Portugueses na Ásia: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
texto trocado por 'OS PORTUGUES DESCOBRIRAM A ALEMANHA PORTUGAL E AFEGANISTÃO SEUS COLONIZADORES FORAM : ASH KETCHUM PIKACHU ICHIGO E JOSEFINO GRANDES COLONIZADORES, COBRAVAM IMPOSTOS DE ATÉ...'
Etiqueta: Remoção considerável de conteúdo
Linha 1: Linha 1:
OS PORTUGUES DESCOBRIRAM A ALEMANHA PORTUGAL E AFEGANISTÃO
A presença pioneira dos '''portugueses na Ásia''' foi responsável por muitos dos que seriam os primeiros contactos entre europeus com os países no [[Oriente]]. O ponto de partida foi o primeiro contacto a 20 de Maio de [[1498]] após a [[Descoberta do caminho marítimo para a Índia|viagem]] comandada por [[Vasco da Gama]] até [[Calecute]].<ref>Scammell, G.V. (1997). The First Imperial Age, European Overseas Expansion c.1400-1715. Routledge. ISBN 0415090857.</ref> O objectivo de Portugal no [[Oceano Índico]] foi o de assegurar o monopólio do comércio de [[especiarias]], estabelecendo várias fortalezas e [[Feitorias portuguesas|feitorias comerciais]].


SEUS COLONIZADORES FORAM : ASH KETCHUM PIKACHU ICHIGO E JOSEFINO
== Antecedentes ==
A [[Ásia]] sempre exerceu um fascínio sobre os portugueses. Daí vinham as tão valorizadas especiarias, produtos luxuosos como o [[marfim]], as [[pedras preciosas]] e os produtos corantes usados na indústria tintureira. A imprecisão dos conhecimentos geográficos antes [[Descobrimentos]] fazia crer que a Ásia tinha início no [[Rio Nilo]] e não no [[Mar Vermelho]], o que permitia a inclusão da [[Etiópia]] no continente asiático e a extensão da palavra Índia, que passava a incorporar estas e outras regiões da [[África Oriental]]. Aqui, segundo uma velha lenda, viveria um imperador cristão, abastado e poderoso, conhecido como [[Preste João]].


GRANDES COLONIZADORES, COBRAVAM IMPOSTOS DE ATÉ 1 MILHAO DE LIBRAS
A designação de Preste João parece derivar de zan hoy (meu senhor), um termo etíope usado para designar a forma como esta população se dirigia ao seu rei. No século XV, o Preste João foi identificado com o rei da Etiópia; após alguns contactos estabelecidos entre as duas partes, para os portugueses restava agora saber como chegar à Etiópia, apesar de serem escassas as informações sobre o seu império. Estes conhecimentos eram transmitidos por viajantes, geógrafos, peregrinos, comerciantes e políticos que regressavam a casa após longas viagens.
E ESCRAVIZAVAM TODOS OS MORADORES

== Cronologia de expedições e contactos ==
[[Ficheiro:Asia oceania anonymous c1550.jpg|thumb|350px|Mapa da Ásia e oceania c.1550]]
=== Índia e Ceilão ===
* 1497-1499: [[Vasco da Gama]], acompanhado por [[Nicolau Coelho]] e [[Bartolomeu Dias]], foi o primeiro europeu a chegar à [[Índia]] navegando do Atlântico para o Índico, por uma [[Descoberta do caminho marítimo para a Índia|rota exclusivamente marítima]].
* 1500-1501: Após o [[descobrimento do Brasil]], [[Pedro Álvares Cabral]] com metade da frota original de 13 navios e 1.500 homens realiza a segunda viagem portuguesa À Índia. As naus eram comandadas por Cabral, [[Bartolomeu Dias]], [[Nicolau Coelho]], [[Sancho de Tovar]], [[Simão de Miranda]], [[Aires Gomes da Silva]], [[Vasco de Ataíde]], [[Diogo Dias]], [[Simão de Pina]], [[Luís Pires]], [[Pêro de Ataíde]] e [[Nuno Leitão da Cunha]]. Não se sabe qual dos comandantes [[Gaspar de Lemos]] ou [[André Gonçalves]] comandava o navio que retornou a Portugal com a notícia da descoberta. Luís Pires retornou a Portugal por Cabo Verde. Os navios de Vasco de Ataíde, Bartolomeu Dias, Simão de Pina e Aires Gomes perderam-se perto do [[Cabo da Boa Esperança]]. O Navio comandado por Diogo Dias separou-se e descobriu Madagáscar, seguiu depois pelo Mar Vermelho, no que foi o primeiro a atingir por mar. Nuno Leitão da Cunha, Nicolau Coelho, Sancho de Tovar, Simão de Miranda, Pero de Ataíde completaram a viagem à Índia. Entre outros passageiros seguiam: [[Pero Vaz de Caminha|Pêro Vaz de Caminha]] e o franciscano [[Frei Henrique de Coimbra]].
* 1501-?: [[João da Nova]] comanda a terceira expedição portuguesa à Índia. No caminho descobre a [[Ilha de Ascensão]] (1501) e [[Ilha de Santa Helena]] (1502), no Atlântico.
* 1502-1503: Segunda viagem de Vasco de Gama à Índia.
* 1503-1504: [[Afonso de Albuquerque]] estabelece o primeiro forte português em [[Cochim]], Índia.
* 1505: [[Francisco de Almeida]] é nomeado o primeiro [[Vice-rei]] da Índia portuguesa ([[Estado Português da Índia]]). Parte de Lisboa com uma armada de 22 navios, incluindo 14 [[carraca]]s e 6 caravelas transportando uma tripulação de 1000 e 1500 soldados. O seu filho, [[Lourenço de Almeida]], explora a costa sul e atinge [[Ceilão]], actual ilha do [[Sri Lanka]].

