Paleoicnologia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A paleoicnologia faz parte da icnologia e estuda os vestígios fósseis das atividades orgânicas deixados por organismos fósseis, os incofósseis.[1]. Apesar dos icnofósseis mais conhecidos serem aqueles produzidos por vertebrados, como as pegadas, são encontrados diversos tipos que apresentam grande importância para a ciência [2].

Icnofósseis[editar | editar código-fonte]

Como já falado, são os vestígios de atividades orgânicas deixadas por fósseis. Temos vários tipos que serão exemplificados a seguir:

  • Pegadas - Provavelmente, o tipo mais conhecido de icnofóssil que nos fornece informações como tamanho do pé, quantidade de dedos, como andavam e viviam;
  • Urólitos - São marcas de urina que ajudam a determinar altura e, até mesmo, nomenclatura dos animais;
  • Coprólitos - Fezes fossilizadas, pode não ser algo glamoroso, porém tem uma enorme contribuição para descobrir o hábito do animal, relação social e até mesmo interação com parasitas intestinais;
  • Ninhos e ovos - Podem representar cuidado parental e estratégia de vida dos animais. É possível encontrar ovos com fetos dentro deles, o que permite que morfologia externa e interna possam ser vistas e estudadas;
  • Tocas - Estruturas que foram cavadas por animais para meio de fuga de predadores, abrigo, proteção de filhotes, entre outras coisas que se podem imaginar. Estudar esses icnofósseis seria como estudar a casa de animais pré-históricos;
  • Rastros de invertebrados - Pode nos fornecer informações sobre a forma que esses animais se locomoviam;
  • Moldes de raízes e folhas - Necessários para filogenia e taxonomia das plantas do planeta.

Importância[editar | editar código-fonte]

Apesar de não ser vista como grandiosa, é um dos ramos mais importantes da paleontologia, pois através dela temos entendimento sobre a forma de vida de animais e plantas fossilizados, que são essenciais para que a história da vida na terra seja melhor compreendida e as lacunas existentes sejam preenchidas.

É uma das melhores formas, se não únicas, de encontrarmos vestígios de animais que apresentam corpo mole, como moluscos por exemplo. Além da fossilização ser algo raro de acontecer, esses animais não possuem partes duras no seu corpo, o que impossibilita que sejam fossilizados, sendo assim, a única forma de sabermos da sua existência é através dos icnofósseis, dos vestígios deixados por eles ao longo de sua vida.

Referências

  1. CARVALHO, I. S. Icnofósseis. In: CARVALHO, I. S. Paleontologia: conceitos e métodos. Rio de Janeiro: Interciência, 2010. p. 195-227.
  2. FERRAZ, J. S. Paleoicnologia. In: FERRAZ, J. S. Arqueologia e Pré-história.
Ícone de esboço Este artigo sobre Paleontologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.