Mostrar código-fonte de Ordem de Malta

{{Ver desambig|ordem honorífica britânica|Venerável Ordem de São João}}
{{Links ambíguos}}
{{Info/País
|nome_longo_convencional  = Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta
|imagem_bandeira    = Flag of the Order of St. John (various).svg
|nome_pt            = Ordem de Malta
|nome_nativo        = <small>''Supremus Militaris Ordo Hospitalarius Sancti Ioannis Hierosolymitani Rhodiensis et Melitensis''</small>
|imagem_brasão      = Coat of arms of the Sovereign Military Order of Malta (variant).svg
|descrição_bandeira = Bandeira da Ordem de Malta
|descrição_brasão   = Armas da Ordem de Malta
|leg_bandeira       = Bandeira da Ordem
|leg_brasão         = Brasão de armas
|lema               = ''"Tuitio Fidei et Obsequium Pauperum"''{{spaces|2}}<small>([[Latim]])<br /> "Defesa da Fé e assistência aos pobres"</small><ref name="OoM_Mis">{{citar web
|url= https://www.orderofmalta.int/humanitarian-medical-works/hospitaller-mission/
|título= Misión de la Orden de Malta
|editor=Orderofmalta.int
|acessodata=11/05/2019
}}</ref>
|hino               = [[s:pt:Ave Crux Alba|''Ave Crux Alba'']]<br /><small>(Salve a Cruz Branca)</small>
|título_líder1      = [[Grão Mestre]]
|nome_líder1        = Frei [[John Timothy Dunlap]] 
|título_líder2      = [[Patrono]]
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|nome_líder5        = Frei [[Alessandro de Franciscis]]
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|nome_líder6        = [[Silvano Maria Tomasi]], [[Escalabrinianos|C.S.]]
|evento_tipo        = Criação
|evento1            = Organização assistencial
|evento_data1       = [[1048]]
|evento2            = [[Ordem militar]]
|evento_data2       = [[1136]]
|gentílico=melitense}}
A  '''Ordem de Malta'''<ref group=nota>Também conhecida por Ordem do Hospital, [[Ordem de São João de Jerusalém]] ou Ordem de São João de Rodes</ref> ou '''Cavaleiros Hospitalários''' (oficialmente '''Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta''')<ref group=nota>Em [[língua francesa|francês]] ''Ordre Hospitalier de Saint-Jean de Jérusalem em [[latim]] ''Ordo Hospitalis sancti Johannis Ierosolimitani'', em [[língua italiana|italiano]] ''Cavalieri dell'Ordine dell'Ospedale di San Giovanni di Gerusalemme''</ref> é uma [[organização internacional]] [[Igreja Católica|católica]] que começou como uma ordem [[Ordem de São Bento|beneditina]] fundada no {{séc|XI}} na [[Palestina (região)|Palestina]], durante as [[Cruzadas]], mas que rapidamente se tornaria numa [[ordem militar]] [[cristianismo|cristã]], numa congregação de regra própria, encarregada de assistir e proteger os peregrinos àquela terra<ref>Bertrand Galimard Flavigny '' Histoire de l'Ordre de Malte'', Perrin, París, (2006) P. 22.</ref> e de exercer a [[caridade]].

Tem como [[Santo]] [[Padroeiro]] [[João Batista|São João Batista]].<ref>[https://www.orderofmalta.int/wp-content/uploads/2016/07/Sovereign-Order-of-Malta-Constitutional-Charter-and-code.pdf orderofmalta.int - pdf]</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2013/february/documents/hf_ben-xvi_spe_20130209_ordine-malta.html |titulo=Discurso do Santo Padre à Soberana Ordem Militar de Malta (9 de fevereiro de 2013) {{!}} Bento XVI |acessodata=2021-06-09 |website=www.vatican.va}}</ref>

Atualmente, a Ordem de Malta é uma organização humanitária reconhecida como entidade de direito internacional privado. A ordem dirige hospitais e centros de reabilitação. Possui 13&nbsp;500 membros, 80&nbsp;000 voluntários permanentes e 42&nbsp;000 profissionais da saúde associados, incluindo médicos, enfermeiros, auxiliares e paramédicos. Seu objetivo é auxiliar os idosos, os deficientes, os refugiados, as crianças, os sem-teto e aqueles com doença terminal e [[Lepra|hanseníase]] (esta a par com a [[Ordem de São Lázaro]]), atuando em cinco continentes do mundo, sem distinção de raça ou religião.<ref>{{Citar web |url=https://www.orderofmalta.int/humanitarian-medical-works/hospitaller-mission/ |titulo=Hospitaller Mission |acessodata=2021-06-09 |website=Order of Malta |lingua=en-US}}</ref>

==Nome e insígnia==
[[Ficheiro:San Giovannino dei Cavalieri stemma Cavalieri di Malta.JPG|thumb|esquerda|Brasão de armas dos cavaleiros, na fachada da igreja de San Giovannino dei Cavalieri, [[Florença]]]]

O nome completo oficial é ''Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta'',<ref>{{citar web | url=https://www.orderofmalta.int/wp-content/uploads/2016/07/Sovereign-Order-of-Malta-Constitutional-Charter-and-code.pdf | título= Constituição da Ordem | publicado=www.orderofmalta.int }}. Página oficial</ref> ou, em [[língua italiana|italiano]], ''Sovrano Militare Ordine Ospedaliero di San Giovanni di Gerusalemme di Rodi e di Malta''. Convencionalmente, é também conhecida como '''Cavaleiros Hospitalários''' ou '''Ordem de Malta'''.