=== Médio Oriente ===
* 1485: [[Duarte Barbosa]] (f. 1521) foi reputadamente o primeiro português a visitar o [[Bahrain]], então parte do estado Jabrid com centro em Al-Hasa. A sua obra "Livro de Duarte Barbosa" publicado em 1518 relata os territórios costeiros do Oceano Índico.
* 1507-1510: [[Afonso de Albuquerque]] captura o reino de [[Ormuz]] no Golfo Pérsico. É então nomeado segundo Vice-rei da Índia em 1508. Em 1510 captura [[Goa]], que rapidamente se tornaria o mais próspero assentamento português na Índia.

=== Sudeste Asiático ===
* 1511: Afonso de Albuquerque conquista [[Malaca]], após aí ter estado [[Diogo Lopes de Sequeira]] em 1509. Malaca torna-se uma base estratégica para a expansão portuguesa no [[Sueste asiático]].
** Ainda durante a conquista, dada a sua influência na península de Malaca, envia [[Duarte Fernandes]] à corte de Rama T'ibodi II do [[Reino do Sião]].<ref name="Donald Frederick Lach p.520-521">Donald Frederick Lach, Edwin J. Van Kley, "Asia in the making of Europe", p.520-521, University of Chicago Press, 1994, ISBN 9780226467313</ref>
** Em Novembro desse ano, após assegurar Malaca e ficando a saber a localização das chamadas "ilhas das especiarias", as [[ilhas Banda]], nas [[Molucas]], enviou uma expedição de três navios comandados pelo seu amigo de confiança [[António de Abreu]], com [[Francisco Serrão]] e Afonso Bisagudo, para as encontrar.

