Pedantocracia

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O termo pedantocracia é utilizado para descrever um sistema político ou educacional que valoriza excessivamente o conhecimento erudito e a rigidez formal, em detrimento da criatividade, originalidade e pensamento crítico. Esta concepção está associada ao positivismo, uma corrente filosófica e científica que surgiu no século XIX, especialmente na França, e teve grande influência no pensamento social e político da época.[1][2][3]

A pedantocracia é vista como um sistema opressivo e elitista, que privilegia apenas aqueles que possuem conhecimentos eruditos, enquanto exclui e marginaliza aqueles que possuem outras formas de conhecimento ou que têm dificuldades em se adequar aos padrões acadêmicos. A palavra "pedantocracia" deriva de "pedante", um termo que originalmente se referia a um mestre-escola ou tutor, mas que passou a ter um sentido pejorativo para designar uma pessoa que ostenta um conhecimento vazio ou excessivo.[1][2][3]

Referências

  1. a b "The Positivist Dispute in German Sociology" de Jeffrey C. Alexander (1979), que discute as disputas teóricas no início da sociologia alemã, incluindo a influência do positivismo e sua relação com o ideal da pedantocracia.
  2. a b A Pedantocracia" de Miguel de Unamuno (1907), um ensaio crítico sobre o sistema educacional espanhol da época, que Unamuno descreve como uma "pedantocracia".
  3. a b "The Pedantocracy: A Critique of Contemporary Social Science" de Russell Jacoby (1986), um livro que examina as limitações e os perigos do positivismo e da pedantocracia na pesquisa social contemporânea.