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Período colonial dos Estados Unidos: diferenças entre revisões

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{{História dos Estados Unidos}}

A região que atualmente compõe os [[Estados Unidos da América]] era originalmente habitado por [[Nativos americanos nos Estados Unidos|nativos americanos]]. A '''[[história dos Estados Unidos da América|história escrita dos Estados Unidos da América]]''' inicia-se, porém, a partir do início do [[século XVI]], quando os primeiros exploradores [[Europa|europeus]] desembarcaram em diferentes regiões do atual Estados Unidos.

Ao longo do final do [[século XVI]], os ingleses iniciaram a colonização da [[América do Norte]]. As primeiras tentativas de colonização do continente norte-americano, notavelmente a [[Colônia de Roanoke]], falharam, mas outras colônias foram logo estabelecidas. Os colonos que vieram ao [[Novo Mundo]] não eram um grupo homogêneo, mas sim pertenciam à uma variedade de diferentes grupos sociais e religiosos, que instalaram-se em diferentes partes da costa leste dos Estados Unidos no [[Oceano Atlântico]]. Os [[quaker]]s da [[Pensilvânia]], os [[puritano]]s da [[Nova Inglaterra]], os assentadores em busca de [[ouro]] de [[Jamestown (Virgínia)|Jamestown]] e os prisioneiros da [[Geórgia (EUA)|Geórgia]] vieram ao novo continente por uma grande variedade de razões, e criaram colônias com diferentes estruturas políticas, sociais, religiosas e econômicas. Enquanto isto, o sudoeste e o sudeste dos Estados Unidos foram colonizados por [[Espanha|espanhóis]], e a região central, pelos [[França|franceses]]. Partes das [[Treze Colônias]] foram colonizadas primeiramente pelos [[Suécia|suecos]] e pelos [[Países Baixos|neerlandeses]], mas foram capturadas pelos ingleses durante a [[década de 1660]].

Historiadores tipicamente reconhecem quatro regiões que tornariam-se posteriormente as [[Treze Colônias]] britânicas e o leste dos Estados Unidos: a [[Nova Inglaterra]], as [[Colônias Intermediárias]], as [[Colônias da Baía de Chesapeake]] e as [[Colônias Meridionais]].

==Período pré-colonial dos EUA==
Por milhares de anos, centenas de tribos [[Nativos americanos nos Estados Unidos|nativo americanas]] (bem como os [[Polinésia|nativos polinésios]] do [[Havaí]] e outros territórios insulares na Polinésia dos atuais Estados Unidos) habitaram a região que atualmente compõe os Estados Unidos da América. Estas tribos nativas americanas pertenciam a uma grande variedade de grupos culturais, cujas tribos eram aliadas ou neutras entre si, e possuíam [[cultura]]s e [[idioma]]s semelhantes. Alguns destes grupos incluem os [[iroqueses]], os [[algonquino]]s, os [[sioux]], os [[esquimó]]s e os [[asteca|uto-astecas]]. Vários destes grupos nativos americanos formaram [[civilização|civilizações]] avançadas, como os uto-astecas no centro-sul e os iroqueses no nordeste dos atuais Estados Unidos.
As estimativas da população nativa americana nos Estados Unidos nos anos que procederam à chegada dos primeiros exploradores [[Europa|europeus]] variam entre um a mais de quinze milhões. Acredita-se que os primeiros nativos indígenas do Havaí desembarcaram no arquipélago há milhares de anos atrás, em [[barco]]s rústicos. Todos os nativos americanos do [[América|continente americano]], por sua vez, teriam vindo da [[Ásia]] através de uma [[ponte glacial]] no [[Estreito de Bering]], entre a [[Rússia]] e o atual [[Alasca]].

Diversas nações europeias começaram a explorar diferentes regiões dos Estados Unidos ao longo do [[século XVI]]. Se pensava que o primeiro explorador europeu a desembarcar em terras americanas fora o [[Itália|italiano]] [[John Cabot|Giovanni Caboto]], explorando a serviço da [[Inglaterra]], na atual [[Nova Iorque]]. No entanto, hoje sabe-se que os primeiros europeus a pisarem em terras estadunidenses foram os exploradores [[viking|vikings]]. Em [[1513]], o [[Espanha|espanhol]] [[Ponce de León]] desembarcou na atual [[Flórida]]. Em [[1565]], os espanhóis fundaram o primeiro assentamento permanente no atual Estados Unidos, [[St. Augustine]]. Um século mais tarde, os Franceses começaram a explorar a bacia do [[Mississípi]], dando a toda a região o nome de [[Louisiana]], em honra do rei [[Luís XIV]].