* 1512: Pilotos malaios guiaram Abreu e os portugueses via [[Java]], as [[Pequenas Ilhas de Sunda]] e da [[Amboina|ilha de Ambão]] até Banda, onde chegaram no início de [[1512]].<ref>Hannard (1991), page 7; {{cite book | last =Milton | first =Giles | authorlink =Giles Milton | coauthors = | title =Nathaniel's Nutmeg | publisher =Sceptre | year =1999 | location =London | pages =5 and 7 | isbn = 978-0-340-69676-7 }}</ref> Aí permaneceram, como primeiros europeus a chegar às ilhas, durante cerca de um mês, comprando e enchendo os seus navios com noz moscada e cravinho.<ref name="HANNARDp7">Hannard (1991), page 7</ref> Abreu partiu então velejando por Ambão enquanto o seu vice-comandante [[Francisco Serrão]] se adiantou para as ilhas Molucas mas naufragou terminando em [[Ternate]]. Ocupados com hostilidades noutros pontos do arquipélago, como Ambão e Ternate, só regressariam em [[1529]]. Serrão estabelece um forte na ilha de [[Ternate (Indonésia)]].
* [[1518]]: O Rei D. Manuel I enviou ao [[Reino do Sião]] uma embaixada com ofertas e a proposta de formalização de um tratado de aliança comercial, política e militar, que incluia a possibilidade dos siameses comerciarem em Malaca.<ref name="Donald Frederick Lach p.520-521"/>
* [[1522]]: É assinado o [[Tratado de Sunda Kalapa]] em [[21 de Agosto]] entre o [[Reino de Sunda]] e [[Portugal]], com vista a uma aliança militar e construção de um forte, que não seria realizado, assinalado com um padrão de pedra, conhecido como o [[Padrão Luso Sundanês]].
* [[1522]]: Após a viagem de [[circum-navegação]] de [[Fernão de Magalhães]], em [[1519]], Espanha exige rever a demarcação Este do [[Tratado de Tordesilhas]]. Esse limite seria imposto sobre as ilhas Molucas, usadas como referência. Portugal e Espanha enviam várias expedições de reconhecimento para defender os seus respectivos interesses.
* [[1525]]: [[Gomes de Sequeira]] e [[Diogo da Rocha]] são enviados pelo governador [[Jorge de Meneses]], à descoberta de territórios a norte das [[Molucas]], foram os primeiros europeus a chegar às [[Ilhas Carolinas]], a nordeste da Nova Guiné, que então nomearam "Ilhas de Sequeira".<ref>Antonio Galvano, Richard Hakluyt, C R Drinkwater Bethune, "The discoveries of the world: from their original unto the year of our Lord 1555", The Hakluyt Society, 1862, a partir da tradução inglesa de 1601 da edição portuguesa em Lisboa, 1563</ref>
* 1586: [[António da Madalena]], um [[frade]] [[Capuchinho]] português, foi um dos primeiros visitantes ocidentais a chegar a [[Angkor]], no actual [[Camboja]]).<ref>Bernard Philippe Groslier, "Angkor and Cambodia in the sixteenth century: according to Portuguese and Spanish sources", p.23, Orchid Press, 2006, ISBN 9745240532</ref> Aí participou num esforço de reconstrução da cidade, mas o projeto não teve êxito.

=== China e Japão ===
* 1513: [[Jorge Álvares]] é o primeiro europeu a aportar à China, na [[Ilha de Lintin]], no estuário do [[Rio das Pérolas]].
* 1517: O mercador português [[Fernão Pires de Andrade]] estabelece o primeiro contacto comercial moderno com os chineses no estuário do [[Rio das Pérolas]] e depois em [[Cantão]] (Guangzhou).
* 1524: Terceira viagem de [[Vasco da Gama]] à Índia.
* 1542: Após uma viagem através de Sumatra, na Malásia, ao [[Reino do Sião]] (Tailândia), China, possivelmente na Coreia e [[Cochinchina]] (Vietname), [[Fernão Mendes Pinto]] é um dos primeiros europeus a chegar ao Japão.
* 1542: [[António da Mota]] é arrastado por uma tempestade à ilha de Nison, chamada pelos chineses Jepwen (Japão).
* 1549: No regresso da sua segunda viagem ao Japão, [[Fernão Mendes Pinto]] traz consigo um fugitivo japonês conhecido como [[Angiró]] e apresenta-o ao jesuíta [[Francisco Xavier]].
* 1557: Estabelecimento oficial do entreposto comercial de [[Macau]], junto à foz do [[rio das Pérolas]], a sul de Cantão.
* 1602: Em Setembro, [[Bento de Góis]] partiu de Goa com um grupo restrito, em busca do lendário Grão-Cataio, reino onde se afirmava existirem comunidades [[cristianismo|cristãs]] [[nestorianismo|nestorianas]]. A viagem cobriu mais de 6 mil [[quilómetro]]s) em três anos). Em inícios de [[1606]] Bento de Góis chegou a [[Sochaw]] ([[Suzhou]], agora denominada Jiuquan, junto da [[Muralha da China]], uma cidade próxima de [[Dunhuang]] na província de [[Gansu]]). Góis provou assim que o reino de [[Catai]] e o reino da [[China]] eram afinal o mesmo, tal como a cidade de Khambalaik, de [[Marco Polo]], era efectivamente a cidade de [[Pequim]].
* 1610: Chegou à China o Padre [[Manuel Dias]] (Yang Ma-No),[[missionário]] [[jesuitas|jesuíta]], que chegaria a [[Pequim]] em 1613. Apenas três anos após [[Galileu]] ter divulgado o primeiro [[telescópio]], Manuel Dias divulgou os seus princípios e funcionamento pela primeira vez na China. Em [[1615]] foi autor da obra ''Tian Wen Lüe'' (''Explicatio Sphaerae Coelestis''), que apresenta os mais avançados conhecimentos [[astronomia|astronómicos]] europeus da época na forma de perguntas e respostas às questões postas pelos chineses.
* 1672: chegou a Macau [[Tomás Pereira]], que viveu na China até à sua morte em 1708. Foi apresentado ao [[imperador Kangxi]] pelo colega jesuíta [[Ferdinand Verbiest]]. Astrónomo, geógrafo e principalmente músico, foi autor de um tratado sobre a música europeia traduzido para Chinês, responsável pela criação dos nomes chineses para os termos técnicos musicais do Ocidente, muitos dos quais usados ainda hoje.

