Resiliência (psicologia): diferenças entre revisões
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*[http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/resiliencia-o-que-e-isso-desdobramentos-no-conceito/49923/ Artigo: Resiliência? O que é isso? Desdobramentos no conceito. - George Barbosa] |
*[http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/resiliencia-o-que-e-isso-desdobramentos-no-conceito/49923/ Artigo: Resiliência? O que é isso? Desdobramentos no conceito. - George Barbosa] |
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*[http://www.scielo.br/pdf/pe/v8nspe/v8nesa10.pdf Psicologia positiva e resiliência: foco no indivíduo e na família - Maria Yunes] |
*[http://www.scielo.br/pdf/pe/v8nspe/v8nesa10.pdf Psicologia positiva e resiliência: foco no indivíduo e na família - Maria Yunes] |
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*[http://www.sobrare.com.br Sociedade Brasileira de Resiliência] |
*[http://www.sobrare.com.br Sociedade Brasileira de Resiliência] e [http://www.clubedeautores.com.br/authors/35187] |
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Revisão das 23h58min de 9 de outubro de 2011
A resiliência é um conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico. No entanto, Job (2003), que estudou a resiliência em organizações, argumenta que a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém depara com um contexto de tomada de decisão entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer.Essas decisões, propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Assim entendido, pode-se considerar que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.
Fatores
Administração das emoções
Refere-se à habilidade de se manter sereno diante de uma situação de estresse. Ressalta que pessoas resilientes quanto a esse fator são capazes de utilizar as pistas que leem nas outras pessoas para reorientar o comportamento, promovendo a autorregulação. Segundo esse autor, quando essa habilidade é rudimentar, as pessoas encontram dificuldades em cultivar vínculos e, com frequência, desgastam no âmbito emocional aqueles com quem convivem em família ou no trabalho.
Controle dos impulsos
Um segundo fator é o controle de impulsos, que se refere à capacidade de regular a intensidade de seus impulsos no sistema neuromuscular (nervos e músculos). É a aprendizagem de não se levar impulsivamente pela experiência de uma emoção. O autor explicita que as pessoas podem exercer um controle frouxo ou rígido do seu sistema muscular, visto que esse sistema está vinculado à regulação da intensidade das emoções. Dessa forma, a pessoa poderá viver uma emoção de forma exacerbada ou inibida. O controle de impulso garante a autorregulação dessas emoções ou a possibilidade de dar a devida força à vivência de emoções, tornando o grau de compreensão do autor mais sensivel e apurado mediante a situação.
Otimismo
Um terceiro fator é otimismo. Nesse fator, ocorre na resiliência a crença de que as coisas podem mudar para melhor. Há um investimento contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos.
Análise do ambiente
O quarto fator é a análise do ambiente. Trata-se da capacidade de identificar precisamente as causas dos problemas e das adversidades presente no ambiente. Essa possibilidade habilita a pessoa a se colocar em um lugar mais seguro ao invés de se posicionar em situação de risco.
Empatia
A empatia é o quinto fator que constitui a resiliência, significando a capacidade que o ser humano tem de compreender os estados psicológicos dos outros (emoções e sentimentos).
Autoeficácia
Autoeficácia é o sexto fator, que se refere à convicção de ser eficaz nas ações propostas.
Alcance de pessoas
O sétimo e último fator constituinte da resiliência é alcançar pessoas. É a capacidade que a pessoa tem de se vincular a outras pessoas para viabilizar soluções para intempéries da vida, sem receios e medo do fracasso.
Desdobramentos a partir de 2006
No transcorrer de novas pesquisas, o Prof. Dr. Barbosa [SOBRARE] constatou a necessidade de ampliar sua investigação científica na temática da resiliência, pesquisando o mapeamento de oito modelos básicos de crenças. Esse desdobramento, conhecido como Quest_Resiliência, é estruturado com uma abordagem teórica da terapia cognitiva, da psicologia positiva e da teoria geral dos sistemas, cobrindo oito Modelos de Crenças Determinantes (MCDs), relacionados à resiliência a partir de uma abordagem psicossomática.
De 2006 até agora, as pesquisas possibilitaram ampliar os entendimentos sobre a resiliência. É vista agora como o resultado de crenças determinantes que se organizam em blocos denominados modelos. Esses MCDs são estruturados desde a primeira infância. São crenças que se aglutinam quando vamos conhecendo/aprendendo/experimentando os fatos da vida com aqueles que nos cercam. Os MCDs são:
- MCD de autocontrole - capacidade de se administrar emocionalmente diante do inesperado. É amadurecer no comportamento expresso, uma vez que será esse comportamento que irá ser lido pelas outras pessoas;
- MCD de leitura corporal - capacidade de ler e organizar-se no sistema nervoso/muscular. É amadurecer no modo de lidar com as reações somáticas que surgem quando a tensão ou o estresse se tornam elevados;
- MCD de otimismo para com a vida - capacidade de enxergar a vida com esperança, alegria e sonhos. É a maturidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão está fora de suas mãos;
- MCD de análise do ambiente - capacidade de identificar e perceber precisamente as causas, as relações e as implicações dos problemas, dos conflitos e das adversidades presentes no ambiente;
- MCD empatia - capacidade de evidenciar a habilidade de empatia, bom humor e de emitir mensagens que promovam interação e aproximação, conectividade e reciprocidade entre as pessoas;
- MCD autoconfiança - capacidade de ter convicção de ser eficaz nas ações propostas;
- MCD alcançar e manter pessoas - capacidade de se vincular às outras pessoas sem receios ou medo de fracasso, conectando-se para a formação de fortes redes de apoio e proteção;
- MCD sentido de vida - capacidade de entendimento de um propósito vital de vida. Promove um enriquecimento do valor da vida, fortalecendo e capacitando a pessoa a preservar sua vida ao máximo.
Cada um dos MCDs desenvolve resiliência em uma área da vida e o leque de todos eles juntos contempla a vida de uma pessoa.
Bibliografia
- BARBOSA, George. S. Resiliência em professores do ensino fundamental de 5ª a 8ª Série: Validação e aplicação do questionário do índice de Resiliência: Adultos Reivich-Shatté/Barbosa. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica). São Paulo: Pontifica Universidade Católica, 2006.
- JOB, F. P.P. Os sentidos do trabalho e a importância da resiliência nas organizações. Tese (Doutorado em Administração de Empresas). São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 2003.
- BEDANI, Edna. Resiliência em Gestão de Pessoas: Um estudo a partir da aplicação do Questionário do Índice de Resiliência: Adultos em gestores de uma organização de grande porte. Dissertação de Mestrado. 2008. (Arquivo)