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Siemens Ltda.: diferenças entre revisões

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==Nossos valores==
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A mais alta performance combinada com os mais elevados padrões éticos.
A mais alta performance combinada com os mais elevados padrões éticos, mesmo que tenhamos apoiado e sido um dos pilares do partido nazista.


'''*Responsável:'''
'''*Responsável:'''

Revisão das 03h09min de 20 de março de 2012

Siemens Ltda. (Siemens Limitada) é uma empresa brasileira pertencente à alemã Siemens AG. Fabrica produtos eletrônicos e possui subsidiárias também em outras áreas.

Missão da Siemens no Brasil

Por meio de nossa rede global de inovação e forte presença local, reunimos e desenvolvemos competências e conhecimento, dentro de uma organização de alta performance, objetivando gerar o mais elevado nível de valor agregado para nossos clientes, colaboradores, acionistas e sociedade.

Nossos valores

A mais alta performance combinada com os mais elevados padrões éticos, mesmo que tenhamos apoiado e sido um dos pilares do partido nazista.

*Responsável: Comprometida com ações éticas e responsáveis.

*Excelente: Atingindo a alta performance e resultados excelentes.

*Inovadora: Sendo inovadora para criar valor sustentável.

Nossa visão

Siemens, a pioneira em:

  • eficiência energética
  • produtividade industrial
  • acessibilidade e personalização dos cuidados com a saúde
  • soluções inteligentes de infraestrutura

História

A primeira empreitada da Siemens no Brasil foi a instalação de uma linha telegráfica ligando a então capital Rio de Janeiro à província de São Pedro (atual estado do Rio Grande do Sul), em 1867. Outra linha foi estabelecida na década seguinte, ligando o Rio a Montevidéu, sendo em sua maior parte submarina. Apesar da grandiosidade desse segundo projeto, a Siemens ainda não considerava o Brasil um mercado interessante o bastante para justificar a construção de uma filial regional.

A situação só mudou em 1895, época em que tanto a eletrificação das cidades quanto a própria urbanização avançavam rapidamente. Interessada em lucrar com a demanda por infraestrutura elétrica, a empresa abriu um escritório técnico no Rio de Janeiro e começou a firmar contratos para a instalação de geradores, linhas telegráficas e de bondes. A maior parte dos contratos era firmada com o governo e paga com divisas obtidas com o lucro do Primeiro ciclo da borracha. Aliás, a ampliação da rede telegráfica deu-se em parte justamente para facilitar o acompanhamento das cotações do látex. No princípio a maior parte dos meios de produção, bem como grande parte da mão de obra, ainda era de origem estrangeira.

Em 1905 foi fundada a Companhia Brasileira de Electricidade Siemens-Shuckertwerke. A firma foi encarregada da iluminação elétrica das ruas do Rio de Janeiro, assim como pela instalação de um sistema de alarmes de incêndio ligado ao corpo de bombeiros municipal. A empresa também instalou geradores e as primeiras linhas telefônicas do Brasil. Expandiu-se rapidamente, abrindo representações em São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre. Também mantinha grandes armazens de material elétricoque ainda era todo importado. No Brasil, a Siemens continuava uma prestadora de serviços, não uma indústria fabricante. A despeito disso chegavam ao país vários produtos Siemens importados, como o carro Landaulet (da extinta Siemens-Protos) usado pelo Barão do Rio Branco.

A deflagração da Primeira Guerra Mundial trouxe tempos de crise. Embora o Brasil não tenha tomado parte no conflito diretamente as importações foram restringidas. A Siemens fechou escritórios um após o outro e só não encerrou completamente as atividades devido ao suporte recebido das filiais inglesa, argentina e estadunidense. Finda a guerra, começou a recuperação, feita através de contratos para a eletrificação de usinas de açúcar e da indústria em geral. Também instalou no país as primeiras centrais telefônicas automáticas da América Latina.

A Siemens brasileira só começou a produzir de fato em 1939, forçada pelo contexto internacional estabelecido pela Segunda Guerra Mundial. Sabendo pela experiência anterior que o conflito traria novas restrições ao material importado, a empresa começou a nacionalizar a fabricação de transformadores e disjuntores, abrindo a primeira fábrica, em São Paulo. Mas o problema maior da empresa na época foi suas raízes germânicas. Tão logo Getúlio Vargas optou de vez por apoiar os aliados começou um processo de intervenção contra as empresas alemãs. A Siemens foi estatizada em 1942 e fechada em 1944. Suas ações só começaram a ser reintegradas em 1946.

