Mostrar código-fonte de Metrô de Belo Horizonte

{{Info/Transporte público 
| nome                     = Metropolitano de Belo Horizonte<br/>Metrô de Belo Horizonte<br/>Metrô da Região Metropolitana de BH<br/>''Metrô BH''
| legenda                  = 
| imagem                   = Metrô Logo V2.png 
| imagem2                  = Mosaico fotomontagem Metrô de BH.jpg
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| proprietário             =  [[Governo do Estado de Minas Gerais]]
| local                    =  [[Belo Horizonte]] e [[Contagem]]
| tipo_de_transporte       = {{SMT}}[[Metropolitano|Metroviário]]
| número_de_linhas         = 1 
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| website                  = {{url|http://www.metrobh.com.br}}
| início_construção        = junho de [[1981]]
| início_funcionamento     = {{dtlink|1|08|1986|idade}}
| operadora                = [[Metrô BH]]
| número_veículos          = [[Frota do Metrô de Belo Horizonte|35 trens]]
| extensão_do_sistema      = 28,1 km<ref name=NumerosMetrôBH/>
| bitola                   = [[Bitola larga no Brasil|Larga]] 1 600 [[Milimetro|mm]] (5 [[Pé (unidade)|ft]] 3 [[Polegada|in]])
| el                       = [[Catenária (caminho de ferro)|Catenária]] 3 000 [[Volt|V]] [[Corrente contínua|DC]]
| velocidade_média         = 40 km/h
| velocidade_máxima        = 80 km/h
| mapa                     = Rede metrobh.png
| tamanho_mapa             = 300px
| nome_mapa                = Mapa do sistema, com as linhas em operação e a serem implantadas
| mapa_estado              = none
|headway=<b>Dias úteis:</b><br>7 minutos (horários de pico) e 15 minutos (demais horários)<br><br><b>Sábados, domingos e feriados:</b><br>15 minutos (durante toda a operação)
|país= {{BRA}}
|mapa-diagrama={{MetrôBH}} |tamanho_imagem=100px}}
O '''Metrô de Belo Horizonte''' é um [[sistema ferroviário|sistema]] de [[transporte público]] [[Metropolitano|metroviário]] que atualmente atende os municípios de [[Belo Horizonte]] e [[Contagem]], no estado de [[Minas Gerais]]. 

É operado pela [[Metrô BH]], por meio de concessão pública outorgada pelo [[Governo do Estado de Minas Gerais]]. No âmbito do contrato de concessão, cuja vigência é de 30 anos, cabe à concessionária operar, manter e expandir a [[Linha 1 do Metrô de Belo Horizonte|Linha 1]] (atualmente em operação), além de implantar, operar e gerir a [[Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte|Linha 2]]. Cerca de 89 mil pessoas utilizam o Metrô de Belo Horizonte em dias úteis,<ref name=NumerosMetrôBH/> sendo um dos [[Lista de metropolitanos no Brasil|sistemas metroferroviários brasileiros com maior movimento de passageiros]].

A operação comercial foi iniciada em 1 de agosto de [[1986]], a partir de um projeto que previa a ligação, via trem suburbano, entre os municípios de Belo Horizonte, Contagem e [[Betim]], ao longo de dois ramais, Betim ↔ Matadouro{{Nota de rodapé|A estação Matadouro esteve ativa durante a operação dos trens de subúrbio de Belo Horizonte, sendo parte do ramal ''Horto/Matadouro'' e localizada no bairro [[São Paulo (Belo Horizonte)|São Paulo]]. O projeto de implantação do Trem Metropolitano de Belo Horizonte, elaborado pelo [[Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes|GEIPOT]], assim como os relatórios de gestão e administração da CBTU durante a década de 1980, citavam o local da estação como uma das estações-terminais do empreendimento. Com as revisões do projeto pela CBTU, na década de 1990, a estação fora suprimida, sendo o entorno atualmente atendido pelas estações [[Estação Minas Shopping|Minas Shopping]] e [[Estação São Gabriel|São Gabriel]].}} e [[Estação Barreiro|Barreiro]] ↔ [[Estação Calafate|Calafate]]. Inicialmente, apenas o trecho [[Estação Eldorado (Metrô de Belo Horizonte)|Eldorado]]-[[Estação Lagoinha|Lagoinha]] foi implantado. Posteriormente, mais trechos foram entregues, porém fora do cronograma previsto. Somente em 2002, as atuais 19 estações do sistema foram concluídas e apenas em 2005 a operação entre Eldorado e [[Estação Vilarinho|Vilarinho]] passou a ocorrer em caráter pleno. As obras da Linha 2 chegaram a ser iniciadas em 1998, tendo sido paralisadas em 2004 e aguardam conclusão até a presente data.<ref name=Rel2010>{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/gestaoanual/gestao2010.pdf|titulo=Relatório de Administração - 2010|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=2010|acessodata=27 de Outubro de 2020}}</ref> O trecho entre Eldorado-Betim, por sua vez, tem sido postergado desde o início da implantação do projeto.

O Metrô de Belo Horizonte é citado em planos diretores, projetos de mobilidade urbana e estudos acadêmicos em transportes e trânsito como a espinha dorsal do sistema de transporte público da região metropolitana.<ref name=PlanMob>{{citar web|url=https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/bhtrans/planMOBBH%20relatorio%20final.pdf|titulo=Plano de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte - Relatório Final|autor=[[Belo Horizonte|Prefeitura de Belo Horizonte]]|acessodata=23 de Outubro de 2020}}</ref><ref name=PDTT>{{citar web|url=https://pt.scribd.com/presentation/118058406/Plano-Diretor-de-Transporte-sobre-Trilhos-das-Linhas-2-e-3-do-Metro-de-Belo-Horizonte|titulo=Plano Diretor de Transporte sobre Trilhos da RMBH|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|acessodata=23 de Outubro de 2020}}</ref><ref name=RenatoMelo>{{citar web|url=https://www.researchgate.net/publication/283463336_A_implantacao_do_Trem_Metropolitano_de_Belo_Horizonte_-_Um_estudo_das_dificuldades_institucionais_e_politicas_da_coordenacao_intergovernamental|titulo=A implantação do Trem Metropolitano de Belo Horizonte – Um estudo das dificuldades institucionais e políticas da coordenação intergovernamental|autor=Renato Melo|acessodata=23 de Outubro de 2020}}</ref> Entretanto, devido a não efetivação da expansão e modernização do sistema e de sua regionalização,<ref name=metrojornal>{{citar web|url=https://www.metroworldnews.com.br/foco/2016/08/01/metro-de-belo-horizonte-completa-30-anos-confira-suas-historias-e-projetos.html|titulo=Metrô de Belo Horizonte completa 30 anos; confira suas histórias e projetos|autor=Metro Jornal|acessodata=23 de Outubro de 2020}}</ref><ref name=tempo>{{citar web|url=https://www.otempo.com.br/politica/subscription-required-7.5927739?aId=1.2382680|titulo=Capitais ampliam seus metrôs, mas Belo Horizonte só colecionam promessas|autor=O Tempo|acessodata=23 de Outubro de 2020}}</ref><ref name=obras2011>{{citar web|url=http://www.hojeemdia.com.br/noticias/presidente-dilma-anuncia-r-3-16-bilh-es-para-obras-do-metro-e-transporte-publico-em-bh-1.342033|título=Presidente Dilma anuncia R$ 3,16 bilhões de reais para obras do Metrô e transporte público de BH|autor=Hoje em Dia|data=16 de Setembro de 2011}}</ref> órgãos gestores de transportes e trânsito no âmbito municipal na RMBH tem proposto e planejado alternativas modais e de infraestrutura no âmbito da mobilidade urbana metropolitana, como é o caso do [[Move (sistema de transportes)|MOVE]] em Belo Horizonte<ref name="g1.globo.com">{{citar web |url=http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2010/12/prefeitura-lanca-projeto-para-melhorar-o-transporte-coletivo-em-bh.html|título=Prefeitura lança projeto para melhorar o transporte coletivo em BH|acessodata=8 de Março de 2015|data=16/12/2010|autor=[[G1]]}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.redebrasilatual.com.br/esportes/2013/01/atraso-em-aeroporto-e-em-obras-de-mobilidade-levanta-expectativas-sobre-copa-em-bh|título=Sem investimento no metrô, BH aposta em ônibus e táxi|acessodata=8 de Março de 2015|autor=Rede Brasil Atual}}</ref> ou do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), em Contagem.<ref name=SIMContagem>{{citar web|url=https://www.otempo.com.br/infograficos/saiba-como-vai-funcionar-o-sistema-integrado-de-mobilidade-sim-de-contagem-1.2220573|titulo=Saiba como vai funcionar o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM) de Contagem|autor=O Tempo|acessodata=23 de Outubro de 2020}}</ref>

==Histórico==
=== 1950-1975: Antecedentes ===
A operação de transporte de passageiros sobre trilhos na [[Região Metropolitana de Belo Horizonte|RMBH]] remonta ao ano de 1957, quando fora implantada uma rede de trens de subúrbio entre a [[Estação Central (Metrô de Belo Horizonte)|Estação Belo Horizonte]] (reduzindo posteriormente para a [[Estação Calafate]]) e a [[Estação Barreiro]], na [[Barreiro (região de Belo Horizonte)|região homônima]]<ref name=RenatoMelo />, originando a linha Barreiro-Calafate, criada em consequência da intensificação do adensamento urbano no município, somada a consolidação dos complexos industriais localizados na [[Cidade Industrial Juventino Dias|Cidade Industrial]], em Contagem. Entre 1966 e 1996, estabeleceu-se a operação de uma rede de trens suburbanos ao longo de Belo Horizonte e municípios adjacentes.<ref name=GEIPOT>{{citar web|url=http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/consulta/consultaDetalheDocumento.php?iCodDocumento=75818|titulo=Estudo do Trem de Subúrbio da Região Metropolitana de Belo Horizonte|autor=[[GEIPOT]]|data=1980|acessodata=23 de Outubro de 2010}}</ref> O serviço de subúrbio possuía 21 estações, tendo chegado a prestar serviço através de outras 4 ligações: Belo Horizonte-Rio Acima<ref>http://www.estacoesferroviarias.com.br/trens_mg/bh-rioacima.htm</ref>, Sabará-Caeté, Betim-Matadouro e Matadouro-Pedro Leopoldo.

