Mostrar código-fonte de Recep Tayyip Erdoğan

{{Info/Político
|imagem                = Recep Tayyip Erdogan in Ukraine.jpg
|legenda               = Erdoğan em 2023.
|nome                  = Recep Tayyip Erdoğan
|título1               = [[Lista de presidentes da Turquia|12.º]] [[Presidente da Turquia]]
|mandato1              = [[28 de agosto]] de [[2014]]<br/>a ''atualidade''
|vice1                 = [[Cevdet Yılmaz]]<br/>[[Cevdet Yılmaz]]
|vice-título1          = Vice-presidente
|antecessor            = [[Abdullah Gül]]
|título2               = 25.º [[Lista de primeiros-ministros da Turquia|Primeiro-ministro da Turquia]]
|mandato2              = [[14 de março]] de [[2003]]<br/>a [[28 de agosto]] de [[2014]]
|vice_título2          = Presidente
|vice2                 = [[Ahmet Necdet Sezer]]<br/>[[Abdullah Gül]]
|antes2                = [[Abdullah Gül]]
|depois2               = [[Ahmet Davutoğlu]]
|título3               = Líder do [[Partido da Justiça e Desenvolvimento (Turquia)|Partido da Justiça e Desenvolvimento]]
|mandato3              = [[21 de maio]] de 2017<br/>a ''atualidade''
|antes3                = [[Binali Yıldırım]]
|mandato4              = [[14 de agosto]] de [[2001]]<br/>a [[27 de agosto]] de [[2014]]
|antes4                = ''Cargo criado''
|depois4               = [[Ahmet Davutoğlu]]
|título5               = Prefeito de [[Istambul]]
|mandato5              = [[27 de março]] de 1994<br/>a [[6 de novembro]] de 1998
|antes5                = Nurettin Sözen
|depois5               = Ali Müfit Gürtuna
|título6               = Membro da [[Grande Assembleia Nacional da Turquia|Grande Assembleia Nacional]]
|mandato6              = [[9 de março]] de 2003<br/>a 28 de agosto de 2014
|data_nascimento       = {{dni|26|2|1954}}
|local_nascimento      = [[Istambul]], Turquia
|alma_mater            = [[Universidade de Mármara]]
|cônjuge               = Emine Erdoğan {{small|(desde 1978)}}
|partido               = Partido da Salvação Nacional {{small|(-1981)}}<br/>Partido do Bem Estar {{small|(1983-1998)}}<br/>Partido da Virtude {{small|(1998-2001)}}<br/>
[[Partido da Justiça e Desenvolvimento (Turquia)|Partido da Justiça e Desenvolvimento]] {{small|(2001-presente)}}
|religião              = [[Islão]]
|assinatura            = Recep_Tayyip_Erdoğan_signature.png
}}
'''Recep Tayyip Erdoğan''' ([[Istambul]], [[26 de fevereiro]] de [[1954]]) é um [[político]] [[Turcos (nacionalidade)|turco]], atual [[presidente da Turquia]] desde [[28 de agosto]] de [[2014]]. Anteriormente, ocupou o cargo de [[Primeiro-ministro da Turquia|primeiro-ministro do país]] entre [[14 de março]] de [[2003]] e [[2014]], tendo sido também prefeito de Istambul de 1994 a 1998. Erdoğan é o fundador do [[Partido da Justiça e Desenvolvimento (Turquia)|Partido da Justiça e Desenvolvimento]] (em turco ''Adalet ve Kalkınma Partisi'') e liderou-o em três vitórias eleitorais, a saber em 2002, 2007 e 2011, antes de sua vitória nas eleições presidenciais de 2014. Tendo iniciado sua carreira política como um [[Islamismo|islamista]] e [[Conservadorismo|democrata conservador]], seu governo tem sofrido transições graduais ao [[conservadorismo social]] e também ao [[Liberalismo|liberalismo econômico]].<ref>{{Citar web|url=http://www.foxnews.com/world/2014/08/21/turkey-davutoglu-expected-to-be-docile-prime-minister-with-erdogan-calling/|título=Turkey's Davutoglu expected to be a docile Prime Minister with Erdogan calling the shots|publicado=Fox News|data=21-8-2014}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://foreignpolicy.com/2016/06/21/erdoganism-noun-erdogan-turkey-islam-akp/|título=Erdoganism|publicado=[[Foreign Policy]]|data=21-6-2016}}</ref>

Eleito Prefeito de Istambul pelo [[Política da Turquia|Partido do Bem-Estar]] (''Refah Partisi'') em 1994. É desta época a sua frase premonitória{{conteúdo parcial}}: "''A democracia é como um comboio: quando se chega ao nosso destino, saímos''".<ref>{{citar web|url=http://www.huffingtonpost.com/matt-trezza/three-freedoms-erdogan-sc_b_11029016.html|titulo=Three Freedoms Erdogan Scorns but Saved His Regime (As 3 liberdades que Erdogan despreza mas que salvaram o seu regime - em inglês)|data=20-7-2016|publicado=The Huffington Post|ultimo=Trezza|primeiro=Matt}}</ref> Quatro anos depois, foi sentenciado por incitar [[intolerância religiosa]], abandonando o partido e as visões políticas islamistas. Em 2001, fundou seu atual partido e voltou à cena política turca. Pelo AKP, como também é conhecido o partido, foi vencedor nas eleições gerais de 2002, assumindo o cargo de Primeiro-ministro do novo governo encabeçado por [[Abdullah Gül]]. Durante as eleições regionais em [[Siirt]], Erdoğan assumiu o gabinete ministerial da Turquia.<ref>{{Citar web|url=https://books.google.com/books?id=tZLL9cg--u0C&pg=PA2|título=Turkish Politics and the Rise of the AKP: Dilemmas of Institutionalization and Leadership Strategy|autor=Arda Can Kumbaracibasi|data=24-7-2009}}</ref>

Como parte sua "Visão 2023", o governo Erdoğan implementou uma série de negociações culminando no [[Adesão da Turquia à União Europeia|processo de adesão do país à União Europeia]], um plano de recuperação econômica nacional e um turbulento processo de negociações com [[Partido dos Trabalhadores do Curdistão]]. Além disso, o governo também promoveu dois referendos constitucionais, em 2007 e 2010. Na agenda interna, Erdoğan investiu na melhora das estruturas públicas e da infraestrutura nacional, ampliando as redes rodoviária, ferroviária e aeroportuária turca.<ref>{{Citar web|url=http://www.reuters.com/article/2013/02/18/us-turkey-constitution-idUSBRE91H0C220130218|título=Erdogan's ambition weighs on hopes for new Turkish constitution|autor=Nick Tattersall|publicado=[[Reuters]]|data=18-2-2013}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.metrogroup.de/internet/site/ts_turkey/print/234842/Len/index.html|título=Growing consumption|publicado=Metro Group|data=24-11-2011}}</ref> No plano de política externa, o governo turco tem dado ênfase ao [[neo-otomanismo]], envolvendo-se abertamente em questões diplomáticas anteriormente sob domínio do extinto [[Império Otomano]], antecessor do moderno estado turco. Respaldado pelo [[Movimento Gülen]], o presidente turco limitou os poderes políticos dos militares através de dois controversos processos políticos.

==Biografia==
Recep Tayyip Erdoğan ({{IPA2|ɾeˈdʒep tajˈjip ˈæɾdoan}}) supostamente graduou-se em 1981 na faculdade de [[economia]] da [[Universidade de Mármara]], mas muitas fontes referem que é uma fabricação sua e que não possui mais do que estudos secundários. Na vida pública, ele foi eleito prefeito de [[Istambul]] em 1994. Em 1997, foi dispensado do cargo e sentenciado a 10 meses de cadeia. Ele ficou apenas quatro meses na prisão e depois estabeleceu o Partido da Justiça e Desenvolvimento (Partido AK) em 2001. A legenda cresceu rapidamente no cenário político turco. Nas eleições de 2002, seu partido ganhou 34% dos votos e quase dois terços dos assentos no parlamento, dando a eles a oportunidade de formar um governo.<ref>{{citar jornal|url=http://www.belgenet.com/secim/3kasim.html|acessodata=24-10-2011|título=3 Kasım 2002 seçimleri|obra=Belgenet|data=14-3-2003|língua=tr}}</ref>

Como primeiro-ministro, Erdoğan implementou várias reformas. No seu governo, a Turquia avançou nas negociações para entrar na [[União Europeia]]. Na [[Economia da Turquia|economia]], a [[inflação]], que sempre fora algo preocupante no país, ficou sob controle e a [[lira turca]] foi reavaliada. As taxas de juros caíram e a [[renda per capita]] cresceu.<ref>{{citar web|url=http://www.metrogroup.de/internet/site/ts_turkey/print/234842/Len/index.html|título=Growing consumption|data=24-11-2011|obra=Metro Group|acessodata=28-7-2012}}</ref> O seu partido então foi facilmente reeleito e Erdoğan ganhou mais um mandato.<ref>{{citar web|url=http://www.stratejikboyut.com/haber/22-temmuz-secim-sonuclarini-nasil-okumali--28106.html|título=22 Temmuz Seçim Sonuçlarını Nasıl Okumalı?|autor=Adil Çelik|data=23-7-2007|língua=tr|publicado=Stratejik Boyut|acessodata=24-7-2007}}</ref> Em 2011, o AK venceu novamente e ele foi eleito pela terceira vez para primeiro-ministro.

Erdoğan chegou a ser considerado um dos líderes políticos mais influentes da era republicana da Turquia. Durante o seu governo, a economia do país continuou a crescer consideravelmente e a nação se projetou internacionalmente como um líder regional.<ref>{{citar web|url=http://www.reuters.com/article/2013/02/18/us-turkey-constitution-idUSBRE91H0C220130218|título=Erdogan's ambition weighs on hopes for new Turkish constitution|autor=Nick Tattersall|publicado=Stratejik Boyut|acessodata=9-7-2013}}</ref> Seus críticos o acusam de liderança autocrática e de tentar impor leis de orientação islâmica ao país.<ref>[http://noticias.r7.com/internacional/erdogan-se-opoe-a-manisfestantes-e-pede-apoio-de-seguidores-islamitas-11062013 "Erdogan se opõe a manifestantes e pede apoio de seguidores islamitas"]. Página acessada em 28 de junho de 2013.</ref>

Entre maio e julho de 2013, uma [[Protestos na Turquia em 2013|onda de protestos antigoverno]] tomaram as ruas e as forças de segurança do país foram acusadas de violência excessiva na repressão e Erdoğan acabou sendo acusado de [[autoritarismo]] em sua reação as manifestações.<ref>[http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/governo-afirma-que-protestos-na-turquia-reuniram-2-5-milhoes "Governo afirma que protestos na Turquia reuniram 2,5 milhões"]. Página visitada em 28 de junho de 2013.</ref>

Em agosto de 2014, foi eleito [[presidente da Turquia]].<ref>{{citar web|URL=http://www.portugues.rfi.fr/mundo/20140810-o-premie-recep-tayyip-erdogan-e-eleito-presidente-da-turquia|título=Premiê Recep Tayyip Erdogan é eleito presidente da Turquia|publicado=RFI|acessodata=13-8-2014}}</ref> Tomou posse em 28 de agosto de 2014.<ref>{{citar web|URL=http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=726036|título=Novo presidente eleito da Turquia toma hoje posse|autor=diariodigital.pt|data=28-8-2014|acessodata=28-8-2014}}</ref>