==Motivos para exploração e colonização==

===Europa===

Durante o [[século XV]] e o [[século XVI]], a [[Europa]] havia emergido da [[Idade Média]] e entrado no [[Renascimento]]. Os crescentes desenvolvimentos da Europa nas áreas de [[cultura]], [[ciência]] e [[economia]] encorajaram a exploração e a colonização de novas regiões. Um crescimento pelo interesse do aprendizado clássico criou um grande interesse em [[geografia]] e uma curiosidade intelectual sobre o mundo, que havia quase desaparecido durante a Idade Média. Ao mesmo tempo, o crescimento intelectual do Renascimento levou ao desenvolvimento das tecnologias marítimas necessárias para a realização de longas viagens no alto mar. Além disso, a falta de metais preciosos ([[ouro]] e [[prata]])na [[Europa]], incentivou os europeus a buscarem novas terras.

À medida que [[Novos Monarcas]] iniciaram a criar nações e reinos, eles adquiriram o degrau de riqueza e poder necessários para iniciar tentativas sistemáticas de exploração. Além disso, à medida que a [[economia]] da Europa começou a reviver, tornou-se claro que a primeira nação que encontrasse uma rota direta de comércio com as [[Índias Orientais]] prosperaria economicamente. Então, os europeus não tinham conhecimento da existência do [[América|continente americano]]. Cristóvão Colombo acreditava que ele poderia encontrar uma rota para as Índias navegando em direção ao oeste. Financiado pela coroa espanhola, Colombo deixou a Espanha em [[3 de Agosto|3 de agosto]] de [[1492]], iniciando sua famosa viagem. Colombo, ao tornar-se a primeiro europeu conhecido a pisar no continente americano, assumira que ele havia pisado em uma área desconhecida das Índias.

Porém, futuros navegadores europeus que exploraram a região rapidamente descobriram que a região descoberta por Colombo era um novo continente. À esta área os europeus deram o nome de [[Novo Mundo]], creditando Colombo com sua descoberta. O continente americano foi nomeado eventualmente em homenagem a [[Américo Vespúcio]], um explorador [[Itália|italiano]]. Colombo morreu em [[1506]], ainda acreditando que havia chegado às Índias, enquanto a [[Espanha]] e o [[Portugal]] iniciaram os esforços de colonização e conquista do continente americano. A descoberta das Américas causou grande furor na Europa. O Novo Mundo oferecia novas oportunidades de poder, riqueza e aventuras. Rapidamente, diversos países europeus iniciaram a explorar e a colonizar o continente americano.

As primeiras nações européias a iniciarem esforços de exploração e colonização das Américas foram a [[Espanha]] e o [[Portugal]]. Segundo o [[Tratado de Tordesilhas]], assinado entre os espanhóis e os portugueses, todas as terras a oeste da [[Linha de Tordesilhas]] pertenceriam à Espanha, e todas as terras à leste pertenceriam aos portugueses. Durante as primneiras décadas do [[século XVI]], os espanhóis derrotaram os [[asteca]]s, os [[maia]]s e os [[inca]]s. Os espanhóis colonizaram uma enorme área que estende-se desde o sul da América do Sul até o que é atualmente o sul dos Estados Unidos. O primeiro assentamento europeu fundado em território americano foi fundado em [[1526]], na atual [[Carolina do Sul]]. Porém, este assentamento foi abandonado no ano seguinte. Os espanhóis também fundaram o primeiro assentamento permanente, ainda em existência em tempos atuais, em atual território americano. Este assentamento, [[St. Augustine]], foi fundado em [[1565]], no atual Estado de [[Flórida]].

Durante a segunda metade do [[século XVI]] e do [[século XVII]], uma nova geração de potências coloniais surgiram. Estas potências eram a [[Inglaterra]], a [[França]] e os [[Países Baixos]]. As terras que constituem atualmente o leste dos Estados Unidos tornaram-se regiões atrativas para a instalação de novas colônias, por parte destas novas potências coloniais. Embora estas terras na América do Norte estivessem relativamente próximos à Europa, a Espanha e o Portugal tinham pouco interesse nestas terras.

Ingleses e franceses já haviam iniciado a exploração do leste da América do Norte no início do século XVI. Ao longo deste século, ambos somente exploraram e instalaram postos comerciais nessa costa, mas não fundaram assentamentos permanentes. A partir do início do século XVII, tanto os ingleses quanto os franceses iniciaram a fundação de assentamentos permanentes na América do Norte. A região colonizada pelos franceses tornou-se conhecida como [[Nova França]], que incluía os atuais Estados americanos de [[Maine]] e [[Vermont]].

