Papo-de-vento

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um papo-de-vento pigmeu

O Papo-de-vento[1][2] (também grafado pombo-papo-de-vento[3]) ou buchona[4] é uma raça de pombo caracterizada pelo seu papo bastante saliente[5] e inflável e pela sua postura erecta.[6]

Caracterização[editar | editar código-fonte]

Os pombos-papo-de-vento são uma das muitas variedades domesticadas da espécie Columba livia, comummente conhecida como «pombo-comum».[4] Os papos-de-vento pautam-se pelo grande papo, capaz de se encher de ar, como o nome sugere.[4][7]

Esta raça é puramente ornamental, valorizando-se mercê da sua aparência invulgar.[8][6]

Com efeito, há um ror muito variegado de subvariedades de papos-de-vento, no que toca a dimensões, forma do corpo, postura, plumagens e mesmo pelo próprio formato do papo, sendo que a caracteristíca que têm mais em comum entre si é mesmo a capacidade icónica de o insuflar.[9][6]

Os feitios de papo típicos desta raça podem ser: esféricos, piriformes e descaídos.[9]

Temperamento[editar | editar código-fonte]

Os papos-de-vento soem de ser muito sociais e dóceis.[6] Costumam inflar o papo no ensejo das danças de acasalamento.[8]

História[editar | editar código-fonte]

Desconhece-se a origem desta raça, porém, é consabido que os papos-de-vento já são objecto de criação no continente europeu há pelo menos 400 anos.[6][8]

O pintor flamengo do séc. XVII Melchior d'Hondecoeter pintou em 1665 um papo-de-vento no quadro Oplooper (bailarino).[6] O italiano Aldrovandi fez descrições sobre os papos-de-vento flamengos em 1599.[10][6]

O autor indiano, Abdoul Fazil, fez em 1590 um relato a respeito de «pombos de patas emplumadas, que inchavam o peito ao inalar o ar».[10]

Referências

  1. «papo-de-vento». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia 
  2. S.A, Priberam Informática. «papo-de-vento». Dicionário Priberam. Consultado em 9 de junho de 2023 
  3. «pombo-papo-de-vento». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia 
  4. a b c Martins, Roberto de Andrade (1 de janeiro de 2012). «A origem dos pombos domésticos na estratégia argumentativa de Charles Darwin. MARTINS, Roberto de Andrade». Filosofia e História da Biologia, v. 7, n. 1, p. 91-116, 2012. Consultado em 9 de junho de 2023 
  5. «Dicionário Online - Dicionário Caldas Aulete - Significado de papo-de-vento». aulete.com.br. Consultado em 10 de junho de 2023 
  6. a b c d e f g Levi, Wendell M. (2013). Encyclopedia of Pigeon Breeds (em inglês). [S.l.]: Wendell Levi Publishing Company. 730 páginas. ISBN 0910876029 
  7. S.A, Priberam Informática. «papo-de-vento». Dicionário Priberam. Consultado em 9 de junho de 2023 
  8. a b c Levi, Wendell (1977). The Pigeon. Sumter, S.C.: Levi Publishing Co, Inc. 650 páginas. ISBN 0-85390-013-2 
  9. a b Carlheinrich Engelmann Hans-Joachim Schille u. a. Hartmann, Manfred (1986). Das Taubenbuch: Anleitung für die Haltung und Zucht von Tauben; erste Auflage, ed. Berlin: VEB Deutscher Landwirtschaftsverlag, Berlin,. pp. 32,45. ASIN B003AJFEW2 
  10. a b Marks, Horst (1986). KROPFTAUBEN (em alemão) 1 ed. Heidelberg: Spektrum Akademischer Verlag. 192 páginas. ISBN 3894323515