== Primeiro-ministro (2003 - 2014) ==
Em 2001, Erdoğan fundou o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP).<ref>{{Citar web|url=http://www.academia.edu/7305673/AKP_s_Conservative_Democracy_as_an_Empty_Signifier_in_Turkish_Politics_Shifts_and_Challenges_after_2002|título=AKP's 'Conservative Democracy' as an Empty Signifier in Turkish Politics: Shifts and Challenges after 2002|autor=Basak Alpan|publicado=Academia}}</ref> O AKP, como também é conhecido, venceu as eleições gerais de 2002, obtendo dois terços dos assentos na Grande Assembleia Nacional.<ref>{{Citar web|url=http://www.economist.com/node/1433284|título=Erdogan triumphs with penty of help from his enemies|publicado=[[The Economist]]|data=7-11-2002}}</ref> No entanto, Erdoğan não poderia assumir a chefia de governo, pois ainda estava inelegível por conta de seu discurso polêmico em [[Siirt]]. [[Abdullah Gül]] assumiu, então, como Primeiro-ministro. Em dezembro de 2002, o Conselho Supremo Eleitoral suspendeu os resultados das eleições por encontrar irregularidades e convocou novas eleições para 9 de fevereiro de 2003. À época, o líder partidário Erdoğan já havia reavido seus direitos políticos através de uma manobra do [[Partido Republicano do Povo]]. O AKP o indicou como candidato às eleições, tendo vencido e assumido o governo após a renúncia de Gül.<ref>{{Citar web|url=http://edition.cnn.com/2003/WORLD/europe/03/11/turkey.elections/|título=Turkish PM quits for Erdogan|publicado=[[CNN]]|data=11-3-2003}}</ref>

=== Questão curda ===
{{AP|Conflito curdo na Turquia (1978–presente)}}
Em 2009, o governo Erdoğan anunciou um plano para finalizar o longevo conflito causado pela rebelião curda, que à altura já havia ceifado mais de 40&nbsp;mil vidas. O plano proposto pelo governo, apoiado pela [[União Europeia]], permitiu que a [[língua curda]] fosse utilizada em todos os setores da mídia e, inclusive, em campanhas políticas. Além disso, o plano previa a restauração dos nomes originais curdos de várias cidades.<ref name="cidades">{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2009/11/14/world/europe/14kurds.html|título=Turkey Plans to Ease Restrictions on Kurds and Help End Decades of Conflict|autor=Arsu, Sebnem|publicado=[[The New York Times]]|data=14-11-2009}}</ref> Na ocasião, Erdoğan afirmou que a questão constituía "um obstáculo ao desenvolvimento, progresso e empoderamento da Turquia".<ref name="cidades"/> O primeiro-ministro também aprovou uma anistia parcial visando reduzir as penas imputadas aos membros do [[Partido dos Trabalhadores do Curdistão]] que se rendessem ao governo.<ref>{{Citar web|url=http://www.infoplease.com/ipa/A0108054.html?pageno=4|título=Attempts to Improve the Government|publicado=Infoplease}}</ref> Em 23 de novembro de 2011, dois anos após a iniciativa do projeto, durante uma reunião televisionada de seu partido em Ancara, o primeiro-ministro desculpou-se publicamente pelo [[Massacre de Dersim]], onde centenas de [[Alevismo|alevitas]] e [[zazas]] foram mortos.<ref>{{Citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/turkey/8910369/Turkey-apologises-for-1930s-killing-of-thousands-of-Kurds.html|título=Turkey apologises for 1930s killing of thousands of Kurds|publicado=[[The Daily Telegraph]]|data=24-11-2011}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2011/11/23/turquia-se-desculpa-por-mortes-de-curdos-nos-anos-1930.jhtm|título=Turquia se desculpa por mortes de curdos nos anos 1930|autor=AFP|publicado=[[UOL]] Notícias]]|data=23-11-2011}}</ref>

=== Genocídio armênio ===
Como Primeiro-ministro, Erdoğan expressou diversas vezes que a Turquia somente consideraria a [[Genocídio armênio|morte de milhões de armênios]] durante a [[Primeira Guerra Mundial]] como um [[genocídio]] após uma profunda investigação levada a cabo por uma comissão de especialistas (arqueólogos, historiadores e cientistas políticos).<ref>{{Citar web|url=http://www.cfr.org/publication/14395/conversation_with_recep_tayyip_erdogan_rush_transcript_federal_news_service.htm|título=A conversation with Recep Tayyip Erdogan|publicado=Council on Foreign Relations|acessodata=2016-5-11|arquivourl=https://archive.is/20120530032729/http://www.cfr.org/publication/14395/conversation_with_recep_tayyip_erdogan_rush_transcript_federal_news_service.htm|arquivodata=2012-5-30|urlmorta=yes}}</ref> Em 2005, Erdoğan e o principal líder de oposição [[Deniz Baykal]] redigiriam uma nota ao [[Presidente da Arménia|presidente armênio]] [[Robert Kocharian]], propondo a criação de uma comissão de estudos entre os dois países.<ref>{{Citar web|url=http://www.turkishembassy.com/ii/O/ErdogantoKocaryan.htm|título=Letter sent by H.E. Recep Tayyip Erdogan|publicado=Embaixada da República da Turquia|data=10-4-2005|acessodata=2016-5-11|wayb=20131005001307|urlmorta=yes}}</ref> O ministro de Relações Exteriores da Arménia, [[Vartan Oskanian]], rejeitou a proposta, classificando-a como "incerta". Oskanian acrescentou em comunicado que a questão não poderia ser avaliada somente a nível histórico, uma vez que "a própria Turquia politizava o impasse".<ref>{{Citar web|url=http://www.turkishweekly.net/news/8050/|título=Yerevan Rejects Turkish PM Erdogan's Dialogue Letter|publicado=The Journal of Turkish Weekly|data=14-4-2005|acessodata=2016-5-11|wayb=20131004232232|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.panarmenian.net/eng/news/19638/|título=Peaceful Co-Existence of Armenia and Turkey Possible|publicado=PanArmenian|data=16-10-2006}}</ref>

Em dezembro de 2008, Erdoğan criticou a campanha movida por intelectuais turcos em reconhecimento do genocídio armênio. O primeiro-ministro afirmou: "Eu não aceito, nem me oponho a esta campanha. Não cometemos um crime, portanto, não nos desculparemos".<ref>{{Citar web|url=http://www.guardian.co.uk/world/2008/dec/18/armenian-genocide-apology-turkish-rebuttal|título=Turkish PM dismisses apology for alleged Armenian genocide|autor=Tait, Robert|publicado=[[The Guardian]]|data=18 de dezembro de 2008}}</ref> Contudo, em novembro de 2009, declarou que "não é possível a um islâmico cometer genocídio".<ref>{{Citar web|url=http://www.hurriyetdailynews.com/default.aspx?pageid=438&n=a-muslim-can-never-commit-genocide-erdogan-defends-bashir-2009-11-8|título=Sudanese President Bashir's visit to Turkey in limbo|publicado=Hürriyet Daily News|data=11-8-2009}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.theguardian.com/commentisfree/2009/nov/11/erdogan-muslims-turkish-sudan-gaza|título=Erdogan's blind faith in Muslims|autor=Freedman, Seth|publicado=[[The Guardian]]|data=11-11-2009}}</ref>

Em 2011, no pico da crise entre os dois países, Erdoğan determinou o desmantelamento da "Estátua da Humanidade", um monumento dedicado às relações de amizade conquistadas após décadas de disputa política pelos eventos de 1915. O primeiro-ministro justificou a decisão afirmando que o monumento situava-se ofensivamente próximo a uma tumba islâmica e que, portanto, prejudicava sua visão. Autoridades da localidade de [[Cars (Turquia)|Cars]], onde o monumento foi erguido, por sua vez, afirmaram que a região era uma área protegida pelo governo e que tal monumento jamais poderia ser ali construído. Inúmeros artistas e intelectuais se opuseram à demolição do monumento; dois deles, o pintor [[Bedri Baykam]] e o investidor de arte [[Tugba Kurtulmus]], sofreram agressões físicas após um encontro com outros artistas no Centro Cultural Akatlar, em Istambul.<ref>{{Citar web|url=http://www.hurriyetdailynews.com/default.aspx?pageid=438&n=turkish-painter-stabbed-at-meeting-for-8216humanity-movement8217-2011-4-18|título=Turkish painter stabbed in Istanbul after 'humanity monument' meeting|publicado=Hurriyet Daily News|data=18-4-2011}}</ref>

=== Direitos humanos ===
{{Artigo principal|Direitos humanos na Turquia}} Durante o governo Erdoğan, os poderes de longo alcance da Lei Antiterrorismo de 1991 foram reduzidos e o processo democrático iniciado, cujo objetivo seria de melhorar os padrões democráticos em geral e os direitos das minorias étnicas e religiosas, em particular. No entanto, após a suspensão do processo de adesão da Turquia à [[União Europeia]], autoridades europeias notaram um retrocesso<ref>{{Citar web|url=http://www.europeanvoice.com/article/imported/inching-away-from-democracy-/73249.aspx|título=Inching away from democracy?|publicado=European Voice|data=19-1-2012}}</ref> quanto à [[liberdade de expressão]]<ref>{{Citar web|url=http://www.bianet.org/english/freedom-of-expression/126641-students-stay-5-more-months-in-prison-for-posting-banner|título=Students Stay 5 more Months in Prison for Posting Banner|autor=Tapan, Berivan|publicado=Bianet|data=16 de dezembro de 2010}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.bianet.org/english/freedom-of-expression/135565-hopa-demonstrations-stones-considered-as-weapons|título=Hopa demonstrations: Stone considered as weapons|publicado=Bianet|data=19-1-2012}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.bianet.org/english/freedom-of-expression/126642-two-year-prison-threat-for-egg-throwing|título=Two-Year Prison Threat for Egg Throwing|publicado=Bianet|data=16 de dezembro de 2010}}</ref> e [[liberdade de imprensa|de imprensa]]<ref>{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2012/01/05/world/europe/turkeys-glow-dims-as-government-limits-free-speech.html?_r=1|título=Charges Against Journalists Dim the Democratic Glow in Turkey|ultimo1=Bilefsky|primeiro1=Dan|ultimo2=Arsu|primeiro2=Sebnem|publicado=The New York Times|data=4-1-2012}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1027053-turquia-tem-o-maior-numero-de-jornalistas-presos-do-mundo.shtml|título=Turquia tem maior número de jornalistas presos do mundo|publicado=[[Folha Online]]|data=28 de dezembro de 2011}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.tsf.pt/internacional/interior/numero-de-jornalistas-presos-no-mundo-atinge-recorde-em-2012-2939914.html|título=Número de jornalistas presos no mundo atinge recorde em 2012|publicado=TSF|data=11 de dezembro de 2012}}</ref> e aos direitos das minorias curdas. Além disso, o governo também passou a ter questões delicadas com a comunidade [[LGBT]] ao recusar publicamente propostas de reconhecimento de [[Legislação sobre a homossexualidade no mundo|seus direitos]].<ref>{{Citar web|url=http://www.milliyet.com.tr/2008/01/28/siyaset/asiy.html|título=Eşcinseller de eşitlik istiyor, verecek miyiz?" [Homosexuals can keep demanding rights as they never going to get any|publicado=Milliyet|data=29-1-2008}}</ref>

A organização [[Repórteres sem Fronteiras]] registrou um declínio contínuo da liberdade de imprensa na Turquia ao longo dos últimos anos do Governo Erdoğan. O país ficou na 100ª posição entre 179 países, no [[Índice de Liberdade de Imprensa]] de 2013.<ref>{{Citar web|url=http://en.rsf.org/press-freedom-index-2013,1054.html|título=Índice de Liberdade de Imprensa 2013|acessodata=2016-5-11|wayb=20130215183842|urlmorta=yes}}</ref> Em 2012, a instituição [[Freedom House]], que registrou um recente avanço na questão da imprensa turca, posicionou a Turquia em 55º lugar entre 100 países.<ref>{{Citar web|url=http://www.freedomhouse.org/report/freedom-press/2012/turkey|título=Liberdade de Imprensa 2012}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.turkishweekly.net/news/130376/press-freedom-39-terrible-39-in-turkey-watch-group.html|título=Press Freedom 'Terrible' in Turkey: Watch Group|publicado=Journal Of Turkish Weekly|data=23-1-2012}}</ref>