As primeiras tentativas inglesas bem-sucedidas de colonização da América do Norte ocorreram no início do [[século XVII]], por várias razões. Durante esta era, o [[nacionalismo]] inglês cresceu, e da ameaça de uma possível invasão do Reino Unido por parte da Espanha, bem como por causa do militarismo [[protestantismo|protestante]] e da adoração da monarca [[Rainha]] [[Elizabeth I de Inglaterra|Elizabeth]]. À época, porém, a Inglaterra não tinha interesse em criar um império colonial. Ao invés disso, outras causas provocaram a colonização da América do Norte por parte dos ingleses. Estes motivos incluem o comércio, a crescente [[superpopulação]] da nação e a busca por [[liberdade religiosa]].

==Primeiras colônias==
{{principal|Colônia de Roanoke}}
Os ingleses por diversas vezes tentaram fundar assentamentos permanentes na América do Norte ao longo das últimas décadas do século XVII. Estes assentamentos foram mal-sucedidos por diversas razões, incluindo a falta de suprimentos essenciais, ataques indígenas e o [[inverno]] rigoroso da região. Um dos assentamentos mais bem-sucedidos foi a [[Colônia de Roanoke]], estabelecida em [[1586]], na costa da atual [[Carolina do Norte]] por [[Walter Raleigh]]. O segundo navio de reabastecimento, cuja chegada foi adiada por três anos devido à guerra com Espanha, não encontrou nenhum traço dos colonos, descobrindo apenas a misteriosa palavra ''"CROATOAN"'' inscrito numa [[árvore]]. Mais de cem homens, mulheres e crianças haviam desaparecido.

==Chesapeake==

O primeiro assentamento inglês permanente na América do Norte, [[Jamestown (Virgínia)|Jamestown]], foi fundado em [[1607]], em uma região chamada de [[Virgínia]], nomeado em honra à Rainha Elizabeth I, a ''Rainha Virgem''. Este assentamento foi fundado em uma ilha no [[Rio James (Virgínia)|Rio James]], próximo ao seu estuário com a [[Baía de Chesapeake]]. Jamestown, nomeado em homenagem ao Rei [[Carlos I de Inglaterra]], já então, era multicultural. Apesar de a maioria dos colonos serem britânicos, outros colonos tinham descendência francesa, [[Alemanha|alemã]], [[Irlanda|irlandesa]] e [[Itália|italiana]].

A fundação de Jamestown foi financiada pela [[Companhia Londrina de Virgínia]]. Esta empresa esperava seguir o caminho traçado pelos [[bandeirante]]s espanhóis, que era a busca de [[ouro]] e outros metais preciosos. Tendo isto em mente, a companhia enviou joalheiros e aristocratas, mas nenhum fazendeiro. Os colonos comportaram como a companhia esperava. Esperando obter todo seu alimento através do comércio com a tribo indígena [[Powhatan]], os colonos gastaram muito de seu tempo buscando por ouro. Isto significou que o assentamento era instável socialmente, uma vez que cada um dos colonos sentiam pouco contato social com sua comunidade, mas ao invés disso buscavam por riquezas individuais. A falta de relacionamentos sociais na comunidade foi agravada pelo fato de que todos os colonos iniciais, e a grande maioria dos colonos que vieram posteriormente, eram homens. Sem mulheres ou [[criança]]s para proteger, os colonos tinham pouco incentivo para proteger seu assentamento ou trabalhar em conjunto para o crescimento a longo prazo da colônia.

Achados arqueológicos recentes indicam que a região onde Jamestown foi criada passara pelo período mais severo de [[seca]] em séculos na região. O comércio de alimentos com os nativos indígenas da região - especialmente [[milho]] - tornou-se cada vez mais difícil, e os colonos, sem cultivos, cognomearam o primeiro [[inverno]] da colônia de ''Starving Times'' - Tempos de Fome. Apenas um terço dos colonos sobreviveram ao primeiro inverno. De fato, alguns documentos indicam que certos colonos passaram a praticar o [[canibalismo]] para poder sobreviver. Jamestown sobreviveu ao inverno rigoroso de 1607-[[1608]], em grande parte por causa de [[John Smith]]. Seu [[lema]] era ''"sem trabalho, sem comida"'', e sua forte altitude foi o suficiente para organizar a estrutura da colônia em ordem. Smith colocou os colonos para trabalhar, e tornou-se um amigo de [[Pocahontas]], filha do chefe indígena [[Powhatan]], que foi capaz de fornecer a Jamestown mais alimentos.

