Organização Especial (Argélia)
A Organização Especial (em francês: Organisation spéciale, OS), fundada oficialmente em 15 de fevereiro de 1947, foi o braço armado clandestino do Movimento pelo Triunfo das Liberdades Democráticas (MTLD),[1] partido de Messali Hadj. Foi desmantelada pela polícia francesa no final de 1950.
Contexto político e fundação[editar | editar código-fonte]
Os massacres de Sétif, Guelma e Kherrata de 8 de maio de 1945 fortaleceram a posição dos partidários de ações violentas pela independência da Argélia.[1]
Após a sua dissolução em 1939 pelas autoridades francesas, o Partido Popular Argelino (PPA) deixou de ter existência legal.
O congresso do movimento nacionalista convocado de 15 a 16 de fevereiro de 1947 endossou a via eleitoral.
Enquanto o já clandestino PPA monitorava o MTLD[Note 1], coexistindo com ele, uma organização militar secreta foi criada: a Organização Especial,[2] fundada oficialmente em 18 de fevereiro de 1947; esta data de 18 de fevereiro foi, de qualquer forma, mantida em 1992 para estabelecer o “Dia Nacional do Chahid”.[3]
Desmantelamento[editar | editar código-fonte]
Em 1950, a Organização Especial foi desmantelada pela polícia francesa, destruindo suas estruturas, prendendo centenas de militantes e obrigando os que fugiram à inação.[4]
A descoberta da organização pelas autoridades francesas leva à sua dissolução. Vários de seus membros importantes foram julgados e condenados à revelia por sua responsabilidade em vários ataques. A Organização Especial optará por se manter afastada das dissensões que opõem os dois clãs antagônicos, centralistas e messalistas, dentro do MTLD.
Notas
- ↑ O Movimento pelo Triunfo das Liberdades Democráticas (MTLD) foi criado para as eleições de novembro de 1946.
Referências
- ↑ a b «L'Organisation spéciale (OS) ou le début de la fin du colonialisme». Jeune Independant. 31 de outubro de 2014. Cópia arquivada em 21 de outubro de 2020
- ↑ Guerfi y Chaïb, 1992, p. 26.
- ↑ AS. Mohsen (18 de fevereiro de 2015). «Journée nationale du Chahid du 18 février : Que retiennent les jeunes générations de cette date historique ?». reflexiondz.net, o site do jornal nacional argelino « Réflexion »
- ↑ Guerfi y Chaïb, 1992, p. 29.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Guerfi, Azeddine; Chaïb, Aïssa Khaled (1992). Boudiaf, l'homme des ruptures. Batna: éditions Chihab. 442 páginas
- Asselah, Ramdane (2016). Mémoires d’un militant de l’OS. [S.l.]: éditions Gaïa. 260 páginas