A estrutura do sistema apresentava, em sua maioria, plataformas curtas, de pequena largura e sem cobertura. Uma vez que não foram projetadas especialmente para serviços de subúrbio, possibilitavam um atendimento precário, com instalações pouco funcionais e sem condições de controle de acesso dos passageiros. Além disso, os trens circulavam em via compartilhada com os serviços de transporte de carga, o que impedia uma velocidade operacional adequada, além da pontualidade e frequência dos ramais. Como tal consequência, e diante da ascensão do modal rodoviário na matriz de mobilidade urbana, os sistemas suburbanos apresentaram decréscimo e decadência na prestação de seus serviços, tendo a então [[Rede Ferroviária Federal|RFFSA]], operadora do sistema a época, reduzido investimentos na rede e acumulando déficits operacionais.<ref name=RenatoMelo />

=== 1975-1977: Concepção do projeto ===
Em 1977 o prefeito de Belo Horizonte Luiz Verano apresentou um projeto de metrô para o [[Ministério dos Transportes (Brasil)|Ministro dos Transportes]] Dirceu Nogueira. O projeto estava orçado inicialmente em 300 milhões de dólares.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/030015_09/107424|título=Ministro quer metrô em Belo Horizonte|autor=|data=7 de outubro de 1977|publicado=Jornal do Brasil, ano LXXXVII, edição 182, página 16/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira|acessodata=14 de novembro de 2023|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> O ministro determinou ao [[Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes|GEIPOT]], órgão de planejamento do Ministério dos Transportes, que elaborasse um projeto para a Região Metropolitana de Belo Horizonte que equacionasse o estrangulamento da capacidade de transporte de cargas ferroviárias que ocorria na região, eliminasse as [[passagens de nível]] no meio urbano cortado pela via férrea, e melhorasse o transporte ferroviário de passageiros.<ref name=GEIPOT />

Na RMBH encontra-se um dos entroncamentos ferroviários mais importantes, interligando, sem alternativa, o norte ao sul e o leste ao oeste do Brasil. Por ter que compartilhar uma linha singela os transportes ferroviários de carga e passageiros, as vias deste entroncamento apresentavam uma capacidade limitada de transporte, inferior às demandas existentes. Em face de tais problemas, o GEIPOT desenvolveu um projeto que buscava uma solução conjunta para carga e passageiros, duplicando e segregando as linhas e descartando a ideia anterior, que era a construção de um anel ferroviário contornando a RMBH, de custo de implantação inviável. O sistema de transporte urbano de passageiros sobre trilhos foi projetado na mesma diretriz do leito ferroviário já existente, reduzindo-se assim, o custo de implantação e equacionando o problema da travessia ferroviária da RMBH. A carga foi mantida em seu leito original, mas com linha exclusiva e retificação de alguns trechos.<ref name="RenatoMelo" />

O projeto foi desenvolvido com os seguintes objetivos básicos: Implantar um sistema de transporte urbano sobre trilhos com características metroviárias que atendesse à população da área de influência direta e indireta das linhas já existentes da RFFSA; melhorar as condições operacionais das linhas de carga que cortam a Região Metropolitana, eliminando as passagens de nível e ampliando a capacidade de transporte de 5 milhões de toneladas/ano para 30 milhões na primeira fase e para 60 milhões de toneladas/ano com a duplicação da linha; racionalizar e modernizar o sistema de transporte urbano da RMBH, proporcionando maior fluidez ao tráfego rodoviário, a reconstituição da malha viária seccionada em nível pelas vias férreas, economia de combustíveis e redução dos índices de poluição sonora e atmosférica.<ref name=GEIPOT />

O projeto original previa, inicialmente, uma ligação entre Betim, a oeste, e Matadouro, a nordeste de Belo Horizonte, com um ramal para o Barreiro, a sudoeste, totalizando 57,5 km de plataforma ferroviária em faixa totalmente vedada, transposições inferiores e superiores para veículos e pedestres. Foram previstas 22 estações, 25 [[Trem-unidade elétrico|trens-unidade elétricos]], oficinas, pátios, terminais de integração intermodal, instalações de apoio, além dos sistemas de energia, supervisão, controle e telecomunicações.<ref name=GEIPOT />

=== 1978-1980: Financiamento ===
[[File:Mapa Concepcao Original Trem Metropolitano RMBH 1980.png|thumb|Rede base de implantação do Metrô de Belo Horizonte em 1980.<ref name="GEIPOT" />|esquerda]]
Enquanto o projeto era elaborado, o Ministério dos Transportes procurava um financiamento externo para o projeto. Foram realizados encontros infrutíferos com o [[Banco Interamericano de Desenvolvimento]] (BID) no final de 1977<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/761672/125859|título=Visita do vice-presidente do BID|autor=|data=26 de novembro de 1977|publicado=Diário do Paraná, ano XXIII, edição 6753, página 7/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira|acessodata=14 de novembro de 2023|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>. Os primeiros contatos com órgãos do governo franceses foram realizados pelo Ministério dos Transportes em agosto de 1978.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/364568_16/58266|título=Ministros dos Transportes debaterão Brasil e França|autor=|data=2 de agosto de 1978|publicado=Jornal do Commércio (RJ), ano 151, edição 251, página 5/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira|acessodata=14 de novembro de 2023|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Um empréstimo com bancos britânicos de 180 milhões de dólares chegou a ser levantado em Londres pela Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU) em agosto de 1980, porém foi bloqueado pelo [[Banco Central do Brasil]] por conta do aumento das taxas de risco (spread).<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/028274_03/9284|título=Brasil paga "spread" mais alto|autor=|data=27 de agosto de 1980|publicado=Correio Braziliense, edição 6409, página 6/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira|acessodata=14 de novembro de 2023|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>

Após a tentativa malsucedida de empréstimo com bancos britânicos, o Ministério dos Transportes retomou as negociações com bancos franceses. Em 17 de julho de 1981 o ministro [[Eliseu Resende]] assinou um acordo com um consórcio de bancos franceses ([[Crédit Lyonnais]], [[BNP Paribas|Banco Nacional de Paris]], [[:en:Groupe BPCE|Banque Française du Commerce Extérieur]] e Union Européenne des Banques) para o financiamento de 220 milhões de dólares ao projeto do Metrô de Belo Horizonte. O projeto tinha um custo total de 400 milhões de dólares, com o Ministério dos Transportes fornecendo 180 milhões de dólares em recursos próprios. A assinatura do financiamento com os bancos franceses obrigou o Ministério dos Transportes a adquirir 100 milhões de dólares em equipamentos franceses para o projeto (trens, sinalização, equipamentos elétricos e de bilhetagem, etc), embora o ministro Rezende tenha garantido que as empresas francesas e brasileiras se associariam para garantir um índice de nacionalização de 75% dos equipamentos.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/028274_03/20274|título=Rezende garante verba da França para transportes|autor=|data=18 de julho de 1981|publicado=Correio Braziliense, edição 6727A, página 5/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira|acessodata=14 de novembro de 2023|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> O empréstimo tinha prazo de carência máximo de dez anos a juros de 2,5% ao ano e amortização prevista para vinte e cinco anos.<ref>{{citar web|url=http://memoria.bn.br/DocReader/030015_10/26417|título=Eliseu fala sobre metrô mineiro|autor=|data=5 de fevereiro de 1981|publicado=Jornal do Brasil, ano XC, edição 301, página 16/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira|acessodata=14 de novembro de 2023|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>

