Rôle d'armes Bigot

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Rôle d'armes Bigot (Armorial Bigot) é um dos mais antigos armoriais conhecidos.[1][2]

Foi compilado em meados do século XIII por um autor anônimo,[3] e seu original foi perdido, sobrevivendo em uma única cópia do século XVII, inclusa entre os fólios 32 e 39 do Manuscrito FR. 18648 preservado na biblioteca de M. Bigot, em Rouen, de onde vem o apelido da obra. Contém a descrição de brasões pertencentes a 259 cavaleiros que participaram da campanha militar de Carlos de Anjou no Hainaut em 1254.[4][5] A cópia é provavelmente incompleta e corrompida, e a estrutura original do documento tem sido debatida inconclusivamente.[3] O armorial é afamado entre os especialistas e é uma importante fonte para o conhecimento da heráldica medieval. Recebeu edições contemporâneas por Paul Adam-Even (1949) e Robert Nussard (1985), que incluem textos críticos.[6]

Referências

  1. Lillich, Meredith P. The Armor of Light: Stained Glass in Western France, 1250-1325. University of California Press, 1994, p. 387, nota 105
  2. Davies, T. R. "As It Was In The Beginning". In: Coat of Arms, 1979; (109)
  3. a b Hiltmann, Torsten. "Potentialities and Limitations of Medieval Armorials as Historical Source. The Representation of Hierarchy and Princely Rank in Late Medieval Collections of Arms in France and Germany". In: Huthwelker, Thorsten et al. (eds.). Princely Rank in Late Medieval Europe — Trodden Paths and Promising Avenues. Ostfildern, 2011, pp. 157-198
  4. Rôle d'armes Bigot. Conseil Français d'héraldique, 2011
  5. Petrovitch, Nicolas. "La reine de Serbie Hélène d'Anjou et la maison de Chaources". In: Chrissis, Nikolaos G.; Kedar, Benjamin Z.; Phillips, Jonathan (eds.). Crusades, vol. 14. Society for the Study of the Crusades and the Latin East, 2015, p. 177
  6. Vaivre Jean-Bernard de. "Colonel Robert Nussard, Le rôle d'armes Bigot (Documents d'héraldique médiévale, 2". Resenha. In: Bulletin Monumental, 1986; 144 (1):91-92