A ordem tem um grande número de conventos e associações locais ao redor do mundo, mas também existe um certo número de organizações com semelhantes nomes sonantes que não estão relacionados, incluindo diversas ordens que procuram capitalizar sobre o nome.<ref>{{citar jornal|url=http://www.malteserorden.at/pseudoorden.html|título="Pseudo Orden und ihr Auftreten in Österreich 1996-2008"
|publicado=Malteserorden.at|data=|acessodata=03/01/2010}}</ref>

Na [[heráldica eclesiástica]] da [[Igreja Católica]], a Ordem de Malta é uma das duas únicas (sendo a outra a [[Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém]]) cuja insígnia pode ser exibida em um brasão de armas clerical (leigos não têm nenhuma restrição), sendo também as duas únicas reconhecidas, histórica e juridicamente, pela Igreja Católica.<ref>{{citar web | url=http://pt.lpj.org/2012/10/22/esclarecimentos-da-santa-se-a-respeito-das-ordens-de-cavalaria/ | título= Esclarecimentos da Santa Sé a respeito das Ordens de Cavalaria | publicado=pt.lpj.org }}. Patriarcado latino de Jerusalém.</ref>

==História==
[[Ficheiro:Knights hospitaller.JPG|thumb|Hospitalários no século XIV. Pintura de 1483, atribuída a [[Carlos II de Bourbon]]]]
Por volta de 1099, alguns mercadores de [[Amalfi]] fundaram em [[Jerusalém]], sob a [[regra de Santo Agostinho]] e com a indicação de Santa Maria Latina, uma casa religiosa para recolha de [[peregrinação|peregrinos]]. Anos mais tarde construíram junto dela um hospital que recebeu, de [[Godofredo de Bulhão]], doações que lhe asseguraram a existência, desligaram-se da igreja de Santa Maria e passaram a formar congregação especial, sob o nome de São João Baptista.

Em [[15 de fevereiro]] de [[1113]], o papa [[Papa Pascoal II|Pascoal II]], através da [[bula papal|bula]] ''Pie Postulatio Voluntatis'', constituiu-a como ordem de direito eclesial com a faculdade de eleger livremente os seus superiores, sem interferência da parte de outras autoridades seculares ou religiosas, dedicada a São [[João Baptista]], dando-lhe regra própria.<ref>{{citar discurso |titulo= Discurso do Santo Padre à Soberana Ordem Militar de Malta. |autor= Papa Bento XVI |data= 9 de fevereiro de 2013|conferencia= |local= Cidade do Vaticano |url= https://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2013/february/documents/hf_ben-xvi_spe_20130209_ordine-malta.html |acessodata= 7 de setembro de 2017}}</ref> Em 1120, o francês [[Raymond du Puy]], nomeado grão-mestre, substituiu a regra agostiniana pela [[regra de São Bento]].<ref name="Brit">{{Citar enciclopédia | sobrenome = | nome = | autorlink = The Editors of Encyclopædia Britannica | editor = Encyclopædia Britannica, inc. | enciclopédia = Encylopædia Britannica | título = Hospitallers. | url = https://www.britannica.com/topic/Hospitallers| data =  |  editora =  |  língua = en}}</ref>

A partir de 1136, foi adicionada à ordem, pelo papa [[Papa Inocêncio II|Inocêncio II]], a função militar com o intuito de defender o [[Santo Sepulcro]] e a custódia, em 1137, da cidade e do castelo [[Eleuterópolis|Beit Jibrin]], o qual se tornou sua primeira fortaleza.<ref>{{citar tese |grau=Doutorado |sobrenome=Peña |nome= Rafael P. |tipo=Tese|titulo=La Soberana Orden de Malta a travéz de diez siglos de historia y su relación con la acción humanitaria. |url= https://riuma.uma.es/xmlui/bitstream/handle/10630/4735/TESIS%20ORDEN%20DE%20MALTA%20%20A%20TRAV%C3%89S%20DE%20DIEZ%20SIGLOS.pdf?sequence=1 |editora= Universidade de Málaga |ano=2009 |lingua=es}}</ref>

A ordem deixou a [[Terra Santa]] em 1291 e se estabeleceu na ilha de [[Chipre]] até 1309, quando se mudaram para [[Rodes]]. Ao sair de Rodes, estabeleceu-se momentaneamente em [[Creta]] e, a partir de 1530, estabeleceu-se em [[Malta]], onde ficou até 1798. Depois a ordem teve sedes momentâneas em [[Messina]], [[Catania]] e [[Ferrara]], e, a partir de 1834, a ordem se estabeleceu em Roma, onde continua até os dias de hoje.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Cox |primeiro= Noel |data= 4 de Junho de 2008|titulo= The Continuing Question of Sovereignty and the Sovereign Military Order of Jerusalem, of Rhodes and of Malta|jornal=SSRN|doi=10.2139/ssrn.1140462|url= https://poseidon01.ssrn.com/delivery.php?ID=829105006026087114095091106113118014051023066041063035095112102104026105089026024120017118056026029032013095100095085112089002053020057005079115074066031023078126072073083093007121078117071071013003019098120112081026017083113090125029028124127024098&EXT=pdf }}</ref> Os períodos nos quais os cavaleiros mudavam constantemente de sede transformaram-nos em [[corsário]]s travando disputas em alto-mar contra [[pirata]]s muçulmanos.<ref>{{Citar enciclopédia | sobrenome = Moeller | nome = Charles | autorlink =  | editor = Nr | enciclopédia = The Catholic Encyclopedia | título = Hospitallers of St. John of Jerusalem. | url = http://www.newadvent.org/cathen/07477a.htm| data =  |  editora = Robert Appleton Company | volume = 7 | local = New York |  língua = en}}</ref>