=== 1981-2005: Implantação ===
[[Imagem:Mapa Metrô de Belo Horizonte (1985).jpg|thumb|Mapa do projeto do Metrô de Belo Horizonte em 1985, junto com a rede de linhas do trem suburbano.]]
As obras foram iniciadas em junho de 1981<ref>{{citar web|url=https://archive.org/details/rdeferfed1981rffs/page/42/mode/2up|título=Obras: Belo Horizonte|autor=Rede Ferroviária Federal|data=1982|publicado=Relatório Anual 1981, página 42/Biblioteca do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro-republicado no Internet Archive|acessodata=14 de novembro de 2023|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>, com um cronograma para a conclusão em 1986, do trecho definido como prioritário de 33,8&nbsp;km, compreendendo os percursos entre Eldorado e Matadouro, com 23,3 km de linha dupla e o ramal Barreiro-Calafate com 10,5 km. Os recursos para implantação do Metrô deveriam vir do Programa de Mobilização Energética (PME) e financiamento do governo da [[França]] para aquisições de equipamentos para os sistemas de sinalização, telecomunicação, energia e parte do material rodante, com uma contrapartida do Governo Federal, para execução de obras civis, infraestrutura, superestrutura, desapropriações e montagem dos trens.<ref name="rel84">{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/administracaoanual/rel_admin/rel_84.pdf|titulo=Relatório Anual - 1984|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=1984|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref><ref name="rel87">{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/administracaoanual/rel_admin/rel_87.pdf|titulo=Relatório Anual - 1987|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=1987|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref>
A parcela dos recursos franceses foi recebida dentro do cronograma previsto. Não obstante, devido ao encerramento do PME e da falta de definição de novas fontes de investimentos, os recursos do Governo Federal cessaram e os cronogramas de obras foram sucessivamente rolados até 1987, quando as frentes de serviço foram praticamente desmobilizadas, tendo sido possível a operação parcial do trecho Eldorado-Central, com 12,5 km de extensão, sete estações e uma frota de apenas cinco trens. Diversas obras complementares de tratamento dos entornos das estações ficaram por fazer, dificultando o acesso de pedestres ao sistema e a integração com o sistema de ônibus.<ref name="rel87" />
Somente a partir de 1991, mediante um apoio suprapartidário no [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]], foi possível alocar recursos no orçamento da União e retomar as obras de implantação do sistema, além da montagem dos 20 trens restantes, cujos trabalhos haviam sido paralisados em 1986. Com a demora na implantação e o adensamento do vetor norte da região metropolitana, foram modificados os objetivos e projetos inicialmente previstos, adequando-os a uma nova realidade. Foi postergada a implantação dos trechos Eldorado-Betim e Calafate-Barreiro. Além disso, deu-se prioridade a conclusão do trecho Central-São Paulo{{Nota de rodapé|Nomenclatura adotada pela CBTU em detrimento da antiga estação "Matadouro", que fora suprimida pelo novo planejamento}} e à extensão do Metrô para a zona norte, em direção à região de [[Venda Nova (região de Belo Horizonte)|Venda Nova]], tendo em vista o crescimento das características de deslocamento e do adensamento urbano do vetor. A infraestrutura das estações, a partir de tal planejamento, não seguem mais o padrão arquitetônico definido pelo GEIPOT.<ref name="cbtubh">{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/index.php/pt/sistemas-cbtu/belo-horizonte|titulo=Sistemas - Belo Horizonte|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=20/07/2020|acessodata=27/10/2020}}</ref> As novas estações são mais leves, de menor custo e, sempre que possível, os elevadores estão sendo substituídos por rampas. Também fora detectada a necessidade de se dar um tratamento especial aos acessos de pedestres e integração com o sistema ônibus, sem os quais fica inviabilizada a plena utilização do Metrô. As novas passarelas de pedestres passaram a possuir laterais com grades, eliminando o padrão GEIPOT com o guarda-corpo estrutural todo fechado, são mais leves, com rampas mais suaves e proporcionam maior conforto e segurança aos usuários.<ref name="rel95">{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/administracaoanual/rel_admin/rel_95.pdf|titulo=Relatório de Administração - 1995|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=1995|acessodata=23 de Outubro de 2020}}</ref> Também foram previstas mais quatro estações no trecho Eldorado-São Paulo, sendo duas entre Eldorado e Central (Vila Oeste e Rodoviária) e outras duas entre Horto e São Paulo ([[Estação José Candido da Silveira|José Cândido da Silveira]] e [[Estação Minas Shopping|Minas Shopping]]). A inclusão destas novas estações se deve à reformulação do projeto de implantação, revitalizando a operação e planejamento do sistema com características [[Metropolitano|metroviárias]], além de ampliar o atendimento a área de influência da rede.<ref name="CBTU1995">{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/administracaoanual/rel_admin/rel_95.pdf|titulo=Relatório de Administração - 1995|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=1995|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref>[[Ficheiro:Inauguração Metrô BH 1986.jpg|miniaturadaimagem|Estação Lagoinha em funcionamento logo após a sua inauguração juntamente com o metrô em 1986.]][[Imagem:Mapa Metrô de Belo Horizonte (1995).jpg|thumb|Mapa do Metrô de Belo Horizonte em 1995.|esquerda]]
As obras de extensão até Vilarinho foram iniciadas em 1996, com a implantação de 6,6 km e cinco novas estações: Em 1997, fora concluído o trecho Central-São Paulo, com a entrega das estações [[Estação José Cândido da Silveira|José Cândido da Silveira]] e [[Estação Minas Shopping|Minas Shopping]], concluindo assim os dois trechos prioritários do plano original (Eldorado-Central e Central-São Paulo). No ano seguinte também fora iniciada a implantação da Linha 2, graças a garantia de recursos vindos de financiamentos aportados pelo [[Banco Mundial]], que também deram suporte a elaboração do Plano Diretor de Transportes sobre Trilhos da RMBH (PDTT), desenvolvido em um cenário de 20 anos.<ref name=rel97>{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/administracaoanual/rel_admin/rel_97.pdf|titulo=Relatório de Administração - 1997|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=1997|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref><ref name=rel98>{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/administracaoanual/rel_admin/rel_98.pdf|titulo=Relatório de Administração - 1998|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=1998|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref>

Em 2002, fora concluída a extensão até Venda Nova, com a entrega de cinco novas estações: [[Estação São Gabriel|São Gabriel]], [[Estação Primeiro de Maio|Primeiro de Maio]], [[Estação Waldomiro Lobo|Waldomiro Lobo]], [[Estação Floramar|Floramar]] e Vilarinho. O trecho iniciou operações experimentais, tendo sido entregue em caráter comercial no ano de 2005. As obras da Linha 2, por sua vez, foram paralisadas em 2004, devido ao contingenciamento orçamentário e suspensão dos projetos funcionais de ampliação do sistema. Desde então o trecho não teve obras retomadas.<ref name=rel2004>{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/gestaoanual/gestao2004.pdf|titulo=Relatório de Gestão - 2004|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=2004|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref><ref name=rel2005>{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/gestaoanual/gestao2005.pdf|titulo=Relatório de Gestão - 2005|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=2005|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref><ref name=L2promessas>{{citar web|url=https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2020/09/03/linha-2-do-metro-economizaria-70-minutos-por-dia-do-morador-de-bh-se-saisse-do-papel.ghtml|titulo=Linha 2 do metrô economizaria 70 minutos por dia do morador de BH, se saísse do papel|autor=[[G1]]|data=03/09/2020|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref><ref name=MetroPromessas>{{citar web|url=https://www.otempo.com.br/politica/subscription-required-7.5927739?aId=1.2382680|titulo=Capitais ampliam seus metrôs, mas Belo Horizonte só coleciona promessas|autor=[[O Tempo (jornal)|O Tempo]]|data=09/09/2020|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref>

=== 2022-presente: Regionalização do sistema e concessão ===
[[Ficheiro:Logotipos antigos do Metrô BH.jpg|miniaturadaimagem|Antigos logotipos do sistema, utilizados entre 1984 e 2022]]
Em 2019, o Governo Federal, atráves do Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (CPPI), incluiu a [[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]] e a [[Trensurb]], empresa operadora do sistema metroviário de Porto Alegre, no Prograna Nacional de Desestatização (PND), como forma de viabilizar o processo de concessão e/ou privatização dos sistemas de transporte operados pelas mesmas.<ref name="IstoEPND">{{citar web|url=https://istoe.com.br/governo-inclui-trensurb-e-cbtu-no-programa-nacional-de-desestatizacao/|titulo=Governo inclui Trensurb e CBTU no Programa Nacional de Desestatização|data=04/09/2019|acessodata=26 de Outubro de 2020|autor=[[IstoÉ]]}}</ref> Os estudos para repasse e concessão dos sistemas sob responsabilidade da CBTU e Trensurb foram autorizados em novembro do mesmo ano, através de resolução presidencial.<ref name="Resolucao102">{{citar web|url=https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-102-de-19-de-novembro-de-2019-231562070|titulo=Resolução Nº 102, de 19 de Novembro de 2019|data=19/11/2019|acessodata=26 de Outubro de 2020|autor=[[Presidência da República (Brasil)|Presidência da República]]}}</ref> Os estudos foram delegados ao [[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social|BNDES]], com previsão de entrega em 2021. O sistema de Belo Horizonte seria o primeiro a ser concedido, pois estava com o processo mais adiantado. Os demais seriam concedidos em seguida.

Em Junho de 2020, o [[Ministério da Infraestrutura]] sinalizou um recurso avaliado em 1,2 bilhão de reais para financiamento da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte.<ref name="MinfraL2">{{citar web|url=https://viatrolebus.com.br/2020/06/ministro-da-infraestrutura-promete-recursos-para-a-linha-2-do-metro-de-belo-horizonte/|titulo=Ministro da Infraestrutura promete recursos para a Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte|data=17/06/2020|acessodata=26 de Outubro de 2020|autor=ViaTrólebus}}</ref> A verba teria origem em uma indenização, por parte da [[Ferrovia Centro-Atlântica S.A.]], oriunda de descumprimento de cláusulas previstas no contrato de concessão realizado com a companhia, que hoje opera parte da malha antes operada pela RFFSA, sendo paga em parcelas e com montante repassado ao BNDES, para modelagem de concessão já prevista pelo PPI.<ref name="MinfraPPI">{{citar web|url=https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/governo-federal-sinaliza-libera%C3%A7%C3%A3o-de-verba-para-constru%C3%A7%C3%A3o-da-linha-2-do-metr%C3%B4-de-bh-1.801782|titulo=Governo Federal sinaliza liberação de verba para construção da Linha 2 do metrô de BH|data=30/08/2020|acessodata=26 de Outubro de 2020|autor=[[Jornal Hoje em Dia]]}}</ref> A inclusão da Linha 2 no PPI foi oficializada em 20 de outubro, através de decreto do presidente [[Jair Bolsonaro]].<ref name="Decreto10525">{{citar web|url=https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.525-de-20-de-outubro-de-2020-283992308|titulo=Decreto Nº 10.525, de 20 de Outubro de 2020|data=20/10/2020|acessodata=23 de Outubro de 2020|autor=[[Presidência da República (Brasil)|Presidência da República]]}}</ref><ref name="MinecPPI">{{citar web|url=https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/outubro/decreto-qualifica-no-ppi-projeto-da-linha-2-do-metro-de-belo-horizonte|titulo=Decreto qualifica no PPI projeto da Linha 2 do metrô de Belo Horizonte|data=22/10/2020|acessodata=23 de Outubro de 2020|autor=[[Ministério da Economia]]}}</ref>
[[Ficheiro:LeilãoMetrôBH.jpg|miniaturadaimagem|Leilão de concessão do Metrô de BH realizado na B3, em São Paulo<ref>{{Citar web|url=https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/metro-da-regiao-metropolitana-de-bh-e-concedido-a-iniciativa-privada-por-r-25-7-milhoes|titulo=Metrô da Região Metropolitana de BH é concedido à iniciativa privada por R$ 25,7 milhões|data=2022-12-22|acessodata=2023-09-27|website=www.agenciaminas.mg.gov.br|lingua=pt-br}}</ref>.|esquerda]]
Em 22 de dezembro de 2022, o metrô de Belo Horizonte foi concedido a iniciativa privada, por meio de leilão realizado na [[B3 (bolsa de valores)|Bolsa de Valores de São Paulo]].<ref name="Concessao2022">{{citar web|url=https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/metro-da-regiao-metropolitana-de-bh-e-concedido-a-iniciativa-privada-por-r-25-7-milhoes|titulo=Metrô da Região Metropolitana de BH é concedido à iniciativa privada por R$ 25,7 milhões|data=22/12/2022|acessodata=11 de janeiro de 2023|autor=[[Agência Minas]]}}</ref> A concessão consistiu em uma das etapas do processo de desestatização e regionalização do sistema, iniciadas pelo governo federal em 2019, por meio do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). O [[Grupo Comporte]], atuante nos setores de transporte rodoviário de carga e de passageiros, foi o vencedor do processo de leilão, em arremate único, de cerca de R$ 25,7 milhões.<ref name="Concessao2022" /> O consórcio será responsável pelas atribuições previstas no edital elaborado pelo BNDES, que incluem a operação, gestão e manutenção da rede metroferroviária por 30 anos, além das intervenções de revitalização e expansão da atual Linha 1 e a construção da Linha 2, atualmente paralisadas, com o aporte de R$ 3,8 bilhões, provenientes de recursos do governo federal de multas pecuniárias pagas pelas transportadoras ferroviárias de cargas [[VLI Multimodal S.A.|VLI]] e [[Ferrovia Centro-Atlântica S.A.|Ferrovia Centro Atlântica]] em função do abandono de trechos ferroviários concedidos e que foram devolvidos, e do governo de Minas Gerais de indenização advinda do acordo judicial junto a [[Vale S.A.]] devido aos danos socioambientais ocorridos no [[rompimento de barragem em Brumadinho|rompimento de barragem de fundão em Brumadinho]] em 2019, além de aporte financeiro da própria empresa ao longo do período de concessão.<ref name="EditalBNDES">{{citar web|url=https://www.bndes.gov.br/wps/wcm/connect/site/3fd59596-ab9c-438e-b155-f08dff9a5885/ANEXO_9+-Minuta_do_Contrato_de_Concess%C3%A3o_e_subanexos-vers%C3%A3o_retificada_2022-09-29.pdf?MOD=AJPERES&CVID=oeeFh9b|titulo=Edital de Leilão BNDES nº 2/2022 - VDMG e CBTU/MG - PPI/PND. Anexo 9: Contrato de concessão comum para a prestação dos serviços de gestão, operação e manutenção da rede metroferroviária da Região Metropolitana de Belo Horizonte|data=08/11/2021|acessodata=11 de janeiro de 2023|autor=[[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]]}}</ref>  

