Ovençal

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O termo ovençal, na Idade Média, era empregado com diversas acepções[1] . No século XIII, segundo Gama Barros, eram chamados ovençais de el-rei o reposteiro, o porteiro, o eichão, o escanção, etc, ou seja, todos aqueles que se encarregavam diretamente da administração central da casa e fazenda do rei,[2] havendo-os mais ou menos graduados.[3] O termo designava ainda, dum modo mais lato, os funcionários que, por todo o reino, arrecadavam os rendimentos régios.[4] Mas também a Rainha, os Ricos-homens, os mosteiros, igrejas e comunidades religiosas tinham os seus ovençais. Sabemos que neste último caso, por exemplo, nos conventos, o termo já era usado com um sentido mais específico, sendo os ovençais responsáveis por tudo quanto dissesse respeito a mantimentos, despensas e cozinhas. Portanto, nesta última acepção, o termo era um sinónimo de «despenseiro, provisor, inspector ou vedor do que pertencia à ucharia».[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Torres, Ruy d'Abreu, professor liceal de História (1968), «Ovençais», in: Serrão, Joel, Dicionário de História de Portugal, ISBN 9726611601, III (Me-Sin), Lisboa: Iniciativas Editoriais, pp. Página 268 
  2. Barros, Henrique da Gama (1885), História da Administração Pública em Portugal nos Séculos XII a XV, tomo I. Lisboa: Imprensa Nacional. Página 579
  3. Brandão, Frei António (1632), Quarta Parte da Monarchia Lusitana. Lisboa: Pedro Craesbeck, Impressor del Rey. Livro 13, cap. 16, fl. 100
  4. Viterbo, Joaquim de Santa Rosa de (1798), Elucidário. 2.ª edição Arquivado em 14 de abril de 2012, no Wayback Machine., tomo I. Lisboa: A. J. Fernandes Lopes, 1865. Ver «aveençaes»
  5. Viterbo, Joaquim de Santa Rosa de (1798), Elucidário. 2.ª edição Arquivado em 14 de abril de 2012, no Wayback Machine., tomo II. Lisboa: A. J. Fernandes Lopes, 1865. Ver «ovença» e «ovençal»