Em 1145, através da bula ''Militia Dei'' direcionada às ordens de cavalaria, lhe é outorgado o poder de ter suas próprias igrejas e cemitérios, aumentando sua autonomia em relação à [[Santa Sé]].<ref>Peña, 2009, p.89</ref>

Após a extinção da [[Ordem dos Templários]] em 1312, a Ordem de Malta ficou com boa parte das propriedades daquela.<ref>{{citar web | url=http://www.lastampa.it/2017/01/26/vaticaninsider/ita/vaticano/i-cavalieri-di-malta-un-ordine-millenario-potente-e-misterioso-bBtzU7scHAWncFQUbPXwGP/pagina.html | título= Paravicini Bagliani: i Cavalieri di Malta? Un Ordine millenario potente e misterioso. | publicado=www.lastampa.it }} La Stampa (em italiano).</ref>

A ordem participou da [[Batalha de Lepanto]], ajudando os cristãos na vitória contra os turcos em 1571.<ref>[https://www.orderofmalta.int/history/1048-to-the-present/ 1048 to the present day.] Página oficial</ref>

Ordem de aristocratas, nunca teve entre os seus cavaleiros pessoas que não pertencessem à [[Fidalgo|fidalguia]]. Atualmente, aceita também todos aqueles que tenham meramente ''Nobreza Civil''. O hábito regular consistia numa túnica e num grande manto negro, no qual traziam, pregada no lado esquerdo, uma cruz de [[Or (heráldica)|ouro]], com [[Esmalte (heráldica)|esmalte]] branco.

Os hospitalários tomaram parte nas [[Cruzadas]] e tinham seu hospital em [[Jerusalém]]. Mesmo depois do fim das Cruzadas, a ordem continuou. A ordem enfrentou o [[Império Otomano]] em diversas batalhas, como a Batalha de Lepanto e o [[Batalha de Rodes|Cerco de Rodes]].

===A ordem na Península Ibérica===
[[Ficheiro:Capilla de San Juan de Dios. Granada.jpg|thumb|Capela hospitalária em [Granada (Espanha)|Granada, [[Espanha]]]]
Inicialmente, na [[Península Ibérica]] havia só uma sede (língua), a de [[Aragão]], que englobava os reinos de [[Portugal]], [[Reino de Leão|Leão]], [[Navarra]], Aragão e [[Reino de Castela|Castela]]. Em Portugal, entre os bens da ordem, tinha especial importância o [[priorado do Crato]]. Os reis viram, receosos, crescer o poder dos senhores do [[Crato (Portugal)|Crato]], que se acentuou com a rebelião de [[Nuno Gonçalves]] contra a regência do infante [[Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra|D. Pedro]] (1392-1449).

[[João III de Portugal]], por morte do [[conde de Arouca]], doou o priorado a um membro da família real, o infante  [[Luís de Portugal, Duque de Beja|D. Luís]], em 1528, que se intitulou ''grão-prior''. Então o rei, com vista a futuros protestos, conseguiu do [[papa Júlio III]] a [[bula pontifícia]] de 1551, que [[António I de Portugal|Dom António]], filho natural do infante, fosse nomeado sucessor do pai. [[Maria I de Portugal|D. Maria I]] conseguiu do papa a independência do grão-mestrado de Malta e, poucos anos depois, o mesmo papa decretou por bula em 1793 que, assim como pelo lado temporal o grão-priorado de Portugal ficaria isento de qualquer interferência de Malta, também pelo lado espiritual dependeria apenas da [[Santa Sé]]. Assim, [[Pedro IV de Portugal]] e [[Miguel I de Portugal|Miguel I]] foram grãos-priores do Crato. A ordem foi extinta em 1834 e os bens incorporados à [[Fazenda Pública]].

===O braço protestante da ordem===
[[Ficheiro:IMG 6878 - Knights of the SMOM.jpg|thumb|esquerda|Capa e medalhas da ordem]]
A Ordem de São João chegou à [[Alemanha]] durante os séculos XII e XIII, onde fundou um grão-priorado. Em 1530, uma secção do grão-priorado, a Bailia de Brandenburgo, aderiu à [[Reforma Protestante]], sob a proteção dos marqueses de Brandemburgo, que se tornariam reis da [[Reino da Prússia|Prússia]]. A bailia manteve relações amigáveis com a Ordem Soberana de Malta. Em 1811, a Bailia de Brandenburgo foi suprimida pelo príncipe da Prússia, que posteriormente fundou a Ordem Real Prussiana de São João como uma [[Ordem de Mérito]]. Em 1852, a ordem recuperou o nome de Bailia de Brandenburgo e se tornou uma nobre ordem do [[Reino da Prússia|Prússia]].

Em 1918, após a queda da monarquia, ela foi separada do Estado e recuperou sua independência. A ''Johanitter Orden'' está presente em diversos países europeus, além da [[América]] ([[Canadá]], [[Estados Unidos]], [[Colômbia]], e [[Venezuela]]) e [[África do Sul]] trabalhando em especial na Alemanha mantendo hospitais e asilos, e é responsável por um importante serviço de ambulância — o ''Johanniter Unfallhilfe''. Ela tem afiliações independentes nos [[Países Baixos]], [[Suécia]], [[Finlândia]], [[França]], [[Hungria]], e [[Suíça]].

