O Filho Eterno: diferenças entre revisões
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Em sua obra “O filho eterno”, Tezza trata da trissomia do cromossomo, ou a Síndrome de Down e há duas maneiras de se ler essa obra de Tezza. A primeira é você ler a obra como um romance, que é como aparece na catalogação do livro, e lê-la como uma autobiografia de Tezza, já que o próprio autor confessou ter escrito a obra baseada na sua vida. Ele tem um filho com síndrome de down, por isso foi elogiado por ser cruelmente honesto em mostrar seus pensamentos e sentimentos mais íntimos, mesmo que os deixe o leitor contra ele. O historia começa nos anos 80 com um aspirante a escritor, que nunca teve emprego fixo na vida, que é sustentado pela mulher durante o período em que não publica ou não vende nada, e que é surpreendido pela noticia de seu primeiro filho nascer com trissomia do cromossomo 21, ou a síndrome de Down. Já no hospital, logo após o parto, o pai assume o papel de um anti-herói canalha, insensível e hipócrita, rejeitando e menosprezando o filho por causa de sua falha genética, o tratando como uma trava, estorvo para os seus planos de sucesso, liberdade e sociabilidade. Em certos momentos da narrativa, ele até torce para que o filho morra, usando um repertorio de palavras que ninguém em sã consciência teria a ousadia de dizer: como ser insignificante, criança horrível, pequeno monstro, pedra inútil, deficiente mental, absolutamente nada, problema a ser resolvido, pequena vergonha. A esposa, no qual não é citado o nome, aparece como um meio para se chegar à uma finalidade: sustentá-lo enquanto não publica nada, e tomar a culpa pelo filho ter nascido com Down e idiota por insistir nos tratamentos. Tanto que ele se imagina a toda hora largando da esposa para partir do zero sozinho. Mas a aversão dele não é só porque o menino é diferente, mas porque não queria filhos, indicando que a gravidez provavelmente não foi planejada e confirmando a hipótese ao mesmo tratamento insensível dispensado para a filha caçula, ‘normal’. Porém, a coisa muda antes da metade do livro. A convivência faz o pai olhar o filho diferente, comparando características e limitações do menino às que ele possui como pai, pessoa e escritor. Ele não admite mudar por causa do filho, mas que se resignou com a situação. Muitas das limitações do filho descritas eram como se o pai visse no filho exatamente aquilo que há dentro dele. Esses trechos são sobre o filho, mas os mesmo serviriam ao pai: “Um orgulho idiota, um pequeno teatro: passou a vida obedecendo, tentando se ajustar a alguma coisa que ele não sebe o que é”, e o trecho que diz: “A criança parece não responder ao seu afeto; vive na sua própria redoma – parece que nada do que há em volta toca a ela de fato”. Além disso, são contados paralelamente à historia as aventuras do pai quando jovem na Europa e no Brasil, mas são totalmente desprezíveis para o seguimento da obra. |
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Revisão das 23h43min de 30 de novembro de 2010
O Filho Eterno é um livro de Cristóvão Tezza publicado originalmente em 2007.
Conta a história de um pai e seu filho portador de síndrome de Down, seus aprendizados e dificuldades.
Em sua obra “O filho eterno”, Tezza trata da trissomia do cromossomo, ou a Síndrome de Down e há duas maneiras de se ler essa obra de Tezza. A primeira é você ler a obra como um romance, que é como aparece na catalogação do livro, e lê-la como uma autobiografia de Tezza, já que o próprio autor confessou ter escrito a obra baseada na sua vida. Ele tem um filho com síndrome de down, por isso foi elogiado por ser cruelmente honesto em mostrar seus pensamentos e sentimentos mais íntimos, mesmo que os deixe o leitor contra ele. O historia começa nos anos 80 com um aspirante a escritor, que nunca teve emprego fixo na vida, que é sustentado pela mulher durante o período em que não publica ou não vende nada, e que é surpreendido pela noticia de seu primeiro filho nascer com trissomia do cromossomo 21, ou a síndrome de Down. Já no hospital, logo após o parto, o pai assume o papel de um anti-herói canalha, insensível e hipócrita, rejeitando e menosprezando o filho por causa de sua falha genética, o tratando como uma trava, estorvo para os seus planos de sucesso, liberdade e sociabilidade. Em certos momentos da narrativa, ele até torce para que o filho morra, usando um repertorio de palavras que ninguém em sã consciência teria a ousadia de dizer: como ser insignificante, criança horrível, pequeno monstro, pedra inútil, deficiente mental, absolutamente nada, problema a ser resolvido, pequena vergonha. A esposa, no qual não é citado o nome, aparece como um meio para se chegar à uma finalidade: sustentá-lo enquanto não publica nada, e tomar a culpa pelo filho ter nascido com Down e idiota por insistir nos tratamentos. Tanto que ele se imagina a toda hora largando da esposa para partir do zero sozinho. Mas a aversão dele não é só porque o menino é diferente, mas porque não queria filhos, indicando que a gravidez provavelmente não foi planejada e confirmando a hipótese ao mesmo tratamento insensível dispensado para a filha caçula, ‘normal’. Porém, a coisa muda antes da metade do livro. A convivência faz o pai olhar o filho diferente, comparando características e limitações do menino às que ele possui como pai, pessoa e escritor. Ele não admite mudar por causa do filho, mas que se resignou com a situação. Muitas das limitações do filho descritas eram como se o pai visse no filho exatamente aquilo que há dentro dele. Esses trechos são sobre o filho, mas os mesmo serviriam ao pai: “Um orgulho idiota, um pequeno teatro: passou a vida obedecendo, tentando se ajustar a alguma coisa que ele não sebe o que é”, e o trecho que diz: “A criança parece não responder ao seu afeto; vive na sua própria redoma – parece que nada do que há em volta toca a ela de fato”. Além disso, são contados paralelamente à historia as aventuras do pai quando jovem na Europa e no Brasil, mas são totalmente desprezíveis para o seguimento da obra.