Modelo médico da deficiência

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O modelo médico da deficiência, ou modelo biomédico da deficiência, é uma expressão baseada na percepção biomédica da deficiência. Este modelo observa deficiência como lesão que reduz a qualidade de vida de um indivíduo e, portanto, deve ser atenuada ou ajustada por meio de intervenções médicas. Frequentemente, autores costumam relacionar o modelo médico da deficiência com a ideia de cura.[1]

Este modelo passou a ser criticado por pessoas com deficiência e, também, autores do próprio campo científico. Estas críticas consolidaram o movimento das pessoas com deficiência (e, subsequentemente, o chamado modelo social da deficiência),[2] enquanto autores como George L. Engel afirmavam a necessidade de se repensar a prática médica. Esta última ideia gerou o modelo biopsicossocial.[3][4]

Referências

  1. Fisher, Pamela; Goodley, Dan (janeiro de 2007). «The linear medical model of disability: mothers of disabled babies resist with counter-narratives». Sociology of Health & Illness. 29 (1): 66–81. PMID 17286706. doi:10.1111/j.1467-9566.2007.00518.x 
  2. Paley, John (1 de outubro de 2002). «The Cartesian melodrama in nursing». Nursing Philosophy. 3 (3): 189–192. doi:10.1046/j.1466-769X.2002.00113.x 
  3. Engel, George L. (1980). The clinical application of the biopsychosocial model (em inglês). American Journal of Psychiatry: [s.n.] 
  4. Engel, G. (8 de abril de 1977). «The need for a new medical model: a challenge for biomedicine». Science. 196 (4286): 129–136. Bibcode:1977Sci...196..129E. PMID 847460. doi:10.1126/science.847460