Nagareru

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Nagareru
流れる
Correnteza (BRA)
Nagareru
Pôster promocional
 Japão
1956 •  preto-e-branco •  116[1][2] min 
Direção Mikio Naruse
Produção Sanezumi Fujimoto
Roteiro Toshirō Ide
Sumie Tanaka
Aya Koda (romance)
Elenco Kinuyo Tanaka
Isuzu Yamada
Hideko Takamine
Música Ichirō Saitō
Cinematografia Masao Tamai
Edição Eiji Ooi
Companhia(s) produtora(s) Toho
Distribuição Toho
Lançamento
  • 20 de novembro de 1956 (1956-11-20) (Japão)[1][2]
Idioma japonês

Nagareru (流れる? lit. "fluindo") (bra: Correnteza)[3] é um filme de drama japonês de 1956 dirigido por Mikio Naruse. É baseado no romance de mesmo nome feito pela escritora Aya Kōda.[4]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Rika, uma viúva, começa a trabalhar como empregada doméstica na okiya (casa de gueixas) da gueixa Otsuta, que mora com sua filha Katsuyo, sua irmã mais nova Yoneko, e a filha de Yoneko, Nanako, também uma gueixa. Das sete gueixas que já trabalharam para Otsuta, sobraram apenas Nanako e Someka; uma terceira garota, Namie, acaba de fugir, convencida de que foi enganada pela dona da casa. A irmã mais velha de Otsuta, Otoyo, tenta pressionar Otsuta a encontrar um marido financeiramente estável para pagar os empréstimos da casa que as duas hipotecaram juntas. Ohama, uma ex-gueixa que trabalhou para Otsuta, tenta ajudar fazendo contato entre ela e o empregador de seu sobrinho, Hanayama, um ex-patrão de Otsuta. A situação piora quando o tio de Namie aparece exigindo o dinheiro que ele acha que sua sobrinha tem direito a receber. Otsuta tenta compensá-lo com 50.000 ienes, metade do dinheiro dado por Hanayama, mas ele se recusa e vai à polícia, resultando em Otsuta e Katsuyo sendo interrogadas na delegacia. Eventualmente, Ohama paga pela casa hipotecada de Otsuta, mas apenas para abrir seu próprio restaurante. Ela oferece a Rika um emprego em seu futuro negócio, mas Rika recusa. Na cena final, Rika, instruída a não contar a ninguém sobre os planos de Ohama, observa a Otsuta, sem saber da situação atual de seu imóvel, dando aulas de música para suas aprendizes.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Livro e filme[editar | editar código-fonte]

O romance feito por Aya Kōda, publicado um ano antes do lançamento do filme, descreveu os eventos principalmente na perspectiva de Rika/Oharu, uma mulher educada, diferente da personagem bastante simples retratada por Kinuyo Tanaka no filme. Além disso, o longa ampliou o papel de Katsuyo, apresentando visões externas do ambiente que as gueixas circulam. Entretanto, o final do livro difere no filme: no livro, Rika aceita a oferta para administrar a antiga casa de Otsuta assim que as gueixas do imóvel são removidas.[4]

Para seu livro, Kōda usou suas próprias experiências e memórias enquanto trabalhava como empregada e faxineira em uma casa de gueixas no distrito de Yanagibashi, em Tóquio, no início dos anos 1950.[5]

Lançamento[editar | editar código-fonte]

Nagareru foi lançado no Japão em 20 de novembro de 1956. Ele foi lançado nos Estados Unidos em 13 de maio de 1978 com legendas em inglês.[6]

Legado[editar | editar código-fonte]

Nagareru foi exibido no Museu de Arte Moderna de Nova York em 1985[7] e no Harvard Film Archive em 2005[8] como parte de suas retrospectivas sobre as obras de Mikio Naruse.

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Isuzu Yamada recebeu o prêmio Blue Ribbon de Melhor Atriz em 1956, o Mainichi Film Concours de Melhor Atriz de 1956 (por Nagareru, Neko to Shōzō to futari no onna e Boshizō),[9][10] e o prêmio da Kinema Junpo de Melhor Atriz em 1956 (por Nagareru e Neko to Shōzō to futari no onna).[11]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b «流れる (Flowing)». Japanese Movie Database (em japonês). Consultado em 28 de janeiro de 2021 
  2. a b «流れる (Flowing)» (em japonês). Kinema Junpo. Consultado em 28 de janeiro de 2021 
  3. «Correnteza (1956)». Cineplayers. 26 de janeiro de 2019. Consultado em 20 de outubro de 2023 
  4. a b Russell, Catherine (2008). The Cinema of Naruse Mikio: Women and Japanese Modernity. Durham and London: Duke University Press. ISBN 978-0-8223-4290-8 
  5. Sherif, Ann (1999). Mirror: The Fiction and Essays of Koda Aya. [S.l.]: University of Hawaii Press. ISBN 9780824821814 
  6. Galbraith IV, Stuart (2008). The Toho Studios Story: A History and Complete Filmography. [S.l.]: Scarecrow Press. pp. 126–127. ISBN 9781461673743 
  7. «Mikio Naruse: A Master of the Japanese Cinema Opens at MoMA September 23» (PDF). Museum of Modern Art. Consultado em 20 de julho de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2023 
  8. «Flowing». Harvard Film Archive. Consultado em 20 de julho de 2023. Cópia arquivada em 23 de fevereiro de 2023 
  9. «1956 Blue Ribbon Awards» (em japonês). Consultado em 9 de julho de 2022. Cópia arquivada em 7 de fevereiro de 2009 
  10. «1956 Mainichi Film Awards» (em japonês). Consultado em 9 de julho de 2022. Cópia arquivada em 21 de junho de 2023 
  11. «1956 Kinema Junpo Awards» (em japonês). Consultado em 9 de julho de 2022. Cópia arquivada em 1 de agosto de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]