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Narcisa Emília O'Leary: diferenças entre revisões

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'''Narcisa Emília O'Leary''' ([[Cork]], [[Irlanda]], [[1770]] — [[1829]]), foi esposa de [[José Bonifácio de Andrada e Silva]], o "Patriarca da Independência". Ao contrário da farta documentação sobre seu marido, os registros históricos acerca de Narcisa são escassos.<ref>ANDRADE, p. 11.</ref> Sabe-se que, natural da Irlanda e órfã de pai e mãe, imigrou ainda criança para Portugal junto com sua tia, Isabel O´Leary, provavelmente devido à forte repressão dos [[protestantismo|protestantes]] [[Inglaterra|ingleses]] contra os [[catolicismo|católicos]] da Irlanda<ref name="p12">ANDRADE, p. 12.</ref>, à época sob o domínio da Inglaterra.

Conheceu José Bonifácio após este mudar-se para [[Lisboa]], em [[1788]], para cursar a [[Universidade de Coimbra]].<ref name="p12"/> Segundo a [[certidão de casamento]], encontrada no [[Arquivo Nacional da Torre do Tombo]], casaram-se em [[31 de Janeiro]] de [[1790]], ocasião em que Narcisa contava com 20 anos de idade.<ref name="p13">ANDRADE, p. 13.</ref>. Juntos, tiveram duas filhas: Carlota Emília d'Andrada e Gabriela Frederica Ribeiro d'Andrada.<ref name="p13"/>

Nos anos seguintes, documentos de [[salvo-conduto]] confirmam que Narcisa viajou para a [[Suécia]] e [[Noruega]] com o marido. <ref name="p13"/> Um passaporte de [[19 de Agosto]] de [[1819]] registra que toda a família, inclusive Narcisa, mudou-se para o [[Brasil]], após autorização do governo português, <ref name="p14">ANDRADE, p. 14.</ref>, permanecendo a maior parte do tempo no [[Rio de Janeiro]], capital do Império.

Narcisa viu o marido ser preso, em [[21 de Novembro]] de [[1823]], após a dissolução da [[Assembléia Constituinte]] por [[Pedro I do Brasil|D. Pedro I]]<ref name="p17">ANDRADE, p. 17.</ref>. Os prisioneiros, incluindo seus irmãos, [[Martim Francisco Ribeiro de Andrada]] e [[Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva]], foram deportados para a Europa. Narcisa foi autorizada a acompanhar o marido, e a família viveu modestamente nas imediações de [[Bordéus]], [[França]], até 1829, quando receberam permissão para voltar do exílio<ref name="p17"/> Narcisa morreria subitamente, na viagem de volta ao Brasil, a bordo do navio francês ''"Fênix"'', apenas dois dias antes deste fundear no [[porto do Rio de Janeiro]]<ref name="p22">ANDRADE, p. 22.</ref>. Foi sepultada pelo marido no dia [[27 de Julho]] de [[1829]], no [[Convento do Carmo (Rio de Janeiro)|Convento do Carmo]]<ref name="p22"/>.

Os registros históricos sustentam que Narcisa foi sempre fiel e companheira do marido, apesar de suas conhecidas aventuras extra-conjugais, e, de acordo com depoimentos da época, sempre foi uma esposa discreta, polida e virtuosa, acompanhando José Bonifácio durante as alegrias e adversidades de uma vida política intensa, conturbada, mas memorável<ref name="p19">ANDRADE, p. 19.</ref><ref name="p22"/><ref name="p23">ANDRADE, p. 23.</ref>.

{{ref-section|Notas}}

==Referências==
<div class="references-small">
* {{Referência a livro
| Autor = ANDRADE, Wilma Therezinha Fernandes de
| Título = Narcisa Emília: uma irlandesa na vida de José Bonifácio
| Subtítulo =
| Edição =
| Local de publicação = [[Santos]]
| Editora = Leopoldianum
| Ano = [[2004]]
| Páginas = 11-28
| Volumes =
| Volume = 30, n.81/82
| ID = [[ISSN]] 0101-9635
}}
</div>

=={{Ligações externas}}==
* [http://www.obrabonifacio.com.br/az/verbete/2/ Biografia de Narcisa Emília O'Leary]

{{Biografias|esboço}}

{{semiw}}

[[Categoria:José Bonifácio de Andrada e Silva]]

Revisão das 11h28min de 21 de novembro de 2008

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