Mostrar código-fonte de Petrobras

{{Coord|22|54|33.83|S|43|10|46.31|W|display=title}}
{{Info/Empresa
|nome_empresa       = Petrobras
|razão_social       = Petróleo Brasileiro S.A.
|logo               = Petrobras horizontal logo (international).svg
|imagem             = Sede Petrobras en Río de Janeiro.jpg
|imagem_tamanho     = 
|imagem_legenda     = [[Edise]], o edifício sede da empresa no [[Centro (Rio de Janeiro)|Centro]] do [[Rio de Janeiro|Rio]]
|tipo empresa       = [[Empresa de capital aberto]] {{pequeno|([[Sociedade de economia mista|SEM]])}}<ref name="Santos-SP/2017">{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/supremo-decide-que-petrobras-deve-pagar-iptu.ghtml |título=''Supremo rejeita recurso da Petrobras e decide que estatais devem pagar IPTU (Por ter repercussão geral, decisão vale para todas as estatais que buscam lucro e concorrem com outras empresas.)'' |data=6 de abril de 2017 |autor =Renan Ramalho |publicado=''[[G1|G1 Política]]'' |acessodata=10-04-2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170410054308/http://g1.globo.com/politica/noticia/supremo-decide-que-petrobras-deve-pagar-iptu.ghtml |arquivodata=10-04-2017}}</ref>
|indústria          = [[Petróleo]]<br />[[Gás Natural|Gás]]<br />[[Energia (sociedade)|Energia]]<br />[[Biocombustível]]
|slogan             = ''O desafio é a nossa energia''
|fundação           = {{Dtlink |3|10|1953|idade}}
|sede               = [[Rio de Janeiro]], [[Rio de Janeiro (estado)|RJ]], {{BRA}}
|área servida       = {{Mundo}}
|fundador           = [[Governo do Brasil|Governo Federal do Brasil]], sob a [[presidência]] de [[Getúlio Vargas]], que foi o articulador principal
|presidente         = [[Magda Maria de Regina Chambriard]]<ref>{{Citar web|ultimo=Matos|primeiro=Maria Clara|url=https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/quem-e-magda-chambriard-indicada-para-substituir-prates-na-presidencia-da-petrobras/|titulo=Quem é Magda Chambriard, indicada para substituir Prates na presidência da Petrobras|acessodata=2024-05-15|website=CNN Brasil}}</ref>
|vice-presidente    = 
|num empregados     = {{formatnum:45149}} <small>(2022)</small><ref name="RA22"/><ref name="DF22"/><ref name="RI22+20F"/>
|produtos           = [[Combustíveis]]<br />Derivados de [[Petróleo]]<br />[[Gás liquefeito de petróleo|GLP]]
|subsidiárias       = {{collapsible list |title=Lista
|Brasoil
|[[Braskem]] (36,15%)
|Fábrica Carioca de Catalizadores (50%)
|Petrobras America
|Petrobras Logística de Exploração e Produção
|[[PBio|Petrobras Biocombustível]]
|Petrocoque (50%)
|PIBBV
|[[Transpetro]]
| '''[[Gás]] e [[Energia]]'''
|Araucária Nitrogenados
|Baixada Santista Energia
|Bioenergética Britarumã (30%)
|Brasympe Energia (20%)
|Brentech Energia (30%)
|Energética SUAPE II (20%)
|Ibiritermo
|Refinaria de Canoas
|Refinaria de Mucuripe
|TermoBahia (98,85%)
|TermoMacaé
|[[Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S/A|Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil]] (51%)
|Transportadora Sulbrasileira de Gás {{pequeno|(TSB)}} (25%)
|UEG Araucária (18,8%)
|[[Petrobras#Principais empresas do Grupo|Outras]]
}}
|cotação            = {{B3 (bolsa de valores)|9512|PETR3, PETR4}}<br />{{NYSE|PBR}}, [https://www.nyse.com/quote/XNYS:PBR.A PBR.A]<br />[[Latibex]]: [http://www.bolsamadrid.es/ing/aspx/Empresas/FichaValor.aspx?ISIN=BRPETRACNOR9&id=ing XPBR], [http://www.bolsamadrid.es/ing/aspx/Empresas/FichaValor.aspx?BRPETRACNPR6&id=ing XPBRA]
|acionistas         = [[Governo do Brasil|Governo Federal do Brasil]] (50,26%)<br />Investidores [[brasileiros]] (10,52%)<br />Investidores [[estrangeiro]]s (38,98%)<ref>{{citar web |url=https://www.investidorpetrobras.com.br/visao-geral/composicao-acionaria/|titulo=Composição acionária |data=abril de 2022|acessodata=30 de maio de 2022|editor=Petrobras}}</ref>
|valor de mercado   = {{increase}} [[US$]] 70,5 bilhões {{pequeno|([[fevereiro|fev]]/2023)}}<ref name="RA22"/><ref name="Petr4">{{citar web |url=https://statusinvest.com.br/acoes/petr4|website=statusinvest.com.br|titulo=Petr4|acessodata=30 de maio de 2022}}</ref>
|ativos             = {{increase}} [[R$]] 976,7 bilhões <small>(2022)</small><ref name="RA22"/><ref name="DF22"/>
|lucro              = {{increase}} R$ 189,0 bilhões <small>(2022)</small><ref name="RA22"/><ref name="DF22"/>
|LAJIR              = {{increase}} R$ 292,9 bilhões <small>(2022)</small><ref name="RA22"/><ref name="DF22"/>
|faturamento        = {{increase}} R$ 641,2 bilhões <small>(2022)</small><ref name="RA22">{{Citar web |url=https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/25fdf098-34f5-4608-b7fa-17d60b2de47d/0ad45da1-a240-5009-b8b4-3ea48688869d?origin=1 |título=Relatório da Administração 2022 |data=2023-03-01 |acessodata=2023-03-02 |publicado=Petrobras RI |website= |pagina= |paginas=7–15, 21, 27, 31, 61–66 |língua=pt-br}}</ref><ref name="DF22">{{Citar web |url=https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/25fdf098-34f5-4608-b7fa-17d60b2de47d/d9b3cfe9-e4e8-e29c-098b-af53b3d73a64?origin=1 |titulo=Demonstrações Financeiras 2022 |data=2023-03-01 |acessodata=2023-03-02 |publicado=Petrobras RI |website= |pagina= |paginas=3, 4, 87, 140|língua=pt-br}}</ref>
|renda líquida      = 
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}}
'''Petróleo Brasileiro''' ('''Petrobras''';<ref name="Santos-SP/2017"/> pronunciado ''Petrobrás''{{Efn | O nome tradicional era Petrobrás, e foi mudado para facilitar a escrita para estrangeiros quando da internacionalização da empresa.}}) é uma [[empresa de capital aberto]], cujo acionista majoritário é o [[Governo do Brasil]] ([[União (Brasil)|União]]), sendo, portanto, uma [[empresa estatal]] de [[empresa de economia mista|economia mista]].<ref>{{citar web |url= http://www2.petrobras.com.br/ri/port/InformacoesAcionistas/ComposicaoCapitalSocial.asp |título= Composição do Capital Social |publicado= Petrobras |acessodata= 13 de agosto de 2014 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20070425195824/http://www2.petrobras.com.br/ri/port/InformacoesAcionistas/ComposicaoCapitalSocial.asp |arquivodata= 2007-04-25 |urlmorta= yes }}</ref> Com sede no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], opera atualmente em 14 países, no segmento de [[energia]], prioritariamente nas áreas de exploração, produção, refino, comercialização e transporte de [[petróleo]], [[gás natural]] e seus derivados.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://petrobras.com.br/pt/presenca-global/ |titulo=Petrobras - Presença Global |data= |acessodata= |publicado=}}</ref> O seu lema atual é "Uma empresa integrada de energia que atua com [[responsabilidade social]] e ambiental". Em 2020, a [[Forbes Global 2000]] classificou a Petrobras como a septuagésima maior empresa pública do mundo.<ref>{{citar web| url= https://www.forbes.com/companies/petrobras/?sh=4a2b30dd2dea |título= Forbes Global 2000 |acessodata=31 de outubro de 2020}}</ref>

A empresa foi instituída em 3 de outubro de 1953 e deixou de [[Monopólio|monopolizar]] a indústria petroleira no [[Brasil]] em 1997, mas continua a ser uma importante produtora do produto, com uma produção diária de mais de 2 milhões de [[Barril (unidade)|barris]] (320 mil metros cúbicos). A multinacional é proprietária de [[refinaria]]s, [[petroleiro]]s, [[Tubo|dutos]] e [[Terminal|terminais]].<ref>{{citar web |url=http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/destaques-operacionais/producao/producao-mensal-de-oleo-e-gas-natural-brasil-e-internacional/producao-mensal-de-oleo-e-gas-natural-brasil-e-internacional.htm |título=Produção Mensal de Óleo e Gás Natural - Brasil e Internacional |editor=Petrobras |data=11 de agosto de 2014 |acessodata=15 de agosto de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140819083823/http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/destaques-operacionais/producao/producao-mensal-de-oleo-e-gas-natural-brasil-e-internacional/producao-mensal-de-oleo-e-gas-natural-brasil-e-internacional.htm |arquivodata=2014-08-19 |urlmorta=yes }}</ref> A Petrobras é líder mundial no desenvolvimento de tecnologia avançada para a exploração petrolífera em águas profundas e ultraprofundas.<ref name="theeconomist">{{citar jornal|url=http://www.economist.com/node/21536599 |título=The devil in the deep-sea oil |autor = |publicado=The Economist |data=5 de novembro de 2011 |acessodata=13 de março de 2012}}</ref><ref name="earthexplorer">{{citar web|url=http://www.earthexplorer.com/2008-11/Petrobras_Deepwater_Discovery_Success.asp |título=Petrobras Deepwater Discovery Success |autor =Chandler, Graham |publicado=Earth Explorer |data=Novembro de 2008 |acessodata=13 de março de 2012}}</ref>

A Petrobras estava em 2011 no quinto lugar na classificação das maiores [[empresas petrolíferas internacionais|petrolíferas]] de capital aberto do mundo.<ref>{{citar web |url=http://www.petrobras.com.br/en/about-us/profile/ |título=About us |editor=Petrobras |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> Em [[valor de mercado]], foi a segunda maior empresa do [[América|continente americano]]<ref name=TERCEIRA>{{citar web |url=http://economia.uol.com.br/ultnot/reuters/2008/05/19/ult29u61550.jhtm |autor1=BARBOSA, Rodolfo|autor2=ALVES, Aluísio |título=Petrobras ultrapassa Microsoft em valor de mercado, diz estudo |editor=[[Reuters]] |data=19 de maio de 2008 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> e a quarta maior do mundo, no ano de 2010.<ref>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100925/not_imp615045,0.php |título=Petrobras pode se tornar a quarta maior empresa do mundo. |publicado=O Estado de S. Paulo |data=25 de setembro de 2010 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> Em setembro de 2010, passou a ser a segunda maior empresa de energia do mundo, sempre em termos de valor de mercado, segundo dados da ''[[Bloomberg]]'' e da [[Agência Brasil]].<ref>{{citar web |url=http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/09/24/com-capitalizacao-petrobras-vira-segunda-maior-petrolifera-do-mundo-921151062.asp |título=Com capitalização, Petrobras vira segunda maior petrolífera do mundo. |editor=[[O Globo]] |data=24 de setembro de 2010 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref><ref>{{citar web |url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/web/ebc-agencia-brasil/enviorss/-/journal_content/56/19523/1049693 |título=Capitalização torna Petrobras segunda maior empresa do mundo em valor de mercado |autor=Vinicius Konchinski |editor=Agência Brasil |acessodata=13 de agosto de 2014 }}{{Ligação inativa|data=maio de 2019 }}</ref><ref>{{citar web|url=http://anba.achanoticias.com.br/noticia_petroleoegas.kmf?cod=10715188&indice=0|título=Petrobras is world's 2nd largest after fundraising.|acessodata=14 de outubro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110522034400/http://anba.achanoticias.com.br/noticia_petroleoegas.kmf?cod=10715188&indice=0|arquivodata=2011-05-22|urlmorta=yes}}</ref> Em setembro de 2010, a empresa ficou conhecida internacionalmente por efetuar a maior [[capitalização]] em capital aberto da história: 72,8 bilhões de dólares (a época 127,4 bilhões de reais),<ref>{{citar web |url=http://veja.abril.com.br/noticia/economia/lula-euforia-no-momento-mais-auspicioso-do-capitalismo |título=Lula: euforia no 'momento mais auspicioso do capitalismo' |data=24 de setembro de 2010 |editor=Veja.com |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> praticamente o dobro do recorde até então, que era da [[Nippon Telegraph and Telephone]] (NTT), com 36,8 bilhões de dólares capitalizados em novembro de 1987.<ref>{{citar web |url=http://blog.planalto.gov.br/petrobras-a-maior-capitalizacao-da-historia-da-humanidade/ |título=A maior capitalização da história da humanidade |editor=Blog Planalto |data=24 de setembro de 2010 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref>

Em 2014, no entanto, a Petrobras teve um prejuízo de 21,587 bilhões de [[reais]], o maior desde 1986 e o primeiro da empresa desde 1991.<ref>{{citar web |url=http://economia.ig.com.br/empresas/2015-04-23/prejuizo-da-petrobras-e-o-maior-desde-1986-aponta-economatica.html |título=Prejuízo da Petrobras é o maior desde 1986, aponta Economática - Empresas - iG |publicado=}}</ref><ref>{{citar web |url=http://noticias.r7.com/internacional/petrobras-teve-prejuizo-de-r-21587-bilhoes-em-2014-22042015 |título=Petrobras teve prejuízo de R$ 21,587 bilhões em 2014 - Notícias - R7 Internacional |website=noticias.r7.com}}</ref><ref>{{citar web|url=http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,petrobras-perde-r-6-2-bilhoes-com-corrupcao-e-registra-o-1-prejuizo-anual-desde-1991,1674203|publicado=Estadão economia|acessodata=14 de outubro de 2015|data=22 de abril de 2015|título=Petrobras perde R$6,2 bilhões com corrupção e registra 1º prejuízo desde 1991}}</ref> A perda de dinheiro causada pela [[corrupção]] entre 2004 e 2012 foi estimada em 6,194 bilhões de [[reais]].<ref>{{citar web|url=http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=194486|título=Petrobras tem prejuízo de R$ 21,587 bilhões|publicado=}}</ref> Em 2015, a Petrobras registrou um prejuízo de 34,8 bilhões de reais, em decorrência da queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional, da [[Crise econômica brasileira de 2014|crise econômica no país]], e da crise referente à [[Operação Lava Jato]], que fez com que a empresa suspendesse seus investimentos, o que atingiu a rede de fornecedores de serviços e equipamentos.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/economia/petrobras-registra-prejuizo-de-348-bilhoes-em-2015-18927735%7cpublicado=Oglobo%7cacessodata=21|título=de março de 2016-data=21 de março de 2016-título=Petrobras registra prejuízo de R$ 34,8 bilhões em 2015|publicado=}}</ref><ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/08/impacto-da-lava-jato-no-pib-pode-passar-de-r-140-bilhoes-diz-estudo.html |titulo=Impacto da Lava Jato no PIB pode passar de R$ 140 bilhões, diz estudo |data=11-08-2015 |acessodata=01-08-2015 |publicado=G1}}</ref><ref>{{citar web |título=Prejuízo da Petrobras no 1º trimestre é o maior da história da bolsa |url=https://www.cnnbrasil.com.br/business/2020/05/15/prejuizo-de-r-48-5-bi-da-petrobras-no-1-tri-e-a-maior-da-historia |obra=CNN Brasil |data=15 de maio de 2020 |citação=A perda recorde [em 2020], em consequência de uma baixa contábil por conta da revisão dos preços do petróleo a longo prazo, só fica atrás da observada pela própria estatal no último trimestre de 2015, de R$ 36,9 bilhões, ainda sob efeito da Operação Lava Jato e da crise econômica.}}</ref> A Petrobrás é responsável por 0,77% da emissão de gases efeito estufa na indústria no período entre 1988 até 2015<ref>{{citar jornal| url= https://www.theguardian.com/sustainable-business/2017/jul/10/100-fossil-fuel-companies-investors-responsible-71-global-emissions-cdp-study-climate-change |título= Top 100 producers and their cumulative greenhouse gas emissions from 1988-2015 |jornal=[[The Guardian]] |acessodata=29 de outubro de 2020}}</ref> e, portanto, um dos maiores responsáveis para as [[mudanças climáticas]] que causam "riscos à saúde, aos meios de subsistência, à segurança alimentar, ao suprimento de água e ao crescimento econômico."<ref>{{citar periódico|título=IPCC, 2018: Summary for Policymakers |número=Global Warming of 1.5°C. An IPCC Special Report on the impacts of global warming of 1.5°C above pre-industrial levels and related global greenhouse gas emission pathways, in the context of strengthening the global response to the threat of climate change, sustainable development, and efforts to eradicate poverty |url=https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/sites/2/2019/05/SR15_SPM_version_report_LR.pdf |acessodata=29 de outubro de 2020}}</ref>