== Património ==
* [[Igrejas e Conventos de Goa]]
* [[Centro Histórico de Macau]]
* [[Fortaleza de Diu]]
* [[Forte de Nossa Senhora da Conceição de Ormuz]]

== Literatura ==
[[Ficheiro:Peregrinaçaum 00 rosto-5v.djvu|right|thumb|folha de rosto da "Peregrinação" de Fernão Mendes Pinto]]
* '''''Suma Oriental''''', Tomé Pires, 1515
A ''"[[Suma Oriental]]"'' a primeira descrição europeia da [[Malásia]] e a mais antiga e extensa descrição portuguesa do Oriente. [[Tomé Pires]] foi um destacado boticário português que viveu no [[Oriente]] no [[Século XVI]] e foi o primeiro embaixador português enviado à [[China]]. A ''Suma Oriental'' descreve as plantas, drogas medicinais do Oriente e além de aspectos medicinais descreve também exaustivamente todos os portos de comércio, de interesse potencial para os portugueses recém-chegados [[Oceano Índico]], elegendo como objectivo principal as informações de carácter comercial, nomeadamente todos os produtos comerciados em cada reino e em cada porto, assim como as respectivas origens e os mercadores que os traficam. estudo que antecede o de [[Garcia da Orta]], obra que foi descoberta na [[década de 1940]], pelo historiador [[Armando Cortesão]].

* '''''Livro de Duarte Barbosa''''', Duarte Barbosa, 1518
[[Duarte Barbosa]] foi oficial do [[Estado Português da Índia]] entre 1500 e 1516-17 com o cargo de [[escrivão]] em [[Cananor]] e, por vezes, [[intérprete]] da língua local ([[Língua malaiala|malaiala]]). O seu ''"Livro de Duarte Barbosa"'' descrevendo os locais que visitou é um dos mais antigos exemplos de [[literatura de viagem]] portuguesa logo após a chegada ao oceano Índico. Em 1519 Duarte Barbosa partiu na primeira viagem de [[circum-navegação]] com [[Fernão de Magalhães]], de quem era cunhado, morrendo em Maio de 1521 no banquete cilada do rei Humabon, em [[Cebu (ilha)]], nas [[Filipinas]].<ref>Uma teoria sugere que existiram dois Duartes Barbosa, com base nos relato posterior de [[João de Barros]] em "Décadas da Ásia", onde surge um escrivão Duarte Barbosa em 1529 em Cananor. A mair parte dos documentos corroboram contudo que o autor do ''Livro de Duarte Barbosa'' e o participante na expedição de Fernão de Magalhães foram a mesma pessoa, veja-se a introdução em "Duarte Barbosa, Mansel Longworth Dames, "The book of Duarte Barbosa: an account of the countries bordering on the Indian Ocean and their inhabitants", Asian Educational Services, 1989, ISBN 8120604512</ref>

* '''''Chronica dos reis de Bisnaga''''', Domingos Pais e Fernão Nunes, 1520 e 1535
[[Domingos Pais]] e [[Fernão Nunes]] fizeram importantes relatos sobre o Império [[Bisnaga|Império Vijayanagara, ou "Reino de Bisnaga"]] (como era referido pelos portugueses) situado no [[Decão]], no sul da Índia, durante os reinados de Bukka Raya II e Deva Raya I. A sua descrição de [[Hampi]], a capital imperial [[hindu]], é a mais detalhada de todas as narrativas históricas sobre esta antiga cidade.<ref name="Hampi">{{Citar web |url=http://hampionline.com/history/domingo.php |título=Hampi on line, visitado a 15 de junho de 2009. |língua = |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref><ref>*Robert Sewell, [[Fernão Nunes]], [[Domingos Paes]], "A forgotten empire: Vijayanagar; a contribution to the history of India" (Inclui uma tradução da "Chronica dos reis de Bisnaga," de Domingos Paes e [[Fernão Nunes]] cerca de 1520 e 1535 respectivamente), Adamant Media Corporation, 1982, ISBN 0543925889</ref>

