Patrística: diferenças entre revisões
m Revertidas edições por 189.90.160.73 para a última versão por 177.99.91.119 (usando Huggle) |
Etiqueta: Repetição de caracteres |
||
Linha 6: | Linha 6: | ||
== Tradição == |
== Tradição == |
||
Quando o [[Ocidentalismo]], para defender-se de ataques polêmicos, teve de esclarecer os próprios pressupostos, apresentou-se como a expressão terminada da verdade que a [[filosofia grega]] havia buscado, mas não tinha sido capaz de encontrar plenamente, enquanto a Verdade mesma não tinha ainda se manifestado aos homens, ou seja, enquanto o próprio [[Deus]] não havia ainda encarnado. |
Quando o [[Ocidentalismo]], para defender-se de ataques polêmicos, teve de esclarecer os próprios pressupostos, apresentou-se como a expressão terminada da verdade que a [[filosofia grega]] havia buscado, mas não tinha sido capaz de encontrar plenamente, enquanto a Verdade mesma não tinha ainda se manifestado aos homens, ou seja, enquanto o próprio [[Deus]] não havia ainda encarnado.Nem tudo que se ver é verdadeiro, ...... a todas.....que.... façam um resumo/trabalho dessa ou de outras páginas que .......editadas |
||
De um lado, se procura interpretar o Cristianismo mediante conceitos tomados da filosofia grega, do outro reporta-se ao significado que esta última dá ao Cristianismo. Os primeiros pensadores cristãos, ao mesmo tempo em que se valeram, também se debateram com os filósofos, quer com Platão e com Aristóteles, quer, sobretudo, com os estóicos e com os epicureus. Sem perder de vista os ideais da doutrina cristã, eles buscaram encontrar, frente à filosofia e aos filósofos, o lugar apropriado da reflexão filosófica e do pensar cristão. |
De um lado, se procura interpretar o Cristianismo mediante conceitos tomados da filosofia grega, do outro reporta-se ao significado que esta última dá ao Cristianismo. Os primeiros pensadores cristãos, ao mesmo tempo em que se valeram, também se debateram com os filósofos, quer com Platão e com Aristóteles, quer, sobretudo, com os estóicos e com os epicureus. Sem perder de vista os ideais da doutrina cristã, eles buscaram encontrar, frente à filosofia e aos filósofos, o lugar apropriado da reflexão filosófica e do pensar cristão. |
Revisão das 13h33min de 30 de novembro de 2012
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Março de 2011) |
Patrística é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Padres ou Pais da Igreja, os primeiros teóricos —- daí "Patrística" —- e consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do Cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos "pagãos" e contra as heresias.
Foram os pais da Igreja responsáveis por confirmar e defender a fé, a liturgia, a disciplina, criar os costumes e decidir os rumos da Igreja, ao longo dos sete primeiros séculos do Cristianismo. É a Patrística, basicamente, a filosofia responsável pela elucidação progressiva dos dogmas cristãos e pelo que se chama hoje de Tradição Católica.
Tradição
Quando o Ocidentalismo, para defender-se de ataques polêmicos, teve de esclarecer os próprios pressupostos, apresentou-se como a expressão terminada da verdade que a filosofia grega havia buscado, mas não tinha sido capaz de encontrar plenamente, enquanto a Verdade mesma não tinha ainda se manifestado aos homens, ou seja, enquanto o próprio Deus não havia ainda encarnado.Nem tudo que se ver é verdadeiro, ...... a todas.....que.... façam um resumo/trabalho dessa ou de outras páginas que .......editadas
De um lado, se procura interpretar o Cristianismo mediante conceitos tomados da filosofia grega, do outro reporta-se ao significado que esta última dá ao Cristianismo. Os primeiros pensadores cristãos, ao mesmo tempo em que se valeram, também se debateram com os filósofos, quer com Platão e com Aristóteles, quer, sobretudo, com os estóicos e com os epicureus. Sem perder de vista os ideais da doutrina cristã, eles buscaram encontrar, frente à filosofia e aos filósofos, o lugar apropriado da reflexão filosófica e do pensar cristão.