===Queda de Malta===
[[Ficheiro:Flag of SMOM and Croatia Zagreb.jpg|thumb|Bandeira da ordem, durante encontro [[Diplomacia|diplomático]] na [[Croácia]]]]
A possessão [[Mar Mediterrâneo|mediterrânica]] de [[Malta]] foi capturada por [[Napoleão Bonaparte]] em 1798 durante a sua expedição para o [[Egipto]]. Este teria pedido aos cavaleiros um porto-salvo para reabastecer os seus navios e, uma vez em segurança em [[Valetta]], virou-se contra os anfitriões. O grão-mestre [[Ferdinand von Hompesch zu Bolheim|Ferdinand von Hompesch]], apanhado de surpresa, não soube antecipar ou precaver-se deste ataque, rapidamente capitulando para Napoleão. Este sucedido representou uma afronta para os restantes cavaleiros que se predispunham a defender a sua possessão e soberania.

A ordem continuou a existir, compactuando com os governos por uma retoma de poder. O [[imperador da Rússia]] doou-lhes o maior abrigo de Cavaleiros Hospitalários em [[São Petersburgo]], o que marcou o início da [[tradição russa dos Cavaleiros do Hospital]] e posterior reconhecimento pelas ordens imperiais russas. Em agradecimento, os cavaleiros depuseram Ferdinand von Hompesch e elegeram o imperador [[Paulo I da Rússia|Paulo I]] como grão-mestre que, após o seu assassinato em 1801, seria sucedido por [[Giovanni Battista Tommasi]] em [[Roma]], restaurando o [[Igreja Católica Romana|catolicismo romano]] na ordem.

No início da década de 1800, a ordem encontrava-se severamente enfraquecida pela perda de priores em toda a [[Europa]]. Apenas 10% dos lucros chegavam das fontes tradicionais na Europa, sendo os restantes 90% provindos do [[Tradição russa dos Cavaleiros do Hospital|Priorado Russo]] até 1810, facto cuja responsabilidade é parcialmente atribuída pelo governo da ordem, que era composta por [[tenente]]s, e não por grão-mestres entre 1805 e 1879, até o [[Papa Leão XIII]] restaurar um grão-mestre na ordem, [[Giovanni Battista Ceschi a Santa Croce|Giovanni a Santa Croce]]. Esta medida representou uma reviravolta no destino da ordem, que se tornaria uma organização [[Humanitarismo|humanitária]] e cerimonial. Em 1834, a ordem, reactivada, estabeleceu nova sede em [[Roma]] e foi, a partir daí, designada como "Ordem Militar Soberana de Malta".

==A antiga organização e as línguas da ordem==
[[Ficheiro:Roma Aventino Villa Malta.jpg|thumb|''[[Villa del Priorato di Malta]]'' - Residência do Grão-mestre da ordem, em Roma]]
[[Ficheiro:Ordine di Malta - Loreto 2009 15.jpg|thumb|Cavaleiros de Graça e Devoção com hábito do século XXI]]
[[Ficheiro:IMG 7151 - Book of prayers SMOM.jpg|thumb|Livro de orações da ordem]]
Superiormente a ordem era chefiada pelo '''grão-mestre''', com o título eclesiástico de [[cardeal]] e secular de [[príncipe]].

O grão-mestre era coadjuvado por sete "bailios conventuais". Cada bailio conventual, além de exercer uma função específica na administração central da ordem (comendador, marechal, almirante, etc.), era o presidente ou governador de cada uma das grandes divisões territoriais em que ela se encontrava dividida (cada uma dessas divisões era chamada língua ou nação). As línguas e os seus respectivos bailios conventuais eram as seguintes:<br />I - '''Língua da Provença''' - presidida pelo [[Grão-Comendador|grão-comendador]], responsável pela superintendência dos celeiros. Subdividia-se em:
# Grão-priorado de [[Santo Egídio]];
# Grão-priorado de [[Toulouse]];
# Baliagem capitular de Manoasca.
II - '''Língua de Auvérnia''' - presidida pelo [[marechal]], responsável pelo comando das forças militares da Ordem. Subdividia-se em:
# Grão-priorado de [[Auvérnia]];
# Baliagem de [[Daveset]].
III - '''Língua da França''' - presidida pelo '''hospitalário''', responsável pela administração do [[hospital]] da ordem. O bailio conventual desta língua também tinha o cargo de '''tesoureiro geral'''. Subdividia-se em:
# Grão-priorado da [[França]];
# Grão-priorado da [[Aquitânia]];
# Grão-priorado de [[Champanhe (província)|Champanhe]];
# Baliagem capitular da [[Morea]].
IV - '''Língua de Itália''' - presidida pelo [[almirante]], responsável pelo comando das forças navais da Ordem. Subdividia-se em:
# Grão-priorado de [[Roma]];
# Grão-priorado da [[Lombardia]];
# Grão-priorado de [[Veneza]];
# Grão-priorado de [[Pisa]];
# Grão-priorado de [[Barletta]];
# Grão-priorado de [[Messina]];
# Grão-priorado de [[Cápua]];
# Baliagem capitular de [[Santa Eufémia]];
# Baliagem capitular de [[Santo Estevão]];
# Baliagem capitular da [[Santíssima Trindade|Trindade]] de Veneza;
# Baliagem capitular de [[São João]] de [[Nápoles]].
V - '''Língua de Aragão, Catalunha e Navarra''' - presidida pelo grão-conservador, responsável pela superintendência do fardamento dos soldados. Subdividia-se em:
# Grão-priorado da Castelânia de [[Amposta]];
# Grão-priorado da [[Catalunha]];
# Grão-priorado de [[Navarra]];
# Baliagem capitular de [[Maiorca]];
# Baliagem capitular de [[Caspe]].
VI - '''Língua da Alemanha''' - presidida pelo grão-balio, responsável pela cidade antiga de [[Malta]] e pelo castelo de [[Gozo (ilha)|Gozo]]. Subdividia-se em:
# Grão-priorado da [[Alemanha]];
# Grão-priorado da [[Boémia]];
# Grão-priorado da [[Hungria]];
# Grão-priorado da [[Dácia]];
# Baliagem capitular de [[Brandeburgo]].
VII - '''Língua de Portugal, Castela e Leão''' - presidida pelo [[grão-cancelário]], servindo de [[Secretário de Estado]] e coadjuvado por um [[vice-cancelário]]. Subdividia-se em:
# [[prior do Crato|Grão-priorado do Crato]];
# Grão-priorado de [[Leão e Castela]];
# Baliagem de [[Leça do Balio|Leça]];
# Baliagem do [[Acre (Israel)|Acre]];
# Baliagem de [[Lango]];
# Baliagem de [[Negroponte]].