John Smith salvou Jamestown, mas ainda enfrentava o desafio de tornar o assentamento inglês lucroso economicamente. Ouro e outros metais preciosos não foram encontrados na região durante os próximos anos. Em [[1612]], [[John Rolfe]] de iniciou a cultivar [[tabaco]] em Jamestown. Este tabaco passou a ser vendido na Europa pela Companhia Londrina de Virgínia. O cultivo de tabaco mostrou-se um negócio altamente rentoso logo de início. Jamestown prosperaria, novos colonos instalariam-se no assentamento, e o tabaco continuaria a ser a principal fonte de renda de Jamestown nos dois séculos seguintes. A cultivação do tabaco exige grande quantidade de [[mão-de-obra]]. Inicialmente, estes cultivos utilizavam-se de mão-de-obra livre, européia. Porém, a partir de [[1619]], os agricultores de Jamestown passaram a fazer crescente uso de [[trabalho escravo]]. 1619 também destaca-se por ser o ano em que as primeiras pessoas do sexo feminino desembarcaram em um assentamento inglês nas Américas.

A [[Colônia de Virgínia]] passou a ser então fortemente influenciada pelo cultivo de tabaco e pela propriedade de [[Escravatura|escravos]]. Inicialmente, os proprietários de fazendas da Virgínia empregavam mão-de-obra branca, que trabalhariam como agricultores por um período de tempo. Porém, estes trabalhadores eram pobres, e poucas outras fontes de renda estavam disponíveis para tais pessoas, à parte da agricultura. Estes trabalhadores renovavam seus contratos ao máximo que podiam. Isto levou à realização do maior medo dos proprietários da Colônia de Virgínia: a criação de uma classe permanente de trabalhadores pobres, infelizes e armados. Em [[1676]], a [[Revolta de Bacon]] ocorreria por causa de diferenças entre a elite e a classe trabalhadora da Virgínia. A revolta foi liderada por [[Nathaniel Bacon]], e destruiu Jamstown. A partir de então, o uso do trabalho escravo - mão-de-obra obediente - tornou-se comum ao longo da Virgínia.

A Virgínia dependia pesadamente do comércio internacional. Ao longo do século XVII, pouquíssimas [[estrada]]s foram construídas. Por causa disso, e também por causa da necessidade de [[irrigação]] para o cultivo de tabaco, os agricultores da Virgínia estiveram confinados em bancos nos litorais de [[rio]]s. A abundância de rios e riachos na Virgínia permitiu que as plantações distanciassem-se uma das outras. Por causa disso, trabalhadores individuais nas plantações moravam isolados, sem [[família]], e separados de seus vizinhos mais próximos por [[quilômetro]]s. Isto fez com que a estrutura social da Virgínia pouco se desenvolvesse ao longo dos anos, em contraste com a infraestrutura social avançada da [[Nova Inglaterra]].

Outra causa da descentralização social na região de Chesapeake foi que a sociedade da Virgínia era predominantemente [[secularidade|secular]]. O negócio lucrativo do tabaco atraiu muitos homens não-casados interessados em adquirir uma fonte de renda. Como consequência, a maior parte da população da Virgínia não era receptiva à religião. A colônia não atraiu muitos ministros religiosos, e mesmo que tivesse, estes religiosos enfrentariam grande dificuldade em construir suas congregações em regiões escassamente povoadas. Por isto, ao contrário dos [[puritano]]s da Nova Inglaterra, poucas [[igreja]]s foram construídas na Virgínia para servirem como centros sociais e religiosos.

A assembléia colonial que havia governado a colônia desde seu estabelecimento foi dissolvida, mas foi reinstalada em [[1630]]. Dividia seu poder com um governador escolhido pelo governo da Inglaterra. Em um nível mais regional, o poder de governo foi investido em cortes de condados, cujos juízes escolhidos diretamente pelo governador da Virgínia.

==Nova Inglaterra==

Não muito depois da fundação de Jamestown, os ingleses iniciaram o processo de colonização da costa nordeste dos atuais Estados Unidos. O segundo assentamento inglês permanente em solo americano foi fundado na [[Nova Inglaterra]], e foi fundado por dois grupos [[religião|religiosos]] diferentes. Ambos os grupos eram a favor de uma reforma geral na Igreja e da eliminação de elementos [[Igreja Católica Romana|católicos]] na [[Igreja Anglicana|Igreja da Inglaterra]]. Enquanto que os peregrinos buscaram sair da Igreja da Inglaterra, os puritanos queriam reformá-la, através da instalação de uma santa comunidade em uma sociedade que eles posteriormente construiriam no Novo Mundo.