Em 2011, o governo de Erdoğan deu início a reformas para devolução de propriedades de minorias judaicas e cristãs que haviam sido desapropriadas pelo Estado turco na década de 1930.<ref>{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2011/08/29/world/europe/29turkey.html?_r=0|título=Turkish Government to Return Seized Property to Religious Minorities|autor=Arsu, Sebnem|publicado=The New York Times|data=28-8-2011}}</ref> O valor total das propriedades devolvidas foi de {{Tooltip num|2|1 000 000 000|bilhões|9|2000000000}} de [[Dólar dos Estados Unidos|dólares]].<ref>{{Citar web|url=http://www.hristiyangazete.com/2013/05/egemen-bagis-azinliklara-2-milyar-dolarlik-mulk-verdik/|título=Minorities have $2 billion in property|autor=Bağış, Egemen|publicado=Hristiyan Gazete|data=31 de maio de 2013|acessodata=2016-5-14|wayb=20150510220056|urlmorta=yes}}</ref>

Sob a liderança de Erdoğan, o governo turco enrijeceu as leis sobre venda e consumo de álcool, proibindo publicidade relacionada e aumentando o imposto sobre bebidas alcoólicas.<ref>{{Citar web|url=http://www.reuters.com/article/2013/05/24/us-turkey-alcohol-idUSBRE94N0IA20130524|título=Turkey bans alcohol advertising and curbs sales|autor=Ozbilgin, Ozbe|publicado=Reuters|data=24 de maio de 2013}}</ref> O governo aprovou, ainda, uma lei estabelecendo a idade mínima de 24 anos para consumo de bebidas alcoólicas.

=== Economia ===
[[Imagem:Turkey Unemployment.png|thumb|Taxas de [[desemprego]] na Turquia no período 2000 - 2014]]
Ao assumir o governo, em 2002, Erdoğan herdou a economia turca em princípios de recuperação após uma longa recessão resultante das reformadas aplicadas por [[Kemal Derviş]].<ref>{{Citar web|url=http://www.cjpme.org/DisplayDocument.aspx?DocumentID=2163&SaveMode=0|título=The Turkish Model of Government|publicado=Canadians for Justice and Peace in the Middle East|data=Março de 2012|acessodata=2016-5-11|wayb=20120324095757|urlmorta=yes}}</ref> Erdoğan apoiou o ministro de Finanças [[Ali Babacan]] em suas políticas macroeconômicas. Erdoğan tentou atrair mais investimentos estrangeiros ao país reduzindo diversas regulamentações governamentais. O fluxo de caixa na economia turca entre 2002 e 2012 causou um crescimento de 64% no produto interno bruto real do país e 43% de crescimento no produto interno bruto ''per capita''; consideravelmente números mais altos foram constatados, porém, não contaram para a inflação do dólar estadunidense entre 2002 e 2012.<ref>{{Citar web|url=http://rodrik.typepad.com/dani_rodriks_weblog/2013/06/how-well-did-the-turkish-economy-do-over-the-last-decade.html|título=How well did the Turkish economy do over the last decade|autor=Rodrik, Dani|publicado=Dani Rodrik|data=20-6-2013}}</ref> O crescimento médio anual foi de 3,6%. O crescimento do PIB real entre 2002 e 2012 - dez anos de governo - foi mais alto do que o registro de alguns países desenvolvidos. Uma das principais consequências das políticas econômicas adotadas entre 2002 e 2012 foi a ampliação do ''déficit'' em conta corrente de 600 milhões de dólares para {{Tooltip num|48|1 000 000 000|bilhões|9|48000000000}} de dólares.<ref>{{Citar web|url=http://www.portaldoholanda.com.br/economia/turquia-deficit-em-conta-diminui-menos-que-o-esperado|título=Turquia: déficit em conta diminui menos que o esperado|publicado=Portal do Holanda|data=13 de maio de 2014|acessodata=2016-5-11|wayb=20160604201031|urlmorta=yes}}</ref>

[[Imagem:Putin Erdogan Berlusconi.JPG|thumb|left|Erdoğan, [[Vladimir Putin]] e [[Silvio Berlusconi]] na inauguração do [[gasoduto]] ''Blue Stream'', em 2005]]

A Turquia já fechou dezenove acordos com o [[Fundo Monetário Internacional]] (FMI), sendo o primeiro deles em 1961. O governo de Erdoğan supriu as necessidades orçamentais e de mercado e recebeu cada parcela do empréstimo, sendo a primeira vez na história em que um governante turco realizou tal feito.<ref>{{Citar web|url=http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=newsarchive&sid=a.Xr1ajJU15A|título=Erdogan's IMF Aversion, Budget Raise Business Qualms|ultimo1=Holland|primeiro1=Ben|ultimo2=Bryant|primeiro2=Steve|publicado=Bloomberg|data=10-11-2008}}</ref> Erdoğan assumiu o governo com uma dívida de 23,5 bilhões de dólares ao FMI, que foi reduzida para 0,9 bilhões em 2012.<ref>{{Citar web|url=http://www.hurriyetdailynews.com/n.php?n=flirting-with-imf-comes-to-an-end-2010-03-10|título=Turkey's flirting with IMF comes to an end|publicado=Hurriyet Daily News|data=10-3-2010}}</ref> O Primeiro-ministro decidiu não entrar em novos acordos com a organização. Em 2010, foi anunciado que a Turquia havia quitado por completo seu débito com o FMI.<ref>{{Citar web|url=http://www.dn.pt/economia/interior/turquia-paga-toda-a-divida-devida-ao-fmi-em-maio-3044825.html|título=Turquia paga toda a dívida devida ao FMI em maio|publicado=[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]|data=9-2-2013}}</ref>

Em 2002, o Banco Central da Turquia possuía 26,5 bilhões em reservas, que evoluíram para 2,2 bilhões em 2011.<ref>{{Citar web|url=http://www.akparti.org.tr/english/haberler/turkey-now-able-to-develop-without-foreign-aid/69561|título=Turkey now able to develop without foreign aid|publicado=AKParti|data=11 de dezembro de 2014}}</ref> Durante o governo de Erdoğan, a inflação caiu de 32% para 9%, em 2004. Desde então, a inflação do país tem flutuado em cerca de 9%, sendo, no entanto, uma das mais altas taxas inflacionárias em todo o mundo.<ref>{{Citar web|url=http://www.hurriyet.com.tr/ekonomi/13381334.asp|título=2009 inflation finished at 39 year low|publicado=Hürriyet|data=5-1-2010}}</ref>

A dívida pública turca caiu de 74%, em 2002, para 39%, em 2009. Em 2012, a Turquia registrou dívida pública relacionada ao PIB menor do que a de 21 dos 27 Estados-membros da União Europeia. E um déficit orçamental inferior em relação ao PIB do que 23 nações europeias.<ref>{{Citar web|url=http://www.businessweek.com/news/2012-06-27/erdogan-proving-right-as-debt-ratings-go-unheeded-turkey-credit#p2|título=Erdogan Proving Right as Debt Ratings Go Unheeded: Turkey Credit|autor=Harvey, Benjamin|publicado=BusinessWeek|data=27-6-2012}}</ref>

=== Escândalos de corrupção em 2013 ===
Em dezembro de 2013, a polícia turca deteve mais de 50 pessoas e prendeu dezesseis outras, incluindo o gerente-geral do Banco Estatal Turco (''Halk Bankası''), e filhos de três ministros do governo, sob acusações de corrupção.<ref>{{Citar web|url=http://www.csmonitor.com/World/Middle-East/2013/1217/Once-staunch-ally-turns-on-Erdogan-in-Turkish-corruption-probe|título=Once-staunch ally turns on Erdoğan in Turkish corruption probe|autor=Christie-Miller, Alexander|publicado=The Christian Science Monitor|data=17 de dezembro de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2013/12/22/world/middleeast/16-more-arrested-as-corruption-inquiry-in-turkey-widens.html|título=Turkish Premier Blames Foreign Envoys for Turmoil|autor=Tim Arango|publicado=The New York Times|data=22 de dezembro de 2013}}</ref> Erdoğan acusou embaixadores estrangeiros e parte da imprensa de colaborar com um suposto golpe forjado por [[Israel]]; contudo, analistas externos atribuíram as prisões aos embates de poder entre o primeiro-ministro e [[Fethullah Gülen]]. Gülen, que vive nos [[Estados Unidos]], lidera um movimento religioso que apoiou a chegada do AKP no poder em 2002. No fim de 2013, o governo propôs o fechamento de escolas particulares no país, muitas das quais haviam sido fundados por Gülen. Os seguidores do movimento, por sua vez, são creditados como de grande influência no sistema judiciário turco.<ref>{{Citar web|url=http://www.reuters.com/article/2013/12/16/us-turkey-erdogan-gulen-idUSBRE9BF0AB20131216|título=Enigmatic Turkish cleric poses challenge to Erdogan's might|autor=Pamuk, Humeyra|publicado=Reuters|data=16 de dezembro de 2013}}</ref>

No final de dezembro, os jornais ''Hurriyet'' e ''Yeni Safak'' publicaram comentários em que Erdoğan afirma ser "alvo" de propina e suborno de seus aliados. O primeiro-ministro declarou aos jornalistas que qualquer um que tentasse ligar seu nome aos escândalos teria "sua mão esquerda cortada". Erdoğan acabou por reformular seu gabinete em 25 de dezembro de 2013, substituindo 10 ministros horas depois da demissão de três ministros, cujos filhos haviam sido detidos pela polícia.<ref>{{Citar web|wayb=20131227111258|url=http://intimated.com/turkish-pm-says-he-is-target-of-graft-probe/|datali=2022|título=Turkish PM Says He Is Target Of Graft Probe|publicado=Associated Press|data=26 de dezembro de 2013}}</ref>

=== Candidatura presidencial em 2014 ===
Em 1 de julho de 2014, o [[Partido da Justiça e Desenvolvimento]] anunciou Recep Tayyip Erdoğan como o candidato da legenda para as eleições presidenciais. Sua candidatura foi anunciada oficialmente pelo vice-presidente do partido, [[Mehmet Ali Şahin]]. Em seguida, Erdoğan realizou um discurso e revelou sua logomarca de campanha, que acabou por ser criticada pela imprensa mundial pela alegada similaridade com a logomarca de [[Barack Obama]] nas [[Eleição presidencial dos Estados Unidos de 2008|eleições presidenciais americanas de 2008]].<ref>{{Citar web|url=http://www.huffingtonpost.com/alparslan-akku/erdogans-presidential-cam_b_5567633.html|título=Erdogan's presidential campaign bears logo|autor=Akkuş, Alparslan|publicado=[[The Huffington Post]]|data=8-7-2014}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/mundo/logotipo-da-campanha-de-erdogan-traria-nome-de-maome-13179420|título=Logotipo da campanha de Erdoğan traria nome de Maomé|publicado=[[O Globo]]|data=8-7-2014}}</ref>

