organização.

Características[editar | editar código-fonte]

Espiral do Conhecimento

Na gestão do conhecimento a espiral do conhecimento demonstra as relações entre o conhecimento tácito e explícito e os seus diversos estágios de iteração (Socialização, Externalização, Combinação e Internalização). A memória organizacional ocorre especificamente na fase de externalização, onde o conhecimento tácito é transformado em conhecimento explícito.[1]

Os efeitos oriundos dos eventos de interação do conhecimento tácito e explícito utilizando a mesma matriz da espiral do conhecimento. A memória organizacional é relatada como um produto da transformação do conhecimento tácito para conhecimento explícito.[2]

Socialização Tácito para Tácito =Comunidade
Externalização Tácito para Explícito =Memória
Combinação Explícito para Explícito =Sistemas
Internalização Explícito para Tácito =Treinamento

O conhecimento tácito portanto torna-se explícito, tomando a forma de analogias, metáforas, conceitos, modelos ou hipóteses. A escrita transforma o conhecimento tácito em conhecimento articulável, já que modelos mentais individuais são convertidos em conceitos comuns através da linguagem.[3]

Em um contexto organizacional a soma do conhecimento tácito e do conhecimento explicito constituem o capital intelectual da organização.

Memória Organizacional na Gestão de Projetos[editar | editar código-fonte]

Memória organizacional é um fator fundamental na gestão de projetos. É necessário aprender a tratar de maneira efetiva os aprendizados obtidos a fim de promover uma melhora significativa na execução dos próximos projetos da organização. Sem lembrar do que deu certo ou não, em situações similares anteriores, o gerente de projetos é necessita reavaliar estes pontos a cada novo projeto. Sem memória, sem reaproveitar o conhecimento adquirido (e os produtos desenvolvidos) em projetos anteriores, a equipe começa do zero novamente.

Estabelecer uma memória de projeto não significa enfase em documentação mas sim o compartilhamento do conhecimento sobre o projeto com as pessoas que são envolvidas. É necessário tornar acessíveis as informações sobre andamento de projeto, implicações que ele irá gerar, truques utilizados ao longo do caminho, os problemas e decisões tomadas. Isto é o que define a memória organizacional em si.

Nada pior do que desconhecer o próprio desempenho e não ter uma visão crítica sobre ele com as melhores práticas de mercado.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Nonaka, Ikujirō, and Hirotaka Takeuchi. Criação de conhecimento na empresa. Elsevier Brasil, 2003.
  2. Teixeira Filho, Jayme. Gerenciando conhecimento: como a empresa pode usar a memória organizacional e a inteligência competitiva no desenvolvimento dos negócios. Senac, 2000.
  3. Emig, Janet A. The web of meaning: Essays on writing, teaching, learning, and thinking. Boynton/Cook Pub, 1983.