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Pica-pau-amarelo: diferenças entre revisões

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Biografia do Monteiro Lobato
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O '''pica-pau-amarelo''' ('''''Celeus flavus'''''), também chamado '''ipecutauá'''<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 325</ref>, é uma ave da família [[Picidae]] com comprimento de cerca de 25&nbsp;cm. Presente em toda a [[Amazônia]] [[brasil]]eira e de [[Alagoas]] ao [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], sendo encontrado também nos demais países amazônicos. Habita [[floresta]]s ralas, plantações de [[cacau]], [[florestas de várzea]], capoeiras e florestas em áreas pantanosas. Vive solitário, aos pares ou em grupos de três ou quatro indivíduos, principalmente à altura do estrato médio. Quebra formigueiros no alto de árvores para comer as [[formiga]]s, eventualmente alimentando-se também de [[fruto]]s. Às vezes, desce ao solo para apanhar [[inseto]]s. O macho apresenta uma faixa vermelha nas laterais da cabeça, próximo à base do [[bico]].
O '''pica-pau-amarelo''' ('''''Celeus flavus'''''), também chamado '''ipecutauá'''<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 325</ref>, é uma ave da família [[Picidae]] com comprimento de cerca de 25&nbsp;cm. Presente em toda a [[Amazônia]] [[brasil]]eira e de [[Alagoas]] ao [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], sendo encontrado também nos demais países amazônicos. Habita [[floresta]]s ralas, plantações de [[cacau]], [[florestas de várzea]], capoeiras e florestas em áreas pantanosas. Vive solitário, aos pares ou em grupos de três ou quatro indivíduos, principalmente à altura do estrato médio. Quebra formigueiros no alto de árvores para comer as [[formiga]]s, eventualmente alimentando-se também de [[fruto]]s. Às vezes, desce ao solo para apanhar [[inseto]]s. O macho apresenta uma faixa vermelha nas laterais da cabeça, próximo à base do [[bico]].
== Etimologia ==
Monteiro lobato
"Ipecutauá" é oriundo do termo [[Língua tupi|tupi]] ''ïpe'ku ta'wá'', que significa "pato amarelo"<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 966</ref>. ''Celeus flavus'' é um termo [[Latim|latino]] que significa "esconder amarelo"<ref>http://translate.google.com.br/</ref>.
Nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Em homenagem ao seu nascimento, neste dia comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil.

Era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Augusto Lobato. Seu nome verdadeiro era José Renato Monteiro Lobato, mas em 1893 o autor preferiu adotar o nome do pai por desejar usar uma bengala do pai que continha no punho as iniciais JBML.

Juca, apelido que Lobato recebeu na infância, brincava em companhia de suas irmãs com legumes e sabugos de milho que eram transformados em bonecos e animais, conforme costume da época. Uma forte influência de sua própria experiência reside na criação do personagem Visconde de Sabugosa.

Ainda na infância, Juca descobriu seu gosto pelos livros na vasta biblioteca de seu avô. Os seus prediletos tratavam de viagens e aventuras. Ele leu tudo que lá existia, mas desde esta época incomodava a ele o fato de não existir uma literatura infantil tipicamente brasileira.

Um fato interessante aconteceu ao então jovem Juca, no ano de 1895: ele foi reprovado em uma prova oral de Português. O ano seguinte foi de total estudo, mergulhado nos livros. Notável é o interesse de Lobato escritor no que diz respeito à Língua Portuguesa, presente em alguns de seus títulos. É na adolescência que começa a escrever para jornaizinhos escolares e descobre seu gosto pelo desenho.

Aos 16 anos perde o pai e aos 17 a mãe. A partir de então, sua tutela fica a encargo do avô materno, o Visconde de Tremembé. Formou-se em Direito pela faculdade de seu estado, por vontade do avô, porque preferia ter cursado a Escola de Belas-Artes. Esse gosto pelas artes resultou em várias caricaturas e desenhos que ele enviava para jornais e revistas.

Em 1907, 3 anos após sua formatura, exerceu a promotoria em Areias, cidadezinha do interior. Retirou-se depois para uma fazenda em Buquira que herdou do avô, falecido em 1911. Este município, onde surgiu um Lobato fazendeiro, recebeu seu nome em sua homenagem.