Erdoğan foi eleito presidente da Turquia no primeiro turno das eleições com 51,79% dos votos,<ref>{{Citar web|url=http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2014/08/erdogan-wins-turkey-presidential-election-2014810172347586150.html|título=Erdogan wins Turkey's presidential election|autor=Uras, Umut|publicado=[[Al Jazeera|Al Jazeera English]]|data=11-8-2014}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.theguardian.com/world/2014/aug/10/turkey-presidential-election-ergodan|título=Erdogan emerges victorious in Turkish presidential elections amid low turnout|autor=Letsch, Constanze|publicado=The Guardian|data=10-8-2014}}</ref><ref name="resultado">{{Citar web|url=http://www.ysk.gov.tr/ysk/content/conn/YSKUCM/path/Contribution%20Folders/HaberDosya/2014CB-Kesin-416_d_Genel.pdf|título=Presidential elections results|publicado=Supremo Conselho Eleitoral da República da Turquia|data=15-8-2014}}</ref> descartando a necessidade de um segundo turno eleitoral. [[Ekmeleddin İhsanoğlu]], o candidato da chapa formada por [[Partido Republicano do Povo]], [[Partido de Ação Nacionalista]] e outros 13 partidos de oposição, recebeu 38,44% dos votos. O candidato curdo, [[Selahattin Demirtaş]], recebeu 9,76% dos votos.<ref name="resultado"/>

== Presidência da Turquia (2014 - ''atualidade'') ==
Recep Tayyip Erdoğan foi empossado como o [[Lista de presidentes da Turquia|12º]] [[Presidente da Turquia|presidente da República da Turquia]] em [[28 de agosto]] de [[2014]].<ref>{{Citar web|url=http://www.bbc.com/news/world-europe-28961495|título=Turkey's Erdogan is inaugurated as president|publicado=[[BBC News]]|data=28-8-2014}}</ref> O novo primeiro-ministro, [[Ahmet Davutoğlu]], foi empossado em 29 de agosto. Quando questionado sobre ter recebido votos do parceiro de chapa para ser eleito, ele teria respondido: "Há pessoas que nem sequer gostam do [[Maomé|Profeta]]. Eu, ainda, ganhei 52%".<ref>{{Citar web|url=http://nediyor.com/2014/08/14/dusuk-oy-elestirilerine-peygamberli-yanit-iddiasi/|título=Düşük oy eleştirilerine "Peygamber"li yanıt iddiası|publicado=Nediyor|data=14-8-2014|acessodata=2016-5-11|wayb=20150212222511|urlmorta=yes}}</ref>

=== Programa político ===
Ao assumir o cargo de presidente, Erdoğan foi criticado por afirmar publicamente que não manteria a neutralidade política.<ref>{{Citar web|url=http://www.cnnturk.com/haber/turkiye/erdogan-secilirsem-tarafsiz-olmayacagim|título=Erdoğan: "I'll be impartial if selected|publicado=CNN|data=7-8-2014}}</ref> Erdoğan também tornou pública sua intenção de estabelecer um papel mais ativo e dinâmico do cargo presidencial, como, por exemplo, fazer uso das atribuições presidenciais em sua totalidade.<ref>{{Citar web|url=http://news.yahoo.com/erdogan-vows-strong-turkey-final-election-rally-174303362.html|título=Turkey's Erdogan prepares for strongman president role|ultimo1=Ozerkan|primeiro1=Fulya|ultimo2=Williams|primeiro2=Stuart|publicado=[[Yahoo! News]]|data=11-8-2014}}</ref> A oposição política defende que Erdoğan continuará seguindo seu programa de governo próprio, que incluiria controlar o governo, enquanto seu Primeiro-ministro seria "dócil e submisso". Uma razão para tal acusação seria o fato de que o próprio Erdoğan escolheu Davutoğlu para sucedê-lo na chefia de governo, resultando em sua eleição por unanimidade sem nenhuma oposição.<ref>{{Citar web|url=http://www.theguardian.com/world/2014/aug/11/turkey-select-new-prime-minister-replace-recep-tayyip-erdogan|título=Turkey will select new prime minister this month to replace outgoing Erdogan|publicado=The Guardian|data=11-8-2014}}</ref> Além disso, a presença maioritária de aliados de Erdoğan no gabinete de Davutoğlu também tem alimentado especulações de que este pretenda exercer um controle substancial sobre o funcionamento do governo.<ref>{{Citar web|url=http://online.wsj.com/articles/new-turkish-cabinet-shows-continuity-with-erdogan-legacy-1409312847|título=New Turkish Cabinet Shows Continuity With Erdogan Legacy|autor=Candemir, Yeliz|publicado=[[The Wall Street Journal]]|data=29-8-2014}}</ref>

=== Palácio Presidencial ===
[[Imagem:Ak Saray - Presidential Palace Ankara 2014 002.jpg|thumb|left|O Novo Palácio Presidencial da Turquia]]
Erdoğan também tem sido alvo de críticas por conta da construção de um novo [[residência oficial|palácio presidencial]]. Batizado ''Ak Saray'' (''Palácio Branco'', em português), o complexo presidencial ocupa mais de 50 acres de área nas proximidades de [[Ancara]].<ref>{{Citar web|url=http://www.hurriyetdailynews.com/erdogans-ak-saray-likened-to-alamut-castle-ceausescus-palace.aspx?pageID=238&nID=73936&NewsCatID=338#|título=Erdoğan's 'Ak Saray' likened to Alamut Castle, Ceausescu’s Palace|publicado=Hurriyet Daily News}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://mobile.nytimes.com/2014/11/01/world/europe/erdogan-uses-conflict-to-consolidate-power.html?referrer|título=Turkis Leader, Using Conflicts, Cements Power|autor=Arango, Tim|publicado=The New York Times|data=1-11-2014}}</ref> Como o Palácio está situado em área protegida pelo governo, as diversas ordens judiciais suspendendo as obras não tiveram efeito.<ref>{{Citar web|url=http://therealdeal.com/blog/2014/11/01/turkish-president-drops-350m-on-new-palace/|título=Turkish President drops $350m on new palace|autor=Cameron, Christopher|publicado=The Real Deal|data=1-11-2014}}</ref> A oposição descreveu a construção um claro desrespeito ao cumprimento da lei. O projeto foi também duramente criticado, gerando acusações ao governo; de corrupção e desvios de verba durante a construção, e destruição de vida animal silvestre.<ref>{{Citar web|url=http://www.todayszaman.com/national_critical-media-block-imposed-on-ak-saray-opening-amid-graft-concerns_362922.html|título=Critical media block imposed on 'Ak Saray' amid opening graft concerns|publicado=Today's Zaman|data=29-10-2014|acessodata=2016-5-11|wayb=20141125103048|urlmorta=yes}}</ref>

O Palácio Presidencial foi planejado originalmente como novo gabinete do primeiro-ministro. Contudo, ao assumir a presidência, Erdoğan mudou os planos e anunciou que a construção seria o novo Complexo Presidencial da Turquia, delegando o Palácio de Çankaya ao primeiro-ministério. A decisão foi vista como uma mudança histórica significante, já que Çankaya havia sido sede do gabinete presidencial desde a fundação do Estado turco.<ref>{{Citar web|url=http://www.hurriyetdailynews.com/presidential-residence-to-change-after-91-years.aspx?pageID=238&nid=71242|título=Presidential residence to change after 91 years|publicado=Hurriyet Daily News|data=3 de setembro de 2014}}</ref> O novo Complexo Presidencial possui mais de {{Fmtn|1000}} aposentos e custou mais de 270 milhões de euros aos cofres públicos, gerando fortes críticas pela população e pelos partidos de oposição ao presidente.<ref>{{Citar web|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2014/09/turkey-erdogan-white-palace-presidential-residence.html##ixzz3GQJqZp00|título=Erdogan's $350m presidential palace|autor=Gursel, Kardi|publicado= Al-Monitor|data=30-10-2014}}</ref>

=== Síria e Estado Islâmico ===
{{AP|Guerra Civil Síria|Intervenção turca na Guerra Civil Síria}}
[[Imagem:President Barack Obama meeting with President of Turkey Recep Tayyip Erdoğan.jpg|thumb|left|[[Recep Tayyip Erdoğan]] e [[Barack Obama]] em encontro bilateral sobre a [[Guerra Civil Síria]], novembro de 2014]]
Em meio a alegações de que o governo turco financia combatentes do [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante]], vários protestos eclodiram na fronteira com a [[Síria]] contra a inatividade do governo.<ref>{{Citar web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-29518448|título=Kurds protest againstTurkey as IS advances on Kobane|publicado=BBC News|data=7-10-2014}}</ref> Os protestos se intensificaram durante o combate na cidade fronteiriça de [[Kobane]], quando 42 manifestantes foram mortos após uma repressão brutal das forças policiais.<ref>{{Citar web|url=http://www.hurriyetdailynews.com/turkish-pm-blames-opposition-world-powers-as-protest-death-toll-rises.aspx?PageID=238&NID=72722&NewsCatID=338|título=Turks PM blames opposition,world powers as protest death toll rises|publicado=Hurriyet Daily News|data=8-10-2014}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-29530640|título=Turkey Kurds: Kobane protests leave 19 dead|publicado=BBC News|data=8-10-2014}}</ref> Erdoğan expressou sua preocupação com uma eventual assistência dos militantes do [[Partido dos Trabalhadores do Curdistão|PPK]] aos manifestantes e a culminação do movimento em ataques terroristas por todo o país. Na reunião de cúpula da [[OTAN]], em [[Newport (País de Gales)|Newport]], [[País de Gales]], em setembro de 2014, o presidente turco participou de uma reunião bilateral com [[Barack Obama]] sobre a questão do Estado Islâmico.<ref>{{Citar web|url=http://www.tccb.gov.tr/news/397/90945/president-erdogan-at-the-nato-summit-in-wales.html|título=President Erdogan at NATO Summit in Wales}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.todayszaman.com/anasayfa_erdogan-obama-to-meet-at-nato-summit-amid-strained-ties_357610.html|título=Erdogan, Obama to meet at NATO summit amid strained ties|publicado=Today's Zaman|data=3 de setembro de 2014|acessodata=2016-5-11|wayb=20141103084951|urlmorta=yes}}</ref> Meses antes do encontro, o [[Vice-presidente dos Estados Unidos|vice-presidente]] [[Joe Biden]] havia acusado a Turquia de financiar o grupo terrorista, ao que o governo turco respondeu exigindo desculpas formais. Posteriormente, Biden se retratou pelas declarações.<ref>{{Citar web|url=http://edition.cnn.com/2014/10/05/politics/isis-biden-erdogan-apology/|título=Vice President Joe Biden apologises to Turkey, UAE|ultimo1=Carter|primeiro1=Chelsea J.|ultimo2=Brumfield|primeiro2=Ben|ultimo3=Mazloumsaki|primeiro3=Sara|publicado=CNN|data=6-10-2014}}</ref> Erdoğan estabeleceu a retirada de [[Bashar al-Assad]] do poder como pré-requisito para o uso da [[Base Aérea de İncirlik]] para lançamentos de ataques aéreos norte-americanos.<ref>{{Citar web|url=http://www.theguardian.com/us-news/2014/oct/07/us-turkey-diplomacy-isis-kurds-kobani|título=US and Turkey's push-and-shove diplomacy has Kurds in the middle|autor=Tisdall, Simon|publicado=The Guardian|data=7-10-2014}}</ref>