===Os peregrinos===

O primeiro e menor dos dois grupos religiosos, os [[peregrino]]s, originou-se de uma pequena [[congregação]] [[protestantismo|protestante]] em [[Scrooby Manor]], [[Inglaterra]], de onde os membros partiram rumo aos [[Países Baixos]]. À época, os Países Baixos possuíam a reputação de que o reino era uma nação cada vez mais aberta aos que sofriam perseguição. Os emigrantes, porém, tornaram-se cada vez mais insatisfeitos com a crescente influência dos neerlandeses em suas crenças, e com baixas condições econômicas. Estes emigrantes também sofreram alguma perseguição, motivado pelo fato de que o governo neerlandês aliara-se recentemente com o Rei inglês [[Jaime I de Inglaterra|James I de Inglaterra]]. Como resultado, alguns deles juntaram-se à um grupo maior de separatistas que haviam continuado a morar na Inglaterra. Este grupo separatista, então, navegaram rumo ao Novo Mundo, autonomeando-se "peregrinos".

Estes homens e mulheres embarcaram no ''[[Mayflower]]'', com a intencao de provar destinos pra vidas mais rentaveis para os peregrinos e de desembarcar no litoral norte da região que era então conhecida como [[Virgínia]] - onde atualmente localiza-se partes da cidade de [[Nova Iorque]]. Porém, o Mayflower foi obrigado a mudar de curso durante a viagem, por causa de uma [[tempestade]]. Como consequência, eles desembarcaram no que é atualmente o [[Massachusetts]], e desembarcaram no litoral oeste do [[Cabo Rod]]. Antes de desembarcarem, os peregrinos escreveram o [[Mayflower Compact]], um documento na qual estes colonos davam a si próprios grandes poderes de auto-governo. Em [[21 de Dezembro|21 de dezembro]] de [[1620]], os colonos estabeleceram um assentamento permanente, onde atualmente localiza-se a cidade de [[Plymouth (Massachusetts)|Plymouth]].

Como os colonos de Jamestown, os peregrinos tiveram um difícil primeiro inverno, mais rigoroso do que o enfrentado pelos colonos em Jamestown. Os colonos em Plymouth não tiveram tempo suficiente para cultivar quaisquer plantações, e ao longo do inverno, a maioria dos colonos morrera de fome - incluindo o líder [[James Carver]] - se não pelo frio. [[William Bradford]] foi escolhdo para substituir Caver na [[primavera]] de [[1621]]. Posteriormente neste ano, os colonos tiveram a ajuda de [[Squanto]] e [[Samoset]], dois nativos americanos que haviam aprendido a falar [[língua inglesa|inglês]]. O [[outono]] deste ano trouxe grandes colheitas, e a primeira [[Ação de Graças]] foi realizada.

===Os puritanos=== joice fernanda

Um segundo grupos de colonos estabeleceu a [[Colônia da Baía de Massachusetts]] em [[1629]]. Este grupo foi o dos [[puritano]]s, que buscava reformar a [[Igreja Anglicana]] através da criação de uma nova e pura igreja no Novo Mundo. Esta expedição consistiu-se em 400 puritanos, convocados pela [[Companhia da Baía de Massachusetts]]. Em dois anos, outros dois mil puritanos desembarcaram na América, em ondas sucessivas de imigração conhecidas como a ''"Grande Migração"''. No Novo Mundo, os puritanos criaram uma sociedade profundamente religiosa, mas politicamente inovadora, que ainda perdura atualmente nos Estados Unidos.

Acredita-se popularmente que os puritanos vieram para a América buscando por [[liberdade religiosa]], embora um termo mais correto seria "dominação religiosa". Eles esperavam que o Novo Mundo fosse uma "nação de redenção". Embora os puritanos tivessem fugido da repressão religiosa na Inglaterra, eles não pretendiam estabelecer tolerância religiosa no Novo Mundo. A sociedade ideal dos puritanos era o de "uma nação de [[santo]]s", ou de "[[City upon a Hill|uma cidade acima de uma colina]]", uma sociedade profundamente religiosa que serviria como um exemplo para a Europa a estimular a conversão em massa para o puritanismo. Por exemplo, o teólogo [[Roger Williams]] veio para Massachusetts para pregar tolerância religiosa, [[separação da Igreja e Estado]], e um completo corte com a Igreja Anglicana. Por estas ações, Williams foi banido de Massachusetts. Ele saiu de Massachusetts e fundou a [[Rhode Island|Colônia de Rhode Island]], que rapidamente tornaria-se um grande centro de atração para pessoas que buscavam completa tolerância religiosa, inclusive pessoas fugindo do puritanismo de Massachusetts. Outro exemplo importante é [[Anne Hutchinson]], que praticava o [[antinomianismo]], onde a interpretação pessoal de todas as pessoas das palavras de [[Deus]] eram iguais. Como Williams, ela acreditava em tolerância religiosa e liberdade de pensamento. Por ações, ela foi obrigada a exilar-se em Rhode Island.