A transferência do sistema para o consórcio vencedor foi realizada no dia 23 de março de 2023<ref>{{Citar web|ultimo=Lobo|primeiro=Caio|url=https://www.metrocptm.com.br/grupo-comporte-assume-oficialmente-o-metro-de-belo-horizonte/|titulo=Grupo Comporte assume oficialmente o Metrô de Belo Horizonte|data=2023-03-24|acessodata=2023-09-27|website=Metrô CPTM|lingua=pt-BR}}</ref>. 

== Sistema ==
===Características operacionais atuais===
[[Ficheiro:Estação Central Arquitetura 2.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Plataforma da Estação Central.]]
O sistema atualmente é composto pela [[Linha 1 do Metrô de Belo Horizonte|Linha 1]], que realiza a interligação entre as estações [[Estação Eldorado (Metrô de Belo Horizonte)|Eldorado]], no [[Eldorado (Contagem)|bairro homônimo]], município de [[Contagem]]) e a [[Estação Vilarinho]], na regional [[Venda Nova (região de Belo Horizonte)|Venda Nova]], em [[Belo Horizonte]]. Estende-se por 28,1 km de extensão, contando com 19 estações em funcionamento e operando a uma velocidade comercial de 40 km/h e a uma velocidade máxima de 80 km/h.<ref name=NumerosMetrôBH/> A operação comercial é diária, entre 5h15 e 23h.<ref name=MetrôBHLinhasHoráriosTarifas>{{citar web|url=https://www.metrobh.com.br/va-de-metro/#linhas-horarios-e-tarifas|titulo=Horários de funcionamento|autor=[[Metrô BH]]|publicado=MetrôBH - Linhas, Horários e Tarifas|acessodata=14 de fevereiro de 2024}}</ref> O [[Headway|intervalo médio entre trens]] é de 7 minutos, em horários de pico,{{Nota de rodapé|De acordo com a concessionária, os horários de pico da operação comercial ocorrem entre 6h e 8h30, no período da manhã, e entre 16h30 e 19h, no período da tarde}} durante os dias úteis, e 15 minutos nos demais horários da operação comercial. Aos sábados, domingos e feriados, o intervalo praticado é de 15 minutos, durante toda a operação.<ref name=MetrôBHLinhasHoráriosTarifas/>

Em 2014, fora apresentado um projeto de lei, por parte da [[Câmara Municipal de Belo Horizonte]], que estenderia o horário de funcionamento do metrô até meia-noite.<ref name="camara">{{citar web|url=http://www.otempo.com.br/cidades/metrô-vai-ter-horário-de-funcionamento-ampliado-a-partir-de-segunda-1.1515792|título=Metrô vai ter horário de funcionamento ampliado a partir de segunda|autor=Jornal O Tempo|acessodata=20 de Dezembro de 2017}}</ref> A proposta foi aprovada,<ref name="plpbh">{{citar web|url=http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1176491|título=Lei Municipal 11.031/2017|autor=[[Câmara Municipal de Belo Horizonte]]|data=14 de Março de 2017|acessodata=20 de Dezembro de 2017}}</ref> mesmo após o veto do prefeito [[Alexandre Kalil]], tendo alegado inconstitucionalidade, uma vez que o município não poderia legislar sobre matéria de transporte intermunicipal. Além disso, a CBTU argumentava que a extensão de horário elevaria as despesas e comprometeria a segurança da manutenção viária. Não obstante, em caráter experimental, a companhia realizou, durante um período de 30 dias, a extensão do horário com a finalidade de obter resultados sobre a viabilidade da operação até meia-noite, como segurança, demanda de usuários, manutenção da via, dentre outros,<ref name="CBTUmeianoite">{{citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/09/29/interna_gerais,904784/apos-testes-metro-de-bh-volta-a-circular-ate-23h-a-partir-de-domingo.shtml|título=Após testes, metrô de BH volta a circular até 23h|autor=Jornal Estado de Minas|acessodata=20 de Dezembro de 2017}}</ref> no entanto, em função do baixo uso do sistema, a operação estendida foi descontinuada em outubro do mesmo ano.

{{panorama|MetrôBH em operação.png|750px|Configuração atual do Metrô de Belo Horizonte}}
<center></center>

{| class="wikitable"
! align="center" |Linha<ref group="nota" name="IdentidadeLinhas">Embora possua identidade visual própria, as linhas que compõem o Metrô de Belo Horizonte - em operação e planejadas - nunca tiveram sistema de cores para diferenciação, tal qual ocorre nos sistemas de [[Metrô de São Paulo|São Paulo]] e [[Metrô do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]]. A identidade do sistema sempre foi análoga a da concessionária atuante (o que justifica o padrão azul, quando da operação da [[Companhia Brasileira de Trens Urbanos|CBTU]], que possui o tom descrito). Atualmente, com o padrão laranja e roxo adotado pela [[Metrô BH]], o sistema, por hora, adota tal identidade, sem perspectiva de diferenciação entre linhas</ref> 
! align="center" |Terminais                
! align="center" |Inauguração
! align="center" |Comprimento 
(km)
! align="center" |Estações
! align="center" |Frota 
(TUEs/Carros) 
! align="center" |''headway'' mínimo (segundos)
! align="center" |Velocidade comercial (km/h)
! align="center" |Velocidade Máxima Operacional (km/h)
! align="center" |Duração da viagem (minutos)
|-
| style="color:white" bgcolor="#EB7505" align="center" |[[Linha 1 do Metrô de Belo Horizonte|<font color="#ffffff">'''1'''<br /><small></small></font>]]
| align="center" |[[Estação Eldorado (Metrô de Belo Horizonte)|Eldorado]]                 ↔ [[Estação Vilarinho|Vilarinho]]
| align="center" |1º de agosto de 1986
| align="center" |28,1
| align="center" |19 ''(+ 2 em implantação)''
| align="center" |35/140
| align="center" |420
| align="center" |40 Km/h
| align="center" |80 Km/h
| align="center" |45
|}

=== Tarifa e integrações ===
[[Imagem:Bilhete do Metrô de Belo Horizonte.jpg|thumb|Face de um bilhete anteriormente vigente no Metrô de Belo Horizonte.]]
A tarifa praticada atualmente pelo Metrô é de R$ 5,30, vigente desde julho de 2023<ref>{{Citar web|ultimo=Minas|primeiro=Estado de|url=https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2023/07/01/interna_gerais,1514900/metro-de-bh-sobe-para-r-5-30-neste-sabado-1-usuarios-cobram-ampliacao.shtml|titulo=Metrô de BH sobe para R$ 5,30 neste sábado (1º); usuários cobram ampliação|data=2023-07-01|acessodata=2023-07-10|website=Estado de Minas|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Portal CBTU - Bilhetes e Tarifas|url=https://www.cbtu.gov.br/index.php/pt/operacao-bh/bilhetes-e-tarifas|obra=www.cbtu.gov.br|acessodata=2021-09-19}}</ref><ref name="bilhete 4,50">{{citar web|url=https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2021/03/10/tarifa-do-metro-de-bh-sofrera-aumento-e-chegara-a-r-450-a-partir-do-dia-20.ghtml|titulo=Tarifa do metrô de BH sofre aumento e passa a custar R$ 4,50 a partir do dia 20 de março|autor=G1|data=10 de Março de 2021}}</ref> O valor atual representou um reajuste de 277% em relação a tarifa praticada pelo sistema entre 2006 e 2019, de R$ 1,80.

