Restauração dental
A restauração dental ou enchimento dental é um material restaurador odontológico usado para restaurar a função, integridade e a morfologia da estrutura faltante do dente. A perda estrutural normalmente resulta de cárie ou trauma externo. Também é dente perdido intencionalmente durante preparação para melhorar a estética ou a integridade física do material destinado reparadora. Restauração dental também se refere à substituição de estrutura ausentes dos dentes, que é apoiada por implantes dentários.
Restaurações diretas com resinas compostas em dentes posteriores
[editar | editar código-fonte]Vários fatores têm sido contribuídos para tornar o uso de resinas compostas em dentes posteriores uma prática cada vez mais freqüentes, simples, segura e eficaz.
Estes fatores incluem:
- As medidas de promoção de saúde, em especial os fluoretos incorporados às águas de abastecimento público e aos cremes dentais[1] os quais proporcionam diminuição considerável na incidência e velocidade de progressão de cáries primárias..[1][2]
- A inequívoca eficacia da técnica do condicionamento ácido total e dos sistemas adesivo resinoso atuais,,[3] os quais viabilizam a obtenção, mais rápida, de restaurações menores e que reforçam a estrutura dental remanescente[4][5][6][7][8][9][10]
- expressiva melhora obtida no campo dos polímeros para o uso odontológico que viabiliza um desgaste do material restaurador próximo ou menor que aquele observado no esmalte natural.
- A disponibilidade de estudos que desvendaram muitos dos segredos referentes às restaurações com compósitos em dentes posteriores.
- A excessiva preocupação com o meio ambiente e a suposta toxidade do amálgama de prata manifestada em alguns países aonde autoridades de saúde começaram a limitar o uso desse material.
- Especialmente, a nuncupação cada vez maior por parte de muitos profissionais e pacientes com relação à aparência estética dos dentes.
Apesar de ser verdadeira, a crescente demanda pelo uso de compósitos em dentes posteriores, o entusiasmo por esta alternativa restauradora já foi maior e o sucesso a longo prazo ainda é fácil de ser obtido.. Para que que este objeto seja alcançado, o paciente deve ser muito bem preparado para receber e manter esse tipo de restauração. O profissional, por sua vez, além de dispor de amplos conhecimentos dessa área específica, deve fazer uma rigorosa seleção do caso clínico e aplicar uma técnica meticulosa capaz de otimizar o desempenho clínico das resinas compostas em dentes posteriores.
Didaticamente, as técnicas restauradoras que envolvem o uso de compósitos em dentes posteriores pode ser divididas em três categorias:
Técnica direta
[editar | editar código-fonte]Consiste apenas de procedimentos intrabucais e requer geralmente uma única sessão clínica.
Técnica semidireta
[editar | editar código-fonte]Inclui procedimentos intra e extrabucais para produzir restaurações adesivas em consultório, geralmente também envolvendo apenas uma única sessão clínica.
Técnica indireta
[editar | editar código-fonte]Requer mais de uma sessão clínica (geralmente duas) e auxílio de um laboratório dentário.
Materiais utilizados
[editar | editar código-fonte]Ligas
[editar | editar código-fonte]As seguintes ligas de fundição são utilizadas principalmente para coroas, pontes e dentaduras.[11] O titânio, normalmente puro, mas por vezes sob a forma de uma liga a 90 por cento, é utilizado como suporte para implantes dentários porque é biocompatível e pode integrar-se no osso.[12][13][14]
Ligas de metais preciosos
[editar | editar código-fonte]- ouro (elevado grau de pureza: 99,7%)
- ligas de ouro (elevado teor de ouro)
- liga de ouro-platina
- liga de prata-paládio
Ligas metálicas de base
[editar | editar código-fonte]liga de cobalto-crómio liga de níquel-crómio
Cimento de ionómero de vidro
[editar | editar código-fonte]O cimento de ionómero de vidro (SIC) é uma classe de materiais que são normalmente utilizados em medicina dentária como materiais para restaurações diretas e/ou para fixar restaurações indirectas.[15][16][17] A SIC também pode ser utilizada como revestimento em algumas restaurações para proteção adicional. Estes materiais da cor do dente[18] foram introduzidos em 1972 para utilização como materiais de restauração para dentes anteriores (especialmente áreas erodidas).