==A Ordem de Malta em Portugal==
[[Ficheiro:Embaixada da Ordem Soberana de Malta em Lisboa, Portugal 04.jpg|thumb|Embaixada da Ordem em [[Lisboa]]]]
{{Artigos principais|[[Prior do Crato]], [[Castelo do Crato]]}}

Vários autores remontam a sua existência em terra portuguesa ao período final do governo de [[Teresa de Leão|D. Teresa]]. Segundo Rui de Azevedo, entre 1122 e 1128 a rainha D. Teresa teria concedido aos freires desta Ordem o [[mosteiro de Leça do Balio]], sua primeira casa capitular. A [[carta de couto]] e privilégios outorgados à Ordem do Hospital em 1140 por [[Dom Afonso Henriques]] atesta a importância que já então teria. Fundaram a primeira [[Comenda]] do nosso país em antes de 1146 em [[Aboim da Nóbrega]].<ref>COSTA, Paula Maria – “As comendas: enquadramentos e aspetos metodológicos”, Militarium Ordinum Analecta, nº 11, p. 15.</ref>

Em 1194, [[Sancho I de Portugal|D. Sancho I]] doou aos cavaleiros de S. João do Hospital a terra de [[Guidintesta]], junto ao [[Rio Tejo|Tejo]], para aí construírem um [[castelo]], o qual o monarca, no acto de doação denominou de [[Castelo de Belver]].

[[Sancho II de Portugal|D. Sancho II]] em 1232 doou-lhe os largos domínios da terra que, por essa altura, recebeu o nome de [[Crato (Portugal)|Crato]], onde os freires fundaram uma casa que se tornou célebre.

O superior português da Ordem dos Hospitalários era designado pelo nome de ''prior do Hospital'', e a partir de [[Afonso IV de Portugal|D. Afonso IV]] por ''prior do Crato''.

Não consta que por esse tempo tivessem os Cavaleiros do Hospital mosteiro de freiras, embora tivessem fratisas que usavam [[Hábito religioso|hábito]] e viviam em suas casas. O primeiro mosteiro de freiras hospitalário foi fundado em [[Évora]], em 1519, por Isabel Fernandes, e mais tarde transferido para [[Estremoz]] pelo infante D. Luís, quando este filho de [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]] foi [[prior]] do Crato.

Por alvará de 1778, foram-lhes confirmadas todas as aquisições de bens de raiz feitas no Reino e permitiu-se que os cavaleiros sucedessem a seus parentes por testamento, no usufruto de quaisquer bens que não fossem da coroa ou vinculados em morgado, revertendo por morte destes para as casas de onde tinham sido saído. A ordem foi extinta pelo diploma de 1834 que extinguiu todos os conventos de religiosos.

Em 31 de Maio de 1899, no reinado do rei D. Carlos I, é constituída a Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta.

A partir de então voltaram a ser admitidos cavaleiros e damas da Ordem de Malta, em Portugal, sendo que, actualmente (2017), a Assembleia dos Cavaleiros Portugueses tem membros em todos os graus ou classes, a saber: 1ª Classe - Membros professos e capelães, que fizeram votos religiosos; 2.ª Classe - Membros que fizeram a promessa de Obediência; 3.ª Classe - Membros que não professaram os votos religiosos ou a promessa, mas que se comprometeram a viver de acordo com as normas da Ordem e da Igreja.<ref>{{citar livro|url=https://www.chiadoeditora.com/livraria/a-cruz-da-ordem-de-malta-nos-brasoes-autarquicos-portugueses|título=A Cruz da Ordem de Malta nos Brasões Autárquicos Portugueses|ultimo=PINHO|primeiro=António Brandão de|editora=Chiado Editora|ano=2017|local=Lisboa|páginas=59|acessodata=27-08-2017}}</ref>

== A Ordem de Malta no Brasil ==
Datam do século XIX os primeiros brasileiros associados à Ordem de Malta. [[Pedro I do Brasil|Dom Pedro I]], proclamador da [[independência do Brasil]], pertencia à ordem, bem como, [[Pedro II do Brasil|Dom Pedro II]].<ref>{{citar web | url=http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/castello-branco/discursos/1966/39.pdf/view | título= 29 de junho de 1966 - No jantar oferecido ao Príncipe e Grão Mestre da Ordem Soberana e Militar de Malta, Sua Alteza Eminentíssima Fra Ângelo de Monjana D’ Colongna. | publicado=www.biblioteca.presidencia.gov.br }} Biblioteca da Presidência da República (Brasil).</ref>

Em dezembro de 1951, o Brasil reconheceu o estatuto internacional da ordem, com quem passou a ter relações diplomáticas.<ref>{{citar web | url=http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha-pais/5619-ordem-soberana-e-militar-de-malta | título= Ordem Soberana e Militar de Malta. | publicado=www.itamaraty.gov.br }} Ministério das Relações Exteriores (Brasil).</ref>

==A ordem atualmente==
A '''Ordem Soberana e Militar de Malta''' não tem sua sede no país de mesmo nome, mas sim no minúsculo território de apenas 6 km² que consiste num prédio em [[Roma]] e no seu jardim adjacente.