Os bilhetes comercializados anteriormente nas estações eram fabricados pela empresa argentina Magtik. Em uma das faces, é impressa uma imagem com a descrição do tipo de bilhete, podendo o mesmo tipo ter artes diferentes dependendo da versão comemorativa. A face de leitura é composta por uma tarja preta, que armazena informações sobre a passagem. Ao inserir o bilhete, o equipamento de validação confere a quantidade de passagens restantes, e efetua a devolução para o usuário (em caso passes múltiplos), ou faz o recolhimento, depositando o ticket em um cofre.

O metrô atualmente possui integração tarifária com as redes de transporte coletivo por ônibus dos municípios de Belo Horizonte, gerenciada pela [[BHTRANS]] e Contagem, gerida pela Transcon, além da rede de transporte metropolitana, sob responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra).<ref name="cbtutarifa">{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/index.php/pt/operacao-bh/bilhetes-e-tarifas|titulo=Bilhetes e Tarifas|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=9 de Março de 2020|acessodata=25 de Outubro de 2020}}</ref> A validação do benefício é realizada através dos sistemas de bilhetagem eletrônica operantes nos respectivos sistemas - Cartão BHBUS, quando das linhas municipais de Belo Horizonte e Cartão Ótimo, para as linhas de Contagem e metropolitanas. A integração entre o Metrô e as linhas operantes tem o mesmo prazo de duração do sistema de integração vigente nas redes de ônibus citadas, de cerca de 150 minutos.
[[Ficheiro:NovoValidadorMetrôBH.jpg|miniaturadaimagem|247x247px|Validador do novo sistema de bilhetagem digital ]]
'''Bilhetagem digital'''

No mês de setembro de 2023, o metrô começou o processo gradual de substituição dos tradicionais bilhetes de papel com tarja magnética por um novo sistema de bilhetagem que permite pagamentos 100% de forma eletrônica, com uso de QR Code e pagamentos por cartões de crédito e débito por aproximação, além de PIX e NFC<ref>{{Citar web|url=https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/metro-da-regiao-metropolitana-de-belo-horizonte-ganha-novo-sistema-de-bilhetagem-digital|titulo=Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte ganha novo sistema de bilhetagem digital|data=2023-09-01|acessodata=2023-09-24|website=www.agenciaminas.mg.gov.br|lingua=pt-br}}</ref>.

Com o novo sistema, fornecido pela empresa [[ONBOARD]], as passagens podem ser pagas por meio de um aplicativo chamado Bipay - Bilhete Digital e pela aproximação direta de cartões de crédito, débito e dispositivos como celulares, tablets e smartwatches com carteira digital cadastrada, diretamente nos novos validadores instalados nos bloqueios das estações.<ref>{{Citar web|ultimo=Digital|primeiro=Olhar|ultimo2=Lorenzo|primeiro2=Alessandro Di|url=https://olhardigital.com.br/2023/09/15/pro/metro-de-bh-passa-a-aceitar-pagamento-com-pix-e-carteira-digital/|titulo=Metrô de BH passa a aceitar pagamento com Pix e carteira digital|data=2023-09-15|acessodata=2023-09-24|website=Olhar Digital|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Brasil|primeiro=Agência|url=https://www.tudoemdia.com/2023/06/metro-de-bh-vai-comecar-a-testar-bilhetagem-digital|titulo=Metrô de BH vai começar a testar bilhetagem digital|data=2023-06-26|acessodata=2023-09-24|website=Tudo Em Dia|lingua=pt-BR}}</ref>

=== Frota ===
{{AP|Frota do Metrô de Belo Horizonte}}
Atualmente, o sistema conta com uma frota de 35 TUEs, de 4 carros cada, sendo 25 deles denominados série 900 e fabricados por um consórcio franco-brasileiro-canadense entre 1984 e 2001, com capacidade total para 1026 passageiros. Os demais 10 trens, denominados série 1000 foram fabricados pela espanhola [[Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles]] (CAF), com pequena participação da francesa [[Alstom]], entre 2012 e 2015 e tem capacidade total de 1320 passageiros.<ref name="FJP">{{citar web|url=http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/consulta/consultaDetalheDocumento.php?iCodDocumento=42595|titulo=Sistema de Trens Urbanos da Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte (STU/BH) - Avaliação Econômica e Financeira: Síntese|autor=[[Fundação João Pinheiro]]|data=9/2002|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref> A [[bitola]] da rede é de 1600 mm e a alimentação dos trens é feita por [[Catenária (caminho de ferro)|catenária]], a uma tensão de 3000 [[Volt|V]] [[Corrente contínua|DC]].<ref name="FJP" />

Em junho de 2024, foi assinado um contrato com a fabricante chinesa [[CRRC Changchun Railway Vehicles|CRRC Changchun Railway Vehicles Co. & Ltd.]] para o fornecimento de 24 novas composições para substituição integral da frota de trens da série 900 a partir de 2026<ref>{{Citar web|url=https://www.metrobh.com.br/metro-bh-compra-de-24-novos-trens/|titulo=Metrô BH antecipa compra de 24 novos trens {{!}} Metrô BH|data=2024-10-07|acessodata=2024-07-29|lingua=pt-BR}}</ref>.
{| class="wikitable"
|+
| align="center" colspan="8" |'''''Frota atual'''''
|-
! colspan="2" |Denominação
!Frota
!Carros
!Consórcio fabricante
!Empresa(s) participante(s)
!País(es) de origem
!Período
|-
| [[Ficheiro:TUE Série 900 MetrôBH Est Minas Shopping.jpg|101x101px]]
| align="center" |Série 900
| align="center" |25
| align="center" |4
| align="center" |Consórcio Construtor de Trens Unidade (CCTU)              
|Francorail, [[Cobrasma]], MTE, Brown Boveri e  Jeumont Schneider ''(Fase 1)''
[[Alstom]]/ADTranz/[[Bombardier]] ''(Fase 2)''
| align="center" |França, Canadá e Brasil

| align="center" |1984 a 2001
|-
|[[Ficheiro:TUE Série 1000 MetrôBH n32 Estação Minas Shopping.jpg|101x101px]]
| align="center" |Série 1000        
| align="center" |10
| align="center" |4
| align="center" |CAF/Alstom
| align="center" |[[Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles]] 
[[Alstom]]
| align="center" |Espanha e França
| align="center" |2012 a 2015                   
|-
| align="center" colspan="8" |                                                                                                               '''''Frota futura'''''                                                                                                            
|-
! colspan="2" |Denominação
!Frota
!Carros
!Consórcio fabricante
!Empresa(s) participante(s)
!País(es) de origem
!Período
|-
|[[Ficheiro:Novo trem do Metrô de BH fabricado pela CRRC.png|101x101px]]
| align="center" |Série
-
| align="center" |24
| align="center" |4
| align="center" |CRRC Corporation Limited                                                                                                                       
| align="center" |[[CRRC Changchun Railway  Vehicles]]                                                                         
| align="center" |China
| align="center" |2026 
|}

== Expansão ==
A expansão da rede metroferroviária de Belo Horizonte tem sido objeto de estudos, projetos e programas de investimento ao longo das últimas décadas, tanto por parte da CBTU, operadora do sistema, como do governo do estado de Minas Gerais e das prefeituras de Belo Horizonte e Contagem.<ref name="RenatoMelo" />

=== Plano Diretor de Transporte sobre Trilhos ===
[[Ficheiro:Série 1000 MetrôBH.jpg|miniaturadaimagem|257x257px|Trem da frota 1000]]
O Plano Diretor de Transporte sobre Trilhos da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PDTT) foi encomendado pela [[Companhia Brasileira de Trens Urbanos|CBTU]], em parceria de investimento com o [[Banco Mundial]], em [[1999]]. O projeto tratou de elaborar um estudo de cenários e viabilidades técnicas para a expansão da rede metroviária metropolitana, considerando os altos carregamentos existentes em corredores estruturais de circulação na [[Região Metropolitana de Belo Horizonte|RMBH]], além de superação do projeto original, ainda em implantação pela companhia. Através do PDTT foram realizadas análises de diversos cenários de ampliação do sistema, que culminaram na proposição, por parte do documento final, de uma nova proposta de expansão para a rede. Na proposta apresentada, a Linha 1 receberia extensões até os municípios de Betim (retomando, dessa forma, o abandonado trecho Eldorado-Betim do projeto original) e [[Ribeirão das Neves]]. A Linha 2, cujas obras de implementação haviam sido retomadas em 1998,<ref name="rel98" /> estender-se-ia ao longo dos trilhos da Linha 1 até a [[Estação Santa Tereza]], criando assim uma operação compartilhada em "Y" entre Calafate e Santa Tereza, com o devido controle operacional e de circulação dos trens. Por fim, um novo ramal seria implantado, a [[Linha 3 do Metrô de Belo Horizonte|Linha 3]], entre a [[Pampulha]] e a [[Savassi]], subterrânea sob o leito das avenidas [[Avenida Presidente Antônio Carlos|Antônio Carlos]], [[Avenida Afonso Pena|Afonso Pena]] e [[Avenida Cristóvão Colombo (Belo Horizonte)|Cristóvão Colombo]].<ref name="PDTT" /> A expansão em tais condições elevaria o transporte de passageiros para até 40 mil passageiros/hora, na Linha 1, além de um cenário de 1,2 milhão de usuários/dia, nas projeções até 
2019.
[[Ficheiro:Saída B Eldorado Metrô BH.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|261x261px|Estação [[Estação Eldorado (Metrô de Belo Horizonte)|Eldorado]].]]
Em 2000, a STU/BH realizou um estudo de demanda para analisar a viabilidade da Linha 2 entre o Barreiro e a área hospitalar do bairro [[Santa Efigênia (Belo Horizonte)|Santa Efigênia]], em consonância com o projeto do PDTT. A proposta apresentada pela superintendência considera a extensão do ramal por via subterrânea, com a inserção do mesmo na [[Região central de Belo Horizonte|área central de Belo Horizonte]], sem, com isso, degradar e/ou competir com a Linha 1. A modelagem de cenários resultou em uma readequação da proposta do PDTT para a Linha 2, onde a mesma passa a adentrar subterrânea sob o leito das [[Avenida Amazonas (Belo Horizonte)|Avenida Amazonas]], Afonso Pena, [[Avenida Carandaí|Carandaí]] e [[Avenida Brasil (Belo Horizonte)|Brasil]], até reemergir a superfície em Santa Tereza.<ref name="PDTT" /> Os trechos Eldorado-Betim e Vilarinho-Justinópolis não foram incluídos na proposta final.<ref name="PDTT" />

