Mostrar código-fonte de Reserpina

{{Formatar referências|data=maio de 2021}}
{{Info/Química
| ImageFile = Reserpine.png
| ImageSize = 200px
| ImageFile1 = Reserpine 200.svg
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| IUPACName = ''methyl-11,17α-dimethoxy-18β-[(3,4,5-trimethoxybenzoyl)<br>
''oxy]-3β,20α-yohimban-16β-carboxylate''<br />Ou<br />methyl (1''R'',15''S'',17''R'',18''R'',19''S'',20''S'')-6,18-dimethoxy-17-[(3,4,5-trimethoxyphenyl)carbonyloxy]- 3,13-diazapentacyclo[11.8.0.0<sup>2,10</sup>.0<sup>4,9</sup>.0<sup>15,20</sup>]henicosa-2(10),4(9),5,7-tetraene-19-carboxylate
| OtherNames = 
| Section1 = {{Chembox Identifiers
| Abbreviations =
| CASNo = 50-55-5
| PubChem =
| SMILES =
| MeSHName =
| ChemSpiderID =  5566
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<!-- ATCCode_prefix, ATCCode_suffix = {{ATC|C02|AA02}}, {{ATC|N05|AX15}}  (wiki.de) //-->
| ATC_Supplemental =
| DrugBank = DB00206
| DCB = 07684
| Medicamento_de_referência =
}}
| Section2 = {{Chembox Properties
| Formula =
| C=33 | H=40 | N=2 | O=9
| MolarMass =
| Appearance = Pó cristalino ou pequenos cristais brancos ou levemente amarelados, cuja cor se torna lentamente mais forte por exposição à luz.<ref name ="Farm.VII" />
| Density =
| MeltingPt = 264–265 °C<ref name="Clarke">Moffat, Osselton, Widdop, Galichet (Hrsg.): ''Clarke’s Analysis of Drugs and Poisons''. Pharmaceutical Press, Bath 2004, ISBN 0-85369-473-7. Ss. 1531–1532.</ref>
| Melting_notes =
| BoilingPt =
| Boiling_notes =
| Solubility = praticamente insolúvel na água<ref name ="Farm.VII" /><ref>{{Alfa|L03506|data=19. Februar 2010}}</ref>
| SolubleOther = praticamente insolúvel no [[éter]], muito pouco solúvel no álcool.<ref name ="Farm.VII" />
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| AdminRoutes = [[via oral]]
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| Section4 = {{Chembox Hazards
| RPhrases = {{R22}}
| SPhrases = {{S22}}, {{S36/37/39}}
| LD50 = 420 mg·kg<sup>-1</sup> (rato, [[Per os]])<ref name="Sigma">{{Sigma-Aldrich|SIGMA|R0875|Name=Reserpine|data=23 de setembro de 2010}}</ref>
  }}
| Section5 =
| fundo = fármaco
| Section8 = {{Chembox Related
|   OtherCpds = [[Ácido 3,4,5-trimetoxibenzoico]]<br />''[[Yorimban]]'' (a estrutura pentacíclica)
  }}
}}

A '''reserpina''' (em latim ''reserpinum'') é um [[alcalóide]] proveniente do arbusto ''[[Rauwolfia serpentina]]'', da família das ''[[Apocynaceae]]'', nativo da [[Índia]]. Primeiro fármaco a atuar no [[sistema nervoso simpático]] dos humanos.<ref name="Goodman" /> A forma das raízes, às vezes tortuosas, levaram os hindus a darem à planta um nome relacionado às serpentes.

== História ==

Foi descrita farmacologicamente em [[1953]], por [[Hugo Bein]] e sintetizada quimicamente em [[1956]], pelo professor [[Robert Woodward]].<ref name="López" />

== Modo de ação ==

A reserpina inibe a captação de [[noradrenalina]] pelas vesículas presentes nas terminações nervosas, o que provoca depressão de noradrenalina. A reserpina interfere não só com a noradrenalina mas também das outras monoaminas (dopamina, adrenalina e serotonina).

Todas as terminações nervosas com monoaminas ficam disfuncionais e a pessoa pode desenvolver depressão. A reserpina é uma droga muito perigosa, e há relatos de que muitos pacientes cometeram suicídio.

== Utilizações ==
A noradrenalina é um dos [[neurotransmissor]]es do [[sistema nervoso simpático]]. A reserpina bloqueia a acção da noradrenalina, portanto do mesmo sistema. Isto provoca, entre outros efeitos, diminuição da [[frequência cardíaca]] e [[vasodilatação]]. Assim, é utilizada no '''tratamento de [[hipertensão arterial]]'''.

A reserpina também bloqueia outras aminas, como por exemplo a [[serotonina]], pelo mesmo mecanismo. Deste modo, pode também originar ou exacerbar uma depressão.
Segundo as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, a reserpina só é utilizada em combinação com outros anti-hipertensivos, sendo disponível comercialmente em combinação fixa com a clortalidona.

== Referências ==

<references>

<ref name="López">LÓPEZ, F. et. al. ''[http://books.google.com.br/books?id=_DSADxtczAIC&pg=PA609&dq=reserpina+%2BBein&hl=pt-br&ei=HImkTb2bLNPqgQfX7OimCg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CDIQ6AEwAg#v=onepage&q=reserpina%20%2BBein&f=false Historia de la psicofarmacología]''. Buenos Aires: Madrid: Médica Panamericana, 2003</ref>

<ref name ="Farm.VII">Farmacopeia Portuguesa VII</ref>

<ref name="Goodman">Goodman & Gilman. ''As bases farmacológicas da terapêutica.'' [tradução da 10. ed. original, Carla de Melo Vorsatz. ''et al''] Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2005.</ref>

</references>

== Bibliografia ==

* OSSWALD W, GUIMARÃES S; Terapêutica Medicamentosa e Suas Bases Farmacológicas; 4.ª ed., 2001
* Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51
* Dr. Najeeb Video Lectures

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