Nomenclatura Gramatical Portuguesa

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História e Criação[editar | editar código-fonte]

A Nomenclatura Gramatical Portuguesa (NGP) de 1967, elaborada sob coordenação de Manuel de Paiva Boléo, um mais destacados linguistas portugueses,[1] foi aprovada pela Portaria n.º 22 664, de 28 de Abril de 1967.

Antes da sua homologação final em 1967, a NGP foi objecto de um longo período de gestação e discussão, durante o qual vários projectos e anteprojectos foram circulados e debatidos. [carece de fontes?]

Durante cerca de quatro décadas a NGP serviu de base e de apoio ao ensino da língua portuguesa nos graus básico e secundário do ensino.

Estrutura e conteúdos[editar | editar código-fonte]

A NGP é uma lista hierarquizada de termos gramaticais e linguísticos de referência: é uma terminologia simples, não um glossário ou dicionário. Os termos da NGP designam de forma normalizada conceitos básicos de Gramática e Linguística que os professores de língua portuguesa deveriam dominar e, nalguns, casos, transmitir aos alunos dos Ensinos Básico e Secundário.

A NGP não contém, portanto, definições: o objectivo da nomenclatura era definir e normalizar uma rede conceptual de referência. A definição de uma rede ou grelha conceptual é tarefa fundamental para a estruturação de práticas discursivas e comunicativas em qualquer área técnico-científica. Ao contrário da NGP, a TLEBS, que a substituiu em 2007, não assenta numa tal pré-definição, o que à partida diminui muito o seu valor como instrumento normativo e de referência.

[em curso]

Revogação[editar | editar código-fonte]

A NGP foi revogada e substituída pela Terminologia para os Ensinos Básico e Secundário, a título de experiência pedagógica, pela Portaria n.º 1488/2004, de 24 de Dezembro. A TLEBS, na sequência de forte contestação pela opinião pública e linguistas destacados, viria a ser suspensa em 2007 pelo Ministério da Educação para revisão. Após a revisão, na qual cerca de um terço dos verbetes foram suprimidos, foi transformada num Dicionário Terminológico disponível on-line.

Referências

  1. No texto da portaria que revogou a NGP lê-se a fundamentação seguinte, que emana de falta de bom-senso pedagógico e de incompreensão dos objectivos da NGP: «a Nomenclatura Gramatical Portuguesa foi, progressivamente, acusando a inexorável usura do tempo, tendo deixado, há muito, de constituir referência para a solução de problemas que têm vindo a ser identificados no campo do ensino da língua portuguesa, nomeadamente no que se refere à constituição de uma terminologia especializada, apta a instituir e a descrever os factos linguísticos, permitindo a criação de instrumentos de trabalho reconhecíveis por professores e alunos, delimitando o conhecimento pedagogicamente válido na área da linguística e clarificando as bases da relação entre os saberes escolares e os saberes científicos.»

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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