== História ==
{{Artigo principal|Petróleo no Brasil}}

=== Antecedentes ===
{{AP|Conselho Nacional do Petróleo}}
[[Imagem:Getulio Vargas DFSP.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Getúlio Vargas]] sancionou a [[Lei Federal do Brasil 2004 de 1953|Lei Federal 2004]] em 3 de outubro de 1953.]]
Após a [[Segunda Guerra Mundial]] iniciou-se no Brasil um intenso debate sobre a melhor maneira de explorar o [[petróleo]] no país. O assunto era polêmico uma vez que envolvia diversos aspectos políticos, tais como a soberania nacional, a importância dos recursos minerais estratégicos, a política de industrialização e os limites de atuação das empresas multinacionais no país, e foi um dos mais marcantes na [[História do Brasil]] nas décadas de 1940 a 1960. Para debatê-lo, constituíram-se dois grupos com posições distintas: um que defendia a abertura do setor petrolífero à iniciativa privada, nacional e estrangeira, e outro, que desejava o monopólio estatal do petróleo.<ref name=":8" />

Ao ser promulgada, a [[Constituição brasileira de 1946]] estabelecia que a regulamentação sobre a exploração de petróleo no país fosse feita por meio de [[lei ordinária]], criando assim a possibilidade da entrada de empresas estrangeiras no setor petrolífero.<ref name=":8">{{citar web |url=https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos37-45/EstadoEconomia/ConselhoPetroleo |titulo=Diretrizes do Estado Novo (1937 - 1945) > Conselho Nacional do Petróleo |acessodata=14-10-2021 |website=FGV CPDOC}}</ref>

Em 1948, o então presidente da República, [[Eurico Gaspar Dutra]], enviou ao [[Congresso Nacional do Brasil]] um anteprojeto do [[Estatuto do Petróleo]] que, se aprovado, permitiria a participação da iniciativa privada na indústria de combustíveis. À época não existiam no país empresas nacionais com recursos financeiros, nem com tecnologia necessária, para a exploração de petróleo. Isso levou a que os chamados "nacionalistas" não concordassem com aquele anteprojeto de lei, por entenderem que a sua aprovação significaria simplesmente a entrega da estratégica exploração do petróleo brasileiro aos interesses das multinacionais: a produção mundial de petróleo era, naquela época, dominada por um [[oligopólio]] constituído pelas chamadas "[[Sete irmãs]]", das quais cinco eram [[Estados Unidos|estadunidenses]].<ref>{{citar web|url=https://www.ft.com/content/471ae1b8-d001-11db-94cb-000b5df10621|titulo=The new Seven Sisters: oil and gas giants dwarf western rivals|data=12-03-2007|acessodata=9-02-2023|website=Financial Times}}</ref> Para defender a tese do monopólio estatal do petróleo organizaram um amplo movimento popular, a campanha "[[O petróleo é nosso]]!", em que se destacou, entre outros, o nome do escritor [[Monteiro Lobato]]. A mobilização popular conseguiu impedir a tramitação do Anteprojeto do Estatuto do Petróleo no Congresso Nacional e muito contribuiu para a aprovação da [[Lei 2004 de 3 de outubro de 1953|Lei 2 004 de 3 de outubro de 1953]], que estabeleceu o monopólio estatal do petróleo e instituiu a Petrobras.<ref>{{Citar web|ultimo=Globo|primeiro=Acervo-Jornal O.|url=https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/campanha-petroleo-nosso-mobilizou-brasil-no-final-da-decada-de-40-10401791|titulo=Campanha 'O petróleo é nosso' mobilizou o Brasil no final da década de 40|acessodata=2022-06-21|website=Acervo|lingua=pt-br}}</ref>

=== Fundação ===
{{Getúlio Vargas série|expanded=Legado}}
[[Ficheiro:Presidente Getúlio Vargas recebe em audiência Juracy Montenegro Magalhães, primeiro presidente da Petrobrás.tif|esquerda|miniaturadaimagem|Presidente Getúlio Vargas recebe em audiência [[Juracy Magalhães|Juracy Montenegro Magalhães]], primeiro presidente da Petrobrás, 1954. [[Arquivo Nacional (Brasil)|Arquivo Nacional]].]]
A empresa foi instituída pela Lei nº 2 004, sancionada pelo então presidente da República, [[Getúlio Vargas]], em 3 de outubro de 1953. A lei dispunha sobre a política nacional do petróleo, definindo as atribuições do [[Conselho Nacional do Petróleo]] (CNP), estabelecendo o monopólio estatal do petróleo e a criação da Petrobras. As atividades da empresa foram iniciadas com o patrimônio recebido do Conselho Nacional do Petróleo, como a [[Refinaria de Mataripe]], na Bahia, e a [[Refinaria Presidente Bernardes|Refinaria de Cubatão]], que ainda estava em construção.<ref>{{citar web|url=http://www.petroquimica.com.br/edicoes/ed_252/ed_252.html|titulo=Aprender Fazendo|data=setembro de 2003|acessodata=4-02-2023|website=Revista Petro & Química|series=Edição 252|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230712211504/http://www.petroquimica.com.br/edicoes/ed_252/ed_252.html|arquivodata=12-07-2023|urlmorta=não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.editoravalete.com.br/site_petroquimica/edicoes/ed_222/ed_222.html|titulo=Rlam: 50 anos cada vez mais refinados|data=12-2000|acessodata=12-07-2023|website=Revista Petro & Química|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230712210326/http://www.editoravalete.com.br/site_petroquimica/edicoes/ed_222/ed_222.html|arquivodata=12-07-2023|urlmorta=não}}</ref> O [[Conselho Nacional do Petróleo|CNP]] manteve a função fiscalizadora sobre o setor.<ref>[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l2004.htm planalto.gov.br] LEI N<sup>o</sup> 2.004, DE 3 DE OUTUBRO DE 1953 '''-''' Revogada pela Lei nº 9.478, de 1997</ref>

As operações de exploração e produção de petróleo, bem como as demais atividades ligadas ao setor de petróleo, gás natural e derivados, à exceção da distribuição atacadista e da revenda no varejo pelos postos de abastecimento, foram conduzidas pela Petrobras de 1954 a 1997, período em que a empresa tornou-se líder na comercialização de derivados no país. Nos primeiros anos a companhia frustrou as expectativas com descobertas tida inicialmente como promissoras: em 1955 jorrou petróleo em [[Nova Olinda do Norte]], às margens do [[Rio Madeira]]. Ali foram abertos três poços que não se mostraram em condições de produzir comercialmente. Outro achado foi na [[Bacia do Tucano]], no Maranhão que igualmente não se mostrou produtivo.<ref name=cotta>COTTA,Pery - O petróleo é nosso? - Guavira Editores - 1975 - Rio de Janeiro - pgs. 30,129</ref> Durante seis anos, o departamento de exploração da Petrobras foi chefiado pelo geólogo norte-americano Walter Link, formado em geologia pela [[Universidade de Wisconsin–Madison|Universidade Wisconsin-Madison]] e que contava com mais de 20 anos de trabalho para [[Standard Oil Company|Standard Oil de New Jersey]].<ref name=cotta /><ref name=":9">{{citar web|url=http://www.geology.wisc.edu/outcrop/01/01pdfs/Linkages_R_Dott.pdf|titulo=Linkages|acessodata=10-01-2023|website=The Outcrop - Geology - Winsconsin-Madison University}}</ref><ref name=":10">{{citar livro|url=https://books.scielo.org/id/jxw3s|título=O petróleo no Brasil: exploração, capacitação técnica e ensino de geociências ( 1864-1968)|ultimo=Peyerl|primeiro=Drielli|editora=Editora UFABC|ano=2017|local=São Bernardo do Campo|página=108-134|páginas=278|isbn=978-85-68576-78-6}}</ref> Em meados de 1960 Link encaminhou um relatório ao Presidente da Petrobrás, [[Idálio Sardenberg|General Idálio Sardenberg]], relatando a falta de perspectivas para a prospecção de petróleo na Amazônia e que a Petrobras deveria concentrar suas buscas por petróleo no litoral.<ref name=":9" /><ref name=":10" /> Esse relatório confidencial vazou para a imprensa, causando enormes desgastes para Link e o levando a deixar o Brasil.<ref name=":9" /><ref name=":10" /> O [[Relatório Link]], como ficou conhecido e passou a ser chamado desde então, era dividido em quatro partes (três divulgadas na imprensa 1960 e a última divulgada em 1961).<ref name=":10" /><ref name=":6">{{citar web|url=https://jornalggn.com.br/brasil-2015/politica-energetica-logistica-e-de-gestao-dos-recursos-naturais/o-desastre-americano-da-petrobras/|titulo=O desastre americano da Petrobrás|data=29-05-2018|acessodata=22-07-2020|publicado=Jornal GGN|ultimo=|primeiro=}}</ref>

No começo de 1961, contando com a presença do Presidente [[Juscelino Kubitschek]], foi inaugurada a [[Refinaria de Duque de Caxias]].<ref>{{citar web|url=http://www.petroquimica.com.br/edicoes/ed_252/ed_252a.html|titulo=Valorização dos brasileiros|data=9-2003|acessodata=13-07-2023|website=Revista Petro & Química|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230713181912/http://www.petroquimica.com.br/edicoes/ed_252/ed_252a.html|arquivodata=13-07-2023|urlmorta=não}}</ref><ref name=":11" /><ref>{{citar livro|url=http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11957|título=Evolução do refino de petróleo no Brasil . Dissertação (Mestrado em Processos Químicos e Meio Ambiente) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro|ultimo=Perisse|primeiro=Juarez Barbosa|editora=Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - Universidade do Estado do Rio de janeiro|ano=2007|local=Rio de Janeiro|página=43-48|páginas=160}}</ref>

Os militares, que passaram a ter participação destacada na política brasileira desde o [[Tenentismo]] e no triunfo da [[Aliança Liberal]] liderada por [[Getúlio Vargas]] em 1930, dedicaram muitos dos seus esforços ao desenvolvimento da indústria do petróleo no Brasil e seus oficiais exerceram a Presidência do [[Conselho Nacional do Petróleo]] e com a participação dos setores nacionalistas dos militares na criação da Petrobras durante a campanha [[O petróleo é nosso]].<ref name=":12" /><ref name=":13" /> Retomaram a dedicação para a Petrobras e durante a [[Ditadura militar brasileira|Ditadura Militar]] houve a construção de novas refinarias, de oleodutos e gasodutos.<ref name=":6" /><ref name=":12">Luis Nassif (Folha de S.Paulo - p 36 - 2 de outubro de 1983) em " 'Petróleo é nosso', página esquecida da História"</ref><ref name=":13">{{citar periódico |url=https://revistas.ufrj.br/index.php/oikos/article/view/53212 |título=O pensamento e a administração militar e sua influência para a constituição do refino brasileiro (1930-1980) |acessodata=10-01-2023 |periódico=OIKOS - Revista de Economia Política Internacional |publicado=Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro |número=2 |ultimo=Nozaki |primeiro=William |ultimo2=Ferreira Leão |primeiro2=Rodrigo Pimentel |pagina=33-43 |volume=21}}</ref> Em 1967 foi criada a sua primeira [[subsidiária]], a [[Petroquisa]], para viabilizar a construção da [[Petroquímica União]] e o posterior desenvolvimento no setor petroquímico brasileiro.<ref>{{citar web|ultimo=Suarez|primeiro=Marcus Alban|url=https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/11609|titulo=Petroquímica e tecnoburocracia: capítulos do desenvolvimento capitalista no Brasil|data=1985|acessodata=4-02-2023|website=FGV - Repositório digital}}</ref> Em 1968 a Petrobras inaugurou a [[Refinaria Alberto Pasqualini]], no Rio Grande do Sul, e a [[Refinaria Gabriel Passos]], em Minas Gerais.<ref>{{citar web|ultimo=Perisse|primeiro=Juarez Barbosa|url=https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/11957|titulo=Evolução do refino de petróleo no Brasil. Dissertação (Mestrado em Processos Químicos e Meio Ambiente)|data=2007|acessodata=4-02-2023|website=Biblioteca Digital de Teses e Dissertações|pagina=48-50|paginas=}}</ref>

Em 1971 foi a vez da distribuição e a rede de postos de combustíveis da Petrobrás passar a administração por outra subsidiária, nesse caso a [[Petrobras Distribuidora|BR Distribuidora]].<ref name=":11">{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://economia.uol.com.br/album/2013/03/07/conheca-a-historia-da-petrobras.htm?mode=list&foto=1 |titulo=Conheça a história da Petrobrás |data= |acessodata=23-07-2020 |publicado=UOL}}</ref> No ano de 1972 entrou em funcionamento a [[Refinaria de Paulínia]], no interior de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], e foi criada a Braspetro, subsidiária dedicada a explorar petróleo no exterior.<ref name=":7" /><ref>{{citar web|ultimo=Perisse|primeiro=Juarez Barbosa|url=https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/11957|titulo=Evolução do refino de petróleo no Brasil. Dissertação ( Mestrado em Processos Químicos e Meio Ambiente) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro|data=2007|acessodata=4-02-2023|website=Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - Universidade do Estado do Rio de Janeiro|paginas=53-57}}</ref><ref name=":16">{{citar web|url=http://www.petroquimica.com.br/edicoes/ed_231/ed_231a.html|titulo=Anos 70 - Aprendizado e consolidação do setor no Brasil|data=10-2001|acessodata=13-07-2023|website=Revista Petro & Química|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230713195420/http://www.petroquimica.com.br/edicoes/ed_231/ed_231a.html|arquivodata=13-07-2023|urlmorta=não}}</ref> Ainda em 1972 entrou em operação a primeira central petroquímica do país, a [[Petroquímica União]], contando com a [[Petroquisa]] como acionista majoritária.<ref>{{citar web|url=http://www.petroquimica.com.br/edicoes/ed_238/ed_238.html|titulo=Criada para ser a maior petroquímica da América Latina|data=junho de 2002|acessodata=9-02-2023|website=Revista Petro & Química|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230712195929/http://www.petroquimica.com.br/edicoes/ed_238/ed_238.html|arquivodata=13-07-2023|urlmorta=não}}</ref> Em 1976 a Braspetro realizou uma das maiores façanhas técnicas da recente história da Petrobras ao descobrir o campo de Majnoon no [[Iraque]].<ref name=":7">{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2611201038.htm |titulo=Brasil ou exterior? |data=26-11-2010 |acessodata=23-07-2020 |publicado=Folha de S.Paulo}}</ref> À época todas as reservas da Petrobrás correspondiam a apenas 10% das do campo de Majnoon.<ref name=":7" /> A [[Crise petrolífera de 1973|Primeira crise do petróleo]] deflagrada no final de 1973, com o consequente aumento do barril no mercado internacional levaria o [[Ernesto Geisel|Presidente Ernesto Geisel]], que fora presidente da Petrobrás, em fins de 1975 a abrir a prospecção de petróleo no Brasil sob contratos de risco para que outras empresas pudessem realizar explorações.<ref name=":16" /><ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/4/18/dinheiro/7.html |titulo=Contratos de risco |data=19-04-1995 |acessodata=31-07-2020 |publicado=Folha de S.Paulo}}</ref>

Em 1991 a Petrobras colocou em operação em [[São Mateus do Sul]], no [[Paraná]], a unidade de processamento de [[xisto betuminoso]], provando a eficácia do [[Processo Petrosix]].<ref>{{citar periódico |url=https://www.scielo.br/j/rem/a/FpGCSFNWHxwhp5f4KYswzjL/?lang=pt |título=A importância da industrialização do xisto brasileiro frente ao cenário energético mundial |data=dezembro de 2010 |acessodata=25-02-2023 |periódico=Revista Escola de Minas |número=4 |volume=63}}</ref>

A Petrobrás teve reconhecido o seu êxito na exploração petrolífera em grandes profundidades marítimas no Campo de Marlim na [[Bacia de Campos]] em 1992, quando recebeu pela 1ª vez o OTC ''Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations, and Institutions'' da Offshore Technology Conference.<ref name=":17">{{citar web|url=http://www.petroquimica.com.br/edicoes/ed_252/ed_252d.html|titulo=Uma nova ordem mundial|data=9-2003|acessodata=14-07-2023|website=Revista Petro & Química|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230719164229/http://www.petroquimica.com.br/edicoes/ed_252/ed_252d.html|arquivodata=19-07-2023|urlmorta=não}}</ref><ref name=":15">{{citar web|url=https://petrobras.com.br/fatos-e-dados/recebemos-o-premio-offshore-technology-conference-2015.htm|titulo=Recebemos o prêmio Offshore Technology Conference 2015|data=3-02-2015|acessodata=2-02-2023|website=Fatos e Dados - Petrobras}}</ref><ref>{{citar livro|título=Ciência e tecnologia no Brasil: política industrial, mercado de trabalho e instituição de apoio|ultimo=Schwartzman (coord.)|primeiro=Simon|editora=Editora da Fundação Getúlio Vargas|ano=1995|local=Rio de Janeiro|página=333-371|páginas=384|isbn=85-225-0186-6}}</ref>

Depois de exercer por mais de 40 anos, em regime de monopólio, o trabalho de exploração, produção, refino e transporte do petróleo no Brasil, a Petrobras passou a competir com outras empresas estrangeiras e nacionais em 1997, quando o presidente [[Fernando Henrique Cardoso]] sancionou a [[Lei do Petróleo|Lei N° 9.478, de 6 de agosto de 1997]].<ref name=":17" /> Tal lei regulamentou a redação dada ao artigo 177, §1º da Constituição da República pela Emenda Constitucional nº 9 de 1995, permitindo que a União contratasse empresas privadas para exercê-lo.<ref name=":17" /><ref>[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc09.htm planalto.gov.br] EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 9, DE 09 DE NOVEMBRO DE 1995, Dá nova redação ao art. 177 da Constituição Federal, alterando e inserindo parágrafos.