A ordem, que possuía cavaleiros de diferentes nacionalidades, principalmente italiana, francesa, alemã, espanhola e portuguesa, fez de Malta sua base e quartel-general, mudando seu nome efetivamente para Ordem Soberana, Militar e Hospitalar de São João de Jerusalém, Rodes e Malta. Lá a ordem ficou até 1800, quando a [[Grã-Bretanha]] invadiu Malta, expulsando os cavaleiros. Estes então se refugiaram na [[Itália]], onde estão até hoje.

A ordem possui um ''status'' ''sui generis'' de ente de direito internacional privado. embora não seja um [[Estado]] com território, pode receber tratamento equiparado,<ref>{{Citar periódico|ultimo=Papanti-Pelletier|primeiro=Paolo|data=2007|titulo= O ordenamento jurídico da Ordem Soberana e Militar de Malta na idade moderna|jornal=Revista da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo|volume=102|paginas=79-87|issn=2318-8235|doi=10.11606/issn.2318-8235.v102i0p79-87|url= https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/67749/70357 }}</ref> cabendo a cada Estado reconhecer essa questão de acordo com seu próprio direito.<ref>A. C. Breycha-Vauthier, ''L'ordre S. M. Jerosolymitain de Malte, Évolutions récentes autour d'une ancienne organisation internationale'', 1956, Max-Planck-Institut für ausländisches öffentliches Recht und Völkerrecht, <abbr>p.</abbr> 502</ref> Sua população permanente é de apenas três pessoas, o "príncipe", o "grão-mestre" e o "chanceler". Todos os demais "habitantes" da Ordem de Malta possuem nacionalidade maltesa, mas também a nacionalidade do país onde nasceram (normalmente italiana). A soberania da ordem permite que ela imprima seus próprios selos e emita os seus próprios [[Passaporte da Ordem de Malta|passaportes]], concedendo, efectivamente, nacionalidade maltesa aos seus membros.

[[Ficheiro:SMOM foreign relations.png|thumb|upright=1.5|Países que mantêm relações diplomáticas com a Ordem de Malta]]

Atualmente, a Ordem de Malta mantém relações diplomáticas com o [[Vaticano]] e com 107 estados,<ref>{{citar web
|url            = http://www.independent.co.uk/news/world/europe/what-is-the-worlds-rarest-passport-rare-document-issued-by-order-of-crusading-medieval-knights-a6930261.html
|título          = What is the world's rarest passport? Rare document issued by order of crusading medieval knights
|data = 14 de Março de 2016
|autor = Payton, Matt
|acessodata     = 7 de setembro de 2017
|publicado         = The Independent
|língua       = Inglês
}}</ref> onde possui, inclusive, embaixadas. A ordem ainda possui representação na [[ONU]] (tendo até um observador internacional), o que lhe outorga acesso a regiões em crise para cuidados humanitários, e é filiada à [[Cruz Vermelha]] e a outras [[organizações internacionais]]. A Ordem de Malta atua como uma organização humanitária internacional, fundando hospitais e centros de reabilitação em diversos países, principalmente na África.<ref>{{citar web | url=https://www.orderofmalta.int/humanitarian-medical-works/hospitaller-mission/ | título= Hospitals and health programs. | publicado=www.orderofmalta.int }} Página Oficial.</ref>

A Ordem de Malta tem algumas características de um Estado soberano, incluindo um [[Ave Crux Alba|hino]], relações diplomáticas com diversos países e Observador nas Nações Unidas,<ref>{{citar jornal|url=http://www.nationalanthems.info/smm.htm|título=Sovereign Military Order of Malta|publicado=Nationalanthems|data=|acessodata=03/01/2010}}</ref> e ostenta a [[personalidade jurídica]] do [[Direito das Gentes]]. Alguns doutrinadores questionam a personalidade jurídica internacional da Ordem de Malta, no entanto a ordem é um dos primeiros entes de direito internacional que estão em atividade até nossos dias. Sua presença em certas conferências internacionais, em geral, dá-se sob o estatuto de entidade observadora. A ordem não costuma ser parte em [[tratados multilaterais]], e o Estado que porventura haja com ela pactuado, o fez bilateralmente dentro de suas atribuições soberanas, reconhecendo por sua vez a soberania da ordem.

Em 2017, a ordem entrou em conflito com o [[papa Francisco]], em razão da distribuição de preservativos a pessoas portadoras do vírus [[HIV]], tendo seu grão-mestre renunciado ao cargo a pedido daquele.<ref>{{citar web | url=http://g1.globo.com/mundo/noticia/grao-mestre-da-ordem-de-malta-renuncia-a-pedido-do-papa-francisco.ghtml | título= Grão-Mestre da Ordem de Malta renuncia a pedido do Papa Francisco | publicado=g1.globo.com }}. Globo</ref><ref>{{citar web | url=http://g1.globo.com/mundo/noticia/papa-ordena-investigacao-sobre-destituicao-de-integrante-da-ordem-de-malta.ghtml | título= Papa ordena investigação sobre destituição de integrante da Ordem de Malta | publicado=g1.globo.com }}. Globo</ref>

