Porcelana Monte Sião

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Porcelana Monte Sião
Porcelana Monte Sião
Fundação 1959
Sede Monte Sião, Minas Gerais, Brasil
Produtos Porcelana

Porcelana Monte Sião é uma empresa especializada na produção de porcelana azul e branca. Foi fundada em 1959 na cidade de Monte Sião, em Minas Gerais, tendo foco na produção artesanal de uma linha de produtos feitos de porcelana e compostas por peças domésticas como xícaras, pires, travessas, canecas e copos.[1][2]

História[editar | editar código-fonte]

Inicialmente, a produção da Porcelana Monte Sião restringia-se a bibelôs, mas foi a partir da criação uma réplica de um jarro azul e branco trazido de Portugal por um cliente, que a empresa começou a produzir versões similares baseadas naquela porcelana portuguesa[3]. A partir de então, os artesãos começaram a pintar as hoje características flores azuis da Monte Sião em diversas linhas de produtos. Inicialmente, as peças eram vendidas em pequenos eventos e feiras nas cidades vizinhas. Com o aumento do número de turistas na cidade, uma loja própria foi inaugurada no mesmo local onde se localizava a fábrica, visando vender seus produtos e atrair os visitantes para conhecer o seu processo de produção totalmente artesanal.[1][2]

Tudo é feito manualmente – desde o enchimento dos moldes com a massa líquida à base de argila, a retirada da peça seca de dentro dos moldes e o corte das sobras de massa, a aplicação da pintura com pincel sobre a peça crua, até finalizar com o banho de esmalte vitrificante.[4][5] A peça é então cozida a 1300 °C por aproximadamente 48 h em forno a lenha. Outras 48 h são necessárias para que o forno esfrie possibilitando a retirada das peças.[4][6] No passado, a Monte Sião também decorava com a técnica do esponjado[7] que aplica os pigmentos com o auxílio de uma esponja. A fábrica possui apenas um forno[8] e produz cerca de 35 mil peças por mês (2010).[9] O forno é utilizado em média duas vezes por mês.[6]

Referências

  1. a b «Porcelana Monte Sião, a única azul e branca da América Latina.». Turismo em Monte Sião. 5 de julho de 2016. Consultado em 28 de março de 2021 
  2. a b «Porcelana Monte Sião». Artesan. Consultado em 28 de março de 2021 
  3. Museu Nacional de Machado de Castro, Coimbra, Portugal (1 de abril de 2021). «A coleção de cerâmica». Consultado em 1 de abril de 2021 
  4. a b Porcelana Monte Sião. «Porcelana Monte Sião». Consultado em 1 de abril de 2021 
  5. Abreu e Souza, Rafael (2010). Louça branca para a Paulicéia: Arqueologia Histórica da Fábrica de Louças Santa Catharina / IRFM - São Paulo e a produção da faiança fina nacional (1913 - 1937). São Paulo: banco de teses da Universidade de São Paulo. p. 196. 479 páginas 
  6. a b Abreu e Souza, Rafael (2010). Louça branca para a Paulicéia: Arqueologia Histórica da Fábrica de Louças Santa Catharina / IRFM - São Paulo e a produção da faiança fina nacional (1913 - 1937). São Paulo: banco de teses da Universidade de São Paulo. p. 161, 217. 479 páginas 
  7. Abreu e Souza, Rafael (2010). Louça branca para a Paulicéia: Arqueologia Histórica da Fábrica de Louças Santa Catharina / IRFM - São Paulo e a produção da faiança fina nacional (1913 - 1937). São Paulo: banco de teses da Universidade de São Paulo. p. 76. 479 páginas 
  8. Souza, Rafael Abreu (30 de setembro de 2013). «NÃO SOMOS ESTRANGEIRAS! PELAS LOUÇAS BRASILEIRAS». Cadernos do LEPAARQ (UFPEL) (20): 159–182. ISSN 2316-8412. doi:10.15210/lepaarq.v10i20.2330. Consultado em 1 de abril de 2021 
  9. Abreu e Souza, Rafael (2010). Louça branca para a Paulicéia: Arqueologia Histórica da Fábrica de Louças Santa Catharina / IRFM - São Paulo e a produção da faiança fina nacional (1913 - 1937). São Paulo: banco de teses da Universidade de São Paulo. p. 56. 479 páginas 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]