Como sua natureza religiosa, a estrutura política das colônias puritanas é frequentemente mal-entendida. Oficiais eram eleitos pela comunidade, mas apenas pessoas [[branco|brancas]] do sexo masculino, membros de uma igreja [[congregacionalismo|congregacionalista]] podiam votar. Da perspectiva atual de democracia americana, a sociedade puritana não é uma [[democracia]]. Oficiais não tinham nenhuma responsabilidade com a comunidade - sua função era servir Deus através da administração da comunidade. Porém, também não era uma [[teocracia]] - ministros congregacionalistas não tinham poderes especiais no governo. Segundo padrões atuais de política da Europa, as colônias puritanas eram politicamente liberais - mais do que qualquer país europeu em tempos atuais. Por isto, a estrutura política da sociedade puritana pode ter assumido a forma de uma democracia, com ênfase na virtude cívica que caracterizaria a sociedade americana pós-revolucionária.

Socialmente, a sociedade puritana era conservadora. Ninguém podia viver sozinho, por medo que suas tentações levassem a uma corrupção moral de toda a sociedade puritana. Porque o [[casamento]] geralmente ocorria dentro da localização geográfica da família, dentro de várias gerações diversas "cidade"s pareciam mais clãs, compostos por várias grandes famílias inter-casadas. A força da sociedade puritana refletia-se em suas instituições - mais especificamente, suas igrejas, sedes de município e força militante. Esperava-se de cada membro da comunidade puritana participação nestas três organizações, assim garantindo a segurança moral, política e militar de sua comunidade. Embora alguns caracterizem a força da sociedade puritana como repressiva, outros crêem que a sociedade puritana é a base dos valores americanos, em virtude cívica, e uma base essencial ao desenvolvimento da [[democracia]].

Economicamente, os puritanos foram bem-sucedidos. Ao contrário da indústria de tabaco e outros produtos agropecuários voltados primariamente à [[exportação]], a economia puritana estava baseada primariamente na agricultura de subsistência, através dos esforços de fazendeiros individuais, que cultivavam suficientes colheitas para gerar o alimento necessário para abastecer sua família, mais um excesso que podia ser trocado com outros comerciantes por outros produtos que os fazendeiros não podiam produzir por si mesmos. A qualidade da economia da Nova Inglaterra era maior do que em Chesapeake. Em outro lado, líderes de cidades da Nova Inglaterra poderiam literalmente alugar famílias pobres da cidade para qualquer pessoa que podia arcar com os custos de aluguel e de alimentação destas famílias, como uma forma barata de mão-de-obra. Além de ser um importante centro agrário, a Nova Inglaterra tornou-se também um centro mercantil e fabricador de [[navio]]s importantes, e frequentemente servia como centro operacional para o comércio realizado entre o Sul e a Europa.

==As colônias centrais==

As [[colônias centrais]], que consistem nos atuais Estados de [[Nova Iorque (Estado)|Nova Iorque]], [[Pensilvânia]], [[Delaware]] e [[Maryland]], eram caracterizadas por um grande degrau de diversidade econômica, religiosa e étnica. Muitos imigrantes [[Países Baixos|neerlandeses]] e [[Irlanda|irlandeses]] instalaram-se nestas regiões.

==O Sul==

As colônias da região Sul das antigas Treze Colônias eram a [[Carolina do Norte]], a [[Carolina do Sul]], a [[Geórgia (EUA)|Geórgia]] e a [[Virgínia]]. Por vezes, [[Maryland]], uma região de fronteira, é agrupado nas colônias do Sul.

Até a [[década de 1720]], a maioria dos agricultores na região Sul dos Estados Unidos tinham pouca educação, a [[caça]]r animais selvagens a pé, e tendo [[bebida alcoólica|bebidas alcoólicas]] e o [[jogo]] como principais passatempos. Então, uma nova geração de agricultores passou a construir grandes [[mansão|mansões]], e a caçar animais selvagens montando [[cavalo]]s. Mulheres em famílias com boas condições financeiras baseavam-se na cultura britânica, lendo [[revista]]s e utilizando [[roupa|vestuário]] que estivesse na moda, provenientes do Reino Unido.

Uma vez que as mulheres [[casamento|casavam]], elas supervisionavam os escravos que trabalhavam na residência, e dedicavam-se a elaborar jantares e festas. Tal fenômeno cultural ocorreu mais ativamente em [[Charleston (Carolina do Sul)|Charleston]], um [[porto (transporte)|porto]] movimentado.