Definiu-se, dessa forma, uma expansão da rede metroferroviária através de três eixos fundamentais, sendo a Linha 1, entre Eldorado e Vilarinho, totalmente revitalizada, com o aumento de sua capacidade operacional, através do reforço de integração com os sistemas por ônibus de Belo Horizonte, Contagem e metropolitano; a Linha 2, dividida em duas fases, sendo a primeira, em superfície, do Barreiro até a estação Nova Rodoviária, onde entroncaria-se com a Linha 1, e em sua segunda fase, subterrânea até a área central de Belo Horizonte, tendo como terminal a estação Santa Tereza; e por fim a Linha 3, totalmente subterrânea, entre a Pampulha e a Savassi, seguindo o leito das avenida Antônio Carlos e Afonso Pena.<ref name="PDTT" /> Os projetos básico e de engenharia para as linhas 2 e 3 foram contratados pela CBTU em 2004.<ref name="rel2004" /> Não obstante, foram paralisados devido ao contingenciamento orçamentário realizado pelo governo federal.<ref name="rel2005" /> Em 2009, houve a alocação de recursos oriundos de crédito suplementar para retomada dos projetos,<ref name="rel2009">{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/gestaoanual/gestao2009.pdf|titulo=Relatório de Administração - 2009|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=2009|acessodata=27/10/2020}}</ref> o que não ocorreu.<ref name="rel2010">{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/gestaoanual/gestao2010.pdf|titulo=Relatório de Administração - 2010|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=2010|acessodata=27/10/2020}}</ref><ref name="rel2011">{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/gestaoanual/gestao2013.pdf|titulo=Relatório de Administração - 2013|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=2013|acessodata=27/10/2020}}</ref>

{{panorama|Rede Metroferroviaria RMBH PDTT CBTU.png|600px|Expansão do sistema proposto pela CBTU, por meio do PDTT}}

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| align="center" |Trecho ''[[Estação Barreiro|Barreiro]] ↔ [[Estação Calafate|Calafate]]'' iniciado em [[1998]], porém paralisado em 2004 por contigenciamento de recursos.<br>Trecho ''[[Estação Calafate|Calafate]] ↔ [[Estação Santa Tereza|Santa Tereza]]'' com projetos básico e de engenharia contratados em 2004,<ref name="rel2004" /> porém nunca concluídos.<ref name="rel2005" /><ref name="rel2009"/><ref name="rel2010"/><ref name="rel2011"/> Apenas o trecho ''Barreiro ↔ Nova Suíça'' é previsto na atual concessão do sistema.<ref name=ProjetosMetrôBH/><ref name=EstudoConcessaoMetroBH/> 
|-
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|}
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=== Expansão proposta pelo Governo de Minas Gerais ===
[[Ficheiro:Série 900 em UPM.jpg|miniaturadaimagem|269x269px|Trem Série 900 em [[Estação Primeiro de Maio|Primeiro de Maio]].]]
A lei nº 8.693, de agosto de 1993, definiu as diretrizes para descentralização dos serviços de transporte sobre trilhos de passageiros para as esferas estadual e municipal.<ref name="lei8693">{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8693.htm|titulo=Lei Nº 8.693, de 3 de Agosto de 1993|autor=[[Governo Federal do Brasil]]|data=3/8/1993|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref> Consequente a isso, a CBTU reforçou seu processo de descentralização dos sistemas de transporte sobre trilhos em sua responsabilidade, trâmite esse que já havia sido concluído nos sistemas de trens urbanos de [[SuperVia|Rio de Janeiro]] e [[Companhia Paulista de Trens Metropolitanos|São Paulo]].<ref name="rel93">{{citar web|url=https://www.cbtu.gov.br/images/gaplo/administracaoanual/rel_admin/rel_93.pdf|titulo=Relatório de Administração - 1993|autor=[[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]]|data=1993|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref> Em [[1995]], houve a assinatura de um convênio entre CBTU, Governo de Minas e Prefeitura de Belo Horizonte. Tal convênio permitiu a realização dos projetos de expansão da atual Linha 1 até o vetor norte,<ref name="rel97" /> do PDTT<ref name="rel98" /> e de estudos para a concessão do sistema, quando da conclusão das obras previstas.

Nesse acordo, o Governo do Minas e a Prefeitura de Belo Horizonte se comprometeram a criar uma empresa para a qual seriam transferidos o patrimônio e a operação do sistema de trens urbanos de Belo Horizonte. Em 1997, foi aprovada a Lei Estadual nº 12.590, autorizando o Governo do Estado a criar a referida empresa, que receberia o nome de Trem Metropolitano de Belo Horizonte S.A. (Metrominas), cuja função seria gerir o transporte ferroviário intermunicipal no âmbito metropolitano,<ref name="lei12590">{{citar web|url=https://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?tipo=LEI&num=12590&comp=&ano=1997&aba=js_textoOriginal|titulo=Lei Nº 12.590, de 25 de Julho de 1997|autor=Governo do Estado de Minas Gerais|data=25/7/1997|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref> tomado como função pública de interesse comum pelo artigo 43 da Constituição do Estado de Minas Gerais. Na composição acionária da Metrominas, o Estado de MG deteve 55% das ações; o município de Belo Horizonte com 35% e 10% para o município de Contagem. A empresa fora oficialmente instituída em fevereiro de 2000, em uma assembleia entre seus acionistas e registro em junta comercial. Sua implementação fora condicionada a transferência, por parte da União, através da CBTU, de todo o patrimônio do Trem Metropolitano, além da conclusão das obras dos trechos São Gabriel-Vilarinho e Calafate-Barreiro, o inventário do patrimônio a ser regionalizado e recursos relacionados a pagamento de despesas orçamentárias contratuais.<ref name="FJP" /> O processo, no entanto, não ocorreu, acarretando na ociosidade da Metrominas e sucessão de imbróglios entre as instâncias estadual e federal no processo de regionalização do sistema.<ref name="metrojornal" /><ref name="tempo" /><ref name="obras2011" />
[[Ficheiro:Placas solares USI Metrô BH.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|296x296px|Placas solares na [[Estação Santa Inês]]]]
Em 2008, o governo estadual contratou um estudo para modelagem de Parceria Público-Privada (PPP) para ampliação e concessão do Metrô de Belo Horizonte. Os resultados apresentados incluíram a entrega, numa primeira etapa, da modernização da Linha 1, a implantação da Linha 2, entre o Barreiro e Nova Suíça e a Linha 3 entre a Savassi e a estação Lagoinha, além da elaboração de um estudo de viabilidade para implantação de um [[Trem ligeiro|VLT]] entre a estação Vilarinho e a [[Cidade Administrativa de Minas Gerais]]. A PPP foi apresentada ao governo federal como contrapartida a regionalização do sistema metropolitano da [[Região Metropolitana de Belo Horizonte|RMBH]], com investimentos oriundos das instâncias estadual e federal, além da iniciativa privada.

Em 2011, a então Presidente da República, [[Dilma Rousseff]], anunciou a liberação de R$ 3,16 bilhões para a ampliação, reforma e modernização do sistema.<ref name="PPPmetro">{{citar web|url=http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/09/19/interna_gerais,251401/dilma-garante-que-metro-de-bh-vai-chegar-ao-barreiro-e-a-savassi.shtml|titulo=Dilma garante que metrô de BH vai chegar ao Barreiro e à Savassi|autor=[[Jornal Estado de Minas]]|data=19/09/2011|acessodata=19 de setembro de 2011}}</ref> O recurso contempla a PPP modelada e apresentada em 2008, com intervenções contemplando ampliação da Linha 1 até o bairro Novo Eldorado, em Contagem, além da reforma e modernização do ramal.<ref name="MetroPPP">{{citar web|url=http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/09/dilma-anuncia-recursos-federais-para-obras-no-metro-de-belo-horizonte.html|titulo=Dilma anuncia recursos federais para obras no metrô de Belo Horizonte|autor=[[G1]]|data=16/09/2011|acessodata=16 de setembro de 2011}}</ref>; a Linha 2 (Barreiro ↔ Nova Suíça) e a Linha 3 (Savassi ↔ Lagoinha).<ref name="PPPmetro" /> Entre 2012 e 2013, a Metrominas realizou estudos de sondagem do subsolo ao longo da linha 1 e dos trajetos previstos das linhas 2 e 3, como parte dos projetos básico e de engenharia,<ref name="SondagemMetro">{{citar web|url=https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/expans%C3%A3o-do-metr%C3%B4-de-belo-horizonte-%C3%A9-iniciada-com-sondagem-de-solo-1.33605|titulo=Expansão do metrô de Belo Horizonte é iniciada com sondagem de solo|autor=[[Jornal Hoje em Dia]]|data=03/09/2012|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref><ref name="SondagemSavassi">{{citar web|url=https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/sondagem-do-solo-aprova-linha-subterr%C3%A2nea-do-metr%C3%B4-at%C3%A9-a-savassi-1.127022|titulo=Sondagem do solo aprova linha subterrânea do metrô até a Savassi|autor=[[Jornal Hoje em Dia]]|data=03/04/2013|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref> tendo sido concluídos em 2014. No mesmo ano a Metrominas lançou edital para elaboração de projeto de transporte sobre trilhos entre Contagem e Betim, complementando o processo de expansão do sistema coordenado pela empresa.<ref name="L4">{{citar web|url=https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/metrominas-lan%C3%A7a-edital-para-transporte-sobre-trilhos-entre-contagem-e-betim-1.253833|titulo=Metrominas lança edital para transporte sobre trilhos entre Contagem e Betim|autor=[[Jornal Hoje em Dia]]|data=14/04/2014|acessodata=26 de Outubro de 2020}}</ref> O projeto entregue consistiu na implantação de uma rede metroferroviária de 22,5 km de extensão, entre a futura estação Novo Eldorado e o centro do município de Betim,<ref name="RelatorioMetrominas">{{citar web|url=https://pt.scribd.com/document/705731342/Transicao-de-Governo-Relatorios-Setoriais-Trem-Metropolitano-de-Belo-Horizonte-S-A-Metrominas|título=Transição de Governo - Relatórios Setoriais|autor=Trem Metropolitano de Belo Horizonte S.A. (Metrominas)|publicado=[[Scribd]]|data=Novembro de 2018|acessodata=23 de Outubro de 2020}}</ref> dividida em duas frentes de implantação. A primeira consiste no prolongamento da Linha 1 até o entroncamento da avenida João César de Oliveira com a Via Expressa de Contagem, no município homônimo, bairro Beatriz, utilizando a tecnologia [[Metropolitano|metroviária]]. Desse trecho em diante, seguiria-se com um ramal de VLT até Betim, com 19,2 km de extensão, em conformidade a demanda apresentada nos cenários estudados.<ref name="RelatorioMetrominas" /> A nova proposta foi inserida como sendo a Linha 4 e previu-se a entrega do projeto executivo em 2020.<ref name="RelatorioMetrominas" />