É comum a afirmação de que o Cristianismo primitivo sofreu influências de vários setores da Filosofia Grega - de Platão, de Aristóteles, dos epicuristas e dos estóicos - sem que se determine claramente a amplitude e os limites de tais influências. Também é comum dizer-se que os filósofos convertidos ao Cristianismo buscaram dar à doutrina cristã um status filosófico, mas sem o cuidado de salientar as fontes das quais se serviram ou sem analisar os conceitos dos quais se apropriaram... (SPINELLI, 2002, p. 3). Foram vários autores que se ocuparam dessa tarefa: Justino, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio de Cesareia, Gregório de Nissa...
Ou como resume Johannes Hirschberger:
Tratando-se de filosofia patrística, não devemos, como outrora, pensar somente nas obras de filósofos que só foram filósofos. A filosofia da patrística está antes contida nos tratados dos pastores de alma, pregadores, exegetas, teólogos, apologetas que buscam antes de tudo a exposição da sua doutrina religiosa. Mas ao mesmo tempo, levados pela natureza das cousas e dada a ocasião, se põem - a resolver problemas propriamente pertencentes à filosofia; e então, pela força do assunto, versam a metodologia filosófica.
– HIRSCHBERGER, 1966.
A figura de maior destaque dessa corrente de pensamento cristão é Santo Agostinho.
Divisão didática
A Patrística divide-se geralmente em três períodos:
- até o ano 200 dedicou-se à defesa do Cristianismo contra seus adversários (padres apologistas, como São Justino Mártir, etc.).
- até o ano 450 é o período em que surgem os primeiros grandes sistemas de filosofia cristã (Santo Agostinho, Clemente Alexandrino, etc.).
- até o século VIII reelaboram-se as doutrinas já formuladas e de cunho original (Boécio, etc.).
Esta divisão da Literatura Patrística em três períodos é geralmente feita, mais didaticamente, da seguinte forma:
- Período ante-niceno - corresponde ao período anterior ao Concílio Ecumênico de Nicéia (324 d.C). Geralmente compreende os escritos surgidos entre o século I e início do IV século.
- Período niceno - corresponde ao período entre os anos anteriores até alguns imediatamente posteriores ao Concílio Ecumênico de Nicéia (324 d.C). Geralmente compreende os escritos surgidos entre o início do IV século até o final deste.
- Período pós-niceno - corresponde ao período compreendido entre os V e VIII séculos.
O legado da Patrística foi passado à Escolástica.
Ver também
- ALTERNER, Berthold; STUIBER Alfred. Patrologia. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2004.
- DROBNER, Hubertus. Manual de Patrologia. Petrópolis: Vozes, 2003.
- HAMMAN, Adalbert G. Para ler os Padres da Igreja. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1997.
- HIRSCHBERGER, Johannes. História da Filosofia na Idade Média. Trad. Alexandre Correia. São Paulo: Herder, 1966.
- SPINELLI, Miguel. Helenização e recriação de sentidos: a filosofia na época da expansão do cristianismo, séculos II, III, e IV. Porto Alegre: Edipucrs, 2002.
Ligações externas
- Patrística Brasil - Blog que dispõe de muitas obras do período Patrístico em língua portuguesa.
- COCP - Central de Obras do Cristianismo Primitivo - Sítio integrado ao Apostolado Veritatis Splendor que dispõe de muitas obras do período Patrístico em língua portuguesa.
- COCP - Central de Obras do Cristianismo Primitivo - Sítio integrado ao Apostolado Veritatis Splendor - Domínio secundário, com um formato de página diferente do domínio principal.
- «Early Church Fathers - Dispõe de várias obras dos Santos Padres» (em inglês)