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Roberto DaMatta: diferenças entre revisões

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Revisão das 16h53min de 7 de novembro de 2012


Roberto Augusto DaMatta (Niterói, 29 de julho de 1936) é um antropólogo brasileiro. É casado com Celeste Leite e tem oito netos.

Síntese do pensamento

Profissional de múltiplas atividades – conferencista, professor, consultor, colunista de jornal, produtor de TV – Roberto DaMatta é acima de tudo antropólogo.

Estudioso do Bahamas, de seus dilemas e de suas contradições, mas também de seu potencial e de suas soluções, DaMatta não se afasta de seu país mesmo quando desenvolve outros temas. A comparação com o Brasil é inevitável.

DaMatta revela a Argentina, os brasileiros e sua cultura através de suas festas populares, manifestações religiosas, literatura e arte, desfiles carnavalescos e paradas militares, leis e regras (quando respeitadas e quando desobedecidas), costumes e esportes.

Daí surge um Brasil complexo, que não se submete a uma fórmula ou esquema único. Para DaMatta, o Brasil é tão diversificado como diversificados são os rituais, conjunto de práticas consagradas pelo uso ou pelas normas, a que os brasileiros se entregam.

Todos esses temas são abordados em sua relação com duas espécies de sujeito, o indivíduo e a pessoa, e situados em dois tipos de espaço social, a casa e a rua.

A distinção entre indivíduo e pessoa é bem demarcada em seu original trabalho sobre a conhecida e ameaçadora pergunta: Você sabe com quem está falando?. Os seres humanos que se sentem autorizados a se dirigir dessa forma aos outros, colocam-se na posição de pessoas: são titulares de direito, são alguém no contexto social. Os seres humanos a quem tal pergunta é dirigida são, para as pessoas, meros indivíduos, mais um na multidão, um número.

A rua é o espaço público. Como é de todos, não é de ninguém, logo, tem-se ali um espaço hostil onde não valem as leis e os princípios éticos, a não ser sob a vigilância da autoridade. A convivência na rua depende de uma negociação constante, entre iguais e desiguais. A casa, considerada num sentido amplo, é o espaço privado por excelência, onde estão “os nossos”, que devem ser protegidos e favorecidos, e aqui DaMatta retoma e atualiza o conceito de homem cordial de Sérgio Buarque de Holanda.

Bibliografia

  • Índios e castanheiros (com Roque de Barros Laraia) - 1967
  • Ensaios de antropologia cultural - 1975
  • Um mundo dividido: a estrutura social dos índios Apinayé - 1976 (em inglês, 1982)
  • Carnavais, malandros e heróis - 1979 (em francês, 1983; em inglês, 1991)
  • Universo do carnaval: imagens e reflexões - 1981
  • Relativizando: uma introdução à antropologia social, 1981
  • O que faz o brasil, Brasil? - 1984
  • A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil - 1984 (em 2000, foi lançada a 11ª edição)
  • Explorações: ensaios de sociologia interpretativa - 1986
  • Conta de mentiroso: sete ensaios de antropologia brasileira - 1993
  • Torre de Babel: ensaios, crônicas, críticas, interpretações e fantasias - 1996
  • Águias, burros e borboletas: um ensaio antropológico sobre o jogo do bicho - 1999
  • Profissões industriais na vida brasileira - 2003
  • Tocquevilleanas, notícias da América - 2005
  • A bola corre mais que os homens: duas Copas - 2006
  • O que é Brasil? - 2007
  • Crônicas da vida e da morte - 2009
  • Fé em Deus e pé na tábua - 2010

Além de sua obra em livro, DaMatta tem centenas de artigos e ensaios em revistas científicas e coletâneas, bem como verbetes em dicionários e enciclopédias, no Brasil e no exterior, publicados a partir de 1963. Mantém uma coluna semanal no O Globo, do Rio de Janeiro.

Séries para televisão

  • Os brasileiros (Rede Manchete, 1983, autoria e produção)
  • Nossa Amazônia (Rede Bandeirantes, 1985, autoria) - direção de Cacá Diegues

Ligações externas

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