</ref>

A partir daí foram criadas a [[Agência Nacional do Petróleo]] (ANP), responsável pela regulação, fiscalização e contratação das atividades do setor e o [[Conselho Nacional de Política Energética]], órgão encarregado de formular a política pública de energia.<ref>{{Citar web|url=https://www.gov.br/anp/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/historia-anp-setor|titulo=História da ANP e do setor|acessodata=2022-05-24|website=Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis|lingua=pt-br}}</ref><ref>[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9478.htm planalto.gov.br] LEI Nº 9.478, DE 6 DE AGOSTO DE 1997 '''-''' Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências.</ref>

=== Século XXI ===
[[Imagem:PETROBRAS.jpg|thumb|Posto da Petrobras em [[Santiago (Chile)|Santiago]], [[Chile]]]]

Em 2000, foi lançado o PROCAP-3000 (Programa de Capacitação Tecnológica em Águas Profundas), que visava desenvolver as tecnologias necessárias para explorar petróleo e gás a 3000 metros de lâmina d'água e culminou na descoberta do Pré-Sal em 2007.<ref name="procap">{{citar web |data= |título=PROCAP 3000: próxima fronteira de exploração em águas ultraprofundas|url= http://web.archive.org/web/20070814064042/http://www2.petrobras.com.br/portal/frame.asp?pagina=/tecnologia2/port/areadeatuacao_exploracaoaguas.asp |acessodata=14 de outubro de 2014 }}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.cartacapital.com.br/economia/ascensao-e-queda-da-capacidade-de-pesquisa-e-desenvolvimento-da-petrobras/|titulo=Ascensão e queda da capacidade de pesquisa da Petrobras|data=19-07-2018|acessodata=9-02-2023|website=Carta Capital}}</ref> Em 2001, a empresa recebeu da [[Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis]] (ANP) a concessão para explorar o bloco BM-S-10 na Bacia de Santos, onde perfuraria o primeiro poço do [[Pré-sal]], com mais de 5 mil metros de profundidade.<ref name="pré-sal inicio">{{citar web |título= Petrobras devolve pela 1ª vez uma área do pré-sal|url= http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,petrobras-devolve-pela-1-vez-uma-area-do-pre-sal,182618,0.htm |editor=[[O Estado de S. Paulo]] |data=22 de abril de 2014|acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> Em 2002, aconteceu a compra da Perez Companc Energía (PECOM Energía), a segunda empresa petroleira da [[Argentina]], com operações na [[Bolívia]], [[Peru]], [[Venezuela]] e Brasil.<ref name="COMPAMC">{{citar web |data=17 de outubro de 2002 |título=Petrobras compra Pérez Companc por US$ 1,027 bilhão |editor=O Estado de S. Paulo| |url= http://www.estadao.com.br/arquivo/economia/2002/not20021017p39462.htm |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> Em 2003, coincidindo com a comemoração dos seus 50 anos, a Petrobras dobrou a sua produção diária de óleo e gás natural, ultrapassando a marca de 109 milhões de barris, no Brasil e no exterior. Em 2004, a Petrobras assinou um contrato para explorar um bloco petrolífero no [[Irã]], onde investiu 178 milhões de dólares até devolver a concessão, em 2009.<ref>{{citar web |url=http://www.gao.gov/new.items/d10515r.pdf |título=GAO-10-515R Iran’s Oil, Gas, and Petrochemical Sectors |editor=United States Government Accountability Office |data=23 de março de 2010 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref>

A partir de 2005, a Petrobras chegou pela primeira vez na camada do [[Pré-sal]], com a perfuração de poço de 6 915 metros de profundidade, no bloco BM-S-10 na Bacia de Santos, ainda em caráter experimental (não comercial), com a retirada de petróleo considerado de boa qualidade.<ref name="pré-sal inicio" /> Em 2006, o Brasil alcançou a autossuficiência temporária em petróleo e iniciou-se a produção da plataforma P-50, no [[Campo petrolífero de Albacora Leste|Campo de Albacora Leste]], na [[Bacia de Campos]].<ref name="istoe-auto-suficiencia">{{citar web |data=26 de abril de 2006 |título=O valor de uma conquista|editor=Revista [[Istoé]] |url= http://www.terra.com.br/istoe/especiais/petrobras1/valor_de_uma_conquista.htm |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> Em abril do mesmo ano, o então presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]] deu início à produção da plataforma P-50, no Campo de Albacora Leste, na [[Bacia de Campos]]. Nesta época, após 53 anos de operação e trabalho da empresa, o Brasil chegou a atingir uma temporária autossuficiência em petróleo, posteriormente perdida devido ao aumento de consumo.{{carece de fontes|data=agosto de 2014}}

Em 2007, foi descoberta pela estatal a maior jazida de óleo e gás natural do país, no [[campo petrolífero de Tupi]], na [[Bacia de Santos]], com volume de aproximadamente 5 bilhões a 8 bilhões de barris, ou 12 bilhões de barris de óleo equivalente (boe - medida que engloba óleo e gás). No ano seguinte, a Petrobras ficou em primeiro lugar no ranking como a petroleira mais sustentável do mundo, com a pontuação de 92,25%, conforme pesquisa da Management & Excellence (M&E). Foram descobertas as acumulações de óleo leve de Tiro-Sídon, em águas rasas na Bacia de Santos, e em 2 de setembro do mesmo ano, o navio-plataforma P-34 iniciou a primeira produção no pré-sal no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, no litoral sul do estado do Espírito Santo. A produção iniciou-se através do poço 1-ESS-103A, com um volume diário de 18 mil barris.<ref name="pré-sal">{{citar web |título= Petróleo e Gás Natural - Resultados 2007 a 2010|url= http://www.brasil.gov.br/pac/relatorios/nacionais/10o-balanco/parte-6-habitacao |editor=Portal Brasil |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref>
[[Imagem:Cenpes - Petrobras 1 - Cid Univers UFRJ.jpg|thumb|esquerda|O presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]] e o prefeito do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Eduardo Paes]], em visita ao [[Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello|CENPES]].]]

Em 2009, a empresa passou do vigésimo para o quarto lugar entre as empresas mais respeitadas do mundo, de acordo com o ''Reputation Institute''<ref name="petrobras-reputation-institute">{{citar web | url = http://www2.petrobras.com.br/portal/frame.asp?area=apetrobras&lang=pt&pagina=/Petrobras/portugues/reputacao.asp | título = Petrobras é a quarta empresa mais respeitada do mundo | publicado = ''Site'' da Petrobras | acessodata = 15 de setembro de 2009 | arquivourl = https://web.archive.org/web/20070626052042/http://www2.petrobras.com.br/portal/frame.asp?pagina=%2FPetrobras%2Fportugues%2Freputacao.asp&lang=pt&area=apetrobras | arquivodata = 2007-06-26 | urlmorta = yes }}</ref> e, em maio do mesmo ano, iniciou a produção de petróleo em Tupi,<ref name="folha-inicia-producao-tupi">{{citar jornal |ultimo=Júnior |primeiro=Cirilo |data=1 de maio de 2009 |titulo=Petrobras inicia produção em Tupi nesta sexta-feira |editor=[[Folha de S.Paulo]] |url= http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u558867.shtml |acessadoem=15 de setembro de 2009 |local=[[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] }}</ref> com uma interrupção em julho.<ref name="agencia-brasil-interrompe-producao-tupi">{{citar web | url = http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/07/06/materia.2009-07-06.9952497981/view | título = Petrobras interrompe produção do Campo de Tupi na região do pré-sal|autor=Nielmar de Oliveira|publicado=[[Agência Brasil]]|data=6 de Julho de 2009 |acessodata=15 de setembro de 2009}}</ref> e retomada em setembro.<ref name="visao-retoma-producao-tupi">{{citar web|url=http://aeiou.visao.pt/brasil-producao-retomada-em-campo-petrolifero-participado-pela-galp=f528326|título=Brasil: Produção retomada em campo petrolífero participado pela Galp|publicado=[[Visão (revista)|Visão]]|data=8 de setembro de 2009|acessodata=15 de setembro de 2009 }}</ref>

Em 2014, a Petrobras devolveu a área em que realizou a primeira perfuração do pré-sal. O bloco BM-S-10, na Bacia de Santos, foi entregue à [[Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis]] (ANP), após a estatal não ter cumprido os prazos para declaração de comercialidade da área.<ref name="pré-sal inicio" /> Além das atividades da ''holding'', o Sistema Petrobras também inclui subsidiárias - empresas com diretorias próprias, interligadas à sede. Além disso, há o [[Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello]] (CENPES), que adquiriu renome internacional nas últimas décadas pelas tecnologias que desenvolve.<ref>{{citar web |url=http://latinoamericana.wiki.br/verbetes/c/cenpes |titulo=Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello |acessodata=18-10-2021 |website=Enciclopédia Latino-americana}}</ref><ref>{{citar web |url=https://ineep.org.br/ascensao-e-queda-da-capacidade-de-pesquisa-da-petrobras/ |titulo=Ascensão e queda da capacidade de pesquisa da Petrobras |data=19-07-2018 |acessodata=18-10-2021 |website=INEEP - Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis}}</ref>

Em 1 de abril de 2015, a Petrobras anunciou ter fechado um investimento de 3,5 bilhões de dólares (11,2 bilhões de reais na cotação do dia), com o Banco de Desenvolvimento da China. É o primeiro contrato dentro de um acordo de cooperação vigorou entre 2015 e 2016. Assim, a empresa tenta se reequilibrar financeiramente depois das difíceis crises dos últimos anos e dos escândalos de corrupção.<ref>{{citar web|url= http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/04/1611128-petrobras-consegue-financiamento-de-us-35-bilhoes-na-china.shtml?cmpid=twfolha |data= 1 de abril de 2015| obra = Folha de S.Paulo | publicado = UOL |título= Petrobrás consegue financiamento de U$ 3,5 bilhões na China |acessodata= 1 de abril de 2015}}</ref>

Em dezembro de 2017, pela primeira vez, o [[Camada pré-sal|pré-sal]] respondeu por 50,7% do total de barris de petróleo e gás natural extraídos no país, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Até 2012, o pré-sal ainda representava menos de 10% da produção total nacional. No final de 2014, correspondia a 25%. Em 2016, atingiu os 40% e desde então vem batendo sucessivos recordes.<ref>{{Citar periódico|titulo=Pré-sal supera 50% da produção de petróleo e gás do Brasil pela 1ª vez|url=https://g1.globo.com/economia/noticia/pre-sal-supera-50-da-producao-de-petroleo-e-gas-do-brasil-pela-1-vez.ghtml|jornal=G1|lingua=pt-BR}}</ref> A produção nacional de petróleo cresceu 4%, para uma média de 2,622 milhões de barris diários, segundo a [[Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis|Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)]].<ref name="portosenavios.com.br">{{Citar periódico|ultimo=Redação|titulo=Portos e Navios - Puxada pelo pré-sal, produção de petróleo cresce 4% em 2017|url=https://www.portosenavios.com.br/noticias/geral/42512-puxada-pelo-pre-sal-producao-de-petroleo-cresce-4-em-2017|lingua=pt-br|jornal=|acessodata=2018-02-12|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180213080039/https://www.portosenavios.com.br/noticias/geral/42512-puxada-pelo-pre-sal-producao-de-petroleo-cresce-4-em-2017|arquivodata=2018-02-13|urlmorta=yes}}</ref> Alavancada pelo pré-sal, a [[Bacia de Santos]] teve crescimento de 29% na produção de óleo e gás em 2017, para 1,434 milhão de BOE/dia. A região ostenta, desde setembro, o posto de maior bacia produtora do país. Os dados da ANP sugerem que, mantida a tendência dos últimos meses, Santos deve se consolidar no topo do ranking em 2018. Em 2016, na média, a [[Bacia de Campos]] manteve-se na liderança, com 1,510 milhão de BOE/di.<ref name="portosenavios.com.br"/> Em 2017, a Petrobras teve participação de 77,8% na produção nacional de petróleo.<ref name="portosenavios.com.br"/>

Em maio de 2019, foi anunciado o fim do Prêmio Petrobrás de Jornalismo, que tinha sido criado em 2013, em comemoração aos 60 anos da empresa.<ref>{{citar web|url= https://epoca.globo.com/guilherme-amado/petrobras-extingue-premio-de-jornalismo-23709200?versao=amp|título= PETROBRAS EXTINGUE PRÊMIO DE JORNALISMO|acessodata= 2020-05-30|autor= Guilherme Amado|data= 2019-05-31|obra= Época|publicado= Rede Globo|arquivodata= 2019-06-11|arquivourl= https://web.archive.org/web/20190611075750/https://epoca.globo.com/guilherme-amado/petrobras-extingue-premio-de-jornalismo-23709200?versao=amp|urlmorta=no
}}</ref>

Em maio de 2019, o [[Conselho Administrativo de Defesa Econômica]] (Cade) e a Petrobras celebram um Termo de Compromisso prevendo obrigatoriedade de alienação de 8 de suas 13 refinarias para incentivar a entrada de novos agentes econômicos no mercado e fomentar a competitividade, tendo sido vendidas 3 ([[Refinaria de Mataripe|RLAM]], [[Refinaria Isaac Sabbá|Reman]] e [[Unidade de Industrialização do Xisto|SIX]]). No mesmo ano, um outro TCC foi assinado, pelo qual a estatal se comprometia a vender ativos ligado ao mercado de gás natural, o qual resultou na venda da [[Transportadora Associada de Gás S/A|TAG]] e da [[Commit Gás|Gaspetro]]. No entanto, em 2024, o Cade revisou os acordos, desobrigando as vendas, após a estatal enfrentar dificuldades para encontrar compradores que atendessem aos requisitos estabelecidos pelo TCC. <ref>{{Citar web|url=https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-05/petrobras-leva-ao-cade-proposta-para-abandonar-venda-de-refinarias|titulo=Petrobras leva ao Cade proposta para abandonar venda de refinarias|data=2024-05-20|acessodata=2024-10-30|website=Agência Brasil|lingua=pt-br}}</ref>

De 2015 a 2022, a Petrobras realizou a venda de ativos num total de cerca de R$ 243,7 bilhões em bens da companhia. Entre esses negócios, estão as vendas da da [[Petrobras Argentina]] (2016), dos gasodutos do Sudeste da [[Nova Transportadora do Sudeste]] (NTS) (2017), da malha de gasodutos do Norte e Nordeste da [[Transportadora Associada de Gás S/A|Transportadora Associada de Gás]] (TAG) (2019), da [[Liquigás]] (2020), [[Vibra Energia|BR Distribuidora]] (2021), da [[Refinaria de Mataripe|Refinaria Landulpho Alves]] (RLAM) (2021), da [[Gaspetro]] (2022), da [[Refinaria Isaac Sabbá]] (Reman) (2022), da [[Refinaria Potiguar Clara Camarão|Refinaria Clara Camarão]] (RPCC) e do [[Polo Potiguar]] (2022), da [[Unidade de Industrialização do Xisto]] (SIX) (2022), dentre outras participações acionárias. <ref name=":18">{{citar web|url=https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/01/13/petrobras-ja-vendeu-r-2437-bilhoes-em-ativos-em-68-negocios-em-7-anos.htm|titulo=Petrobras vende R$ 244 bi em 7 anos; críticos veem privatização disfarçada|data=2022-01-13|website=UOL ECONOMIA}}</ref>