Os [[escravatura|escravos]] que trabalhavam nas plantações de [[tabaco]] e [[arroz]] no Sul americano foram trazidos em sua grande maioria da África Central e Ocidental. A escravidão nas antigas Treze Colônias era muito opressiva, e era passada de geração a geração, sendo que os escravos não possuíam direitos legais. Em [[1700]], existiam aproximadamente 9,6 mil escravos na região de Chesapeake, e algumas centenas nas Carolinas. Aproximadamente 170 mil africanos foram trazidos nas cinco décadas seguintes. Em [[1750]], as Treze Colônias possuíam mais de 250 mil escravos. Nas Carolinas, os escravos compunham cerca de 60% da população local. A maioria da população escrava na Carolina do Sul nasceu na África, por causa das altas taxas de mortalidade nas Carolinas, maiores do que no restante das colônias britânicas na América do Norte, enquanto que metade dos escravos na Virgínia e em Maryland nasceu nas colônias.

===As Carolinas===

A primeira tentativa de assentamento do Sul pela [[Inglaterra]] foi a [[província de Carolina]]. Um grupo de ''[[Proprietários do Senhor]]'', esperando que uma nova colônia no Sul se tornasse tão lucrativa como aquela de [[Jamestown (Virgínia)|Jamestown]], obteve consentimento real da Coroa inglesa para o assentamento das Carolinas em [[1663]]. Porém, foi somente em [[1670]] que um assentamento inglês foi fundado nas Carolinas. Este incluía então ambos os atuais estados americanos de [[Carolina do Norte]], [[Carolina do Sul]] e a [[Geórgia (EUA)|Geórgia]]. Porém, estes esforços iniciais resultaram em falha, uma vez que incentivos para a imigração ao Sul não existiam. Porém, os Senhores juntaram seus capitais remanescentes e financiaram uma missão de assentamento na região, liderada por [[John West]]. A expedição localizou terrenos férteis e que podiam ser defendidos, na região onde atualmente localiza-se a cidade de [[Charleston]], Carolina do Sul (região central das Carolinas) - anteriormente ''Charles Town'', em homenagem ao Rei [[Carlos II de Inglaterra]] - assim iniciando a colonização britânica da região Sul das 13 colônias. Os colonos originais na Carolina do Sul lucraram com o comércio escravo e de peles. O cultivo de [[arroz]] foi introduzido na [[década de 1690]]. O norte e o sul das Carolinas continuou como uma região isolada, de fronteira, durante este período.

Inicialmente, a região central das Carolinas era dividida politicamente. A composição étnica do centro das Carolinas era composta pelos colonos britânicos originais, um grupo de ricos proprietários de [[Escravatura|escravos]], e por uma comunidade [[língua francesa|francófona]]. Diversas guerras de fronteira e guerrilhas ocorreram durante a [[Guerra do Rei William]] e da [[Guerra da Rainha Ana]], que levaram a atritos econômicos e políticos entre mercantes e agricultores. O desastre da [[Guerra de Yamasee]] em [[1715]] desencadeou uma década de instabilidade política. Por volta de [[1729]], as Carolinas, até então controladas pelos Proprietários do Senhor, foram vendidas ao governo britânico, por causa do colapso do governo colonial da região.

===Geórgia===

[[James Oglethorpe]] é muitas vezes visto como o fundador da [[Colônia de Geórgia]]. Um membro do [[Parlamento do Reino Unido|parlamento britânico]], Oglethorpe construiu as fundações da colonização da Geórgia. À época, tensões entre a [[Espanha]] e o Reino Unido eram muito altas, e muitos da população das Carolinas temiam um possível ataque espanhol via sua colônia de [[Flórida]]. A Geórgia era um território disputado pelo Reino Unido e pela Espanha, e se localizava entre a colônia britânica de Carolina e a colônia espanhola de Flórida. À época, costumava-se mandar britânicos endividados e que não pagavam suas dívidas diretamente para a [[prisão]], mas Oglethorpe decidiu enviar pessoas endividadas e que não tinham como pagar suas dívidas para o sul das Carolinas, região que tornaria-se posteriormente a Geórgia. Isto faria com que o Reino Unido se livrasse de pessoas consideradas não desejáveis, e ao mesmo tempo, forneceria aos britânicos uma base onde poderiam atacar a Flórida. Os primeiros colonos britânicos desembarcaram na nova colônia de Geórgia em [[1733]].

A Geórgia estava estabelecida em princípios estritamente moralísticos. A [[Escravatura|escravidão]] era proibida, bem como bebidas alcoólicas e outras formas de suposta imoralidade. Porém, a realidade da colônia estava longe do ideal. Os colonistas da Geórgia estavam descontentes com seu estilo de vida puritano, e disseram que a colônia não poderia competir economicamente com as plantações de [[arroz]] das Carolinas. A Geórgia de início não prosperou, mas logo após a remoção das restrições, a Geórgia prosperou economicamente, tanto quanto as Carolinas.

