Miguel Bombarda
Miguel Augusto Bombarda (Rio de Janeiro, 6 de Março de 1851 — Lisboa, 3 de Outubro de 1910) foi um médico psiquiatra e político republicano português.
Biografia
Estudou na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, onde viria a ser professor e foi director do Hospital de Rilhafoles, onde criou o Laboratório de Histologia em 1887. Como professor na Escola Médico-Cirúrgica deu um importante contributo para a reforma do estudos médicos [1].
Republicano convicto, foi um acérrimo anticlerical. Tornou-se membro do Partido Republicano Português em 1909, tendo sido eleito deputado em Agosto de 1910. Membro do comité revolucionário que implantou a República em Portugal, em 5 de Outubro de 1910, e considerado o seu chefe civil. Não chegou, contudo, a assistir à vitória dos republicanos por ter sido assassinado por um doente mental do Hospital de Rilhafoles em 3 de Outubro de 1910, poucas horas antes do início da revolta. Teve um funeral conjunto ao de Cândido dos Reis, no dia 6 de Outubro.
Obra
Deixou publicados vários escritos, entre os quais:[2]
- Dos Hemisférios Cerebrais e Suas Funções Psíquicas (1877)
- Distrofias por Lesão Nervosa (1880)
- Lições sobre a Epilepsia e as Pseudo-Epilepsias (1896)
- O Delírio do Ciúme (1896)
- Consciência e Livre Arbítrio (1896)
- A Contribuição ao Estudo dos Microcéfalos
Foi o fundador da revista Medicina contemporânea. Foi o secretário-geral do "XVI Congresso Internacional de Medicina e Cirurgia" que se reuniu em Lisboa em 1906.
Referências
Dicionário da História de Portugal, Publicações Alfa