Casou-se com Maria Pureza da Natividade, em 28 de março de 1908. Do casamento vieram os quatro filhos: Edgar, Guilherme, Marta e Rute.

Em 1918 lançou Urupês, e o êxito fulminante desse livro de contos colocou-o numa posição de vanguarda. Neste mesmo ano, vendeu a fazenda e transferiu-se para São Paulo, onde inaugurou a primeira editora nacional: Monteiro Lobato & Cia. Até então, os livros que circulavam no Brasil eram publicados em Portugal. Por isso, as iniciativas de Lobato deram à indústria brasileira do livro um impulso decisivo para sua expansão.

Em 1926, foi nomeado adido comercial da embaixada brasileira nos Estados Unidos, de onde trouxe um notável livro de impressões: América. Usou, assim, suas principais armas em prol do nacionalismo no tocante à exploração de ferro e petróleo no Brasil: os ideais e os livros.

Preocupado com o desenvolvimento econômico do país, chegou a fundar diversas companhias para a exploração do petróleo nacional.. O fracasso dessa iniciativa deu-lhe assunto para um artigo: O Escândalo do Petróleo. Já sob o Estado Novo, sua persistência em abordar esse tema como patriota autêntico valeu-lhe três meses de prisão.

No público infantil, Lobato escritor reencontra as esperanças no Brasil. Escrever para crianças era sua alegria, por isso adorava receber as cartinhas que seu pequenino público escrevia constantemente. Achava que o futuro deveria ser mudado através da criançada, para quem dava um tratamento especial, sem ser infantilizado. O resultado foi sensacional, conseguindo transportar até hoje muitas crianças e adultos para o maravilhoso mundo do Sítio do Picapau Amarelo.

Faleceu em São Paulo, no dia 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, por causa de um derrame.

A obra lobatiana é composta por 30 volumes. Tem um lugar indisputável na literatura brasileira como o Andersen brasileiro, autor dos primeiros livros brasileiros para crianças, e também como revelador de Jeca Tatu, o homem do interior brasileiro.

Apesar de ter sido, em muitos pontos, o precursor do Modernismo, a ele nunca aderiu. Ficou conhecida a sua querela com modernistas por causa do artigo "A propósito da exposição Malfatti". Ali critica a mostra de pintura moderna da artista, que caracterizava de não nacional.

== {{Ver também}} ==
== {{Ver também}} ==
* [[Sítio do Pica-Pau Amarelo]], uma série da [[Rede Globo]] baseada na obra de [[Monteiro Lobato]]
* [[Sítio do Pica-Pau Amarelo]], uma série da [[Rede Globo]] baseada na obra de [[Monteiro Lobato]]

Revisão das 15h19min de 23 de maio de 2013

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPica-pau-amarelo
Desenho de 1890 representando o bico da espécie
Desenho de 1890 representando o bico da espécie
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Picidae
Género: Celeus
Espécie: C. flavus
Nome binomial
Celeus flavus
(Statius Müller, 1776)
Distribuição geográfica

Sinónimos
Crocomorphus flavus P. L. S. Müll.

O pica-pau-amarelo (Celeus flavus), também chamado ipecutauá[1], é uma ave da família Picidae com comprimento de cerca de 25 cm. Presente em toda a Amazônia brasileira e de Alagoas ao Espírito Santo, sendo encontrado também nos demais países amazônicos. Habita florestas ralas, plantações de cacau, florestas de várzea, capoeiras e florestas em áreas pantanosas. Vive solitário, aos pares ou em grupos de três ou quatro indivíduos, principalmente à altura do estrato médio. Quebra formigueiros no alto de árvores para comer as formigas, eventualmente alimentando-se também de frutos. Às vezes, desce ao solo para apanhar insetos. O macho apresenta uma faixa vermelha nas laterais da cabeça, próximo à base do bico.