As colônias do sul tinham, diferentemente das do norte, uma agricultura que se focava mais na formação de latifúndios, pois os materiais dali retirados eram usados pela Coroa Inglesa para alimentar o mercado internacional, devido às possibilidades de cultivo do clima mais ameno que se gerava pela sua aproximação dos trópicos.

==Referências==

* {{Referência a livro|Autor=Adams, James Truslow|Título=The Founding of New England| Editora=Atlantic Monthly Press| Ano=1921}}
*Andrews, Charles M. ''Our Earliest Colonial Settlements: Their Diversities of Origin and Later Characteristics'', 1933.
*Andrews, Charles M. ''Colonial Self-Government, 1652-1689'', 1904.
*Andrews, Charles M. ''The Colonial Background of the American Revolution'', 1932.
*Andrews, Charles M. ''The Colonial Period of American History'', 1934-38.
*Becker, Carl. ''The History of Political Parties in the Province of New York'', 1760-1776, 1917.
* {{Referência a livro|Autor=Bonomi, Patricia U|Título=Under the Cope of Heaven: Religion, Society, and Politics in Colonial America| Editora=Oxford University Press| Ano=1988|ID=ISBN 0195054172}}
* {{Referência a livro|Autor=Bonomi, Patricia U|Título=A Factious People: Politics and Society in Colonial New York| Editora=Columbia University Press|Ano=1971|ID=ISBN 0231083297}}
*Breen, T. H. ''Puritans and Adventurers: Change and Persistence in Early America'', 1980.
* {{Referência a livro|Autor=Bruce, Philip A|Título=Economic History of Virginia in the Seventeenth Century: An Inquiry into the Material Condition of the People, Based on Original and Contemporaneous Records| Editora=Macmillan|Ano=1896}}
* {{Referência a livro|Autor=Cobb, Sanford H|Título=The Rise of Religious Liberty in America: A History| Editora=Macmillan|Ano=1902}}
*Crane, Verner W. ''The Southern Frontier. 1670-1732'', 1920.
* {{Referência a livro|Autor=Greene, Evarts Boutelle |Título=Provincial America, 1690-1740| Editora=Harper and Brothers|Ano=1905}}
* {{Referência a livro|Autor=Illick, Joseph E|Título=Colonial Pennsylvania: A History| Editora= | Ano=1976|ID=ISBN 0684145650}}
* {{Referência a livro|Autor=Kulikoff, Allan|Título=From British Peasants to Colonial American Farmers|Editora=University of North Carolina Press| Ano=2000| ID=ISBN 0807848824}}
*Morgan, Edmund S. ''American Slavery, American Freedom: The Ordeal of Colonial Virginia'', 1975.
* {{Referência a livro|Autor=Osgood, Herbert L|Título=The American Colonies in the Seventeenth Century| Editora=Columbia University Press| Ano=1904-07}}
* {{Referência a livro|Autor=Weeden, William B|Título=Early Rhode Island: A Social History of the People| Editora=The Grafton Press| Ano=1910}}
*Wertenbaker, Thomas. ''Virginia under the Stuarts, 1607-1688'', 1914.
*Kavenagh, W. Keith. ''Foundations of Colonial America: A Documentary History'', 1973.
* {{link|en|http://www.dinsdoc.com|Dinsmore Documentation}}
* {{link|en|http://falcon.jmu.edu/~ramseyil/colonial.htm|Colonial America 1600-1775, K12 Resources}}
* {{link|en|http://www.earlyamerica.com/|Archiving Early America }}

=={{Ver também}}==

{{Predefinição:História dos EUA/Rodapé}}

[[Categoria:História dos Estados Unidos|*]]

[[ca:Història colonial dels Estats Units d'Amèrica]]
[[en:Colonial history of the United States]]
[[es:Colonización de los Estados Unidos]]
[[fr:Histoire coloniale de l'Amérique]]
[[it:Storia degli Stati Uniti d'America (periodo coloniale)]]
[[ja:アメリカ合衆国の植民地時代]]
[[ko:미국의 역사 (1493-1776)]]
[[mwl:Período colonial de ls Stados Ounidos de la América]]
[[nl:Geschiedenis van de Verenigde Staten (1607-1763)]]
[[no:USA under kolonitiden]]
[[ru:Колониальная история США]]
[[si:එක්සත් ජනපද වල යටත් විජිත ඉතිහාසය]]
[[simple:History of the United States#Colonial America]]
[[sv:USA:s koloniala historia]]
[[uk:Колоніальна історія США]]
[[vi:Lịch sử Hoa Kỳ (1493-1776)]]
[[zh-classical:美洲殖民]]

Revisão das 23h54min de 25 de fevereiro de 2013

Filho do magneto que bate na mulher: Magnetinho de Paula