Em 2014, a Turquia perdeu sua candidatura para o [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]].<ref>{{Citar web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-europe-29654003|título=Turkey loses out on UN Security Council seat|publicado=BBC News|data=17-10-2014}}</ref> O resultado inesperado<ref>{{Citar web|url=http://www.newsweek.com/venezuela-malaysia-angola-new-zealand-win-un-council-seats-277962|título=Turkey Loses U.N. Security Council Seat in Huge Upset|autor=Avni, Benny|publicado=Newsweek|data=16-10-2014}}</ref> é creditado como uma reação ao tratamento hostil de Erdoğan às minorias curdas que combatem o Estado Islâmico nas fronteiras com a Síria.<ref>{{Citar web|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2014/10/turkey-united-nations-security-council-vote.html|título=UN vote confirms Turkey's waning influence|autor=Idiz, Semih|publicado=Al-Monitor: The Pulse of the Middle East|data=17-10-2014|acessodata=2016-5-11|wayb=20160106051014|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.thepressproject.net/article/68467/Why-Turkey-lost-its-UN-Security-Council-bid|título=Why Turkey lost its UN Security Council bid?|autor=Samrt, James|publicado=The Press Project|data=28-10-2014|acessodata=2016-5-11|wayb=20151024232156|urlmorta=yes}}</ref>

Em julho de 2015, a Turquia entrou definitivamente no combate às forças do Estado Islâmico. As forças armadas turcas têm simultaneamente atacado o PPK no [[Iraque]].<ref>{{Citar web|url=http://www.latimes.com/world/middleeast/la-fg-turkey-bombing-kurds-20150729-story.html#page=1|título=Turkey steps up bombing -- but on Kurds, not Islamic State|publicado=Los Angeles Times|data=29-7-2015}}</ref> Um ataque das forças especiais norte-americanas no local onde se refugiava o "diretor financeiro" da organização terrorista, [[Abu Sayyaf]], gerou evidências de que as autoridades turcas tratavam diretamente com representações do EIIL.<ref>{{Citar web|url=http://finance.yahoo.com/news/links-between-turkey-isis-now-195700510.html|título=Senior Western official: Links between Turkey and ISIS are now 'undeniable'|autor=Bertrand, Natasha|publicado=Yahoo!|data=28-7-2015}}</ref>

Em agosto de 2016, o [[exército turco]], autorizado por Erdoğan, lançou [[Intervenção turca na Guerra Civil Síria|uma grande operação militar]] no norte da [[Síria]], para combater tanto o Estado Islâmico quanto os [[Forças Democráticas Sírias|curdos]].<ref>{{Citar web|titulo=Erdogan says Turkey to launch 'air and ground' operation in Syria|url=https://www.aljazeera.com/news/2019/10/erdogan-turkey-launch-air-ground-operation-syria-191005091819370.html|obra=www.aljazeera.com|acessodata=2019-10-9}}</ref> A ofensiva mostrou um sucesso no início, com várias cidades sendo tomadas. Os ataques, contudo, desaceleraram com os terroristas esboçando feroz resistência. O presidente Erdoğan afirmou que as operações eram importantes para limpar a fronteira da Turquia do [[Terrorismo islâmico|terrorismo]].<ref>[http://oglobo.globo.com/mundo/turquia-amplia-ofensiva-contra-estado-islamico-na-siria-20047434 "Turquia amplia ofensiva contra Estado Islâmico na Síria"]. Página acessada em 2 de janeiro de 2016.</ref>

=== Neutralidade ===
A tradição política turca determina que o presidente da República tenha certa neutralidade e independência dos partidos políticos, sendo este um dos juramentos no ato de posse presidencial. Quebrar um dos termos de um posse é uma violação da Constituição da Turquia. Contudo, pouco tempo depois de assumir a presidência do país, Erdoğan foi acusado pela oposição de quebrar seus termos de posse ao apoiar abertamente o partidarismo através de seu partido, AKP.<ref>{{Citar web|url=http://www.milliyet.com.tr/Milliyet-Tv/video-izle/Erdogan--Tarafsiz-olmayacagim-DuuNf1raePqA.html|título=Erdoğan: Tarafsız olmayacağım|publicado=Milliyet}}</ref> Em fevereiro de 2015, o presidente foi duramente criticado por incentivar publicamente os eleitores a votarem no seu partido nas eleições parlamentares daquele ano.<ref>{{Citar web|url=http://www.ulusalkanal.com.tr/gundem/erdogan-tarafsiz-mi-h48761.html|título=Erdoğan tarafsız mı?|autor=Kanal, Ulusal|publicado=Ulusal Kanal|data=3-2-2015}}</ref>

No mesmo ano, ao discursar em [[Bursa]], Erdoğan publicamente pediu 400 parlamentares nas próximas eleições gerais com a finalidade de conseguir reformas políticas, dar prosseguimento ao processo de conversação com lideranças curdas e o estabelecimento do sistema presidencialista. Apesar de não mencionado um partido específico, é conhecido que somente o AKP defende estas propostas. Além disso, Erdoğan fez uma referência indireta à oposição e a criticou por apoiar [[Fethullah Gülen]]. Também criticou os esforços da oposição em não deixá-lo discursar publicamente até as eleições gerais de 2015.<ref>{{Citar web|url=http://www.taraf.com.tr/politika/davutoglu-bile-bu-kadar-istemedi-400-milletvekili-lazim/|título='Tarafsız' Erdoğan: '400 milletvekili lazım' - Taraf Gazetesi|autor=Özilhan, Oktay|publicado=Taraf Gazetesi|acessodata=2016-5-12|wayb=20150212222451|urlmorta=yes}}</ref>

=== Otomanismo ===
Como presidente, Erdoğan tem lidado com a ressurgência da [[Império Otomano|tradição otomana]], tendo inclusive agraciado o [[Presidente da Palestina|presidente palestino]] [[Mahmoud Abbas]] em uma cerimônia tradicional otomana no Palácio Presidencial.<ref>{{Citar web|url=http://www.theguardian.com/world/2015/jan/12/abbas-erdogan-16-warriors-turkish-presidential-palace|título=-Abbas welcomed at Turkish presidential palace by Erdoğan – and 16 warriors|publicado=The Guardian|data=12-1-2015}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.rt.com/news/222027-erdogan-abbas-ottoman-welcome/|título=Erdogan welcomes Abbas in Ottoman Empire style ceremony|publicado=[[RT (canal de televisão)|RT]]|data=13-1-2015}}</ref> Enquanto Primeiro-ministro, Erdoğan fez certas referências ao período otomano, referindo-se aos membros de seu partido como "netos dos Otomanos".<ref>{{Citar web|url=http://www.taraf.com.tr/politika/akpnin-sarkisinda-uzun-adam-gitti-osmanli-torunu-geldi/|título=AKP'nin şarkısında 'Uzun adam' gitti 'Osmanlı torunu' geldi !|publicado=Taraf Gazetesi|acessodata=2016-5-12|wayb=20150208184432|urlmorta=yes}}</ref> O fato gerou forte controvérsia, desde que trata-se de um confronto direto com a natureza republicana da Turquia construída por [[Mustafa Kemal Atatürk]]. Em 2015, Erdoğan emitiu um comunicado em que se referia às universidades turcas pelo termo otomano ''külliye''.<ref>{{Citar web|url=http://www.ilk-kursun.com/haber/212703/erdogan-kampus-degil-kulliye/|título=Erdoğan: Kampus değil, külliye}}</ref> Muitos críticos de seu governo o acusaram de pretender tornar-se um "[[sultão]]" republicano e de ter abandonado as credenciais democráticas e seculares da República turca.<ref>{{Citar web|url=http://www.independent.co.uk/news/world/europe/recep-tayyip-erdogan-the-new-sultan-now-has-a-new-palace--and-it-has-cost-turkish-taxpayers-400m-9841319.html|título=Recep Tayyip Erdogan: The ‘new sultan’ now has a new palace – and it has cost Turkish taxpayers £400m|publicado=The Independent}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.wsj.com/articles/erdogan-is-turkeys-new-sultan-1407865770|título=Erdogan is Turkey's new Sultan|publicado=WSJ}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.economist.com/news/europe/21612237-recep-tayyip-erdogans-plans-presidency-next-sultan|título=The next Sultan?|publicado=[[The Economist]]|data=16-8-2014}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/turkey/11380281/Turkeys-president-is-not-acting-like-the-Queen-he-is-acting-like-a-sultan.html|título='Turkey's president is not acting like the Queen - he is acting like a sultan'|publicado=The Telegraph|data=2-2-2015}}</ref> E quando questionado sobre o ocorrido, o presidente negou o argumentos e afirmou que parecia-se "mais com {{lknb|Isabel|II||do Reino Unido}} do que com um [[sultão otomano]]",<ref>{{Citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/turkey/11380355/Turkish-president-Recep-Tayyip-Erdogan-I-want-to-be-like-Queen-of-UK.html|título=Turkish president Recep Tayyip Erdogan: I want to be like Queen of UK|publicado=The Telegraph|data=30-1-2015}}</ref> muito embora a [[CIA]] o descreva como um sultão.<ref>[http://www.judicialwatch.org/wp-content/uploads/2015/05/Pg.-291-Pgs.-287-293-JW-v-DOD-and-State-14-812-DOD-Release-2015-04-10-final-version11.pdf The general situation]</ref>

===Tentativa de golpe de Estado===
{{AP|Tentativa de golpe de Estado na Turquia em 2016}}
Em 15 de julho de 2016, ocorreu uma fracassada  tentativa de [[golpe de Estado]] contra o governo Erdoğan. O ''putsch'' foi supostamente orquestrado por uma facção das [[Forças Armadas da Turquia|Forças Armadas Turcas]]<ref>{{citar web|url=http://www.haaretz.com/middle-east-news/turkey/1.731225|titulo=Erdogan Arrives in Istanbul as Turkish Military Coup Crumbles|publicado=Haaretz|data=16-7-2016|acessodata=16-7-2016}}</ref> e sufocado no dia seguinte.

Erdogan estava de férias com sua família no litoral do [[mar Egeu]], em um complexo hoteleiro na estância turística de [[Marmaris]], na [[Muğla (província)|província de Muğla]], quando o golpe de Estado frustrado ocorreu. Um comando de militares golpistas atacou o complexo hoteleiro no qual ele se encontrava, dois policiais encarregados da segurança do presidente no hotel morreram em um tiroteio<ref>{{citar web|url=https://istoe.com.br/comeca-na-turquia-julgamento-por-tentativa-de-assassinato-do-presidente/|titulo=Começa na Turquia julgamento por tentativa de assassinato do presidente|data=2-2-2017|publicado=Revista [[IstoÉ]]|acessodata=28 de dezembro de 2017}}</ref> Erdogan chamou-lhe "um presente de Allah".<ref>{{citar web|url=http://www.independent.co.uk/news/world/turkey-coup-conspiracy-theory-erdogan-military-gift-from-god-soldiers-istanbul-a7140516.html|titulo=Turkey coup: Conspiracy theorists claim power grab attempt was faked by Erdogan -Social media users claim Erdogan will use the attempted coup in the same way Hitler used the Reichstag Fire to suppress all opposition|data=16-7-2016|publicado=The Independent|ultimo=Lusher|primeiro=Adam}}</ref>