== Edificações da ordem ==
{| border="1" cellpadding="0" class="wikitable sortable"
|+ Lista
|- valign=top
!width="18%"|Imagem
!width="18%"|Património
!width="10%"|Tipologia
!width="12%"|Ano de Construção
!width="20%"|Cidade
!width="12%"|País
!width="4%"| Visitável
|-
|[[Ficheiro:Palazzo di Malta (Roma).jpg|200px]]
|[[Palazzo Magistrale|Sede da Ordem]]
|Prédio administrativo
|Século XVII
|[[Roma]]
|{{ITA}}
|Sim
|-
|[[Ficheiro:St. Angelo.jpg|200px]]
|Forte
|Fortaleza.
|Século XII
|[[Valeta]]
|{{MLT}}
|Sim
|-
|[[Ficheiro:Malta - Valletta - Pjazza Kastilja+Auberge de Castille 01 ies.jpg|200px]]
|Antiga sede
|Prédio administrativo
|Século XVIII
|[[Valeta]]
|{{MLT}}
|Sim
|-
|[[Ficheiro:Maltan knights castle in rh.jpg|200px]]
|[[Palácio do Grão-Mestre dos Cavaleiros de Rodes|Castelo de Rodes]]
|Castelo medieval e convento
|
|[[Rodes]]
|{{GRE}}
|Sim
|-
|[[Ficheiro:San giovannino dei cavalieri, facciata 02.JPG|200px]]
|Igreja da Ordem
|Igreja
|
|[[Florença]]
|{{ITA}}
|Sim
|-
|[[Ficheiro:Ambel - Palacio de los Hospitalarios.jpg|200px]]
|Palácio da Ordem
|Palácio
|Século XVI
|[[Ambel (Espanha)|Ambel]]
|{{ESP}}
|Sim
|}