*'''''História do descobrimento e conquista da Índia pelos portugueses''''', Fernão Lopes de Castanheda, 1551
Foi em Coimbra que se estamparam oito dos dez livros que [[Fernão Lopes de Castanheda]] tinha programado para a História do Descobrimento e Conquista da Índia pelos Portugueses, que ele desejou que fosse a primeira a celebrar historiograficamente o esforço português. O primeiro volume saiu em 1551. Os volumes II e III apareceram em 1552, o IV e o V em 1553, o VI em 1554 e o VIII em 1561. O VII foi publicado sem lugar nem data. Depois da publicação do oitavo volume, a rainha D. Catarina, cedendo à pressão de alguns nobres a quem não agradava a objectividade de Castanheda, proibiu a impressão dos restantes volumes, o IX e o X. A sua obra, válida ainda pelas vastas informações geográficas e etnográficas, foi amplamente traduzida e lida na Europa de então.<ref>[http://books.google.com.br/books?id=kcMNAAAAYAAJ&hl=pt-PT História do descobrimento e conquista da Índia pelos portugueses] (Texto integral consultado em 19-04-2008).</ref>

* '''''Décadas da Ásia''''', João de Barros, 1552
Escrito por [[João de Barros]], seguindo uma proposta de [[Manuel I de Portugal|Dom Manuel I]]) de uma história que narrasse os feitos dos portugueses na [[Índia]] e assim chamadas por, à semelhança da história [[Tito Lívio|liviana]], agruparem os acontecimentos por livro em períodos de dez anos. A primeira década saiu em [[1552]], a segunda em [[1553]] e a terceira foi impressa em [[1563]]. A quarta década, inacabada, foi completada por [[João Baptista Lavanha]] e publicada em [[Madrid]] em [[1615]], muito depois da sua morte. As "Décadas" conheceram pouco interesse durante a sua vida. É conhecida apenas uma tradução [[Língua italiana|italiana]] em [[Veneza]], em [[1563]]. [[João III de Portugal|Dom João III]], entusiasmado com o seu conteúdo, pediu-lhe que redigisse uma crónica relativa aos acontecimentos do reinado de Dom Manuel - o que ''João de Barros'' não pode realizar, tendo a crónica em causa sido redigida por [[Damião de Góis]]. Enquanto historiador e linguista, as suas "Décadas" são um precioso manancial de informações sobre a história dos portugueses na [[Ásia]] e o início da historiografia moderna em Portugal e no Mundo.

* '''''Colóquio dos simples e drogas e coisas medicinais da Índia''''', Garcia da Orta, 1563
Escrito em português na forma de diálogo entre [[Garcia da Orta]] e Ruano, um colega recém-chegado a Goa e ansioso por conhecer a matéria médica da Índia. Os Colóquios incluem 57 capítulos onde se estuda um número aproximadamente igual de drogas orientais, como o [[aloé]]s, o [[benjoim]], a [[cânfora]], a [[canafístula]], o [[ópio]], o [[ruibarbo]], os [[tamarindo]]s e muitas outras. Orta apresenta a primeira descrição rigorosa feita por um europeu das características botânicas, origem e propriedades terapêuticas de muitas [[plantas medicinais]] que, apesar de conhecidas anteriormente na [[Europa]], o eram de maneira errada ou muito incompleta e apenas na forma da droga, ou seja, na forma de parte da planta colhida e seca.

* '''''Tratado das cousas da China''''', Gaspar da Cruz, 1569
O ''"Tratado das cousas da China"'', publicado em 1569, por Frei [[Gaspar da Cruz ]] foi a primeira obra completa sobre a China e a [[Dinastia Ming]] desde Marco Pólo publicada na Europa, que incluia informações sobre a geografia, províncias, realeza, funcionários, burocracia, transportes, arquitetura, agricultura, artesanato, assuntos comerciais, de vestuário, costumes religiosos e sociais, música e instrumentos, escrita, educação e justiça.<ref name="dictionary of ming biography">The Ming Biographical History Project of the Association for Asian Studies (1976), 410-411.</ref> influenciando a imagem que os europeus
tinham da China.