                            Monteiro lobato
  Nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Em homenagem ao seu nascimento, neste dia comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil.
  Era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Augusto Lobato. Seu nome verdadeiro era José Renato Monteiro Lobato, mas em 1893 o autor preferiu adotar o nome do pai por desejar usar uma bengala do pai que continha no punho as iniciais JBML.
   Juca, apelido que Lobato recebeu na infância, brincava em companhia de suas irmãs com legumes e sabugos de milho que eram transformados em bonecos e animais, conforme costume da época. Uma forte influência de sua própria experiência reside na criação do personagem Visconde de Sabugosa.
    Ainda na infância, Juca descobriu seu gosto pelos livros na vasta biblioteca de seu avô. Os seus prediletos tratavam de viagens e aventuras. Ele leu tudo que lá existia, mas desde esta época incomodava a ele o fato de não existir uma literatura infantil tipicamente brasileira.
  Um fato interessante aconteceu ao então jovem Juca, no ano de 1895: ele foi reprovado em uma prova oral de Português. O ano seguinte foi de total estudo, mergulhado nos livros. Notável é o interesse de Lobato escritor no que diz respeito à Língua Portuguesa, presente em alguns de seus títulos. É na adolescência que começa a escrever para jornaizinhos escolares e descobre seu gosto pelo desenho.
 Aos 16 anos perde o pai e aos 17 a mãe. A partir de então, sua tutela fica a encargo do avô materno, o Visconde de Tremembé. Formou-se em Direito pela faculdade de seu estado, por vontade do avô, porque preferia ter cursado a Escola de Belas-Artes. Esse gosto pelas artes resultou em várias caricaturas e desenhos que ele enviava para jornais e revistas.
 Em 1907, 3 anos após sua formatura, exerceu a promotoria em Areias, cidadezinha do interior. Retirou-se depois para uma fazenda em Buquira que herdou do avô, falecido em 1911. Este município, onde surgiu um Lobato fazendeiro, recebeu seu nome em sua homenagem.
Casou-se com Maria Pureza da Natividade, em 28 de março de 1908. Do casamento vieram os quatro filhos: Edgar, Guilherme, Marta e Rute.
   Em 1918 lançou Urupês, e o êxito fulminante desse livro de contos colocou-o numa posição de vanguarda. Neste mesmo ano, vendeu a fazenda e transferiu-se para São Paulo, onde inaugurou a primeira editora nacional: Monteiro Lobato & Cia. Até então, os livros que circulavam no Brasil eram publicados em Portugal. Por isso, as iniciativas de Lobato deram à indústria brasileira do livro um impulso decisivo para sua expansão.
    Em 1926, foi nomeado adido comercial da embaixada brasileira nos Estados Unidos, de onde trouxe um notável livro de impressões: América. Usou, assim, suas principais armas em prol do nacionalismo no tocante à exploração de ferro e petróleo no Brasil: os ideais e os livros.
    Preocupado com o desenvolvimento econômico do país, chegou a fundar diversas companhias para a exploração do petróleo nacional.. O fracasso dessa iniciativa deu-lhe assunto para um artigo: O Escândalo do Petróleo. Já sob o Estado Novo, sua persistência em abordar esse tema como patriota autêntico valeu-lhe três meses de prisão.
  No público infantil, Lobato escritor reencontra as esperanças no Brasil. Escrever para crianças era sua alegria, por isso adorava receber as cartinhas que seu pequenino público escrevia constantemente. Achava que o futuro deveria ser mudado através da criançada, para quem dava um tratamento especial, sem ser infantilizado. O resultado foi sensacional, conseguindo transportar até hoje muitas crianças e adultos para o maravilhoso mundo do Sítio do Picapau Amarelo.
  Faleceu em São Paulo, no dia 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, por causa de um derrame.
    A obra lobatiana é composta por 30 volumes. Tem um lugar indisputável na literatura brasileira como o Andersen brasileiro, autor dos primeiros livros brasileiros para crianças, e também como revelador de Jeca Tatu, o homem do interior brasileiro.
      Apesar de ter sido, em muitos pontos, o precursor do Modernismo, a ele nunca aderiu. Ficou conhecida a sua querela com modernistas por causa do artigo "A propósito da exposição Malfatti". Ali critica a mostra de pintura moderna da artista, que caracterizava de não nacional.

Ver também

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 325
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