Aroeira-salso

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAroeira-Salso, Schinus molle

Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Divisão: Anthophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae
Género: Schinus
Espécie: S. molle
Nome binomial
Schinus molle
L., 1753[1]

Schinus molle, conhecida pelos nomes populares de aroeira-salso, aroeira-mole, aroeira-periquita, aroeira-mansa, ou pimenteira-bastarda[2][3] é uma planta perene que cresce até aos 15 metros. É nativa do sul do Brasil, do Uruguai, e do nordeste da Argentina. Uma espécie similar, Schinus areira, se distribui pelo Peru, Bolívia, norte do Chile e noroeste da Argentina, sendo previamente classificada como uma variedade de S. molle.

Possui diversos usos tradicionais, de forma semelhante à aroeira-vermelha, sendo usada como condimento, fitoterápico, e no preparo de bebidas. É uma espécie bastante cultivada de forma ornamental, tendo sido introduzida em vários países, porém possui alto potencial invasivo.[2]

Características gerais[editar | editar código-fonte]

  • Forma de vida: árvore.[4]
  • Substrato: terrícola.[4] Ocorre em solos secos e arenosos, adaptando-se a terrenos de baixa fertilidade e pedregosos.[5]
  • Altura: 4 - 8 metros. Tronco com 25 - 35 centímetros de diâmetro.[5]
  • Ciclo de vida: Desenvolvimento rápido no campo, alcançando 3 metros aos 2 anos.[5]
  • Informações ecológicas: perenifólia, heliófita. Suporta sombreamento mediano. Altamente tolerante à seca e resistente à geada. Encontrada na beira de córregos e matas, e em áreas de campo, apresentando baixa frequência em todos os locais.[5]
  • Fenologia: floresce de agosto a novembro, com maturação dos frutos de dezembro a janeiro. Os frutos permanecem na árvore até fevereiro e março.[5]

Ocorrência[editar | editar código-fonte]

  • Ocorrências confirmadas no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.[4] Há, porém, relatos de sua ocorrência desde Minas Gerais.[5]
  • Domínios fitogeográficos: Mata Atlântica, Pampa.[4]
  • Tipo de vegetação: Área Antrópica, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista.

Cultivo[editar | editar código-fonte]

  • Tipo de plantio: semeadura.
  • Obtenção de sementes: os frutos maduros devem ser colhidos diretamente da árvore e separados manualmente dos pedúnculos. Devem secar ao sol e ter o pericarpo retirado manualmente. Os frutos também podem ser semeados diretamente sem a separação das sementes. Para cada quilo, há cerca de 29.200 sementes.[5]
  • Armazenamento: as sementes se mantém viáveis por até um ano, se armazenadas em local seco.[5]
  • Produção de mudas: não há necessidade de tratamento prévio para a realização da semeadura. As sementes devem ser semeadas em canteiro semi-sombreado com substrato de solo arenoso. Devem ser cobertas apenas levemente com terra peneirada.[5] Para o plantio é desejável uma descompactação do solo o que ajuda no desenvolvimento das raízes. Enquanto recém plantada é necessária rega constante.[6] A germinação acontece entre 30 e 40 dias. O plantio definitivo pode ser iniciado quando as mudas atingirem 25-40 cm.
  • Taxa de germinação: 50%[5]

Aprecia locais de sol pleno, mas também tolera sombra parcial de árvores de porte maior. O solo não necessita de grandes intervenções, por ser nativa já está em seu ambiente natural. Adicione matéria orgânica no solo. A aroeira não tolera solos encharcados.[6]

Usos[editar | editar código-fonte]

A madeira, dura e pouco elástica, é utilizada para a confecção de mourões, esteios e trabalhos de torno. A casca é utilizada para curtir couro e o córtex produz uma resina impregnada de terebintina. Também é utilizada como árvore ornamental, empregada amplamente na arborização de ruas e no paisagismo em geral. Pode ser empregada em reflorestamentos heterogêneos com fins ecológicos. Sua flores são melíferas.[5]

Referências

  1. Germplasm Resources Information Network (GRIN), Taxon: Schinus molle L., United States Department of Agriculture, Agricultural Research Service, Beltsville Area 
  2. a b Kinupp, Valdely Ferreira (2007). «Plantas alimentícias não-convencionais da região metropolitana de Porto Alegre, RS» 
  3. Psila da pimenteira-bastarda (Shinnus molle)
  4. a b c d Silva-Luz, C.L. «Anacardiaceae in Flora e Funga do Brasil». Flora e Funga do Brasil. Consultado em 29 de junho de 2022 
  5. a b c d e f g h i j k Lorenzi, Harri (1992). Árvores brasileiras. Nova Odessa, SP: Plantarum. p. 7. ISBN 978-8586714504 
  6. a b «Aroeira-mole | Como plantar?». Projeto Jardinando. 26 de maio de 2020. Consultado em 1 de junho de 2020 


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