Na sequência, o governo realizou um grande expurgo. Milhares de funcionários públicos, acadêmicos, juízes, procuradores de justiça, policiais e soldados foram presos, demitidos ou suspensos. Segundo noticiou o jornal ''[[Hürriyet Daily News]]'', o presidente Erdoğan comunicou, no dia 24 de julho, que {{Fmtn|13165}} pessoas haviam sido detidas por conexão com a tentativa de golpe, sendo {{Fmtn|8838}} soldados, {{Fmtn|2101}} juízes e promotores, {{Fmtn|1485}} policiais, 52 autoridades locais e 689 civis.<ref>[http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Ex-comandante-da-OTAN-por-tras-do-golpe-fracassado-na-Turquia/6/36511 Ex-comandante da OTAN por trás do golpe fracassado na Turquia]. Carta Maior, 26 de julho de 2016.</ref> O Independent fala em cerca de 145 mil detidos e 134 mil despedidos dos empregos .<ref>{{citar web|url=http://www.independent.co.uk/voices/turkish-referendum-erdogan-prey-for-enemies-a7687246.html|titulo=Erdogan’s referendum victory will make Turkey prey for the country’s many enemies|data=17-4-2017|publicado=The Independent|ultimo=Cockburn|primeiro=Patrick}}</ref> Segundo a agência [[Fars News]], o governo turco havia sido informado previamente, pela [[Serviço Federal de Segurança|inteligência russa]], de que havia um [[golpe militar]] previsto para o dia 15 de julho.<ref>[http://en.farsnews.com/newstext.aspx?nn=13950430001452 Erdogan Warned of Incoming Coup by Russian Alert]. [[Fars News]], 20 de julho de 2016.</ref><ref>[http://sputniknews.com/russia/20160721/1043373832/russia-warned-turkey-coup-attempt.html Hours Before Military Coup Attempt, Turkey Warned by Russia – Reports].  [[Sputnik (agência de notícias)|Sputnik]], 21 de julho de 2016.</ref><ref>[http://outraspalavras.net/destaques/turquia-o-golpe-que-pode-abalar-a-otan/ Turquia: o golpe que pode abalar a OTAN]. Por [[Pepe Escobar]]. ''[[Outras Palavras]]'', 28 de julho de 2016.</ref>

À data de abril de 2017, a purga continuava, com mais 1120 detidos e cerca de 9 mil policiais suspensos - uma semana após o referendo que aumentou os poderes de Erdogan.<ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/world/2017/apr/27/turkey-arrests-1000-suspends-9100-police-new-crackdown|titulo=Turkey arrests 1,000 and suspends 9,100 police in new crackdown|data=27-4-2017|publicado=The Guardian|ultimo=Agence France-Presse}}</ref> Em 19 de Julho de 2018, foi levantado o estado de emergência, após estar em vigor por dois anos,<ref>{{citar web|url=https://observador.pt/2018/07/19/estado-de-emergencia-foi-levantado-na-turquia/|titulo=Estado de emergência foi levantado na Turquia|data=19-7-2018|publicado=Observador}}</ref>  não sem antes terem sido despedidos mais cerca de {{Fmtn|18600}} funcionários públicos, por alegadas ligações a grupos terroristas.<ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/world/2018/jul/18/turkeys-state-of-emergency-ends-but-crackdown-continues|titulo='Suffocating climate of fear' in Turkey despite end of state of emergency|data=19-7-2018|publicado=The Guardian|ultimo=Shaheen|primeiro=Kareem}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/world/2018/jul/08/turkey-fires-thousands-of-public-servants-in-anti-terror-purge|titulo=Turkey fires thousands of state employees in anti-terrorism purge|data=8-7-2018|publicado=The Guardian}}</ref>

=== Candidatura presidencial em 2018  ===
Recep Tayyip Erdoğan, [[Presidente da Turquia|presidente]] desde 2014, foi oficialmente nomeado candidato presidencial do [[Partido da Justiça e Desenvolvimento (Turquia)|(AKP)]] em 3 de maio de 2018.<ref>{{citar web|título=AKP formally nominates Erdoğan for presidential election|url=http://www.hurriyetdailynews.com/akp-formally-nominates-erdogan-for-presidential-election-131254|website=Hürriyet Daily News|acessodata=4 de maio de 2018|idioma=en}}</ref> Pouco depois, o nominalmente opositivo [[Partido de Ação Nacionalista|(MHP)]] reiterou que endossaria a candidatura de Erdoğan, e aplicaria em conjunto à comissão eleitoral registro por sua formalidade.<ref>{{citar web|título=AKP, MHP jointly apply to election board for Erdoğan's presidential bid|url=http://www.hurriyetdailynews.com/akp-mhp-jointly-apply-to-election-board-for-erdogans-presidential-bid-131311|website=Hürriyet Daily News|acessodata=4 de maio de 2018|idioma=en}}</ref> No início de maio, foi confirmado por Erdoğan visitaria [[Sarajevo]], a capital da Bósnia, nos estágios iniciais da campanha, provavelmente em 20 de maio de 2018, e realizaria comícios de campanha com os turcos que moram na [[Bósnia e Herzegovina]] , os chamados ''Bosnian Turks'' ou Turcos da Bósnia para angariar apoio para a sua oferta de reeleição.<ref>{{citar web|título=Erdogan's Bosnia Rally May Be Key Game-Changer|url=http://www.balkaninsight.com/en/article/erdogan-s-bosnia-rally-may-be-key-game-changer-05-04-2018|website=Balkan Insight|acessodata=4 de maio de 2018|idioma=en}}</ref> Erdoğan foi reeleito presidente da Turquia no primeiro turno das eleições com 52,59% dos votos,<ref name="resultado">{{Citar web|url=http://www.ysk.gov.tr/ysk/content/conn/YSKUCM/path/Contribution%20Folders/HaberDosya/2014CB-Kesin-416_d_Genel.pdf|título=Presidential elections results|publicado=Supremo Conselho Eleitoral da República da Turquia|data=15-8-2014}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/erdogan-e-reeleito-presidente-da-turquia-segundo-governo.ghtml|título=Erdogan é reeleito presidente da Turquia|data=24-6-2018|acessodata=5-7-2018|publicado=[[G1]]}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.theguardian.com/world/live/2018/jun/24/turkey-elections-muharrem-ince-recep-tayyip-erdogan-polls-live-updates-2018|título=Turkey elections 2018: Erdoğan declared winner – as it happened|data=24-6-2018|acessodata=5-7-2018|publicado=The Guardian|autor=Letsch, Constanze}}</ref> descartando a necessidade de um segundo turno eleitoral. [[Muharrem İnce]], o candidato da chapa formada por [[Partido Republicano do Povo]], [[Partido de Ação Nacionalista]] e outros 10 partidos de oposição, recebeu 30,64% dos votos. O candidato curdo, [[Selahattin Demirtaş]], recebeu 8,40% dos votos.

=== Política ambiental ===
Em 2013, as associações ambientalistas turcas mobilizam-se contra a "lei sobre a conservação da natureza e da biodiversidade", que permitirá a realização de projetos industriais ou de urbanização em zonas naturais se forem do "interesse público superior". Esta noção, considerada vaga, "abre a porta a todo o tipo de abusos", segundo as associações.<ref name=":0">{{Citar web|titulo=Turquie : une politique environnementale vivement critiquée|url=https://www.novethic.fr/actualite/social/droits-humains/isr-rse/turquie-une-politique-environnementale-vivement-critiquee-139908.html|obra=www.novethic.fr|acessodata=2019-5-9|lingua=fr}}</ref>

Em 2013, está em curso ou planeada a construção de cerca de sessenta centrais a carvão. Segundo o [[Greenpeace]], o governo "deixa muito pouco espaço para projetos de energia renovável" e as emissões de gases de efeito estufa estão aumentando.<ref name=":0" />

=== Restrições à liberdade de imprensa ===
Durante os anos de poder de Erdoğan, a Turquia tem consistentemente reforçado a natureza restritiva de sua política de liberdade de informação e, portanto, tem levantado muitas críticas de ONGs internacionais. Entre 72 e 97 jornalistas turcos estão presos em 2012, contra 13 no final de 2002, ano em que o [[Partido da Justiça e Desenvolvimento (Turquia)|AKP]] chegou ao poder. [[Repórteres sem Fronteiras]] (RSF) descreveu a Turquia como a "primeira prisão do mundo para jornalistas". Esta situação parece continuar a deteriorar-se, uma vez que, em 2016, a Turquia ocupou a 151ª posição entre 180 países avaliados no ranking anual de RSF dos países do mundo, de acordo com o seu índice de liberdade de imprensa. A ONG assinala em particular a concentração da maior parte dos meios de comunicação social nas mãos de chefes de imprensa próximos do governo, a multiplicidade de processos judiciais instaurados por "insulto" ou "terrorismo", ou a apreensão pela polícia de jornais críticos do regime.<ref>{{Citar web|url=https://rsf.org/fr/la-turquie-premi%C3%A8re-prison-au-monde-pour-les-journalistes|titulo=La Turquie, première prison au monde pour les journalistes {{!}} RSF|data=2012-12-19|acessodata=2023-05-30|website=rsf.org|lingua=fr}}</ref>

Os julgamentos por insultos contra o presidente Erdoğan aumentaram desde a sua eleição como Chefe de Estado em agosto de 2014. Aproximadamente dois mil processos judiciais foram iniciados na Turquia por esta razão entre agosto de 2014 e abril de 2015. Em 2017, quase 3 000 jornalistas perderam seus empregos, muitas vezes porque a mídia para a qual trabalhavam foi banida.<ref>{{Citar web|ultimo=https://www.facebook.com/RFI|url=https://www.rfi.fr/fr/europe/20171101-turquie-pres-3000-journalistes-ont-perdu-leur-emploi-depuis-an|titulo=Turquie: près de 3000 journalistes ont perdu leur emploi depuis un an|data=2017-11-01|acessodata=2023-05-30|website=RFI|lingua=fr}}</ref>

=== Candidatura presidencial em 2023 ===
Após duas décadas no governo da Turquia, concorreu a reeleição em 2023, sendo reeleito presidente por mais um mandato após uma disputa acirrada no segundo turno contra [[Kemal Kılıçdaroğlu]].<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/google/amp/mundo/noticia/2023/05/28/resultados-eleicoes-turquia-erdogan.ghtml|titulo=resultados-eleicoes-turquia-erdogan}}</ref> Erdogan foi filmado a distribuir notas de banco no valor aproximado de nove euros  aos seus apoiantes. que o saudavam na assembleia de voto onde votou na segunda volta das eleições presidenciais.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.theguardian.com/world/video/2023/may/28/recep-tayyip-erdogan-turkey-banknotes-supporters-election-runoff-video |título=Erdoğan hands banknotes to supporters outside Turkish polling station – video |data=2023-05-28 |periódico=The Guardian |lingua=en-GB |issn=0261-3077}}</ref>

== Controvérsias ==
Durante os primeiros anos de seu governo como primeiro-ministro, Erdoğan foi visto como um modelo para a maioria das nações emergentes do mundo oriental, devido às expressivas reformas iniciadas por seu governo, garantindo liberdade religiosa e direitos das minorias como parte das negociações para a entrada do país na União Europeia.<ref>{{Citar web|url=http://www.independent.co.uk/voices/comment/has-recep-tayyip-erdogan-gone-from-model-middle-east-strongman-to-tinpot-dictator-9252366.html|título=Has Recep Tayyip Erdogan gone from model Middle East 'strongman' to tin-pot dictator?|autor=Fisk, Robert|publicado=The Independent|data=10-4-2014}}</ref> Contudo, seu governo passou por profundas crises, especialmente as insurgências por parte das [[Forças Armadas da Turquia|forças armadas turcas]], escândalos de corrupção e atritos com a imprensa nacional. Por diversas vezes, a oposição acusou o governo de incitar a ameaça política em todo o país. No centro das acusações de autoritarismo político figuram as ligações controversas de Erdoğan com lideranças religiosas islâmicas, incluindo sua antiga aliança com [[Fethullah Gülen]] - acusado por muitos opositores de planejar o estabelecimento de um estado muçulmano na Turquia.<ref>{{Citar web|url=http://www.hurriyetdailynews.com/gulen-acquitted-of-trying-to-overthrow-secular-government.aspx?pageID=438&n=gulen-acquitted-of-trying-to-overthrow-secular-government-2006-05-06|título=Gülen acquitted of trying to overthrow secular government|publicado=Hürriyet Daily News|data=6 de maio de 2016}}</ref>

Em resposta às críticas, Erdoğan realizou um discurso em maio de 2014 rebatendo as acusações de autoritarismo. No discurso, o primeiro-ministro afirmou que se ele fosse um ditador, o líder da oposição - [[Kemal Kılıçdaroğlu]] - não teria condições de sair publicamente nas ruas do países.<ref>{{Citar web|url=http://www.cumhuriyet.com.tr/haber/turkiye/76193/Kilicdaroglu__Uc_gun_sussa_huzur_olur.html|título=Kılıçdaroğlu: Three days peace is suspect|publicado=Hürriyet|data=27 de maio de 2014}}</ref> Erdoğan disse ainda que tais acusações elevariam a tensão popular e exigiu que a oposição tivesse cuidado com as acusações que fazia ao governo.<ref>{{Citar web|url=http://haber.sol.org.tr/devlet-ve-siyaset/basbakan-tobbda-konustu-ben-diktator-olsaydim-meydanlarda-rahatca-dolasamazdiniz-h|título=Prime Minister speaks at TOBB:If I were a dictator I would not allow free movement|data=22 de maio de 2014}}</ref> Kılıçdaroğlu respondeu que as acusações cessariam se o então primeiro-ministro parasse de realizar seus discursos em teor político conflitante.