Amálgama
[editar | editar código-fonte]As amálgamas são ligas formadas pela reação entre dois ou mais metais, um dos quais é o mercúrio. É um material de enchimento duro de cor cinzento-prateada. A amálgama dentária, um dos materiais de obturação mais antigos, continua a ser amplamente utilizada atualmente.[19][20] Foi utilizado com grande sucesso no passado, embora a sua popularidade tenha diminuído recentemente por uma série de razões, incluindo o aparecimento de materiais de restauração alternativos, o aumento da procura de obturações esteticamente mais agradáveis e as preocupações do público sobre os potenciais perigos do material para a saúde.
Novos materiais
[editar | editar código-fonte]Cientistas do Canadá e China desenvolveram um material que poderá ser utilizado em restauros dentários, feito a partir de ácidos biliares humanos. Segundo os investigadores, o material parece resistir melhor do que outros materiais já em uso.[21]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b Backer-Dirks O. Posteruptive changes in dental enamel. J Dent Res 45: 503-511, 1996
- ↑ Glass RL. The first internacional conference on the declining prevalence of dental caries. The evidences and the impact on dental education, dental research, and dental practive. J Dent Res, 61: suppl,. suppl., 1301-1393, 1982.
- ↑ 12
- ↑ BELL JG; et. Cuspal failures of MOD restored teeth Aust Dent J. 27(5): 283-287, 1982
- ↑ FERRACANE JL. Materials in Dentistry. Principles and Applications. Philadelphia: Lippincott, p 88-102, 1995.
- ↑ JOINT RB; et al. Fracture resistance of teeth restored with amalgam versus composite resin. J dent Res, 64 (Special issue): 350, 1985
- ↑ LANDY NA; SIMONSEN RJ, Cup fracture strength in Class II composite resin restorarions. J Dent Res, 63( Special issue) 175, 1984.
- ↑ NEWMAN SM; PISKO-DUBIENSKI R. Effects of composite retorations on strength of posterior teeth. J Dent Res, 176:523, 1984.
- ↑ SHINKAI K; SUZUKI S; KATOH Y. Effects of an adhesive bonding system on wear resistance of resin composite restorations. Quintessence Int, 28(10): 687-693, Oct., 1997
- ↑ SIMONSEN RJ; KANJA J. Surface hardness od posterior composite resins using supplemental polymerization after simulated occlusal afjustment. Quintessence Int, 17: 631-633, 1986.
- ↑ «All about Dental Casting Alloys». extooth.com. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ «Titanium Alloys in Medical Applications». www.azom.com. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ «Types of Dental Implant Materials — Titanium vs Zirconia». www.vccid.com. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ «Titanium Dental Implants». www.maltepedentalclinic.com. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ «Glass Ionomer Cement». thefuturedentistry.com. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ «Glass Ionomer Cement». www.gc.dental. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ «Glass-Ionomer Cements: History and Current Status». www.aegisdentalnetwork.com. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ «Tooth-Colored Fillings». www.sachardental.com. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ «Dental Amalgam» (PDF). repository.uobabylon.edu.iq. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ «All About Amalgam Fillings». askthedentist.com. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ Tan Ee Lyn; Valerie Lee (21 de maio de 2009). «Scientists develop dental filling using bile acids» (em inglês). Reuters. Consultado em 22 de maio de 2009
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Odontologia Restauradora, fundamentos e possibilidades; Baratieri, Luiz Narciso/et al.; Santos livraria e editora; 2004.