Em [[2022]], com a concessão do sistema ao [[Grupo Comporte]], através da [[Metrô BH]], foram contempladas, no escopo de concessão, a expansão até Novo Eldorado e a implantação da [[Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte|Linha 2]], com previsão de entregas entre 2026 e 2029.<ref name=AmpliaçãoMetrôBH>{{citar web|url=https://www.metrobh.com.br/obras/#ampliacao-das-linhas|titulo=Ampliação das linhas|autor=[[Metrô BH]]|publicado=Obras - Metrô BH|acessodata=14 de fevereiro de 2024}}</ref><ref name=ContratoConcessaoMetrôBH>{{citar web|url=http://www.ppp.mg.gov.br/images/SEI_GOVMG_-_62805355_-_Contrato_2_2.pdf|titulo=Contrato de concessão comum para a prestação de serviços de gestão, operação e manutenção da rede metroferroviária da Região Metropolitana de Belo Horizonte|autor=Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade do Estado de Minas Gerais|publicado=Unidade PPP - Concessões e Parcerias - Concessão do Metrô|data=14 de julho de 2023|acessodata=14 de fevereiro de 2024}}</ref>

{{panorama|Rede Metroferroviaria RMBH Metrominas 2018.png|600px|Expansão do sistema proposta pelo Governo de Minas Gerais, mediante a implementação de PPP}}

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| align="center" |Do traçado previsto, apenas o trecho ''Eldorado ↔ Novo Eldorado'' (1,8km) foi previsto na atual concessão.<ref name=ProjetosMetrôBH>{{citar web|url=http://www.infraestrutura.mg.gov.br/component/gmg/page/2490-avisos-metro-bh|titulo=Avisos Metrô BH|autor=Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade do Estado de Minas Gerais|publicado=infraestrutura.mg.gov.br|data=21 de setembro de 2023|acessodata=14 de fevereiro de 2024}}</ref><ref name=EstudoConcessaoMetroBH>{{citar web|url=http://www.ppp.mg.gov.br/images/Anexos_metro.pdf|titulo=Anexo 1A - Descrição Geral da Concessão|autor=[[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social|BNDES]] e [[Companhia Brasileira de Trens Urbanos|CBTU]]|publicado=Estudo de Outorga de Concessão do Transporte Ferroviário - CBTU-BH – Belo Horizonte/MG|data=8 de novembro de 2021|acessodata=14 de fevereiro de 2024}}</ref>
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=== Atual cenário e frentes de expansão ===
Com a transferência de propriedade do metrô de Belo Horizonte para o Governo do Estado de Minas Gerais, junto a concessão da gestão e operação para a iniciativa privada, ocorridas em [[Dezembro|dezembro]] de [[2022]], foram definidos novos cenários para o processo de modernização e ampliação do sistema. Foi definida a alocação de recursos da ordem de R$ 3,8 bilhões, para a revitalização e modernização da infraestrutura da [[Linha 1 do Metrô de Belo Horizonte|linha 1]], em operação, além da sua extensão em 1,79km até o bairro Novo Eldorado, no município de [[Contagem]]. Os investimentos de modernização da linha 1 incluem a revitalização das 19 estações em operação, atualização do controle operacional, novo sistema de sinalização e operação dos trens, além da substituição dos 25 [[Trem-unidade elétrico|trens]] da [[Frota do Metrô de Belo Horizonte|série 900]], fabricandos entre [[1985]] e [[2001]] e a aquisição de 16 novos, que, com os atuais 10 trens da [[Frota do Metrô de Belo Horizonte|série 1000]], adquirida entre [[2012]] e [[2014]], totalizarão 26 trens para a linha, de 4 composições cada.<ref name=ProjetosMetrôBH/><ref name=EstudoConcessaoMetroBH/> As primeiras intervenções, de revitalização das estações [[Estação Eldorado (Metrô de Belo Horizonte)|Eldorado]] e [[Estação Vilarinho|Vilarinho]], foram iniciadas em 20 de dezembro de [[2023]], com a previsão de conclusão das reformas até [[2026]].<ref name=InicioObras>{{citar web|url=https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2023/12/20/obras-de-modernizacao-do-metro-em-bh-comecam-nesta-quarta-feira.ghtml|titulo=Obras de modernização do metrô em BH começam nesta quarta-feira|autor=Ana Carolina Ferreira|publicado=[[g1]]|data=20 de dezembro de 2023|acessodata=14 de fevereiro de 2024}}</ref>

Também compõe o escopo de concessão a conclusão de implantação da [[Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte|linha 2]], paralisada desde 2004, no trecho entre o [[Estação Barreiro|Barreiro]] e [[Estação Nova Suíça|Nova Suíça]], no entroncamento com a linha 1, com 10,5km de extensão e 7 estações. Toda a infraestrutura da linha seguirão os mesmos padrões adotados para a modernização da linha 1. Prevê-se a aquisição de 8 trens, de 4 composições cada, para compor a frota.<ref name=ProjetosMetrôBH/><ref name=EstudoConcessaoMetroBH/> O início das obras é previsto para o segundo semestre de [[2024]], mediante a entrega do projeto executivo de implantação da linha, por parte da [[Metrô BH]], os trâmites para licenciamento ambiental de implantação e operação da linha, além do processo de vedação da faixa de domínio da linha, que exige desapropriações - realizadas em conjunto com a [[Política e administração pública de Belo Horizonte|prefeitura municipal de Belo Horizonte]] e a [[Ferrovia Centro-Atlântica S.A.|Ferrovia Centro-Atlântica]], que gere e opera a via férrea paralela ao traçado da linha.<ref name=InicioObrasL2>{{citar web|url=http://www.infraestrutura.mg.gov.br/component/gmg/story/3346-primeiras-etapas-para-construcao-da-linha-2-do-metro-da-rmbh-sao-iniciadas|titulo=Primeiras etapas para construção da linha 2 do metrô da RMBH são iniciadas|autor=Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade do Estado de Minas Gerais|publicado=infraestrutura.mg.gov.br (Imprensa)|data=11 de outubro de 2023|acessodata=14 de fevereiro de 2024}}</ref>

Conforme cenários e projeções de demanda realizados, projeta-se que, com a conclusão das obras previstas na concessão, o sistema passe a transportar, em média, 270 mil passageiros nos dias úteis, sendo 220 mil na linha 1 e 50 mil na linha 2.<ref name=ProjetosMetrôBH/><ref name=EstudoConcessaoMetroBH/><ref name=MetrôBHObras>{{citar web|url=https://www.metrobh.com.br/obras/|titulo=Obras|autor=[[Metrô BH]]|publicado=Metrô BH (página oficial)|acessodata=14 de fevereiro de 2024}}</ref>

{{panorama|Rede metrobh.png|750px|Rede metroferroviária de Belo Horizonte, em operação e a ser implantada}}

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| align="center" |Projeto executivo em elaboração. Início de operações previsto para 2026<ref name=ProjetosMetrôBH/><ref name=EstudoConcessaoMetroBH/><ref name=ProjetosMetrôBH>{{citar web|url=http://www.infraestrutura.mg.gov.br/component/gmg/page/2490-avisos-metro-bh|titulo=Avisos Metrô BH|autor=Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade do Estado de Minas Gerais|publicado=infraestrutura.mg.gov.br|data=21 de setembro de 2023|acessodata=14 de fevereiro de 2024}}</ref>
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| align="center" |Projeto executivo em fase de elaboração.<ref name=InicioObrasL2>{{citar web|url=http://www.infraestrutura.mg.gov.br/component/gmg/story/3346-primeiras-etapas-para-construcao-da-linha-2-do-metro-da-rmbh-sao-iniciadas|titulo=Primeiras etapas para construção da linha 2 do metrô da RMBH são iniciadas|autor=Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade do Estado de Minas Gerais|publicado=infraestrutura.mg.gov.br (Imprensa)|data=11 de outubro de 2023|acessodata=14 de fevereiro de 2024}}</ref> Início de operações previsto para 2029<ref name=EstudoConcessaoMetroBH/><ref name=MetrôBHObras>{{citar web|url=https://www.metrobh.com.br/obras/|titulo=Obras|autor=[[Metrô BH]]|publicado=Metrô BH (página oficial)|acessodata=14 de fevereiro de 2024}}</ref> 
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==== Linha 3 ====
[[Ficheiro:Linha_3_BH.png|miniaturadaimagem|Concepção inicial da Linha 3 do Metrô de Belo Horizonte]]
A Linha 3 do [[Metrô de Belo Horizonte]] atualmente encontra-se projetada, mas não há previsão de quando será implantada.