Em fevereiro de 2015, um adolescente de treze anos de idade foi detido pela polícia após supostas críticas a Erdoğan através da [[rede social]] ''[[Facebook]]''.<ref>{{Citar web|url=http://www.ilk-kursun.com/haber/218880/13-yasindaki-cocuk-erdogana-hakaretten-ifade-verdi/|título=13 yaşındaki çocuk, Erdoğan'a hakaretten ifade verdi - İlk Kurşun Gazetesi|publicado=ilk-kursun.com}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/12/adolescente-e-preso-por-insultar-o-presidente-da-turquia-4939690.html|título=Adolescente é preso por insultar o presidente da Turquia|publicado=ZH Notícias|data=28 de dezembro de 2015}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.noticiasaominuto.com/mundo/326036/adolescente-turco-em-prisao-preventiva-por-caluniar-erdogan|título=Adolescente turco em prisão preventiva por caluniar Erdogan|autor=Lusa|publicado=Notícias ao Minuto|data=25 de dezembro de 2014}}</ref>

=== Acusações de antissemitismo ===
Certa vez, Erdoğan se referiu ao ativista [[antissemita]] [[Necip Fazıl Kısakürek]] como "seu ídolo". Kısakürek já havia sido considerado por analistas como influenciador da opinião do Primeiro-ministro sobre os judeus.<ref>{{Citar web|url=http://www.silkroadstudies.org/new/inside/turkey/2009/091109B.html|título=Islamic conservative|publicado=Silk Road Studies|acessodata=2016-5-14|wayb=20130509094335|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.haaretz.com/opinion/.premium-1.592114|título='Spawn of Israel’: Erdogan's anti-Semitic obsessions|publicado=Haaretz}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.worldaffairsjournal.org/article/erdogan%E2%80%99s-muse-school-necip-fazil-kisakurek|título=Erdogan’s Muse: The School of Necip Fazil Kisakurek|autor=Singer, Sean R.|publicado=World Affairs Journal}}</ref> As publicações do ativista incluem uma tradução para a língua turca de ''[[Os Protocolos dos Sábios de Sião]]'' e comentários sobre ''[[O Judeu Internacional]]'', de [[Henry Ford]].<ref>{{Citar web|url=https://www.academia.edu/5437676/An_Enemy_Old_and_New_The_Donme_Anti-Semitism_and_Conspiracy_Theories_in_the_Ottoman_Empire_and_Turkish_Republic|título=An Enemy Old and New: The Dönme, Anti-Semitism, and Conspiracy Theories in the Ottoman Empire and Turkish Republic|autor=Baer, Marc David|publicado=Jewish Quarterly Review|data=2013}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://muse.jhu.edu/|título=Project MUSE}}</ref>

Em 2009, o [[Ministério das Relações Exteriores (Israel)|Ministério das Relações Exteriores de Israel]], publicou um relatório no qual acusa Erdoğan de incitar o antissemitismo em seu país.<ref>{{Citar web|url=http://www.haaretz.com/print-edition/news/israel-accuses-turkish-pm-of-inciting-anti-semitism-1.265790|título=Israel accuses Turkish PM of inciting anti-Semitism|publicado=Haaretz|data=3-8-2014}}</ref>

Em 2013, Erdoğan ficou em segundo lugar numa pesquisa do [[Centro Simon Wiesenthal]] de classificação de personalidades antissemitas; após considerar publicamente os judeus como organizadores dos protestos contra ele no ano de 2013.<ref>{{Citar web|url=http://www.wiesenthal.com/site/apps/nlnet/content.aspx?c=lsKWLbPJLnF&b=8776547&ct=14143837|título=Wiesenthal Center: Erdogan’s Anti-Semitic Diatribe Unmatched Since Hitler and Goebbels|publicado=[[Centro Simon Wiesenthal]]|data=3-8-2013}}</ref> Em outra declaração que foi tida como antissemita, o primeiro-ministro disse que Israel tinha "o poder de controlar a mídia mundial", colocando-os como responsáveis pela oposição da imprensa turca ao seu governo.<ref>{{Citar web|url=https://books.google.com/books?id=M3ZJMYiNe0UC&lpg=PA319&ots=7c6XPh5OGX&dq=%22pronounced%2C+Israel+and+Israel%E2%80%99s+administration%22&pg=PA318#v=onepage&q&f=false|título=Resurgent antisemitism global perspectives|autor=Rosenfeld, edited by Alvin H.|data=2013|isbn=0253008905}}</ref>

Em agosto de 2014, durante o [[Operação Margem Protetora|conflito em Gaza]], o já presidente Erdoğan acusou Israel de deliberadamente assassinar mulheres palestinas. O presidente turco ainda relacionou as ações tomadas pelo governo israelense às práticas de [[Adolf Hitler]], afirmando que estes buscavam estabelecer uma raça "livre de defeitos".<ref>{{Citar web|url=http://www.haaretz.com/news/middle-east/1.608701|título=Erdogan accuses Israel of deliberately killing Palestinian mothers|publicado=Haaretz|data=4-8-2014}}</ref>

=== Politização do judiciário ===
O sistema judiciário da Turquia é tradicionalmente alinhado a princípios seculares, conforme determina a [[Constituição da Turquia|Constituição do país]]. Isto resultou na dissolução de partidos dos quais Erdoğan foi membro, mais especificamente o Partido do Bem Estar, em 1998, e o Partido da Virtude, em 2001. As cortes do país também são vistas como uma ameaça frequente ao Partido Justiça e Desenvolvimento, do qual Erdoğan é membro já há mais de uma década. Em 2008, a Corte Constitucional da Turquia acolheu uma petição pelo fechamento do partido AKP e o banimento político de 71 membros do partido. Apesar do partido ter resistido à pressão do judiciário, acabou por perder mais da metade de seus membros fundadores.

Em abril de 2014, o presidente da Corte Constitucional, Haşim Kılıç, acusou Erdoğan de denegrir a credibilidade do judiciário do país, condenando suas ações como tentativa "desesperada" de ampliar o controle político sobre as cortes.<ref>{{Citar web|url=http://www.ft.com/intl/cms/s/0/1a4b7676-cc7e-11e3-9b5f-00144feabdc0.html#axzz3KwGSkViN|título=Turkey's top judge accuses Erdogan of damaging rule of law|autor=Dombey, Daniel|publicado=Financial Times|data=25-4-2014}}</ref>

=== "O Papel da Mulher" ===
Em 24 de Novembro de 2014, afirmou Erdoğan: "O Alcorão suporta, que as mulheres não podem ser consideradas como iguais aos homens" e disse que, segundo o Islão, o papel das mulheres na sociedade é fazer filhos. Ele também declarou que as feministas não conseguem entendê-lo "porque não aceitam a própria ideia de maternidade". E ainda: "os dois sexos não podem ser tratados da mesma maneira porque é contra a natureza humana" e "que não podemos colocar uma mulher que está amamentando e um homem no mesmo plano". Em agosto, enfureceu os movimentos feministas turcos ao tentar limitar o direito ao aborto. Grupos de defesa das mulheres turcas acusam o governo de incentivar a violência doméstica. Segundo esses grupos, "mais de 200 mulheres foram mortas na Turquia por seus maridos ou companheiros desde o começo do ano" (2014) <ref>{{Citar web|titulo=Pour le président turc, la femme n'est pas l'égale de l'homme|url=https://www.huffingtonpost.fr/2014/11/24/turquie-erdogan-femme-egalite-homme_n_6213078.html|obra=Le Huffington Post|data=2014-11-24|lingua=fr}}</ref>

=== O ''Informe Pelicano'' ===
Em 1 de maio de 2016, vazou uma publicação anônima de um ''[[blog]]'' chamado ''The Pelican Brief'', no qual exigia-se a renúncia do Primeiro-ministro [[Ahmet Davutoğlu]].<ref>{{Citar web|url=https://next.ft.com/content/80890590-120c-11e6-91da-096d89bd2173|título=Turkish prime minister quits after rift with Erdogan|publicado=Financial Times}}</ref> Dias depois do incidente, Ahmet Davutoğlu anunciou que não iria concorrer às próximas eleições parlamentares, deixando o cargo à frente do governo. O fato tem sido descrito como um golpe de Estado articulado por aliados do presidente. Segundo denúncias internacionais, o partido governista estaria planejando a imposição de um presidencialismo no país.<ref>{{Citar web|url=http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/230316/Premi%C3%AA-turco-renuncia-para-fortalecer-Erdogan.htm|título=Premiê turco renuncia para fortalecer Erdogan|publicado=Brasil 247|data=5 de maio de 2016}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.dw.com/es/opini%C3%B3n-erdogan-tras-la-exclusividad-del-poder/a-19241041|título=Opinión: Erdogan, tras la exclusividad del poder|autor=Baumgarten, Reinhard|publicado=DW|data=7 de maio de 2016}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://internacional.elpais.com/internacional/2016/05/05/actualidad/1462445480_966000.html|título=El presidente Erdogan fuerza la salida de su primer ministro|autor=Moureanza, Andrés|publicado=[[El País]]|data=5 de maio de 2016}}</ref>

== Política externa ==
Erdoğan é cofundador da [[Aliança de Civilizações]].<ref>{{Citar web|url=http://www.uli1.sakarya.edu.tr/ali/theaoc.pdf|título=Turkey’s Role in the Alliance of Civilizations: A New Perspective in Turkish Foreign Policy?|ultimo1=Balci|primeiro1=Ali|ultimo2=Mis|primeiro2=Nebis|publicado=Turkish Studies Vol. 9}}</ref> A organização foi proposta pelo ex-[[primeiro-ministro da Espanha]], [[José Luis Rodríguez Zapatero]] durante a 59ª Sessão da [[Assembleia Geral das Nações Unidas]], em setembro de 2005. A iniciativa da ADC é estimular a ação internacional contra o [[extremismo]] através de cooperação e diálogo internacional, intercultural e inter-religioso.

