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Pedro Pinchas Geiger: diferenças entre revisões

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spaço ou território em áreas com características comuns, pode ser criada com base em critérios físicos, socioeconômicos ou políticos. A escolha de uma dessas alternativas depende das finalidades com que se pretende utilizá-la. Ela pode, por exemplo, servir a objetivos estatísticos, administrativos ou didáticos.
spaço ou território em áreas com características comuns, pode ser criada com base em critérios físicos, socioeconômicos ou políticos. A escolha de uma dessas alternativas depende das finalidades com que se pretende utilizá-la. Ela pode, por exemplo, servir a objetivos estatísticos, administrativos ou didáticos.


==Histórico da divisão regional brasileira==
==Histtórico das divisão pregional brasileira==
No Brasil, a primeira divisão regional foi apresentada em 1938, decorrente da preocupação do governo com a integração econômica do espaço brasileiro.
No Brasil, a primeira divisão regional foi apresentada em 1938, decorrente da preocupação do governo com a integração econômica do espaço brasileiro.



Revisão das 12h12min de 11 de abril de 2014

Pedro Pinchas Geiger é um geógrafo brasileiro que propôs, em 1967, uma nova divisão regional do Brasil, diferente da adotada atualmente, levando em conta não apenas os aspectos naturais, mas também os humanos e o processo histórico de formação do território do país, em especial a industrialização.

Divisão Geoeconômica do Brasil

A divisão proposta por Pedro Pinchas Geiger foi chamada de Divisão geoeconômica e consiste em três regiões, a saber: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste.

As fronteiras regionais não coincidem com as fronteiras estaduais. Desta forma, por exemplo, o norte de Minas Gerais se encontra na região Nordeste. Atualmente, muitos geógrafos e cientistas sociais preferem esta proposta.

A regionalização, definida como a divisão de um dete

spaço ou território em áreas com características comuns, pode ser criada com base em critérios físicos, socioeconômicos ou políticos. A escolha de uma dessas alternativas depende das finalidades com que se pretende utilizá-la. Ela pode, por exemplo, servir a objetivos estatísticos, administrativos ou didáticos.

Histtórico das divisão pregional brasileira

No Brasil, a primeira divisão regional foi apresentada em 1938, decorrente da preocupação do governo com a integração econômica do espaço brasileiro.

A Revolução do 30 havia inaugurado um novo período na história brasileira, marcado pela centralização do poder político em torno do governo federal. Nesse contexto, o conhecimento estatístico do território e da população se transformou em prioridade nacional. Para traçar os rumos do desenvolvimento brasileiro, o governo precisava conhecer o Brasil.

Essa divisão, no entanto, recebeu sérias críticas. Elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ela priorizava a localização em detrimento das características físicas, humanas e econômicas das áreas que agrupava. Por essa razão, o IBGE apresentou, em 1941, uma nova divisão regional do território brasileiro, com o objetivo de facilitar os estudos estatísticos elaborados pelo governo e de servir de suporte para o ensino de Geografia do Brasil nas escolas.

A divisão regional de 1941 já delimitava cinco grandes regiões: Norte, Nordeste, Leste, Sul e Centro-Oeste. Foi feita com base no conceito de região natural, levando em conta sobretudo a uniformidade dos elementos da natureza. As unidades regionais foram identificadas por meio do "estudo das influências recíprocas entre diferentes fatores naturais, principalmente clima, vegetação e relevo". Mas essa proposta logo foi substituída, pois encaixava todos os Estados inteiros nas grandes regiões, mesmo aqueles que apresentavam paisagens naturais muito distintas dentro de suas fronteiras.

A divisão regional seguinte, de 1945, mantinha as grandes regiões da divisão anterior, mas acrescentava critérios hierárquicos (grandes regiões, regiões, sub-regiões e zonas fisiográficas) e os novos Territórios Federais criados em 1942 (Fernando de Noronha) e 1943 (Amapá, Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã e Iguaçu).

Essa divisão regional perdurou até 1969, quando os novos conhecimentos adquiridos sobre o território brasileiro e as transformações nele ocorridas em razão do desenvolvimento industrial e urbano obrigaram o IBGE a estabelecer uma nova divisão regional. Dessa vez, o conceito-base era o das regiões homogêneas, definidas pela combinação de aspectos naturais, sociais e econômicos. A Região Leste desapareceu, com a Bahia e o Sergipe migrando para a Região Nordeste. A Região Sul passou a existir sem a presença de São Paulo que, juntamente com Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, passou a constituir a nova Região Sudeste. Entretanto, percebemos que as linhas divisórias das regiões continuam coincidindo com os limites estaduais.

A divisão regional de 1969 ainda é a oficial, com apenas uma modificação: o Estado de Tocantins, criado em 1988 e desmembrado do Estado de Goiás (Região Centro-Oeste), foi incluído na Região Norte. A justificativa para tanto foi o fato de esse Estado ter maior articulação econômica com o Estado do Pará e com o sul do Maranhão.

Como o tema é controverso, já na década de 1960 o geógrafo Pedro Pinchas Geiger propunha uma divisão não oficial, que representava a teia do processo socioeconômico sem se ater às delimitações das fronteiras políticas interestaduais. Mais recentemente, outro geógrafo, André Roberto Martin, sugeriu uma nova proposta, em face da tendência de Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal se associarem mais intimamente ao Sudeste, enquanto Maranhão e Mato Grosso se alinham com o Norte, como é o caso do Estado de Tocantins.

Resumindo:

  • A primeira divisão regional de 1938: destaque maior para a localização
  • Última divisão oficial, de 1988: inclusão do Estado de Tocantins
  • Proposta do geógrafo Pedro Geiger: três grande complexos regionais

Obras principais de Pedro Pinchas Geiger

  • O espaço social na rede urbana do Rio de Janeiro
  • Migrações internacionais e transnacionalismo na atualidade
  • Evolução da Rede Urbana Brasileira

Atualmente, atua como professor-visitante no curso de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), campus Maracanã.

Ver também


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