Segundo a companhia, o plano foi adotado para gerar recursos para pagamento de dívidas e reforçar investimentos na exploração de petróleo no pré-sal, embora houvesse críticas sobre a forma como essa venda afetaria as políticas de energia e de petroquímica no país.<ref name=":18" />

No início de 2024 a Petrobras recebeu pela quinta vez o ''Distinguished Achievement Award'' da Offshore Technology Conference. A premiação se deveu ao Programa de Renovação na [[Bacia de Campos]].<ref>{{citar web|url=https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/opiniao/colunistas/egidio-serpa/petrobras-ganha-pela-5-vez-premio-da-industria-global-offshore-1.3471170|titulo=Petrobras ganha pela 5ª vez Prêmio da Indústria Global Offshore|data=25-01-2024|acessodata=26-01-2024|website=Diário do Nordeste}}</ref><ref>{{citar web|url=https://agencia.petrobras.com.br/w/petrobras-recebera-premio-otc-por-tecnologias-para-renovacao-da-bacia-de-campos|titulo=Petrobras receberá prêmio OTC por tecnologias para renovação da Bacia de Campos|data=25-01-2024|acessodata=26-01-2024|website=Agência Petrobras}}</ref>

=== Logos ===
<center>
<gallery>
Ficheiro:Emblema clássico da Petrobras dos anos 50 do século 20.png|Emblema clássico usado em mídias nos primeiros anos da empresa.
Ficheiro:PETROBRÁS LOGO 1.jpg|Logomarca usada de 1958 a outubro de 1972<ref>Petrobras. [http://exposicao60anos.agenciapetrobras.com.br/decada-1950-momento-5.php 1958 – A IDENTIDADE PETROBRAS]. Agência Petrobras. Acesso em 15 de dezembro de 2018.</ref>
Ficheiro:PETROBRAS OLD LOGO.svg|Logo usada durante a década de 1980.
Ficheiro:Petrobras horizontal logo (international).svg|Logo 1994-atualidade.
</gallery>
</center>

== Estrutura ==
{{Desatualizado|Esta seção|data=março de 2023}}[[Imagem:Edise.jpg|thumb|Fachada do [[Edise|edifício-sede]] da empresa no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]].]]
[[Imagem:Petrobrás-cavalo-mecânico-3.jpg|thumb|direita|Bomba de petróleo desativada (Unidade de Bombeio Mecânico vulgarmente conhecido por "cavalo de pau") da empresa em exibição na [[Universidade Federal do Rio Grande do Norte]] em [[Natal (Rio Grande do Norte)|Natal]].]]
[[Imagem:Petrobras no B. Laranjeiras, Rio de Janeiro-RJ.JPG|thumb|Posto da Petrobras em [[Laranjeiras (Rio de Janeiro)|Laranjeiras]], [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]].]]

=== Números ===
* Exploração - 20 sondas de perfuração (terra e mar)
* Reservas provadas- 10,47 bilhões de barris de óleo e gás equivalente (boe)
* Poços produtores - 5 003
* Plataformas de produção em operação - 56
* Produção diária - 2,14 milhões de barris de petróleo e 84,6 milhões de m³/dia de gás natural
* Produção de derivados - 1 743 mbbl por dia
* Dutos - 7 768&nbsp;km
* Gasodutos - 2 643&nbsp;km
* Refinariasː 11
* Terminaisː 65 (38 próprios)
* Terminais de regaseificaçãoː 3
* Frota de navios - 110 (26 de propriedade da Petrobras)
* Lucro líquido: 188,3 bilhões de reais
* Empregados: 45 149
Dados referentes a 2022<ref name="RI22+20F">{{citar web|url=https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/25fdf098-34f5-4608-b7fa-17d60b2de47d/15e886c4-8ab2-7f1f-9d0f-7bf578a20464?origin=1|titulo=Relatório Anual e Form 20-F 2022|data=2023-03-29|publicado=Petrobras RI}}</ref>

=== Principais empresas do Grupo ===
* [[Transpetro|Petrobras Transporte]] (Transpetro), cuja finalidade é operar a rede de transportes
* [[Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S/A|Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil – TBG]]
* [[PBio]], empresa que atua no setor de [[Biocombustível|biocombustíveis]]<ref name="RI22+20F" />
* [[Braskem]], empresa petroquímica joint-venture com a Organização Odebrecht (atual [[Novonor]]).<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0112200703.htm|titulo=Braskem incorpora ativos e vira a 3ª maior das Américas|data=01-12-2007|acessodata=24-01-2022|website=Folha de S.Paulo}}</ref>
* Petrobras Logística de Exploração e Produção - PB-LOG
* Petrobras International Braspetro - PIB BV
* Petrobras International Finance Company - PIFCo
* Araucária Nitrogenados
* Braspetro Oil Services Company - Brasoil
* Baixada Santista Energia

=== Pessoal ===
Por ser parte da [[administração pública]] indireta, a Petrobras contrata pessoal por meio de [[Concurso público|concursos públicos]].

=== Desempenho operacional e acionário ===
[[Imagem:Petrobras Production 2006.jpg|thumb|esquerda|[[Gráfico]] mostrando informações sobre as operações globais da Petrobras.]]

Em 2006, a Petrobras entrou para o seleto grupo de empresas cujo valor de mercado em [[Bolsa de valores|bolsa]] superava cem bilhões de dólares.<ref name=PETRO>{{citar web |url=http://odia.terra.com.br/economia/htm/geral_75106.asp |título=Petrobras entra no grupo de empresas com valor de mercado superior a cem bilhões de dólares |editor=O Dia Online |data=4 de janeiro de 2007 |acessodata=13 de agosto de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070325142732/http://odia.terra.com.br/economia/htm/geral_75106.asp |arquivodata=2007-03-25 |urlmorta=yes }}</ref> A [[empresa estatal]] Petrobras foi a empresa de capital aberto mais lucrativa da América Latina nos nove primeiros meses do ano de 2007, constatou a consultoria Economática. De janeiro a setembro desse ano, a Petrobras lucrou 8,951 bilhões de dólares. O segundo lugar foi da mineradora [[Vale S.A.|Vale do Rio Doce]], com 8,481 bilhões de dólares.<ref name=RENTÁVEL>{{citar web |url=http://economia.uol.com.br/ultnot/valor/2007/11/16/ult1913u78994.jhtm |título=Petrobras é a empresa mais lucrativa, mas uma das menos rentáveis da América Latina, aponta estudo. |editor=Valor Online |data=16 de novembro de 2007 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref>

Em 2007, a Petrobras obteve um lucro de 21,7 bilhões de [[real (moeda brasileira)|reais]], uma queda de 17% em relação ao de 2006,<ref name=LUCRO2007>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/economia/not_eco134184,0.htm |título=Lucro da Petrobras cai 17% em 2007, para R$ 21,5 bilhões |editor=Agência Estado |data=3 de março de 2008 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> que foi o maior lucro da história da empresa e, segundo análise da consultoria Economática, foi o maior lucro nos últimos 20 anos jamais obtido dentre todas as [[Empresa de capital aberto|empresas de capital aberto]] na [[América Latina]].<ref name=MAIORLUCRO>{{citar web |url=http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/2007/02/13/ult4294u149.jhtm |título=Petrobras obtém lucro de 25,9 bilhões de reais em 2006, resultado recorde na América Latina.'' |editor=UOL |data=13 de fevereiro de 2007 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> O valor das ações da Petrobras subiu 1200% entre maio de 1997 e junho de 2007 e a empresa obteve um lucro recorde em 2006 de 25,9 bilhões de reais,<ref name=PETLUCRO>{{citar web |url=http://www2.petrobras.com.br/portal/frame.asp?pagina=/ri/port/Noticias/Noticias/Index.asp&lang=pt&area=ri |título=Petrobras alcança lucro recorde de 25,9 bilhões de reais em 2006 |editor=Petrobras |data=13 de fevereiro de 2007 |acessodata=13 de agosto de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090402150647/http://www2.petrobras.com.br/portal/frame.asp?pagina=%2Fri%2Fport%2FNoticias%2FNoticias%2FIndex.asp&lang=pt&area=ri |arquivodata=2009-04-02 |urlmorta=yes }}</ref> ano em que se tornou a oitava maior empresa de petróleo do mundo.<ref name=PETOITAVA>{{citar web |url=http://www2.petrobras.com.br/portal/frame.asp?pagina=/ri/port/Noticias/Noticias/Index.asp&lang=pt&area=ri |título=Petrobras é oitava empresa de petróleo com ações em bolsa |editor=Petrobras |data=31 de janeiro de 2007 |acessodata=13 de agosto de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090402150647/http://www2.petrobras.com.br/portal/frame.asp?pagina=%2Fri%2Fport%2FNoticias%2FNoticias%2FIndex.asp&lang=pt&area=ri |arquivodata=2009-04-02 |urlmorta=yes }}</ref>
[[Imagem:Building in Avenida Paulista, Brazil 2.jpg|thumb|[[Arranha-céu]] da Petrobras na [[Avenida Paulista]], na cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]].]]
[[Imagem:Prédio da Petrobrás.JPG|thumb|O Edifício Horta Barbosa - EDIHB - próximo ao [[Maracanã]], no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], é um dos prédios da Petrobras na cidade.]]

No dia 8 de novembro de 2007, após o anúncio da descobertas das [[Campo petrolífero de Tupi|reservas de Tupi]],<ref name=GELATINA>{{citar web |url=http://txt.estado.com.br/editorias/2007/11/18/eco-1.93.4.20071118.13.1.xml |autor=ESCOBAR, Herton |título=2 km de sal desafiam tecnologia |editor=O Estado de S. Paulo |data=18-11-2007 |acessodata=13 de agosto de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071120121730/http://txt.estado.com.br/editorias/2007/11/18/eco-1.93.4.20071118.13.1.xml |arquivodata=2007-11-20 |urlmorta=yes }}</ref> o valor internacional de mercado da Petrobras subiu 48,3 bilhões de reais (28,3 bilhões de dólares) num único dia, com a confirmação da megarreserva de petróleo leve na [[Bacia de Santos]]. Seu novo valor internacional de mercado, 385,1 bilhões de reais (221,9 bilhões de dólares),<ref name=TUPI>{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2007/11/09/valor_da_estatal_sobe_r_48_bi_1075920.html |título=Valor da estatal sobe R$ 48 bi |editor=Agência Estado |data=9 de novembro de 2007 |acessodata=13 de agosto de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071111175513/http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2007/11/09/valor_da_estatal_sobe_r_48_bi_1075920.html |arquivodata=2007-11-11 |urlmorta=yes }}</ref> alçou então a Petrobras à sexta posição entre as maiores companhias nos Estados Unidos, à frente de gigantes como [[Procter & Gamble]], [[Google]], [[Berkshire Hathaway]] e [[Cisco Systems]].<ref name="TUPI"/>

Em 2008 a Petrobras ultrapassou a [[Microsoft]], tornando-se a terceira maior empresa do continente americano em valor de mercado, segundo a consultoria Economática.<ref name="TERCEIRA"/> No mesmo ano, a estatal tornou-se a terceira empresa mais lucrativa das Américas, exceto o [[Canadá]], superando a [[Companhia Vale do Rio Doce|Vale]].<ref name=TERCEIRALUCRO>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/economia/not_eco222405,0.htm |título=Petrobras é 3ª mais lucrativa das Américas--Economática |editor=Reuters |data=12 de agosto de 2008 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> Em setembro de 2010, de maneira a conseguir financiamento próprio para a exploração da camada de pré-sal,<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/mercado/804053-capitalizacao-da-petrobras-destrava-bolsa-e-cambio-estatal-captou-r-1204-bi.shtml |título=Capitalização da Petrobras "destrava" Bolsa e câmbio; estatal captou R$ 120,4 bi |editor=Folha de S.Paulo |data=24 de setembro de 2010 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> a Petrobras realizou uma capitalização de 120 bilhões de reais, através da oferta de ações no mercado financeiro, a maior já realizada no mundo.<ref>{{citar web |url=http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/09/24/capitalizacao-da-petrobras-atinge-120-bilhoes-921070543.asp |título=Capitalização da Petrobras atinge R$ 120 bilhões |editor=O Globo |data=24 de setembro de 2010 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> Em agosto de 2011 a empresa quebrou mais dois recordes de lucro líquido, 10,94 bilhões de reais no segundo trimestre do ano, e também o recorde de 21,9 bilhões de reais no primeiro semestre do ano.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2011/08/petrobras-tem-lucro-liquido-de-r-109-bilhoes-no-trimestre.html |título=Petrobras tem lucro líquido de R$ 10,9 bilhões no trimestre |editor=G1 |data=agosto de 2008 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref>

Em outubro de 2013, no entanto, a empresa foi classificada como a mais endividada do mundo, segundo relatório do [[Merrill Lynch]].<ref>{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,petrobras-e-a--empresa-com-mais--dividas-no-mundo-,1087347,0.htm |título=Petrobras é a empresa com mais dívidas no mundo |data=19 de outubro de 2013 |acessodata=30 de novembro de 2013 |editor=O Estado de S. Paulo}}</ref> Em junho de 2015, a dívida da estatal subiu para mais 100 bilhões de reais em razão da alta do dólar que havia superado 4 reais. As estimativas foram feitas pela consultoria Economática.<ref>{{citar web|url=http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,divida-da-petrobras-sobe-mais-r-100-bi-,1767246|publicado=Estadão|acessodata=13 de novembro de 2015|data=22 de setembro de 2015|título=Dívida da Petrobrás sobe mais R$ 100 bi|autor=ANTONIO PITA e VINICIUS NEDER}}</ref>

Em setembro de 2015, a Petrobras teve um prejuízo de 3,8 bilhões de reais. De acordo com a Petrobras, o prejuízo ocorreu por uma série de fatores, como os efeitos da depreciação cambial, que geraram maiores despesas financeiras. Houve também peso com processos trabalhistas e tributários, no total de 2,3 bilhões de reais. Outro ponto destacado pela estatal foi o total de gastos com "baixas de poços secos e subcomerciais", de 668 milhões de reais, e ainda uma despesa adicional, de 270 milhões de reais, com a devolução de campos à [[Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis|Agência Nacional de Petróleo]] (ANP).<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/economia/negocios/petrobras-tem-prejuizo-de-38-bi-no-3-tri-18035584|publicado=O Globo|acessodata=13 de novembro de 2015|data=12 de novembro de 2015|título=Petrobras tem prejuízo de R$3,8 bi no 3º tri}}</ref>

Em 2022, durante o [[Governo Jair Bolsonaro]] sob a presidência de [[Caio Paes de Andrade|Caio Paes de Andrade]] a Petrobras obteve o maior lucro líquido de sua história, registrando 188,3 bilhões de reais, distribuindo 215,7 bilhões de reais em dividendos, sendo a segunda maior pagadora de dividendos do mundo.<ref>{{Citar web|ultimo=Fernandes|primeiro=Vitoria|url=https://forbes.com.br/forbes-money/2023/03/petrobras-tem-lucro-recorde-de-r-1883-bi-em-2022-com-alta-do-petroleo/|titulo=Petrobras tem lucro recorde de R$ 188,3 bi em 2022 com alta do petróleo|data=2023-03-02|acessodata=2023-06-29|website=Forbes Brasil|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://oglobo.globo.com/economia/financas/noticia/2023/03/petrobras-foi-a-segunda-maior-pagadora-de-dividendos-do-mundo-em-2022-segundo-gestora-veja-ranking.ghtml|titulo=Petrobras foi a segunda maior pagadora de dividendos do mundo em 2022; veja ranking|data=2023-03-01|acessodata=2023-06-29|website=O Globo|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2023/03/02/petrobras-tem-lucro-recorde-de-r-1883-bi-e-pagara-r-2157-bi-em-dividendos.htm|titulo=Petrobras tem lucro recorde de R$ 188,3 bi e pagará R$ 215,7 bi em dividendos|acessodata=2024-04-11|website=economia.uol.com.br|lingua=pt-br}}</ref>

Em 2023, durante o [[Governo Lula (2023–presente)|Governo Lula]] sob a gestão de [[Jean Paul Prates]] registrou seu segundo maior lucro histórico, 124,6 bilhões de reais. Resultado 33,8% inferior ao registrado em 2022. Segundo a empresa, essa queda está ligada à redução no preço internacional do petróleo. <ref>{{Citar web|url=https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2024/03/08/lucro-da-petrobras-em-2023-e-segundo-melhor-da-historia-da-empresa.htm|titulo=Lucro da Petrobras em 2023 é segundo melhor da história da empresa|data=2024-03-08|acessodata=2024-04-11|website=UOL|lingua=pt-br}}</ref>