* '''''Os Lusíadas''''', Luís Vaz de Camões, 1572
''[[Os Lusíadas]]'' de [[Luís Vaz de Camões]] (c. 1524 — 1580) é considerada a [[Poesia épica|epopeia]] portuguesa por excelência. Provavelmente concluída em [[1556]], foi publicada pela primeira vez em [[1572]], três anos após o regresso do autor do [[Oriente]]. De Goa a Portugal, em 1568 Camões fez escala na ilha de Moçambique, onde [[Diogo do Couto]] o encontrou, como relata na sua obra, "tão pobre que vivia de amigos" (Década 8.ª da Ásia). Diogo do Couto pagou-lhe o resto da viagem até Lisboa, onde Camões aportou em 1570.

* '''''Nippo Jisho (日葡辞書)''''','' Vocabvlário da Lingoa de Iapam'', João Rodrigues, 1603
''[[Nippo Jisho]]'', ou ''Vocabvlário da Lingoa de Iapam'' foi o primeiro [[dicionário]] [[Língua japonesa|japonês]]-[[Língua portuguesa|português]] realizado e o primeiro a traduzir o japonês para uma língua ocidental. Foi publicado em [[Nagasaki]] ([[Japão]]) em [[1603]]. Explica 32.000 palavras em japonês traduzidas para português. A [[Companhia de Jesus]], com a colaboração de japoneses, compilou este dicionário ao longo de vários anos. Este pretendia servir de ajuda aos [[missionário]]s para o estudo do idioma. Pensa-se que o [[sacerdote]] português [[João Rodrigues (missionário)|João Rodrigues]] foi o organizador principal do projecto.

* '''''Peregrinação''''', Fernão Mendes Pinto, 1614
A ''"[[Peregrinação (livro)|Peregrinação]]"'' de [[Fernão Mendes Pinto]] é o livro português de [[literatura de viagem]] mais traduzido e famoso. Foi publicado em [[1614]], trinta anos após a morte do autor. O que mais chama a atenção é o conteúdo exótico. O autor é perito na descrição da geografia da [[Índia]], [[China]] e [[Japão]], leis, costumes, moral, festas, comércio, justiça, guerras, funerais, etc. Notável é também a previsão da derrocada do [[Império Português]]. É um relato tão fantástico do que viveu, que durante muito tempo não se acreditou na sua veracidade; de tal modo que até se fazia um jogo com o seu nome: ''Fernão, mentes? Minto!''

* '''''Tian Wen Lüe'' ou''Explicatio Sphaerae Coelestis'', Manuel Dias, 1615
[[Manuel Dias]] (Yang Ma-No)(1574-1659) foi um missionário jesuita português que se destacou na China, nomeadamente na astronomia. Nesta obra que apresenta os mais avançados conhecimentos [[astronomia|astronómicos]] europeus da época na forma de perguntas e respostas às questões postas pelos chineses.

{{Ref-section}}

== {{Ver também}} ==
* [[Descobrimentos portugueses]]
* [[Cronologia da colonização da Ásia e Oceania]]
* [[História da colonização da Ásia e da Oceania]]
* [[Fascínio pelo Oriente]]
* [[Portugueses na Indonésia]]
* [[Macaense]]
* [[Patuá macaense]]
* [[Papiá kristáng]]
* [[Língua da casa]]
* [[Língua dos velhos]]
* [[Crioulo de Korlai]]
* [[Crioulo do Sri Lanka]]
* [[Goeses católicos]]

== {{Bibliografia}} ==
* {{Link|pt|2=http://purl.pt/711/1/index.html |3=Guia da Exposição Os portugueses e o Oriente, [[Biblioteca Nacional de Portugal]]}}
* Ricklefs, M.C. (1993). A History of Modern Indonesia Since c.1300, 2nd Edition. London: MacMillan. pp. p.&nbsp;25. ISBN 0-333-57689-6
* Milton, Giles (1999). Nathaniel's Nutmeg. London: Sceptre. pp.&nbsp;5 and 7. ISBN 978-0-340-69676-7
* Vera Lucia Bottrel Tostes, Bravos homens de outrora, Camoes - Revista de Latras e Culturas Lusofonas, no. 8, January - March 2000

{{Seminterwiki|data=setembro de 2009}}

{{DEFAULTSORT:Portugueses Na Asia}}
[[Categoria:Portugueses na Ásia| ]]

Revisão das 22h42min de 20 de abril de 2013

OS PORTUGUES DESCOBRIRAM A ALEMANHA PORTUGAL E AFEGANISTÃO

SEUS COLONIZADORES FORAM : ASH KETCHUM PIKACHU ICHIGO E JOSEFINO

GRANDES COLONIZADORES, COBRAVAM IMPOSTOS DE ATÉ 1 MILHAO DE LIBRAS E ESCRAVIZAVAM TODOS OS MORADORES