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Ponte sobre o Passo Geral do Jacuí

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A Ponte do Passo Geral do Jacuí ou Ponte do Império (Restinga Sêca) é uma ponte em ruínas que existe na localidade de Passo do Jacuí, às margens do rio Jacuí, na divisa entre os municípios de Restinga Sêca e Cachoeira do Sul, no estado do Rio Grande do Sul.

Ao término da Revolução Farroupilha, o então Barão de Caxias, na condição de Presidente da Província deu início ou encaminhou várias obras públicas de infraestrutura destinadas à modernização, integração e defesa da região. O projeto inicial da ponte pertenceu ao mercenário alemão Johan Martin Boff (1800-1860), que já fora responsável pela ereção da Escola Preparatória e Tática do Exército em Rio Pardo. Contudo, o projeto viria a sofrer interferências futuras. [1] Em 1848, foi contratado o empreiteiro Ferminiano Pereira Soares, que fora responsável pela construção da Ponte dos Arcos, na capital da Província - conservada atualmente em Porto Alegre sob a denominação de Ponte dos Açorianos. A construção iniciou-se em janeiro de 1849, mas a ponte somente foi aberta ao trânsito em novembro de 1871, uma vez que, a cada dois anos, a administração da Província era substituída, a obra parava, recomeçava e, com isso, arrastou-se durante 24 anos. Em 1876, a administração da ponte e a cobrança de pedágio foram entregues ao município de Cachoeira do Sul.[2] Durante a Revolução Federalista, que se estendeu entre os anos de 1893 e 1895, um dos grupos em conflito ateou fogo na ponte, atingindo um dos vãos próximo às margens [3]; a passarela deteriorou-se e restaram, na atualidade, apenas os pilares, que resistem por mais de 100 anos.

Ponto turístico

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O local costuma atrair turistas que o visitam, preferentemente, durante o verão. Nas imediações está situada uma prainha que era usada pelos funcionários da antiga Rede Ferroviária Federal S.A; assim como há uma balsa que faz a travessia de pessoas e veículos entre a localidade de Jacuí, em Restinga Sêca[4] e Pertile, em Cachoeira do Sul [5] Do ponto de vista histórico, o Passo do Jacuí é também objeto de relevância e atrai estudiosos porque ali estariam se encontrado, durante as Guerras Guaraníticas, as tropas leais ao governo, comandadas por Gomes Freire, e os índios guaranis, incluindo o chefe Sepé Tiaraju.[6]

Referências

  1. MOREIRA, Bento Claudio. Duque de Caxias e a Ponte Geral do Passo do Jacuí. [1], AHIMTB, 22 de janeiro de 2019.
  2. RITZEL, Mirian. A Ponte do Passo Geral do Jacuí. [2] Arquivo Histórico de Cachoeira do Sul, 22 de janeiro de 2019.
  3. MARQUES, Alvarino. A malfadada obra. Porto Alegre: Martins Livreiro, s/d.
  4. OLIVEIRA, Lacy Cabral. Evolução histórica, política e administrativa do Município de Restinga Sêca. Restinga Sêca: edição própria, 1983.
  5. SCHUH, Angela S. e CARLOS, Ione M. SanMartin. Cachoeira do Sul em busca de sua história. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1991.
  6. CARRION, Luiz Prates. Notas para a História de Restinga Sêca - Rio Grande do Sul. [3], 22 de janeiro de 2019.