==== Resultados financeiros e operacionais ====
{|class="wikitable"
|-
!Ano
!Lucro líquido<br />(R$ bilhões)
!Receita líquida<br />(R$ bilhões)
!Ativos<br />(R$ bihões)
!Endividamento<br />(R$ bilhões)
!Produção de petróleo<br />(bpd milhões)
|-
|2013<ref name="lucro 2013">{{citar web|url=http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2014/02/lucro-da-petrobras-alcanca-r-236-bilhoes-em-2013.html|titulo=Lucro da Petrobras sobe 11% e alcança R$ 23,6 bilhões em 2013|autor=G1|data=25 de fevereiro de 2013|acessodata=26 de fevereiro de 2013}}</ref>
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|304,89<ref name="receita_anual">{{citar web|url=http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/relatorios-anuais/relatorio-de-administracao|publicado=Petrobras|acessodata=12 de janeiro de 2016|título=Relatório da Administração 2013, página 64|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160222131357/http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/relatorios-anuais/relatorio-de-administracao|arquivodata=2016-02-22|urlmorta=yes}}</ref>
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|249<ref name="envididamento_anual">{{citar web|url=http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/relatorios-anuais/relatorio-de-administracao|publicado=Petrobras|acessodata=12 de janeiro de 2016|título=Relatório da Administração 2013, página 5|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160222131357/http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/relatorios-anuais/relatorio-de-administracao|arquivodata=2016-02-22|urlmorta=yes}}</ref>
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|350<ref name="resultado2009e2008">Demonstrações Financeiras Padronizadas 2010</ref>
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|{{aumento}} 1,980
|}

=== Política de preços de combustíveis ===
{{AP|Preço de Paridade de Importação}}
A composição de preços dos combustíveis até 2016 considerava a variação do petróleo no mercado internacional e os custos de produção de petróleo no Brasil, de forma que a Petrobras segurava impactos de oscilações dos preços no mercado internacional para o consumidor brasileiro. Neste sentido, dependendo da diferença dos preços, essa política de preços fazia com que a Petrobras operasse com lucros reduzidos ou com prejuízos no mercado interno, ao fornecer combustíveis por um valor abaixo do que ela havia pagado para importar, gerando desvantagens para seus investidores e acionistas.<ref>{{Citar web|url=https://www.dw.com/pt-br/como-funciona-a-pol%C3%ADtica-de-pre%C3%A7os-da-petrobras/a-61455444|titulo=Como funciona a política de preços da Petrobras – DW – 13/04/2022|acessodata=2022-06-18|website=dw.com|lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.infomoney.com.br/mercados/politica-de-precos-da-petrobras-petr3petr4-entenda-como-funciona/|titulo=Política de preços da Petrobras: entenda como funciona|data=2022-03-29|acessodata=2022-06-18|website=InfoMoney|lingua=pt-BR}}</ref>

A partir de 2016, após a promulgação da [[Lei de Responsabilidade das Estatais|lei 13.303/2016]] que dispõe sobre ''o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios'', durante o [[Governo Michel Temer|governo Temer]], a Petrobras passou por grande transformação, visando proteger seus acionistas e reduzir o impacto e influência política na estrutura e diretrizes da estatal, como resultado dos grandes escândalos de corrupção e prejuízos acumulados divulgados pela [[Operação Lava Jato]].<ref>{{Citar web|url=https://legis.senado.leg.br/norma/602528|titulo=Legislação Federal - Senado Federal|acessodata=2022-06-20|website=legis.senado.leg.br}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13303.htm|titulo="Lei Federal 1303 de 2016"|acessodata=2022-06-20|website=www.planalto.gov.br}}</ref> Em outubro de 2016, passou a adotar a política Preços de Paridade Internacional (PPI), que vincula o preço dos derivados de petróleo nas refinarias ao comportamento do preço dos produtos em dólares no mercado internacional.<ref name="Não-nomeado-xXbA-1">{{Citar web|url=https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2022/05/05/petrobras-aprova-pagamento-de-r-485-bilhoes-em-dividendos.ghtml|titulo=Petrobras aprova pagamento de R$ 48,5 bilhões em dividendos|acessodata=2022-06-18|website=Valor Investe|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://jus.com.br/artigos/72753/lei-das-estatais-como-a-lei-13-303-16-impactou-diretamente-as-acoes-da-petrobras|titulo=Lei das estatais: como a lei 13.303/16 impactou diretamente as ações da petrobrás¹ - Jus.com.br {{!}} Jus Navigandi|acessodata=2022-06-20|website=Jus.com.br|lingua=pt-BR}}</ref>

Esta alteração conseguiu em poucos anos reverter todos os prejuízos acumulados pela empresa, gerando lucros recordes para a companhia e altos dividendos aos seus acionistas, distribuindo mais de R$48 bilhões em dividendos somente em 2022.<ref name="Não-nomeado-xXbA-2">{{Citar web|url=https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/10/25/gasolina-diesel-gas-de-cozinha-preco-ppi-paridade-internacional-petrobras.htm|titulo=Combustível caro e lucro recorde: política de preço da Petrobras faz 5 anos|acessodata=2022-06-18|website=economia.uol.com.br|lingua=pt-br}}</ref>

A nova política de preços gerou forte impacto econômico e político no Brasil, intensificado pela alta do dólar, a pandemia e conflitos militares em regiões produtoras, que têm alavancado o preço do barril do petróleo no mercado internacional. Durante o [[Governo Jair Bolsonaro|governo Bolsonaro]] os preços dos combustíveis têm subido acima da inflação e contribuído para a alta de preços de alimentos e demais produtos, dada a dependência brasileira do [[diesel]] e do transporte no modal rodoviário.<ref name="Não-nomeado-xXbA-1"/><ref name="Não-nomeado-xXbA-2"/>

Com as fortes altas nos preços dos combustíveis, a grande repercussão na mídia e impactos na inflação brasileira, a Petrobras lançou grande campanha publicitária para reforçar os lados positivos da empresa e o detalhamento da formação dos preços dos combustíveis no Brasil.<ref>{{Citar web|url=https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/precos-de-venda-de-combustiveis/|titulo=Preços de Venda de Combustíveis {{!}} Petrobras|acessodata=2022-06-18|website=petrobras.com.br|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2021/09/03/petrobras-inicia-campanha-para-esclarecer-custos-dos-combustiveis-dizem-fontes.htm|titulo=Petrobras inicia campanha para esclarecer custos dos combustíveis|acessodata=2022-06-18|website=economia.uol.com.br|lingua=pt-br}}</ref>

== Exploração de petróleo ==
[[Imagem:Oil platform P-51 (Brazil).jpg|thumb|[[Plataforma petrolífera]] P-51 da Petrobras]]
[[Imagem:Oil platform (Brazil) 1.jpg|thumb|[[Plataforma petrolífera]] P-20, da Petrobras: a exploração de [[petróleo]] em águas profundas tornou a empresa numa referência mundial.]]
[[Imagem:Plataforma P-52.jpg|thumb|Cerimônia de batismo da Plataforma P-52 da Petrobras em [[Angra dos Reis]] ([[Rio de Janeiro|RJ]]).]]
[[Imagem:Anchor handling ocean viking by volfegan-d3kowva.jpg|thumb|Plataforma da empresa próximo à [[Ponte Rio-Niterói]]]]

=== Águas profundas ===
A Petrobras é referência internacional na exploração de petróleo em águas profundas, para a qual desenvolveu tecnologia própria, pioneira no mundo, sendo a líder mundial deste setor. O seu projeto Roncador recebeu, em março de 2001, o [https://web.archive.org/web/20080504214013/http://www.otcnet.org/otcnet/archives/awards_corp.html ''"Distinguished Achievement Award - OTC'2001"''], da Offshore Technology Conference, tornando-se uma referência tecnológica para o mundo do petróleo e confirmando a liderança da Petrobras em águas profundas.<ref name=":15" /><ref name=LIDERMUNDIAL>{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20030902022421/http://www.dep.fem.unicamp.br/boletim/be10/Artigo_Petrobrasnavanguarda.htm |título=Petrobras na Vanguarda Tecnologia desenvolvida para o campo de Roncador conquista prêmio OTC 2001 Revista Power |editor=[[Universidade Estadual de Campinas]] (Unicamp) |data=2 de setembro de 2003 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.otcnet.org/otc-distinguished-achievement-awards-for-companies-organizations-and-institutions|titulo=OTC Distinguished Achievement Awards for Companies, Organizations, and Institutions|acessodata=5-04-2023|website=Offshore Technology Conference - https://www.otcnet.org/welcome}}</ref>

A Petrobras bateu sucessivos recordes de profundidade por lâmina de água em extração de petróleo: 174 m em 1977 no campo Enchova EN-1 RJS; 189 m em 1979 no campo Bonito RJS-36; 293 m em 1983 no campo Piraúna RJS-232; 383 m em 1985 no campo Marimbá RJS-284; 492 m em 1988 no campo Marimbá RJS-3760; 781 m em 1992 no campo Marlim MRL-9; 1 027 m em 1994 no campo Marlim MRL-4; 1 709 m em 1997 no campo Marlim MLS-3; 1 853 m em 1999 no campo Roncador RJS-436; 1 877 m em 2000 no campo Roncador RO-8 e 1 886 m em 2003 no campo Roncador RO-21.<ref>{{Citar web |url=https://super.abril.com.br/tecnologia/eles-vao-fundo/ |titulo=Eles vão fundo |acessodata=2020-12-04 |website=Super |lingua=pt-BR}}</ref>

Em 2007 a Petrobras manteve o recorde mundial de profundidade em perfuração no mar, com um poço em lâmina d'água de 2 777 metros. A Petrobras exporta tecnologia de exploração em águas profundas para vários países - a maioria dos métodos de colocação de tubos a grandes profundidades, como a instalação de ''risers'' flexíveis sem mergulhadores e os métodos de colocação vertical de sistemas de conexão em forma de ''"J"'' previamente amarrados à Árvore de Natal Molhada (ANM); na verdade, foram desenvolvidos em estreita colaboração com a Petrobras, e foram patenteados pela empresa francesa Coflexip.<ref name=EXPORTA>{{citar web |url=http://www.revistaespacios.com/a96v17n03/35961703.html |autor=Gonsen, Ruby |título=A Trajetória Tecnológica da Petrobras na Produção Offshore 6/6 |editor=Revista Espacios |data=1996 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref>

Em 2022, 96% da produção de petróleo bruto da Petrobras veio de águas profundas e do pré-sal.<ref name="RI22+20F" />

=== Plataformas petrolíferas ===
A P-50 é um FPSO, sigla de ''Floating, Production, Storage and Offloading'', unidade que possui a característica de produzir, processar, armazenar e escoar óleo e gás. Localizada no campo de [[Campo petrolífero de Albacora Leste|Albacora Leste]], ao norte da [[Bacia de Campos]] ([[Rio de Janeiro (estado)|RJ]]), a P-50 é a unidade flutuante de maior capacidade do Brasil, podendo produzir até 180 mil barris diários de petróleo e apresentando capacidade para comprimir seis milhões de metros cúbicos de gás natural e estocar 1,6 milhão de barris de petróleo. A plataforma tem comprimento de 337 metros, calado (altura submersa) de 21 metros e 55 metros de altura total (equivalente à de um prédio de dezoito andares).

A P-55, a maior do tipo semissubmersível, atuará no Campo de Roncador, localizado na [[Bacia de Campos]], onde fica ancorada em profundidade de 1 800 metros e terá, no total, 18 poços a ela ligados. É destinada à produção de 180 mil barris de óleo por dia e 4,5 milhões de metros cúbicos de [[gás natural]] por dia. Em sua construção, foram investidos quase 2 bilhões de dólares. O casco foi montado no estaleiro em [[Suape]] ([[Pernambuco]]) e levado para o [[estaleiro]] em [[Rio Grande (Rio Grande do Sul)|Rio Grande]], onde atualmente se encontra em fase final de montagem,<ref>{{citar web |url=http://www.calameo.com/read/0003379753849b6d3d438 |título=Estrutura de montagem para P-55 chega a dique seco |editor=Jornal Agora |data=23 de fevereiro de 2012 |acessodata=13 de agosto de 2014 }}{{Ligação inativa|data=maio de 2019 }}</ref> com a união do casco com as outras partes pré-montadas, como o [[convés]], cujo peso é estimado em 17 mil toneladas. O projeto segue os moldes da P-53 e da P-58, as primeiras plataformas cujas montagens - embora parciais - foram realizadas no solo brasileiro.<ref>{{citar web|url=http://jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=8&n=22893|título=Casco da P-55 atraca no Estaleiro Rio Grande|autor=|data=16 de janeiro de 2012|publicado=Jornal Agora|acessodata=16 de janeiro de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120308235640/http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=8&n=22893|arquivodata=2012-03-08|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://petrobras.com.br/fatos-e-dados/nove-plataformas-que-vao-ampliar-a-producao-de-petroleo-no-brasil.htm?gclid=CNGHtP3Etr4CFTQQ7AodnmIAaQ#:~:text=Do%20tipo%20semissubmers%C3%ADvel,%20a%20P,de%20m%C2%B3%20de%20g%C3%A1s%20natural.|titulo=Nove plataformas que vão ampliar a produção de petróleo no Brasil|acessodata=2023-06-29|website=Petrobras|lingua=pt-BR}}</ref>

Em 2023, as plataformas com maior produção de óleo e gás do Brasil eram da Petrobrasː FPSO Carioca (Mv-30); P-70; P-75; P-77; P-76; FPSO Cidade de Maricá; P-74; FPSO Cidade de Itaguaí; P-67; e P-66.<ref>{{Citar web|ultimo=https://www.facebook.com/epbrface|url=https://epbr.com.br/producao-de-petroleo-fica-estavel-em-abril-veja-as-10-principais-plataformas/|titulo=Veja as 10 plataformas de petróleo com maior produção em abril de 2023|data=2023-06-02|acessodata=2023-06-29|website=agência epbr|lingua=pt-BR}}</ref>

=== Campo petrolíferos ===
{{Artigo principal|Campo petrolífero de Tupi|Campo petrolífero de Albacora Leste}}
[[Imagem:Tupi.jpg|thumb|Localização do [[Campo petrolífero de Tupi]] em relação ao [[Unidades federativas do Brasil|estado]] do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]].]]