Os alemães também receberam de volta o controle da Casa Lohner, uma fábrica de equipamentos médicos. A serviço da Lohner, o doutor Manuel de Abreu desenvolveu o primeiro aparelho brasileiro de raios-x e inventou a abreugrafia. As reintegrações só terminaram em meados da década de 1950 e o grupo decidiu aproveitar a reinvestida para reinstalar uma filial da Osram no Brasil. Uma representação da fabricante de lâmpadas funcionara de 1922 ao início da segunda guerra. Em 1955 foi inaugurada uma fábrica em Osasco.

A firma continuou se expandindo, comedidamente até 1964 e de forma mais frenética após o golpe militar, na esteira do Milagre Econômico. Abriu uma fábrica de telecomunicações no Paraná, de componentes no RS e instalou os metrôs das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

A companhia conseguiu atravessar momentos difíceis com relativa estabilidade. Sua sede foi destruída no incêndio do edifício Andraus em 1972, perdendo quase toda a informação de logística, contratos e outros documentos. Além disso conseguiu abrir novas filiais durante toda a crise inflacionária que foi do fim dos anos 1970 até o começo dos anos 1990.

Cronologia no Brasil

  • 1867: Fornecimento e instalação da linha telegráfica entre o Rio de Janeiro e o estado do Rio Grande do Sul.
  • 1874: A Siemens instala o primeiro cabo submarino da América do Sul, com aproximadamente 2500 km de comprimento entre o Rio de Janeiro e a foz do riu Chuí (Uruguai).
  • 1894: A Siemens instala em Belém do Pará a primeira usina elétrica a vapor do Brasil.
  • 1897: Iniciadas as operações do primeiro bonde elétrico de salvador, administrado pela Siemens até 1906.
  • 1899: A Siemens se torna concessionário da Cia. Ferrocarril Vila Isabel, funda a Cia. Telefônica do Rio de Janeiro e instala o primeiro centro telefônico da então capital da República, para 8 mil linhas.
  • 1905: Fundação da Cia. Brazileira de Eletrecidade Siemens-Schuckertwerke no Rio de Janeiro, primeira multinacional eletroeletrônica a se instabelecer no Brasil.
  • 1909: A Siemens instala no Theatro Municipal do Rio de Janeiro a primeira central diesel-elétrica do Brasil.
  • 1922: Instalação da 1ª central telefônica automática do Brasil, em Porto Alegre.
  • 1936: A Siemens recebe grande encomenda na área médica, com distribuição realizada pela Casa Lohner. Em colaboração com o Dr. Manuel de Abreu (inventor da abreugrafia) é fabricado o primeiro apararelho brasileiro de raios X.
  • 1939: A Siemens inaugura em São Paulo a 1ª fábrica de transformadores do Brasil.
  • 1953: Inauguração da 1ª central automática de Telex da América do Sul, na Diretoria de Rotas Aéreas, RJ.
  • 1955: Inauguração da fábrica Lapa, em São Paulo.
  • 1955: Entra em operação a primeira turbina a vapor do Brasil, fornecida pela Siemens à Coperbo (PE).
  • 1964: Constituída a Fundação Siemens do Brasil, para prestar assistência social, médica e cultural aos colaboradores da Siemens e da Icotron.
  • 1967: A Siemens fabrica o primeiro transformador de força do Brasil (50 MVA-345 kV).
  • 1967: A Siemens instala na fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP), a primeira linha de pintura eletroforética da América Latina.
  • 1975: A Siemens fornece à Chesf cinco geradores com capacidade de 456 MVA cada um, os maiores produzidos no Brasil desde então. Com esse contrato, a Siemens já participa com cerca de 25% de toda eletricidade produzida no País.
  • 1975: A Siemens participa da construção do metrô de São Paulo.
  • 1975: Inaugurada em Jundiaí (SP), a nova fábrica de transformadores da Siemens.
  • 1977: A Siemens fornece o primeiro Tomógrafo
  • 1983: Fabricação do 1º gerador para a Usina Hidrelétrica de Itaipu, com potência de 823,6 MVA.
  • 1984: Início da fabricação das centrais de comutação pública EWSD na Fábrica de Curitiba.
  • 1989: A Siemens recebe o primeiro certificado ISO 9000 do Brasil.
  • 1993: Inauguração da fábrica em Manaus.
  • 1995: A Siemens no Brasil passa a ser centro de competência mundial para a fabricação de hidro-geradores.
  • 1997: A área de telefonia fixa é definida como centro de competência regional para fabricação de sistemas de comutação eletrônica digital Siemens (EWSD).
  • 1998: A unidade de Teleco-municações recebe o Prêmio Nacional da Qualidade.
  • 1999: Iniciadas as operações da maior central de cogeração do País, a termelétrica CTE 2 da CSN, em regime turnkey (240MW).
  • 2000: Iniciadas as operações da usina nuclear de Angra II sob responsabilidade da Siemens. Com 1.325 MW de capacidade, fornecendo o equivalente a 30% da energia consumida do Rio de Janeiro.
  • 2001: Entrada da Siemens no mercado de telefonia móvel com o fornecimento de infra-estrutura e celulares GSM. Inclusão da Chemtech Serviços de Engenharia e Software no grupo Siemens.
  • 2002: Na fábrica nova Anchieta da Volkswagen, a Siemens atua em todas as etapas do projeto da linha de produção do Polo, desde a engenharia até as soluções de automação.
  • 2003: A fábrica de Curitiba passa a ser centro mundial de competência para fabricação de equipamentos de telecomunicações para o mercado corporativo.
  • 2004: A Siemens instala a linha de transmissão Taquaruçu-Assis-Sumaré (SP), com três substações, extensão de 510km e tensão de 440kV.
  • 2005: A Siemens celebra 100 anos de presença no Brasil. Inauguração da localidade Abiurana em Manaus, concentrando as atividades da divisão Automation and Drives. Os equipamentos e sistemas da empresa respondem por 50% das telecomunicações do País.
  • 2007: A Siemens inaugura a maior planta integrada de equipamentos para energia da América do Sul, em jundiaí.