=== Relações com a União Europeia ===
[[Imagem:Erdogan foreign trips as prime minister.png|thumb|Países visitados por Erdoğan enquanto Primeiro-ministro]]
Erdoğan foi eleito o "Europeu do Ano de 2004" pelo jornal ''European Voice'', que exaltou as reformas políticas promovidas pelo presidente desde sua atuação como chefe de governo.<ref name="europeu">{{Citar web|url=http://arsiv.ntvmsnbc.com/news/298717.asp?cp1=1|título=Erdoğan named European of the Year|publicado=NTV-MSNBC|data=1 de dezembro de 2004}}</ref> O galardoado afirmou que a "ascensão da Turquia demonstra que a Europa é um continente onde civilizações se reconciliam".<ref name="europeu"/> Em outubro de 2005, foram formalmente iniciadas as negociações para a entrada da Turquia na [[União Europeia]].<ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7529707.stm|título=EU enlargement past, present and future|publicado=BBC News|data=6-11-2008}}</ref>

O governo de Erdoğan não é incondicionalmente pró-europeu. A [[Comissão Europeia]] comumente apoia as reformas promovidas pelo presidente turco, mas critica algumas de suas políticas. As negociações sobre a possível adesão turca à União Europeia foram suspensas em 2009, quando portos do país foram fechados às embarcações cipriotas. Outra questão de impasse são os direitos humanos no país. A Grande Assembleia Nacional aprovou uma lei estabelecendo a Instituição Nacional de Direitos Humanos da Turquia que, no entanto, não engloba todos os aspectos sobre direitos humanos instituídos pelas Nações Unidas. Em relatório de 2012, a Comissão Europeia cita falta de "liberdade de expressão, pensamento, consciência, religiosa" como um dos impasses às negociações.<ref name="comissao">{{Citar web|url=http://ec.europa.eu/enlargement/pdf/key_documents/2012/package/tr_rapport_2012_en.pdf|título=2012 Progress Report|publicado=[[Comissão Europeia]]|data=10-10-2012}}</ref>  Além disso, a liberdade de imprensa permanece restrita na prática, de acordo com o mesmo relatório.<ref name="comissao"/> Nenhum progresso foi alcançado em políticas anti-discriminatórias, como a discriminação contra homossexuais.<ref name="comissao"/>

Em fevereiro de 2016, Erdoğan ameaçou enviar milhões de refugiados sírios na Turquia para outros países da Europa,<ref>{{Citar web|url=https://euobserver.com/migration/132233|título=Erdogan to EU: 'We're not idiots', threatens to send refugees|publicado=EU Observer|data=11-2-2016}}</ref> afirmando que não havia nenhum acordo previsto com a Turquia para a permanência destes no país.<ref>{{Citar web|url=http://www.reuters.com/article/us-europe-migrants-eu-turkey-idUSKCN0VH1R0|título=Turkey's Erdogan threatened to flood Europe with migrants: Greek website|publicado=Reuters|data=8-2-2016}}</ref>

=== Grécia e Chipre ===
[[Imagem:Recep Tayyip Erdoğan and George Papandreou, Turkey November 2009 5.jpg|thumb|Os primeiros-ministros Recep Tayyip Erdoğan, da Turquia, e [[Geórgios Papandréu (1952)|George Papandreou]], da Grécia, em novembro de 2009]]
Durante o governo de Erdoğan, as [[relações entre Grécia e Turquia]] foram normalizadas e relações políticas e comerciais melhoraram de maneira significante. Em 2007, Erdoğan e o [[Primeiro-ministro da Grécia|primeiro-ministro grego]] [[Kostas Karamanlis]] inauguraram o gasoduto greco-turco na fronteira entre os dois países. Um projeto unindo os dois países, o gasoduto fornece gás natural cáspio para a Europa, criando uma alternativa à hegemonia energética russa.<ref>{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2007/11/19/world/europe/19greece.html|título=Greece and Turkey Open Gas Pipeline|autor=Carassava, Anthee|publicado=The New York Times|data=19-11-2007}}</ref> Turquia e Grécia assinaram um acordo para criar uma Unidade Operacional Conjunta, sob o patrocínio da [[OTAN]], para participar das Operações de Apoio à Paz. Erdoğan e seus partidários apoiaram fortemente o referendo europeu de 2004 que decidiu reunificar [[Chipre]].<ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/3656919.stm|título=Analysis: Turkey's Cyprus gamble|autor=Dymond, Jonny|publicado=BBC News|data=25-4-2004}}</ref> As negociações acerca da entrada da Turquia na União Europeia foram paralisadas em 2009, após o país ter fechado seus portos aos navios cipriotas em retaliação ao isolamento econômico da [[República Turca de Chipre do Norte]]. Ainda hoje, a Turquia não reconhece Chipre como Estado-membro da União Europeia.<ref>{{Citar web|url=http://www.hurriyetdailynews.com/eu-pays-the-price-for-admitting-cyprus-turkish-prime-minister-erdogan.aspx?pageID=238&nid=40580|título=EU pays the price for admitting Cyprus: Turkish Prime Minister Erdoğan|publicado=Hurriyet Daily News|data=5-2-2013}}</ref>

=== Oriente Médio ===
;Relações com o Iraque
{{AP|Relações entre Iraque e Turquia}}
Sob o governo de Erdoğan, a Turquia foi incluída na [[Coalizão militar no Iraque|coalizão da boa-vontade]], que apoiou, militarmente ou verbalmente, a [[Invasão do Iraque|invasão do Iraque em 2003]].<ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/2862343.stm|título=US names 'coalition of the willing|publicado=BBC News|data=18-3-2003}}</ref>

No período em que ficou no governo, Iraque e Turquia fecharam 48 acordos estratégicos nas áreas de segurança, energia, petróleo, eletricidade, água, saúde, comércio, transporte, habitação, infraestrutura, agricultura, educação e defesa. O governo turco manteve relações com o [[Curdistão iraquiano]] e abriu uma universidade turca em [[Arbil]] e um consulado em [[Mosul]].<ref>{{Citar web|url=http://www.todayszaman.com/tz-web/news-191730-100-news-analysis-towards-a-new-era-in-ties-with-northern-iraq.html|título=Towards a new era in ties with Northern Iraq|publicado=Today's Zaman|data=2-11-2009}}</ref> Em 2009, [[Abdullah Gül]] tornou-se o primeiro chefe de Estado turco a visitar oficialmente o Iraque em mais de 33 anos.<ref>{{Citar web|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2009/03/23/AR2009032300392.html|título=Turkish President Visits Iraq as Bombings Kill 34|publicado=[[The Washington Post]]|data=23-3-2009}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.france24.com/en/20090323-turkeys-president-abdullah-gul-makes-landmark-visit-iraq-|título=Turkey's President Abdullah Gul makes landmark visit to Iraq|publicado=France 24|data=23-3-2009}}</ref>

; Relações com Israel
{{AP|Relações entre Israel e Turquia}}
[[Imagem:WORLD ECONOMIC FORUM ANNUAL MEETING 2009 - Recep Tayyip Erdogan.jpg|thumb|Recep Tayyip Erdoğan deixa a sessão do Fórum Econômico Mundial de 2009 após discussão com [[Shimon Peres]]]]

[[Imagem:Joe Biden & Recep Tayyip Erdoğan.jpg|thumb|O [[Vice-presidente dos Estados Unidos]] [[Joe Biden]] visita Recep Tayyip Erdoğan em sua residência particular, em [[Istambul]], 2011]]

Erdoğan visitou Israel em 2005, juntamente com uma delegação de investidores para fortalecer os laços econômicos entre os dois países.<ref>{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2005/05/02/international/middleeast/02mideast.html|título=Report: Turkish Leader Visits Israel, Restoring Friendly Ties|autor=Myre, Grey|publicado=The New York Times|data=2 de maio de 2005}}</ref> O então [[presidente de Israel]] [[Shimon Peres]] discursou diante da [[Grande Assembleia Nacional da Turquia]] em 2007, sendo esta a primeira ocasião em que um líder israelense discursou perante a legislatura de um país islâmico.<ref>{{Citar web|url=http://www.brisbanetimes.com.au/news/world/peres-addresses-turkish-parliament/2007/11/14/1194766711166.html|título=Peres addresses Turkish Parliament|publicado=Brisbane Times|data=14-11-2007}}</ref>

No [[Fórum Econômico Mundial]] de 2009, os debates sobre a [[Faixa de Gaza]] acirraram-se entre os dois governantes. Peres perguntou a Erdoğan que posição teria a Turquia se Istambul fosse bombardeada todas as noites.<ref>{{Citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/finance/financetopics/davos/4392331/WEF-2009-Turkish-leader-storms-out-of-debate-with-Israeli-PM.html|título=WEF 2009 Turkish leader storms out of debate with Israeli PM|publicado=The Telegraph|data=30-1-2009}}</ref> Erdoğan foi interrompido em seu discurso de resposta ao dizer que Peres seria um assassino de crianças. No momento, o moderador do debate interrompeu as discussões alegando o horário de jantar. Porém, Erdoğan deixou o painel de debates, acusando o moderador de favorecer Peres.<ref>{{Citar web|url=http://www.hurriyet.com.tr/english/world/10887282.asp?gid=244|título=Turkish PM storms out of Davos' Gaza session, slams moderator|publicado=Hürriyet|data=1-2-2009}}</ref>

Após o [[Ataque à Flotilha da Liberdade]] em maio de 2010, as tensões entre os dois países intensificaram-se. Erdoğan condenou fortemente o ataque, que descreveu como "terrorismo de Estado", e exigiu retratação por parte de autoridades israelenses. Erdoğan descreveu Israel como "principal ameaça à paz regional", e incentivou a inspeção do arsenal nuclear israelense pela [[AIEA]]. O Primeiro-ministro turco passou a criticar as medidas tomadas pelo Estado israelense no conflito, afirmando que este desejava transformar [[Gaza]] em uma "prisão a céu aberto". Os comentários frequentes de Erdoğan sobre a política externa de Israel foram vistos de forma negativa pelo [[Secretário-geral das Nações Unidas]] [[Ban Ki-moon]].

Em 2012, Erdoğan voltou a tecer críticas ao governo de Israel. Desta vez, acusou-o de praticar genocídio contra os palestinos.

=== Relações com os Estados Unidos ===
{{AP|Relações entre Estados Unidos e Turquia}}
Após tornar-se [[presidente dos Estados Unidos]], [[Barack Obama]] realizou [[Lista de viagens presidenciais de Barack Obama|sua primeira visita de Estado à Turquia]] em abril de 2009.

Na ocasião, durante uma coletiva de imprensa, Obama afirmou: "Eu estou tentando fazer uma afirmação sobre a importância da Turquia, não somente para os Estados Unidos, mas para todo o mundo. Eu creio que a maior promessa de construir relações mais fortes entre nossos países reside no reconhecimento de que a Turquia e os Estados Unidos podem construir um modelo de parceira no qual uma nação predominantemente cristã, uma nação predominantemente islâmica" estão inseridos.<ref>{{Citar web|url=http://edition.cnn.com/2009/POLITICS/04/06/obama.turkey/index.html|título=Obama in Turkey|publicado=CNN|data=6-4-2009}}</ref>

{{Referências}}

== Ligações externas ==
{{Correlatos
|commonscat      =Recep Tayyip Erdoğan
|wikinotíciascat =Recep Tayyip Erdoğan
}}
* [https://web.archive.org/web/20140311092658/http://www.rte.gen.tr/ Página da campanha oficial à presidência] {{tr}}
* [http://www.basbakanlik.gov.tr/Forms/_Global/_PrimeMinister/pg_PrimeMinister.aspx Primeiros-ministros da Turquia] {{tr}}
* [http://www.akparti.org.tr/ Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP)] {{tr}}
*{{twitter|RTErdogan}}

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{{Caixa de sucessão
|título={{nowrap|[[imagem:Emblem of the Presidency of Turkey.svg|30px]]<br/>[[Lista de presidentes da Turquia|12º Presidente da Turquia]]}}
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{{Caixa de sucessão
|título=[[Lista de primeiros-ministros da Turquia|Primeiro-ministro da Turquia]]
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[[Categoria:Recep Tayyip Erdoğan]]
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