A Petrobras foi a primeira empresa petrolífera do mundo a explorar a [[camada pré-sal]], uma camada que fica sob cerca de 2 000 metros de sal, depositado no subsolo do leito oceânico.<ref name=PRESAL>{{citar web|url=http://portalexame.abril.com.br/negocios/m0143028.html|título=Petrobras deve instalar projeto-piloto em Tupi entre 2010 e 2011|publicado=[[Revista Exame]]|data=8 de novembro de 2007|acessodata=15 de agosto de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071111175619/http://portalexame.abril.com.br/negocios/m0143028.html|arquivodata=2007-11-11|urlmorta=yes}}</ref> A Petrobras já identificou pelo menos dez reservas potenciais para explorar petróleo sob a crosta de sal, contendo reservas prováveis de 12 bilhões de barris de óleo equivalente ("boe" - medida que inclui óleo e gás). No bloco BM-S-11, onde estão os poços gigantes Tupi e Tupi Sul, outros dois reservatórios já foram encontrados, e batizados de Iara e Iracema. A empresa portuguesa Petrogal tem participação de 10% em Tupi. Além de Tupi, Tupi Sul, Iara e Iracema, a Petrobras e seus parceiros encontraram petróleo no poço Carioca (BM-S-9). As três últimas descobertas ainda não foram alçadas à categoria de ''campos petrolíferos'', sendo chamados de ''prospectos'', isto é, áreas onde há boas indicações da existência de reservas.<ref name=PETROGAL>PAMPLONA, Nicola. ''Petrobras e Petrogal miram pelo menos dez reservas no megacampo.'' Rio de Janeiro: Economia & Negócios, O Estado de S. Paulo, 18 de novembro de 2007, p. B10</ref>

A Petrobras anunciou, em 22 de agosto de 2008, que o custo de extração por barril das reservas de petróleo do pré-sal será "extremamente econômico", de acordo com Antonio Carlos Pinto, gerente de concepção de projetos da empresa.<ref name=ECONOMICO>{{citar web|url=http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRN2242212620080822|título=''PETROBRAS: custo de extração do pré-sal é "econômico"''. Rio de Janeiro|publicado=Agência Reuters|data=22 de agosto de 2008|acessodata=14 de outubro de 2015}}</ref> Porém, para sua extração, o preço do petróleo no mercado mundial precisa estar em um certo patamar, caso contrário a retirada de petróleo no pré-sal será inviável economicamente.<ref>{{citar web |url=http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/10/10/lobao_diz_que_petroleo_do_pre-sal_fica_em_torno_de_u50_barril-549543251.asp |título=Pré-sal só vale a pena com petróleo acima de 50 dólares o barril |editor=O Globo |data=10 de outubro de 2008 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> Em 1 de maio de 2009, a empresa iniciou a produção de petróleo do pré-sal em Tupi, como parte do procedimento chamado "teste de longa duração". A produção foi interrompida em julho, mas foi retomada em setembro de 2009, sem efeitos concretos até o momento.<ref>{{citar web|url=http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2010/10/petrobras-inicia-exploracao-do-pre-sal|publicado=Portal Brasil|data=28 de outubro de 2010|acessodata=14 de outubro de 2015|título=Petrobras inicia exploração do pré-sal}}</ref>

O consultor da área de petróleo Arthur Berman, em um artigo na revista World Oil, estimou que o potencial do o bloco BM-S-9, conhecido como "Carioca", seria cinco vezes maior que o megacampo de Tupi, ou cerca de 33 bilhões de barris, reconhecendo que esse número é ''"altamente especulativo"'', mas ''"um palpite crível"''.<ref name=PALPITE>{{citar web |url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080430_pressreviewft_ba.shtml|título=Petrobras está confiante em reserva Carioca, diz 'FT'|editor=BBC Online|data=30 de abril de 2008|acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> Em uma conferência que proferiu no dia 14 de abril de 2008, o diretor-geral da [[Agência Nacional do Petróleo]], Haroldo Lima, revelou esses dados aos brasileiros. Lima ressaltou que as informações eram preliminares, oriundas de fontes da Petrobras. O BM-S-9 é operado pelo consórcio Petrobras, que tem 45% do campo, a [[British Gas]], com 30%, e a [[Repsol]], com 25%. Lima declarou que "...seria a maior descoberta feita no mundo nos últimos 30 anos e seria também o terceiro maior campo do mundo na atualidade." Este comentário gerou na ocasião grande especulação no mercado de petróleo. No dia 14 de abril de 2008, a [[Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis|Agência Nacional de Petróleo]] divulgou que a Petrobras poderia ter descoberto o terceiro maior campo de petróleo do mundo.<ref name="PALPITE"/><ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u391929.shtml |título=Bloco na Bacia de Santos pode ser cinco vezes maior que Tupi |editor=Folha de S.Paulo |data=14 de abril de 2008 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref>

Em 2022, os principais campos em produção da Petrobras eramː Tupi, Búzios, Jubarte, Roncador, Marlim Sul, Sapinhoá, Atapu, Sépiam, Marlim Leste e Tartaruga Verde.

=== Refinarias e petroquímicas ===
[[Imagem:Lula e operários.jpg|thumb|[[REPLAN]], em [[Paulínia]], [[São Paulo (estado)|São Paulo]], a maior [[refinaria]] em processamento de [[petróleo]] da Petrobras.]]
[[Imagem:Vista aérea da Refinaria Henrique Lage, São José dos Campos SP.jpg|thumb|Vista aérea da [[Refinaria Henrique Lage]], em [[São José dos Campos]], São Paulo.]]
[[Imagem:Refinaria Petrobras - panoramio (1).jpg|thumb|[[Refinaria Gabriel Passos]], entre [[Betim]] e [[Ibirité]], [[Minas Gerais]].]]

;[[Região Nordeste do Brasil|Região Nordeste]]
* [[Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste|LUBNOR]] — Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste — [[Fortaleza]] ([[Ceará]])  — 8. 000 bpd<ref>{{Citar web|url=https://petrobras.com.br/quem-somos/refinarinaria-lubrificantes-derivados-nordeste|titulo=Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor)|acessodata=2023-11-28|website=Petrobras|lingua=pt-BR}}</ref>
* [[Refinaria General Abreu e Lima|RNEST]] — Refinaria Abreu e Lima — [[Ipojuca]] ([[Pernambuco]]) — 230 000 bpd — início das atividades do trem 1 em novembro de 2014; trem 2 em projeto<ref>{{citar web|url=https://epbr.com.br/petrobras-vai-retomar-obras-do-trem-2-da-refinaria-abreu-e-lima/|titulo=Petrobras vai retomar obras do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima|data=29-06-2023|acessodata=14-07-2023|website=epbr.com.br}}</ref>

;[[Região Sudeste do Brasil|Região Sudeste]]
* [[Refinaria Gabriel Passos|REGAP]] — Refinaria Gabriel Passos — [[Betim]] ([[Minas Gerais]]) — 150.000 bpd
* [[REPLAN]] — Refinaria de Paulínia — [[Paulínia]] ([[São Paulo (estado)|São Paulo]]) — 415&nbsp;000 bpd
* [[Refinaria Henrique Lages|REVAP]] — Refinaria Henrique Lages — [[São José dos Campos]] ([[São Paulo (estado)|São Paulo]]) — 252&nbsp;000 bpd
* [[Refinaria Presidente Bernardes|RPBC]] — Refinaria Presidente Bernardes — [[Cubatão]] ([[São Paulo (estado)|São Paulo]]) — 178&nbsp;000 bpd
* [[Refinaria de Capuava|RECAP]] — Refinaria de Capuava — [[Mauá]] ([[São Paulo (estado)|São Paulo]])- 53&nbsp;000 bpd
* [[Refinaria de Duque de Caxias|REDUC]] — Refinaria de Duque de Caxias — [[Duque de Caxias (Rio de Janeiro)|Duque de Caxias]] ([[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]) - 239&nbsp;000 bpd

;[[Região Sul do Brasil|Região Sul]]
* [[Refinaria Presidente Getúlio Vargas|REPAR]] — Refinaria Presidente Getúlio Vargas — [[Araucária (Paraná)|Araucária]] ([[Paraná]]) - 207.563 bpd
* [[Refinaria Alberto Pasqualini|REFAP]] — Refinaria Alberto Pasqualini — [[Canoas]] ([[Rio Grande do Sul]]) — 201.280 bpd

;
;Outras unidades
* [[Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados|FAFEN-BA]] — [[Camaçari]] ([[Bahia]]) — Produção de [[Amônia]], [[Ureia]], [[Ácido nítrico]] e [[CO2]] (arrendada para a Proquigel Química S/A)
* [[Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados|FAFEN-SE]] — [[Laranjeiras]] ([[Sergipe]]) — Produção de [[Amônia]], [[Ureia]], [[Ácido nítrico]], [[Hidrogênio]] e [[CO2]] (arrendada para a Proquigel Química S/A)
* [[Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados|FAFEN-PR]] — [[Araucaria]] ([[Paraná]]) — Produção de [[Amônia]], [[Ureia]] e Agente Redutor Líquido Automotivo (inativada desde 2019, em processo de venda)

;Em construção
* [[Complexo de Energias Boaventura]] (antigo [[COMPERJ]]) — [[Itaboraí]] ([[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]) — inauguração da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), por meio do gasoduto Rota 3, em setembro de 2024. Previsão de início da construção de unidades de refino para produção de combustíveis e de lubrificantes em 2025.<ref>{{Citar web|url=https://agencia.petrobras.com.br/w/negocio/complexo-de-energias-boaventura-da-petrobras-vai-ofertar-21-milhoes-de-m-de-gas-natural|titulo=Complexo de Energias Boaventura da Petrobras vai ofertar 21 milhões de m³ de gás natural|acessodata=2024-09-17|website=Agência|lingua=pt-BR}}</ref>
* UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) — [[Três Lagoas]], no [[Mato Grosso do Sul]].

== Centrais termelétricas ==
[[Imagem:Arcos da Lapa by Diego Baravelli.jpg|miniaturadaimagem|Vista aérea do [[Edise|edifício sede]] da Petrobras no [[Rio de Janeiro]]]]
A partir de 2000, a Petrobras começou a construir termelétricas, visando complementar o abastecimento nacional de energia elétrica, especialmente nos períodos de pico de consumo.

A Petrobrás é uma das maiores geradoras de energia elétrica do Brasil, representando 3,7% da capacidade instalada do Brasil, com 5,7 GW no ano de 2022.<ref>{{citar web|ultimo=ENGIE|url=https://www.engie.com.br/uploads/2022/08/220808-Apresentacao-Institucional-2T22.pdf|titulo=Destaques e Indicadores ESG (2022)}}</ref>

{| class="wikitable sortable" style="margin: auto;"
|+ Usinas termelétricas em operação sob gestão da Petrobrás (2022)<ref>{{citar web |url=http://www.petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/principais-operacoes/termeletricas/|título=Termelétricas|editor=Petrobras |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref>
!Potência !! UF !! Nome
|-
| style="text-align: right;" |  530 [[Watt|MW]]||RJ||[[Usina Termelétrica Baixada Fluminense|Baixada Fluminense (UTE-BF, Seropédica)]]
|-
| style="text-align: right;" |  249 MW||RS||[[Usina Termelétrica de Canoas|Canoas]] (antiga Sepé Tiaraju, Canoas)
|-
| style="text-align: right;" |  219 MW
|SP
|[[Usina termelétrica de Cubatão|Cubatão]] (Euzébio Rocha, Cubatão)
|-
| style="text-align: right;" |  226 MW
|MG
|[[Usina Térmica de Ibirité|Ibirité]] (Ibirité)
|-
| style="text-align: right;" |  87 MW||MG||[[Usina Termelétrica de Juiz de Fora|Juiz de Fora]] (Juiz de Fora)
|-
| style="text-align: right;" |  368 MW
|SP
|[[Usina termelétrica Nova Piratininga|Nova Piratininga]] (São Paulo)
|-
| style="text-align: right;" |  190 MW||SP||[[Usina Termoelétrica Piratininga|Piratininga]] (São Paulo)
|-
| style="text-align: right;" |  386 MW||RJ||[[Usina Termelétrica Seropédica|Seropédica (antiga Barbosa Lima Sobrinho, Seropédica)]]
|-
| style="text-align: right;" |  186 MW
|BA
|[[Usina termelétrica TermoBahia|TermoBahia]] (São Francisco do Conde)
|-
| style="text-align: right;" |  220 MW||CE||[[Usina termelétrica TermoCeará|TermoCeará]] (Caucaia)
|-
| style="text-align: right;" |  923 MW||RJ||[[Usina Termelétrica Termomacaé|Termomacaé (antiga Mário Lago, Macaé)]]
|-
| style="text-align: right;" |  1.058 MW||RJ||[[Usina Termelétrica TermoRio|Termorio (antiga Governador Leonel Brizola, Duque de Caxias)]]
|-
| style="text-align: right;" |  386 MW||MS||[[Usina Termelétrica Três Lagoas|Três Lagoas]] (antiga Luiz Carlos Prestes)
|-
| style="text-align: right;" |  323 MW
|RN
|[[Usina Termelétrica Vale do Açu|Vale do Açu]] (Alto dos Rodrigues)
|}

Em 2013, foram gerados 4 043 MW médios de energia elétricos para o [[Sistema Interligado Nacional]] (SIN).<ref>{{citar web|url=http://www.senado.leg.br/comissoes/ci/ap/AP20091210_Dr_Mauricio_Tolmasquin.pdf|acessodata=14 de outubro de 2015|publicado=Senado|título=Sistema Interligado Nacional}}</ref>

Em 2021, a Petrobrás vendeu 3.419 megawatts-médios para o SIN.<ref>{{Citar web|url=https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2022/02/09/petrobras-geracao-de-energia-eletrica-atinge-3419-mwmed-em-2021-alta-de-947.htm|titulo=Petrobras: geração de energia elétrica atinge 3.419 MWmed em 2021; alta de 94,7%|acessodata=2022-12-21|website=economia.uol.com.br|lingua=pt-br}}</ref>

== Patrocínios ==
[[Imagem:Mitsubishi Lancer Petrobras (8159215677).jpg|thumb|esquerda|[[Mitsubishi Lancer]] com patrocínio da Petrobras.]]
A Petrobras foi a primeira patrocinadora do [[Clube de Regatas do Flamengo]]. Foi parceira do clube de 1984 até 2 de abril de 2009, quando o Flamengo oficializou a saída do patrocinador.<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/noticia/variedade/flamengo-rompe-petrobras-432601.shtml|título=Flamengo rompe com a Petrobras|data=2 de abril de 2009|acessodata=13 de agosto de 2014|editor=[[Revista Veja]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140413205900/http://veja.abril.com.br/noticia/variedade/flamengo-rompe-petrobras-432601.shtml|arquivodata=2014-04-13|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk0304200921.htm|titulo=Dívida faz Flamengo desistir da Petrobras|data=3-04-2009|acessodata=9-02-2023|website=Folha de S.Paulo}}</ref> Essa foi a parceria mais longa do futebol brasileiro.<ref>{{citar web |url=http://esporte.ig.com.br/futebol/2009/04/02/surpreendida+petrobras+lamenta+fim+da+parceria+com+o+flamengo+5306914.html |título=Surpreendida, Petrobras lamenta fim da parceria com o Flamengo |editor=iG  |data=2 de abril de 2009 |acessodata=13 de agosto de 2014}}</ref> A estatal também patrocinou alguns clubes do futebol sul-americano, dentre eles o [[Racing Club de Avellaneda|Racing de Avellaneda]],<ref>{{citar web|url=https://www.infobae.com/2003/12/27/90259-petrobras-renueva-su-papel-como-sponsor-racing/|título=Petrobras renueva su papel como sponsor de Racing|data=27 de dezembro de 2003 |acessodata=17 de novembro de 2022}}</ref> o [[Club Atlético River Plate|River Plate]]<ref>{{citar web|url=https://exame.com/marketing/petrobras-renova-patrocinio-river-plate-584860/|título=Petrobrás renova patrocínio do River Plate|data=10 de outubro de 2010 |acessodata=17 de novembro de 2022}}</ref> e a [[Club Universidad de Chile|Universidad de Chile]].<ref>{{citar web|url=https://www.udechile.cl/gracias-petrobras-y-lubrax-por-estos-tres-anos-juntos/|título=Gracias Petrobras y Lubrax por estos tres años juntos|data=31 de dezembro de 2021 |acessodata=17 de novembro de 2022}}</ref>

Na [[Fórmula 1]], a estatal forneceu combustível e lubrificantes em 1981-1982 para a equipe [[Escuderia Fittipaldi|Fittipaldi]]. Entre 1998 a 2008, patrocinou a equipe [[WilliamsF1|Williams]] (1998-2008) e forneceu lubrificantes para a [[Jordan Grand Prix|Jordan]] (2001-2002).<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk1005200144.htm|titulo=Petrobras fecha acordo na F-1 com a Jordan|data=10-05-2001|acessodata=9-02-2023|website=Folha de S.Paulo}}</ref><ref name=":14">{{citar web|url=https://extra.globo.com/esporte/petrobras-williams-anunciam-acordo-de-parceria-tecnologica-na-formula-1-11637303.html|titulo=Petrobras e Williams anunciam acordo de parceria tecnológica na Fórmula 1|data=18-02-2014|acessodata=9-02-2023|website=Extra}}</ref> Um novo contrato foi assinado com a Williams, pelo qual as duas empresas trabalhariam em conjunto com a Mercedes a partir da temporada de 2015, para desenvolver um novo combustível automobilístico e lubrificantes.<ref name=":14" /><ref>{{citar web |url=http://www.petrobras.com.br/pt/sociedade-e-meio-ambiente/sociedade/atuacao-no-esporte/|título=Atuação no esporte|editor=Petrobras |acessodata=18 de setembro de 2014}}</ref> Em 2016, o acordo com a equipe britânica foi encerrado.<ref>{{citar web|url=http://www.grandepremio.com.br/f1/noticias/com-saida-de-massa-petrobras-encerra-parceria-com-williams-ao-final-de-2016-apos-tres-temporadas|título=Com saída de Massa, Petrobras encerra parceria com Williams ao final de 2016 após três temporadas|editor=Américo Teixeira Jr.|publicado=Grande Prêmio|acessodata=1 de junho de 2018}}</ref> Em 2018, a petrolífera brasileira fechou um acordo de cooperação e colaboração técnica com a equipe britânica [[McLaren]].<ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/esportes/mclaren-tera-combustivel-fornecido-pela-petrobras-em-2019-22414549|título=McLaren terá combustível fornecido pela Petrobras em 2019|acessodata=1 de junho de 2018|publicado=O Globo}}</ref> Seguindo a nova orientação do Governo Federal a Petrobras decidiu alterar a política de patrocínio a partir de 2019.<ref>{{citar web|url=https://www.grandepremio.com.br/f1/noticias/petrobras-indica-quebra-de-acordo-de-parceria-tecnica-com-mclaren-as-vesperas-de-lancamento-do-mcl34/|titulo=Petrobras indica quebra de acordo de parceria técnica com McLaren às vésperas de lançamento do MCL34|data=13-02-2019|acessodata=9-02-2023|website=Grande Prêmio}}</ref> Ao seguir as novas diretrizes a Petrobras encerrou o apoio, que vigorava desde 1999, à Seletiva de Kart e em maio o Presidente da República, [[Jair Bolsonaro]], disse ter interesse em romper o contrato da Petrobras com a McLaren, mas para justificar o rompimento mencionou uma valor muito maior que o de fato era pago pela Petrobras.<ref>{{citar web|url=https://www.grandepremio.com.br/f1/noticias/bolsonaro-diz-que-quer-romper-contrato-petrobras-mclaren-e-erra-valor-do-acordo-e-duracao/|titulo=Bolsonaro diz que quer romper contrato Petrobras-McLaren e erra valor do acordo e duração|data=18-05-2019|acessodata=9-02-2023|website=Grande Prêmio}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.grandepremio.com.br/grande-premio/noticias/apos-20-edicoes-petrobras-corta-patrocinio-em-esporte-e-poe-em-duvida-sequencia-de-seletiva-de-kart/|titulo=Após 20 edições, Petrobras corta patrocínio em esporte e põe em dúvida sequência de Seletiva de Kart|data=7-05-2019|acessodata=9-02-2023|website=Grande Prêmio}}</ref> Em novembro de 2019 foi encerrado o contrato com entre a Petrobras e a McLaren.<ref>{{citar web|url=https://www.grandepremio.com.br/f1/noticias/mclaren-anuncia-fim-de-parceria-com-petrobras-apos-duas-temporadas/|titulo=McLaren anuncia fim de parceria com Petrobras após duas temporadas|data=4-11-2019|acessodata=9-02-2023|website=Grande Prêmio}}</ref>