==Lista dos grão-mestres==
{{div col|cols=2}}
* [[The Blessed Gerard]] ([[1099]]-[[1120]])
* [[Raymond du Puy|Raymond du Puy de Provence]] ([[1120]]-[[1160]])
* [[Auger de Balben]] ([[1160]]-[[1163]])
* [[Arnaud de Comps]] ([[1162]]-[[1163]])
* [[Gilbert d'Aissailly]] ([[1163]]-[[1170]])
* [[Gastone de Murols]] (c. [[1170]]-[[1172]])
* [[Gilbert of Syria]] ([[1172]]-[[1177]])
* [[Roger de Moulins]] ([[1177]]-[[1187]])
* [[Hermangard d'Asp]] ([[1187]]-[[1190]])
* [[Garnier de Naplous]] ([[1190]]-[[1192]])
* [[Geoffroy de Donjon]] ([[1193]]-[[1202]])
* [[Afonso de Portugal, grão mestre do Hospital|D. Afonso]] ([[1203]]-[[1206]]) (português)<ref>[http://ordemdemalta.blogspot.pt/2012/05/d-afonso-de-portugal.html D. Afonso de Portugal]</ref>
* [[Geoffrey le Rat]] ([[1206]]-[[1207]])
* [[Guerin de Montaigu]] ([[1207]]-[[1228]])
* [[Bertrand de Thessy]] ([[1228]]-[[1231]])
* [[Guerin de Montaigu]] ([[1231]]-[[1236]])
* [[Bertrand de Comps]] ([[1236]]-[[1240]])
* [[Pierre de Vielle-Bride]] ([[1240]]-[[1242]])
* [[Guillaume de Chateauneuf]] ([[1242]]-[[1258]])
* [[Hugues de Revel]] ([[1258]]-[[1277]])
* [[Nicolas Lorgne]] ([[1277]]-[[1284]])
* [[Jean de Villiers]] ([[1284]]-[[1294]])
* [[Odon de Pins]] ([[1294]]-[[1296]])
* [[Guillaume de Villaret]] ([[1296]]-[[1305]])
* [[Foulques de Villaret]] ([[1305]]-[[1319]])
* [[Helion de Villeneuve]] ([[1319]]-[[1346]])
* [[Dieudonné de Gozon]] ([[1346]]-[[1353]])
* [[Pierre de Corneillan]] ([[1353]]-[[1355]])
* [[Roger de Pins]] ([[1355]]-[[1365]])
* [[Raymond Berenger]] ([[1365]]-[[1374]])
* [[Robert de Juliac]] ([[1374]]-[[1376]])
* [[Jean Fernandez de Heredia]] ([[1376]]-[[1396]])
** [[Riccardo Caracciolo]] ([[1383]]-[[1395]]) ''Grão-Mestre rival''
* [[Philibert de Naillac]] ([[1396]]-[[1421]])
* [[Antonio Fluvian de Riviere]] ([[1421]]-[[1437]])
* [[Jean de Lastic]] ([[1437]]-[[1454]])
* [[Jacques de Milly]] ([[1454]]-[[1461]])
* [[Piero Raimondo Zacosta]] ([[1461]]-[[1467]])
* [[João Batista Orsini|Giovanni Battista Orsini]] ([[1467]]-[[1476]])
* [[Pierre d'Aubusson]] ([[1476]]-[[1503]])
* [[Emery d'Amboise]] ([[1503]]-[[1512]])
* [[Guy de Blanchefort]] ([[1512]]-[[1513]])
* [[Fabrizio del Carretto]] ([[1513]]-[[1521]])
* [[D. Filippo Cavalcanti]], cavaleiro florentino ([[1525]])
* [[Philippe Villiers de L'Isle-Adam]] ([[1521]]-[[1534]])
* [[Piero de Ponte]] ([[1534]]-[[1535]])
* [[Didier de Saint-Jaille]] ([[1535]]-[[1536]])
* [[Jean de Homedes]] ([[1536]]-[[1553]])
* [[Claude de la Sengle]] ([[1553]]-[[1557]])
* [[Jean Parisot de la Valette]] ([[1557]]-[[1568]])
* [[Pierre de Monte]] ([[1568]]-[[1572]])
* [[Jean de la Cassiere]] ([[1572]]-[[1581]])
* [[Hugues Loubenx de Verdalle]] ([[1581]]-[[1595]])
* [[Martin Garzez]] ([[1595]]-[[1601]])
* [[Alof de Wignacourt]] ([[1601]]-[[1622]])
* [[Luis Mendes de Vasconcelos]] ([[1622]]-[[1623]]) (português)<ref>http://ordemdemalta.blogspot.pt/2012/05/d-luis-mendes-de-vasconcelos-1542-1623.html D. Luís Mendes de Vasconcelos (1542-1623)]</ref>
* [[Antoine de Paule]] ([[1623]]-[[1636]])
* [[Juan de Láscaris-Castellar]] ([[1636]]-[[1657]])
* [[Antoine de Redin]] ([[1657]]-[[1660]])
* [[Annet de Clermont-Gessant]] ([[1660]])
* [[Raphael Cotoner]] ([[1660]]-[[1663]])
* [[Nicolas Cotoner]] ([[1663]]-[[1680]])
* [[Gregorio Carafa]] ([[1680]]-[[1690]])
* [[Adrien de Wignacourt]] ([[1690]]-[[1697]])
* [[Ramon Perellos y Roccaful]] ([[1697]]-[[1720]])
* [[Marc'Antonio Zondadari]] ([[1720]]-[[1722]])
* [[António Manoel de Vilhena]] ([[1722]]-[[1736]]) (português)<ref>[http://ordemdemalta.blogspot.pt/2012/05/d-antonio-manoel-de-vilhena.html D. António Manoel de Vilhena]</ref>
* [[Raymond Despuig]] ([[1736]]-[[1741]])
* [[Manuel Pinto de Fonseca]] ([[1741]]-[[1773]]) (português)<ref>[http://ordemdemalta.blogspot.pt/2011/12/os-quatro-grao-mestres-portugueses.html Os quatro Grão-mestres portugueses]</ref>
* [[Francisco Ximenes de Texada]] ([[1773]]-[[1775]])
* [[Emmanuel de Rohan-Polduc]] ([[1775]]-[[1797]])
* [[Ferdinand von Hompesch zu Bolheim]] ([[1797]]-[[1799]])
* [[Paulo I da Rússia]] ([[1798]]-[[1801]]) ''de facto''
* [[Giovanni Battista Tommasi]] ([[1803]]-[[1805]])
** [[Innico Maria Guevara-Suardo]] ([[1805]]-[[1814]])  ''Tenente''
** [[André Di Giovanni]] ([[1814]]-[[1821]])  ''Tenente''	
** [[Antoine Busca]] ([[1821]]-[[1834]])  ''Tenente''
** [[Carlo Candida]] ([[1834]]-[[1845]])  ''Tenente''
** [[Philippe di Colloredo-Mels]] ([[1845]]-[[1864]])  ''Tenente''	
** [[Alessandro Borgia]] ([[1865]]-[[1871]])  ''Tenente''
** [[Giovanni Battista Ceschi a Santa Croce]] ([[1871]]-[[1879]])  ''Tenente''
* Giovanni Battista Ceschi a Santa Croce ([[1879]]-[[1905]])
* [[Casa de Thun|Galeazzo, Graf von Thun und Hohenstein]] ([[1905]]-[[1931]])
* [[Ludovico Chigi Albani della Rovere]] ([[1931]]-[[1951]])
** [[Antonio Hercolani-Fava-Simonetti]] (1951-1955) ''Tenente''
** [[Ernesto Paternó Castello di Carcaci]] (1955-1962) ''Tenente''
* [[Angelo de Mojana di Cologna]] ([[1962]]-[[1988]])
** [[Jean Charles Pallavicini]] (1988) ''Tenente''
* [[Andrew Willoughby Ninian Bertie]] ([[1988]]-[[2008]])
** Giacomo Dalla Torre (2008) ''Tenente ad interim''
* [[Matthew Festing]] ([[2008]]-[[2017]])
** [[Giacomo Dalla Torre]] ([[2017]]-[[2018]]) ''Tenente ad interim''
* Giacomo Dalla Torre ([[2018]]-[[2020]])
** [[Ruy Gonçalo do Valle Peixoto de Villas Boas]] ([[2020]]) ''Tenente ad interim'' (português)
** [[Marco Luzzago]] ([[2020]]-[[2022]]) ''Tenente''
** Ruy Gonçalo do Valle Peixoto de Villas Boas ([[2022]]) ''Tenente ad interim''
** John Timothy Dunlap ([[2022]]-[[2023]]) ''Tenente''
* [[John Timothy Dunlap]] (desde [[2023]])

{{div col end}}

== Ver também ==
{{div col|cols=2}}
* [[Claustro do Convento das Maltesas]]
* [[Irmãos Livônios da Espada]]
* [[Ordem dos Templários]]
* [[Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém]]
* [[Ordem Teutónica]]
* [[Ordens militares]]
* [[Prior do Crato]]


{{div col end}}

{{Notas}}

{{Referências}}

== Ligações externas ==
{{Commonscat|Knights of Malta}}
* [https://www.orderofmalta.int/ Página oficial]
* [http://www.ordemdemalta.pt/ Página oficial da Ordem em Portugal]
* [https://www.ordemdemaltarj.com.br/ Página oficial da Ordem no Brasil]
* [https://www.un.int/orderofmalta/ Observação permanente da Ordem na ONU]
* {{GCatholic|orders/111.htm|}}

{{Portal3|Catolicismo|Vaticano|Malta}}
{{Ordens honoríficas da Santa Sé}}
{{Controle de autoridade}}
{{Categorização AD e AB de outras wikis}}
{{DEFAULTSORT:Ordem Soberana Militar Malta}}
[[Categoria:Ordem Soberana e Militar de Malta| ]]
[[Categoria:Século XI]]