Organização

O grupo Siemens no Brasil conta com treze fábricas, seis centros de pesquisa e desenvolvimento e doze escritórios de vendas e serviços em todo o País, consolidando as seguintes empresas (situação em 30/09/2009):

  • Siemens Ltda.
  • Siemens Eletroeletrônica Ltda.
  • Siemens Healthcare Diagnósticos Ltda.
  • Siemens Security Services Ltda.
  • Siemens VAI Metals Services Ltda.
  • Siemens Water Technologies Equipamentos Ltda.
  • Siemens Sistema de Componentes Eletrônicos e Montagens Ltda.
  • Siemens PLM Software do Brasil Ltda.
  • Chemtech Serviços de Engenharia e Software Ltda.
  • Iriel Indústria e Comércio de Sistemas Elétricos Ltda.
  • OSRAM do Brasil Lâmpadas Elétricas Ltda.
  • Trench Brasil Ltda.
  • TurboCare Serviços para Turbomáquinas Ltda.
  • VAI-INGDESI Automation Ltda.

Demais empresas ligadas

A CVL - Componentes de Vidro Ltda. é uma joint venture da OSRAM com a Philips, para a produção de bilbos e tubos de lâmpadas.

Os grupos Voith e Siemens formaram a joint venture Voith Siemens Hydro Power Generation Ltda., concentrando forças para atuar na área de geração de energia hidrelétrica.

Por meio da Areva NP Representação RJ Ltda., a Siemens participa do programa brasileiro de geração de energia nuclear.

A Siemens possui participação minoritária na Innotec do Brasil, empresa atuante no segmento de software para automação de plantas industriais, a qual foi adquirida mundialmente em agosto de 2008.

Estrutura

  • 1 Sede central
  • 12 Escritórios regionais
  • 13 Fábricas
  • Nao existem centros de P&D da Siemens no Brasil. No entanto, altos investimentos estao sendo feitos para a primeira unidade de P&D da Siemens no Rio de Janeiro.

Colaboradores

  • Total de colaboradores: 8.935
  • Colaboradores com curso superior 4.451
  • Colaboradores envolvidos em atividades de P&D&E: 1.033
  • Aprendizes, estagiários e novos talentos: 601

Situação em Fevereiro de 2010.

Fonte

Ligações externas