Além da [[F-1]], a Petrobras também patrocina/patrocinou equipes da [[Stock Car]], [[Fórmula Truck]], [[F3 Sul-americana|F-3 Sul-Americana]] e a [[CART]] Series.<ref>{{citar web|url=http://www.stockcar.com.br/Noticias/2015/03/18/petrobras-e-a-nova-fornecedora-de-combustivel-da-stock-car|publicado=Stockcar|título=Petrobras é a nova fornecedora de combustíveis da Stock Car|acessodata=14 de outubro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://grandepremio.uol.com.br/seletiva-petrobras/noticias/os-finalistas-da-seletiva-de-kart-petrobras-2013-paulo-victor-mineiro-14-anos|publicado=UOL Grande prêmio|título=Os finalistas da Seletiva de Kart Petrobras 2013: Paulo Victor, mineiro, 14 anos|acessodata=14 de outubro de 2015}}</ref>

Ainda na área de competições a motor, mantém equipe no famoso [[Rali Dakar]] desde 1987, nas categorias Caminhões, Carros e Motocicletas, sob a denominação de [[Equipe Petrobras Lubrax]], a marca internacional da companhia mais utilizada no meio automobilístico. A mesma equipe também contabiliza participação em todas as edições do brasileiro [[Rally dos Sertões]]. Nas duas competições, coleciona diversas vitórias.<ref>{{citar web|url=http://www.petrobras.com/pt/magazine/post/equipe-petrobras-lubrax-conquista-sua-melhor-colocacao-no-rally-dakar.htm|publicado=Site Oficial da Petrobras|acessodata=14 de outubro de 2015|título = Equipe Petrobras Lubrax conquista sua melhor colocação no Rally Dakar}}</ref>

A empresa também conta com diversas ações de patrocínio nas áreas sociais, culturais e ambientais, tendo papel de destaque nas ações empresariais de responsabilidade social, no Brasil. Além dessas, a própria empresa patrocina o [[Campeonato Brasileiro de Futebol]] das Séries A e B desde 2011.<ref>{{citar web|url=http://comatitude.com.br/2011/02/16/o-primeiro-patrocinio-de-grandes-clubes-de-futebol|publicado=Com atitude|acessodata=14 de outubro de 2015|data=16 de fevereiro de 2011|título=O primeiro patrocínio de grandes clubes de futebol|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160306234557/http://comatitude.com.br/2011/02/16/o-primeiro-patrocinio-de-grandes-clubes-de-futebol/|arquivodata=2016-03-06|urlmorta=yes}}</ref> É o patrocinador principal do [[Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos]], chamando a competição de Copa Petrobras de Marcas.<ref>{{citar web|url=http://www.brasileirodemarcas.com.br/|título=Copa Petrobras de Marcas|primeiro =Aliens|último =Design|website=www.brasileirodemarcas.com.br}}</ref>

== Controvérsias ==
{{Controvérsias}}

=== Nacionalização na Bolívia ===
[[Imagem:Petrobrasbolivia2006.jpg|thumb|Refinaria em [[Cochabamba]], [[Bolívia]], vendida à [[YPFB]] em 2007.]]
Em maio de 2006, o presidente da [[Bolívia]], [[Evo Morales]], anunciou a [[nacionalização]] de todos os campos de petróleo e gás no país. Evo Morales ordenou a ocupação de todos os campos pelo exército boliviano. A Petrobras foi profundamente afetada pela nacionalização. Na época, a subsidiária boliviana tinha grande importância na economia do país: a empresa representava 24% dos impostos industriais bolivianos, 18% do [[produto interno bruto]] (PIB) do país e 20% dos investimentos estrangeiros; a estatal brasileira operava em 46% das reservas de petróleo da Bolívia e era responsável por 75% das exportações de gás para o Brasil; a Petrobras investiu, entre 1994 e 2005, 1,5 bilhão de dólares na economia boliviana.<ref>{{citar web |url= http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/efe/2006/05/02/ult1767u66304.jhtm |título=Saiba o tamanho da Petrobras na economia da Bolívia, e a importância da Bolívia para a Petrobras|data= 2 de maio de 2006 |editor= Folha da manhã | obra = UOL |acessodata= 13 de agosto de 2014}}.</ref>

A nacionalização afetou negativamente a relação entre a Petrobras e o governo boliviano. Em 28 de outubro de 2006, depois de uma longa negociação, Petrobras e Bolívia chegaram a um acordo, pelo qual a empresa passaria a receber apenas 18% dos lucros (antes recebia 50%) e o governo boliviano ficaria com o restante.<ref>{{citar web |url= http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u112012.shtml | obra = Folha |título= Acordo com Bolívia garante rentabilidade para Petrobras, diz Silas | publicado = Folha da manhã |data=29 de outubro de 2006 |acessodata= 13 de agosto de 2014}}.</ref>

=== Corrupção ===

==== O caso BR em 1989 ====
Em 1989 a mídia divulgou supostos casos de corrupção na estatal, a repercussão rendeu aos jornalistas [[Ricardo Boechat]], Aluízio Maranhão, Suely Caldas e Luiz Guilhermino o [[Prêmio Esso de Jornalismo]] de 1989.<ref>{{citar web |url= http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/11/ao-comentar-operacao-lava-jato-boechat-chama-fhc-de-oportunista |obra= Revista Fórum |data= 18 de novembro de 2014 |acessodata= 8 de fevereiro de 2015 |título= Ao comentar operação Lava Jato, Boechat chama FHC de ‘oportunista’ |arquivourl= https://web.archive.org/web/20150104073207/http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/11/ao-comentar-operacao-lava-jato-boechat-chama-fhc-de-oportunista/ |arquivodata= 2015-01-04 |urlmorta= yes }}.</ref><ref>{{citar web | ano = 1989 | url = http://www.premioesso.com.br/site/premio_principal/index.aspx?year=1989 | título = Prêmio [[ExxonMobil]] de Jornalismo | obra = Prêmio Esso | acessodata = 8 de fevereiro de 2015 | arquivourl = https://web.archive.org/web/20150415120055/http://www.premioesso.com.br/site/premio_principal/index.aspx?year=1989 | arquivodata = 2015-04-15 | urlmorta = yes }}.</ref>

==== Refinaria Pasadena no Texas e Operação Lava Jato ====
{{Artigo principal|Pasadena Refinery System Inc|Operação Lava Jato}}
{{Vertambém|Lista de pessoas envolvidas na Operação Lava Jato|Lista de pessoas condenadas na Operação Lava Jato}}

Em 2006, a Petrobras pagou 360 milhões de dólares por 50% da refinaria de [[Pasadena (Califórnia)|Pasadena]]. Em 2008, a Petrobras e a Astra Oil, empresa belga de petróleo, se desentenderam e uma decisão judicial obrigou a estatal brasileira a comprar a parte que pertencia à Astra Oil. A aquisição da refinaria de Pasadena acabou custando 1,18 bilhão de dólares à Petrobras, mais de 27 vezes o que a Astra teve de desembolsar.<ref name="Pasadena">{{citar web |url= http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/03/entenda-compra-da-refinaria-de-pasadena-pela-petrobras.html | título = Entenda a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras |editor= Globo | obra = [[G1]] |data=março de 2014 |acessodata= 29 de abril de 2014}}.</ref> A refinaria texana de Pasadena foi a única a registrar lucro dentro do grupo Petrobras, no primeiro semestre de 2014. O lucro da unidade foi de aproximadamente US$ 130 milhões, devido ao benefício do uso do petróleo não convencional produzido nos [[Estados Unidos]].<ref name="Otempo">{{citar web|url= http://www.otempo.com.br/capa/economia/pasadena-foi-a-%C3%BAnica-a-obter-lucro-no-grupo-petrobras-1.900683 | titulo =Pasadena foi a única a obter lucro no grupo Petrobras | obra = O Tempo |data=15 de agosto de 2014 |acessodata=17 de agosto de 2014}}.</ref>

[[Imagem:CPMI - Petrobras - 2014 - CPMIPETRO (15636169400).jpg|thumb|esquerda|Sala de comissões do [[Senado do Brasil|Senado Federal]] durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras.]]

[[Operação Lava Jato]]{{#tag:ref|A expressão gramaticalmente correta é "Lava A Jato" ("a jato" é uma locução adverbial de modo; não se trata de um jato que está a ser lavado).<ref>{{citar web|título= Lava jato ou lava a jato? | obra = Central |url= http://revistacentral.com.br/index.php?option=com_content&id=4917 |acessodata= 16 de dezembro de 2014}}.</ref>|group="nota"}} é uma investigação da [[Polícia Federal do Brasil]] iniciada em 17 de março de 2014 para apurar um esquema de [[lavagem de dinheiro]] suspeito de movimentar mais de 10 bilhões de reais, atualmente estimado em mais de 20 bilhões de reais.<ref>{{citar web|url= http://www.ebc.com.br/noticias/2015/10/propinas-investigadas-pela-lava-jato-chegam-r-10-bilhoes-diz-procurador |publicado= EBC |título= Propinas investigadas pela Lava Jato chegam a R$ 10 bilhões, diz procurador |acessodata= 14 de outubro de 2015|data= 9 de outubro de 2015}}.</ref> A operação recebeu esse nome devido ao uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis pela quadrilha para movimentar os valores de origem ilícita.<ref name="intro">{{citar web|título=Entenda a Operação Lava Jato|url= http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2014/03/operacao-lava-jato-desarticula-rede-de-lavagem-de-dinheiro-em-7-estados |acessodata= 9 de outubro de 2014| publicado =Polícia Federal do Brasil}}.</ref>

Até abril de 2014, a operação já contava com 46 pessoas indiciadas pelos crimes de formação de [[organização criminosa]], crimes contra o [[Sistema financeiro do Brasil|sistema financeiro nacional]], [[falsidade ideológica]] e [[lavagem de dinheiro]]<ref>{{citar web|título=Operações|url= http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2014/04/pf-apresenta-relatorio-final-da-operacao-lava-jato |acessodata=10 de outubro de 2014 | publicado =Polícia Federal do Brasil}}.</ref> e 30 presas,<ref>{{citar web|título= Operações |url= http://www.dpf.gov.br/agencia/estatisticas/2014 |acessodata=10 de outubro de 2014| publicado = Polícia Federal do Brasil}}.</ref> dentre elas o doleiro [[Alberto Youssef]] e o ex-diretor da Petrobras, [[Paulo Roberto Costa]].<ref>{{citar web|título= Justiça decreta prisão preventiva de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras |url= http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2014/03/justica-decreta-prisao-preventiva-de-paulo-roberto-costa-ex-diretor-da-petrobras-4456036.html |acessodata= 10 de outubro de 2014 | publicado = Rede Brasil Sul de comunicações | obra =ZH Economia}}.</ref> [[Pedro Barusco]] disse que o esquema de pagamento de propinas na Petrobras começou em 1997.<ref>{{citar web|url= http://br.reuters.com/article/idBRKBN0MJ2B120150323 |título= Entrevista — FHC diz que Lula tem mais responsabilidade política em caso Petrobras do que Dilma| prenome =Brian | sobrenome = Winter|acessodata=23 de março de 2015|publicado= Agência internacional de notícias Thomson Reuters}}.</ref> Em depoimento na [[CPI da Petrobras]] em março, Barusco declarou: "Iniciei a receber propina em 1997 e 1998. Foi uma iniciativa pessoal, junto com o representante da empresa. De forma mais ampla, (receber propina) foi a partir de 2004, não sei precisar a data, mas foi a partir dali"<ref>{{citar web|url= http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/03/10/comecei-a-receber-propina-em-1997-por-iniciativa-pessoal-diz-barusco.htm |publicado= Folha da manhã | obra = UOL |acessodata= 14 de outubro de 2015|título=Comecei a receber propina em 1997 por iniciativa pessoal, diz delator|data= 10 de março de 2015}}.</ref>

Em 14 de novembro de 2014, novos mandados de prisão foram cumpridos, sendo presos os presidentes e diretores de grandes empresas do Brasil, como [[Construtora OAS]], [[IESA Óleo e Gás]], [[Camargo Corrêa Construções]], [[UTC Engenharia]] e [[Construtora Queiroz Galvão]]. Segundo as investigações do [[Ministério Público Federal]], o esquema de [[cartel]] das empreiteiras em obras da Petrobras existe há pelo menos 15 anos, se institucionalizando a partir de 2004.<ref>{{citar web|url= http://www.cartacapital.com.br/politica/perguntas-e-resposta-da-operacao-lava-jato-5981.html |título=Perguntas e respostas da Operação Lava Jato|publicado= Mino Carta | obra = Carta Capital|acessodata=17-11-2014}}.</ref> Em dezembro de 2014, a estatal impediu que as empreiteiras envolvidas na Lava Jato fizessem novos contratos. Ao todo foram 23 empresas nacionais e estrangeiras, dentre elas [[Andrade Gutierrez]], [[Camargo Corrêa]], [[Construcap]], [[Egesa]], [[Galvão Engenharia]], [[Construtora OAS|OAS]], [[Promon Engenharia]], UTC Engenharia.<ref>{{citar web |url= https://www.petronoticias.com.br/archives/62509| obra = Petronoticias|acessodata= 9 de dezembro de 2016 |título=Petrobrás suspende 23 empresas de engenharia de seu cadastro em função da Operação lava jato}}.</ref>

Em outubro de 2015, a força-tarefa da Lava Jato identificou 10 bilhões de reais em propinas,<ref>{{citar web |url= http://oglobo.globo.com/brasil/propina-chega-r-10-bilhoes-estima-procurador-da-lava-jato-17737910 |publicado= Globo | obra = O Globo|título=Propina chega a R$ 10 bilhões, estima procurador da Lava-Jato |acessodata= 14 de outubro de 2015 |data= 9 de outubro de 2015}}</ref> recuperou 870 milhões de reais, bloqueou outros 2,4 bilhões de reais e prendeu 105 envolvidos no escândalo.<ref>{{citar web |url= http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/07/lava-jato-completa-500-dias-com-recuperacao-de-r-870-milhoes.html |publicado= Globo | obra = G1 Paraná |acessodata=14 de outubro de 2015|data=30 de julho de 2015|título= Lava Jato completa 500 dias com a recuperação de R$ 870 milhões}}</ref><ref>{{citar web |url= http://lavajato.mpf.mp.br/atuacao-na-1a-instancia/resultados/a-lava-jato-em-numeros | obra = Lava Jato | publicado = Ministério Público Federal |acessodata= 14 de outubro de 2015 |título= A Lava Jato em números}}</ref>