A ideia de se implementar um terceiro trecho metroviário em Belo Horizonte remonta do final da década de 90, quando a então Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte decidiu iniciar os estudos para a inserção do metrô no [[Centro (Belo Horizonte)|hipercentro]] da cidade, que deveria ser feito por meio de túneis subterrâneos em razão do alto adensamento da região<ref>{{Citar web|url=https://pt.scribd.com/presentation/118058406/Plano-Diretor-de-Transporte-sobre-Trilhos-das-Linhas-2-e-3-do-Metro-de-Belo-Horizonte|titulo=Plano Diretor de Transporte Sobre Trilhos Das Linhas 2 e 3 Do Metrô de Belo Horizonte {{!}} PDF {{!}} Transporte {{!}} Engenharia de Transporte|acessodata=2023-06-28|website=Scribd|lingua=pt}}</ref>. Foi então dado início a elaboração dos primeiros projetos da linha 3 que inicialmente visava ligar a [[Pampulha]] até a [[Savassi (Belo Horizonte)|Savassi]]. A proposta era de uma linha de cerca de 12 km totalmente subterrânea partindo das proximidades do [[Aeroporto de Belo Horizonte-Pampulha|Aeroporto da Pampulha]] e seguindo por todo o leito da [[Avenida Antônio Carlos|Avenida Antonio Carlos]] até a [[Estação Lagoinha]], onde ocorreria a integração com a [[Linha 1 do Metrô de Belo Horizonte|Linha 1]]. Em seguida, a linha subiria em direção à [[Praça Sete de Setembro (Belo Horizonte)|Praça Sete]], [[Praça da Liberdade (Belo Horizonte)|Praça da Liberdade]] para enfim chegar à [[Praça Diogo de Vasconcelos]], na região da Savassi<ref>{{Citar web|url=https://pt.scribd.com/presentation/118058406/Plano-Diretor-de-Transporte-sobre-Trilhos-das-Linhas-2-e-3-do-Metro-de-Belo-Horizonte|titulo=Plano Diretor de Transporte Sobre Trilhos Das Linhas 2 e 3 Do Metrô de Belo Horizonte {{!}} PDF {{!}} Transporte {{!}} Engenharia de Transporte|acessodata=2023-06-28|website=Scribd|lingua=pt}}</ref>. 

Nos últimos anos, houve diversas reviravoltas na proposta, como extensão da linha até a região do [[Belvedere (Belo Horizonte)|Belvedere]] e ao município de [[Nova Lima]], mas nenhuma levou ao inicio das obras. Como alternativa à não implementação da linha 3 na região da Pampulha, a [[Política e administração pública de Belo Horizonte|Prefeitura de Belo Horizonte]] decidiu então investir na implantação do sistema [[Move (sistema de transportes)|BRT Move]] em diversos corredores da cidade, incluindo a Avenida Antônio Carlos, visando o atendimento aos torcedores e turistas que acompanhariam os jogos da [[Copa do Mundo FIFA de 2014|Copa do Mundo de 2014]] realizados no [[Estádio Governador Magalhães Pinto|Mineirão]]<ref>{{Citar web|ultimo=RBA|primeiro=Celso Filho, especial para a|url=https://www.redebrasilatual.com.br/esportes/atraso-em-aeroporto-e-em-obras-de-mobilidade-levanta-expectativas-sobre-copa-em-bh/|titulo=Obras da Copa: Sem investimento no metrô, BH aposta em ônibus e táxi|data=2012-12-17|acessodata=2023-06-28|website=Rede Brasil Atual|lingua=pt-BR}}</ref>.
O projeto mais recente da Linha 3 do Metrô de Belo Horizonte é datado de 2011, quando a então Presidente da República [[Dilma Rousseff|Dilma Rouseff]] veio a Belo Horizonte anunciar a liberação de R$ 3,16 bilhões para obras de modernização e ampliação da rede metroviária da capital, incluindo a construção da Linha 3, que agora teria um novo traçado e uma extensão mais curta (4,5 km)<ref>{{Citar web|ultimo=Minas|primeiro=Estado de|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/05/17/interna_politica,529721/linha-lagoinha-savassi-atendera-225-mil-passageiros-por-dia.shtml|titulo=Linha Lagoinha-Savassi atender� 225 mil passageiros por dia|data=2014-05-17|acessodata=2023-06-29|website=Estado de Minas|lingua=pt-BR}}</ref>, em função da implementação do BRT na Pampulha<ref>{{Citar web|ultimo=MG|primeiro=Humberto TrajanoDo G1|url=https://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/09/dilma-anuncia-recursos-federais-para-obras-no-metro-de-belo-horizonte.html|titulo=Dilma anuncia recursos federais para obras no metrô de Belo Horizonte|data=2011-09-16|acessodata=2023-06-28|website=Minas Gerais|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Minas|primeiro=Estado de|url=https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/09/19/interna_gerais,251401/dilma-garante-que-metro-de-bh-vai-chegar-ao-barreiro-e-a-savassi.shtml|titulo=Dilma garante que metr� de BH vai chegar ao Barreiro e � Savassi|data=2011-09-19|acessodata=2023-06-28|website=Estado de Minas|lingua=pt-BR}}</ref>.

O processo de sondagem do solo<ref>{{Citar web|ultimo=Dia|primeiro=Danilo Emerich-Do Hoje em|url=https://www.hojeemdia.com.br/minas/expans-o-do-metro-de-belo-horizonte-e-iniciada-com-sondagem-de-solo-1.33605|titulo=Expansão do metrô de Belo Horizonte é iniciada com sondagem de solo|data=2012-09-03|acessodata=2023-06-28|website=Hoje em Dia|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Dia|primeiro=Renato Fonseca-Hoje em|url=https://www.hojeemdia.com.br/minas/sondagem-do-solo-aprova-linha-subterranea-do-metro-ate-a-savassi-1.127022|titulo=Sondagem do solo aprova linha subterrânea do metrô até a Savassi|data=2013-04-03|acessodata=2023-06-28|website=Hoje em Dia|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.brasilengenharia.com/portal/noticias/destaque/4585-metrominas-conclui-sondagem-da-linha-3-do-metro|titulo=Portal Brasil Engenharia {{!}} Metrominas conclui sondagem da linha 3 do metrô|acessodata=2023-06-28|website=www.brasilengenharia.com}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Redação|url=https://www.transportabrasil.com.br/2013/04/empresa-conclui-sondagem-de-linha-3-do-metro-de-belo-horizonte-mg/|titulo=Empresa conclui sondagem de linha 3 do metrô de Belo Horizonte (MG)|data=2013-04-05|acessodata=2023-06-28|website=Agência Transporta Brasil|lingua=pt-BR}}</ref> para a construção dos túneis chegou a ser feito e os projetos básico e executivo elaborados. Entretanto divergências técnicas e políticas entre o Governo Federal e o Governo do Estado<ref>{{Citar web|url=http://www.infraestrutura.mg.gov.br/sobre/ultimas-noticias/banco-de-noticias-1/story/1894-metrominas-entrega-detalhamento-de-informacoes-solicitadas-pela-caixa-sobre-o-projeto-da-linha-3-do-metro-de-bh|titulo=Metrominas entrega detalhamento de informações solicitadas pela Caixa sobre o projeto da linha 3 do metrô de BH {{!}} Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais - SEINFRA|acessodata=2023-06-28|website=www.infraestrutura.mg.gov.br}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Dia|primeiro=Patrícia Scofield-Hoje em|url=https://www.hojeemdia.com.br/estimativa-de-custo-da-linha-3-do-metro-em-bh-cresce-110-e-trava-obra-1.275262|titulo=Estimativa de custo da linha 3 do metrô em BH cresce 110% e trava obra|data=2014-09-12|acessodata=2023-06-28|website=Hoje em Dia|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Minas|primeiro=Estado de|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/05/23/interna_politica,531726/governo-federal-devolve-projeto-da-linha-3-do-metro-de-bh-por-causa-de-pendencias.shtml|titulo=Governo Federal devolve projeto da Linha 3 do m�tro de BH por causa de pend�ncias|data=2014-05-23|acessodata=2023-06-28|website=Estado de Minas|lingua=pt-BR}}</ref>e até mesmo deste com a Prefeitura<ref>{{Citar web|ultimo=Minas|primeiro=Estado de|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2015/04/10/interna_politica,636168/desentrosamento-no-metro.shtml|titulo=Prefeitura de BH e governo de Minas n�o se entendem sobre obras do metr�|data=2015-04-10|acessodata=2023-06-28|website=Estado de Minas|lingua=pt-BR}}</ref>atrasaram, e posteriormente, cancelaram a liberação da verba, fazendo com que tudo voltasse à estaca zero.  

Entre 2019 e 2022, com o processo de desestatização da filial mineira da [[Companhia Brasileira de Trens Urbanos]] e consequentemente, a transferência da gestão do modal para o Governo do Estado e seu posterior repasse à iniciativa privada<ref>{{Citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/economia/bndes-marca-leilao-de-privatizacao-do-metro-de-bh-para-22-de-dezembro-na-b3/|titulo=BNDES marca leilão de privatização do metrô de BH para 22 de dezembro na B3|acessodata=2023-06-29|website=CNN Brasil|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/metro-da-regiao-metropolitana-de-bh-e-concedido-a-iniciativa-privada-por-r-25-7-milhoes|titulo=Metrô da Região Metropolitana de BH é concedido à iniciativa privada por R$ 25,7 milhões|data=2022-12-22|acessodata=2023-06-29|website=www.agenciaminas.mg.gov.br|lingua=pt-br}}</ref> criou-se a expectativa de que o ramal pudesse ser beneficiado. Entretanto, infelizmente, o projeto da linha 3 ficou de fora do escopo do contrato. 

{{Notas e referências}}


== Leituras adicionais ==
* [https://www.researchgate.net/publication/283463336 Estudo político da implementação do Metrô BH]

== Ligações externas ==
* {{Oficial|http://www.metrobh.com.br}}
* {{Instagram|metrobhoficial}}
* {{wayback|url=https://rio.alphafm.com.br/|title=Antigo sítio oficial|date=20230320201946}}
{{Metrô de Belo Horizonte}}{{Transporte Coletivo em Belo Horizonte}}{{Transporte coletivo urbano no Brasil}}{{Metros do mundo}}{{Portal3|Ferroviário|Transporte|Minas Gerais}}

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[[Categoria:1986 no transporte ferroviário]]
[[Categoria:Fundações em Minas Gerais em 1986]]