Em novembro de 2015, a PF estimou que o prejuízo da Petrobras com corrupção pode ser de 42 bilhões de reais, tendo sido 6 bilhões de reais divulgados oficialmente pela empresa, um número considerado conservador. A estimativa tem como base um laudo da perícia criminal baseado em tabelas que mostram os pagamentos indevidos envolvendo as 27 empresas apontadas como integrantes do cartel na Petrobras.<ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/11/pf-estima-que-prejuizo-da-petrobras-com-corrupcao-pode-ser-de-r-42-bi.html |publicado= Globo | obra = G1 Paraná |acessodata=21 de março de 2016 |data= 12 de novembro de 2015 |título=PF estima que prejuízo da Petrobras com corrupção pode ser de R$ 42 bi}}</ref>

=== Acidentes ambientais ===
{{vt|Vazamento de óleo no Paraná em 2000|Vazamento de óleo na Baía de Guanabara em 2000}}
[[Imagem:PlataformaP-36-Petrobras.jpg|thumb|[[Plataforma P-36]] após o acidente em 2001.]]
Em 20 de março de 2001 afundou a [[Plataforma P-36]], considerada, até então, a maior do mundo. Segundo a [[Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis|Agência Nacional de Petróleo]] (ANP) do Brasil, o acidente foi causado por "não conformidades quanto a procedimentos operacionais, de manutenção e de projeto".<ref>{{Citation |publicado= Folha da manhã | url = http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/plataforma.shtml |título= Explosão na P-36 foi causada por erros de manutenção e projeto, diz ANP |jornal= Folha Online |ano= 2001}}.</ref>

Em 6 de setembro de 2012, o tombamento de um caminhão na [[Rodovia Doutor Manuel Hipólito Rego]] causou o vazamento de quinze mil litros de óleo diesel. O vazamento afetou gravemente vários córregos da região e a praia de [[Maresias]], em [[São Sebastião (São Paulo)|São Sebastião]].<ref>{{citar web |url= http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2012/09/vazamento-de-oleo-diesel-atinge-praia-de-maresias-no-litoral-norte.html |título=Vazamento de óleo diesel atinge a praia de Maresias em São Sebastião|publicado= Globo | obra = [[G1]]|acessodata=7 de abril de 2013}}.</ref><ref>{{citar web |url= http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2012/09/secretario-fala-sobre-vazamento-de-oleo-diesel-em-sao-sebastiao.html |título=Secretário fala sobre vazamento de óleo diesel em São Sebastião|publicado= Globo | obra = [[G1]]|acessodata=7 de abril de 2013}}.</ref> A [[Cetesb]] aplicou à Petrobras e à empresa transportadora multa de aproximadamente noventa e dois mil reais em cada empresa.<ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2012/09/petrobras-e-multada-por-vazamento-de-oleo-diesel-em-sao-sebastiao.html |título=Petrobras é multada por vazamento de óleo diesel em São Sebastião|publicado= Globo | obra = [[G1]]|acessodata=9 de abril de 2013}}.</ref>

Em 5 de abril de 2013, um vazamento de 3,5 mil litros de combustível marítimo ocorrido no [[Terminal Marítimo Almirante Barroso]] (Tebar) atingiu catorze praias das cidades de [[São Sebastião (São Paulo)|São Sebastião]] e [[Caraguatatuba]].<ref>{{citar web|url= http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1258586-vazamento-de-combustivel-deixa-praias-interditadas-em-sao-sebastiao-sp.shtml |título= Vazamento de combustível interdita nove praias em São Sebastião (SP)|publicado= Folha da manhã | obra = [[Folha de S.Paulo]] |acessodata=7 de abril de 2013}}.</ref><ref>{{citar web |url= http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1258681-vazamento-de-combustivel-chega-a-enseada-de-caraguatatuba-sp.shtml |título= Vazamento de combustível chega à Enseada de Caraguatatuba (SP) |publicado= Folha da manhã | obra = [[Folha de S.Paulo]] |acessodata= 7 de abril de 2013}}.</ref><ref>{{citar web|url= http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,oleo-vaza-e-sao-sebastiao-interdita-nove-praias,1017761,0.htm |título=Óleo vaza e São Sebastião interdita nove praias |publicado= O Estado de São Paulo | obra = [[Estadão]]|acessodata=7 de abril de 2013}}.</ref><ref>{{citar web |url= http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/04/vazamento-de-oleo-atinge-pelo-menos-tres-praias-de-caraguatatuba.html |título=Vazamento de óleo atinge pelo menos três praias de Caraguatatuba |publicado= Globo | obra = [[G1]]|acessodata= 8 de abril de 2013}}.</ref><ref>{{citar web |url= http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/04/09/vazamento-em-sao-sebastiao-foi-de-3500-litros-diz-petrobras.htm |título=Vazamento em São Sebastião (SP) foi de 3.500 litros, diz Petrobras |publicado= Folha da manhã | obra = [[UOL]]|acessodata=9 de abril de 2013}}.</ref><ref>{{citar web|url= http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1260144-um-dia-apos-conclusao-de-limpeza-praias-de-sp-ainda-tem-oleo.shtml |título=Um dia após conclusão de limpeza, praias de SP ainda têm óleo|publicado= Folha da manhã | obra = [[Folha de S.Paulo]]|acessodata=10 de abril de 2013}}.</ref> A [[Cetesb]] aplicou à Petrobras multa de dez milhões de reais, além de denunciar a empresa por crime ambiental junto ao [[Ministério Público do Estado de São Paulo]]. A prefeitura de São Sebastião aplicou multa de cinquenta mil reais à Petrobras.<ref>{{citar web |url= http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/04/cetesb-multa-petrobras-em-r-10-mi-por-vazamento-no-litoral-de-sao-paulo.html |título=Cetesb multa Petrobras em R$ 10 mi por vazamento no litoral de São Paulo|publicado= Globo | obra = [[G1]]|acessodata=9 de abril de 2013}}.</ref>
Em 5 de maio de 2013, um vazamento de 49 mil litros de diesel ocorrido em uma tubulação da [[Transpetro]] em [[São José do Barreiro]] atingiu os rios Formoso, Sesmaria e [[Rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]] e causou a interrupção total ou parcial do abastecimento de água nas cidades de [[Barra Mansa]], [[Barra do Piraí]], [[Pinheiral]], [[Porto Real]], [[Quatis]] e [[Volta Redonda]].<ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2013/05/volume-de-oleo-que-vazou-no-rio-chega-49-mil-litros-diz-transpetro.html |título=Volume de óleo que vazou no rio chega a 49 mil litros, diz Transpetro|publicado= Globo | obra = [[G1]]|acessodata=9 de maio de 2013}}.</ref><ref>{{citar web |url= http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,vazamento-de-oleo-em-sp-prejudica-abastecimento-de-agua-no-rj,1029333,0.htm |título=Vazamento de óleo em SP prejudica abastecimento de água no RJ |publicado= O Estado de São Paulo | obra = [[Estadão]]|acessodata=7 de maio de 2013}}.</ref><ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2013/05/vazamento-de-oleo-diesel-interrompe-abastecimento-de-agua-no-sul-do-rj.html |título= Vazamento de óleo diesel interrompe abastecimento de água no Sul do RJ |publicado= Globo | obra = [[G1]] |acessodata=7 de maio de 2013}}.</ref> As aulas nas escolas públicas municipais dessas cidades foram suspensas devido à falta de água.<ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2013/05/escolas-do-sul-do-rj-cancelam-aulas-por-problema-na-captacao-de-agua.html |título= Escolas do Sul do RJ cancelam aulas por problema na captação de água |publicado= Globo | obra = [[G1]]|acessodata=9 de maio de 2013}}.</ref> A mancha de óleo atingiu cerca de trinta quilômetros de extensão. Segundo a [[Agência de Meio Ambiente de Resende]] (Amar), um furto de óleo diesel teria danificado uma válvula e provocado o vazamento. Os órgãos ambientais informaram que 40,1 mil litros de diesel foram recolhidos e que equipes continuavam trabalhando para eliminar os resíduos no solo e nas águas.<ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2013/05/vazamento-de-oleo-diesel-atinge-rio-sesmaria-em-resende-no-rj.html |título= Vazamento de óleo diesel atinge Rio Sesmaria, em Resende, no RJ|publicado= Globo | obra = [[G1]]|acessodata=7 de maio de 2013}}.</ref><ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/05/vazamento-de-diesel-da-transpetro-atinge-rio-paraiba-do-sul.html |título= Vazamento de diesel da Transpetro atinge Rio Paraíba do Sul |publicado= Globo | obra = [[G1]]|acessodata=7 de maio de 2013}}.</ref>
Em 28 de novembro de 2013, uma explosão seguida de incêndio na unidade de destilação da [[Refinaria Presidente Getúlio Vargas]] (Repar) interrompeu parte das atividades da refinaria. Não houve feridos.<ref>{{citar web |url= http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/11/1378444-explosao-compromete-producao-em-refinaria-da-petrobras-no-parana.shtml |título=Explosão compromete produção em refinaria da Petrobras no Paraná |publicado= Folha da manhã | obra = [[Folha de S.Paulo]] |acessodata= 29 de novembro de 2013}}.</ref>

Em 11 de fevereiro de 2015, uma explosão na casa de bombas do navio-plataforma [[Unidade flutuante de armazenamento e transferência|FPSO]] Cidade de São Mateus, causada por um vazamento de [[gás]], matou nove pessoas e deixou 26 feridas.<ref name="relatorio acidente 2015">{{citar web |url= http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/06/relatorio-interno-da-petrobras-revela-causas-de-explosao-em-navio-no-es.html |título= Relatório interno da Petrobras revela causas de explosão em navio no ES|publicado= Globo | obra = G1 |data= 11 de junho de 2015}}.</ref><ref>{{citar web | publicado = Telefônica |URL= http://noticias.terra.com.br/brasil/petrobras-acidente-com-navio-plataforma-mata-3-e-fere-15,0c5390057b97b410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html |título= Acidente com navio-plataforma da Petrobras deixa 3 mortos| obra =Terra}}.</ref> Segundo relatório interno da Petrobras sobre o acidente, meses antes uma peça fora da especificação necessária foi instalada num circuito de transferência de água e óleo. No dia do acidente essa peça não suportou a pressão causada por um erro na abertura e fechamento das válvulas, ocasionando o vazamento de gás que gerou a explosão.<ref name="relatorio acidente 2015" /> O relatório ainda aponta como erro grave a orientação de enviar equipes de funcionários para áreas com atmosfera inflamável.<ref name="relatorio acidente 2015" />

=== Continuidade do monopólio estatal ===
Apesar de a Petrobras ter deixado por lei ([[de jure]]) de [[Monopólio|monopolizar]] a indústria petroleira no Brasil em 1997, a estatal continuava de fato a monopolizar o setor,{{#tag:ref|O monopólio da Petrobras não é um monopólio natural.<ref name=":5" />|group="nota"}}<ref name=":5">{{Citar periódico|data=2018-05-24|titulo=Petrobras, um monopólio desregulado {{!}} JOTA|url=https://www.jota.info/tributos-e-empresas/regulacao/petrobras-um-monopolio-desregulado-24052018|jornal=JOTA Info|lingua=pt-BR}}</ref><ref name=":0">{{Citar periódico|data=2018-06-06|titulo='Crise provou que monopólio da Petrobras não serviu de nada', diz Maia|url=https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/crise-provou-que-monopolio-da-petrobras-nao-serviu-de-nada-diz-maia.shtml|jornal=Folha de S.Paulo|lingua=pt-BR}}</ref> concentrando controle majoritário sobre a cadeia produtiva dos combustíveis.<ref name=":0" /> No estágio do refino, suas refinarias concentravam a produção de praticamente todos os combustíveis distribuídos nos postos do país,<ref name=":2">{{Citar periódico|titulo=Se Petrobras não tem monopólio, por que mais empresas não fazem gasolina? - Notícias - UOL Economia|url=https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/05/21/petrobras-monopolio-refino-gasolina.htm|jornal=UOL Economia|lingua=pt-BR}}</ref><ref name=":3">{{Citar periódico|data=2017-01-26|titulo=Volume de petróleo processado na Petrobras é o menor desde 2010|url=https://oglobo.globo.com/economia/volume-de-petroleo-processado-na-petrobras-o-menor-desde-2010-20827366|jornal=O Globo|lingua=pt-BR}}</ref> pois, das 17 refinarias existentes, a estatal era dona de 13,<ref name=":3" /><ref name=":4">{{Citar web|url=http://www.noticiasdotrecho.com.br/2017/01/todas-as-13-refinarias-da-petrobras.html|titulo=Todas as 13 refinarias da Petrobras tiveram uma queda na produção|acessodata=2018-06-07|obra=www.noticiasdotrecho.com.br}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/areas-de-atuacao/refino/|titulo=Refino: Saiba O Que É e Como Funciona - Petrobras|acessodata=2018-06-20|obra=Petrobras|lingua=pt-BR}}</ref> respondendo por 98% do petróleo refinado;<ref name=":4" /> as outras quatros são da Manguinhos, Univen, Riograndense e Dax Oil,<ref name=":2" /> mas a estatal é considerada virtualmente a única empresa de refino no Brasil.<ref name=":2" /> Conforme declarado pelo ex-[[Lista de presidentes da Petrobras|presidente da empresa]] [[Pedro Parente]], "Não é bom para o País a Petrobras ter 100% de monopólio no refino".<ref>{{Citar periódico|data=2017-05-31|titulo=Não é bom para o País a Petrobras ter 100% de monopólio no refino, diz Parente - ISTOÉ Independente|url=https://istoe.com.br/nao-e-bom-para-o-pais-a-petrobras-ter-100-de-monopolio-no-refino-diz-parente/|jornal=ISTOÉ Independente|lingua=pt-BR}}</ref> Durante a [[greve dos caminhoneiros no Brasil em 2018]], o [[Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil|Presidente da Câmara dos Deputados]], [[Rodrigo Maia]], afirmou: "Crise provou que monopólio da Petrobras não serviu de nada", apesar de ele não defender sua privatização.<ref name=":0" /> Além disso, a estatal brasileira ainda detém privilégios sobre seus concorrentes, pois conta com a Lei 12.351/2010,<ref>{{Citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12351.htm|titulo=LEI Nº 12.351, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010.|data=|acessodata=08-06-2018|obra=www.planalto.gov.br|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> que obrigava a mesma a ser operadora única no pré-sal, tendo assim exclusividade. Em 2016, essa legislação foi alterada e excluiu a obrigatoriedade da empresa em atuar como operadora única, mas manteve o direito de preferência para adquirir, no mínimo, 30% de participação nos consórcios e a possibilidade fazer as suas operações após o leilão;<ref name=":1">{{Citar periódico|data=2017-05-04|titulo=Petrobras terá direito de preferência para exploração e produção no pré-sal|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-05/petrobras-tera-direito-de-preferencia-para-exploracao-e-producao-no-pre-sal|jornal=Agência Brasil|lingua=pt-br}}</ref> o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), referindo-se à lei, disse que a medida atrapalharia a livre competição: "A possibilidade de exercer a preferência após o leilão prejudica a livre competição, gera incertezas e afeta a atração de investimentos para a província do pré-sal".<ref name=":1" />

Desde 2020, o governo federal tem dado passos para quebrar o monopólio que a empresa exerceu no setor do refino<ref>{{Citar web|titulo='Vamos quebrar o monopólio do refino', diz Guedes sobre Petrobras|url=https://oglobo.globo.com/economia/vamos-quebrar-monopolio-do-refino-diz-guedes-sobre-petrobras-23624361|obra=O Globo|data=2019-04-26|acessodata=2020-03-11|lingua=pt-BR}}</ref> pois até então a empresa refinava 94% do que era consumido no país.<ref>{{Citar web|url=https://www.aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/7574-petroleo-nacional-entra-com-94-no-refino-mas-ppi-nao-leva-em-conta|titulo=Aepet - Petróleo nacional entra com 94% no refino, mas PPI não leva em conta|acessodata=2022-07-20|website=Aepet|lingua=pt-br}}</ref>

== Ver também ==
* [[Vibra Energia]]
* [[Campo petrolífero de Tupi]]
* [[Lei do Petróleo]]
* [[Lei Nº 2004 (Brasil)]]
* [[Lista de presidentes da Petrobras]]
* [[O petróleo é nosso]]
* [[Pré-sal]]
* [[Processo Petrosix]]
* [[Transpetro]]
* [[Monopólio estatal do petróleo no Brasil]]

{{notas}}
{{Referências}}

== Bibliografia ==
* FIGUEIREDO, Miriam Beatriz C. (2009) [[hdl:10438/2705|''"Da Memória dos Trabalhadores à Memória da Petrobras: a história de um projeto"'']]. [[Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil|CPDOC]], Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, RJ.

== Ligações externas ==
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