Substrato da língua basca nas línguas românicas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
"A Península Ibérica em 1030". O primeiro registro escrito das línguas românicas e do basco está nas Glosas Emilianenses. O mapa mostra o desaparecido Reino de Pamplona entre os anos 1029 e 1035, onde surgiu o navarro-aragonês e o berço do castelhano.

O substrato da língua basca nas línguas românicas compreende todos os fenômenos de interferência linguística do basco ou euskara (ou mais corretamente seu antecessor histórico, proto-euskera, pré-protoeuskera ou pré-românico) sobre algumas variantes do latim na Península Ibérica e algumas das línguas latinas que o sucederam como línguas faladas. O "protoeuskera" conhecido em língua basca como aitzineuskara e em espanhol como "protovasco" ou "protoeuskera" é um predecessor da língua basca."

História[editar | editar código-fonte]

Uma teoria muito popular no início do século XX sobre a divergência das línguas românicas é a teoria do substrato segundo a qual um dos motivos de diversificação foi que o latim dos conquistadores tinha sido aprendido de uma maneira imperfeita, ou influenciado pela língua pré-romana autóctone de cada região à qual se levou o latim. De acordo com esta abordagem tentou-se explicar algumas características específicas das línguas românicas da Península Ibérica e do gascão (Sudoeste da França) como resultado de transferência de características linguísticas do basco a essas ditas línguas.

Reciprocamente, no basco evidencia-se um impacto muito forte do latim em seu léxico habitual, o que de certa forma levou à ampliação do inventário fonológico do euskera. Desde o primeiro contato com o latim, em torno do século II A.C., o basco e o romance foram línguas que influenciaram umas às outras, de diferentes maneiras, mas especialmente na forma de empréstimo lexical. Obviamente, a influência tem sido principalmente do latim para a língua basca, mas há também algumas contribuições bascas para as línguas românicas (o aragonês, o castelhano e o gascão principalmente).

Os dados históricos mostram claramente a ideia de Coromines de que a língua basca teve uma grande vitalidade e prestígio na Baixa Antiguidade e Alta Idade Média, e o território em que se falava era notavelmente mais amplo que o atual se estendendo, pelo menos, ao norte de Aragão e nordeste da Catalunha, bem como grande parte da Gasconha (sudoeste da França).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Materiales para una Historia de la Lengua Vasca en su relación con la Latina. Autor, Julio Caro Baroja.
  • Los pueblos del Norte de España. Autor, Julio Caro Baroja.
  • Sobre el mundo ibérico-pirenaico. Autor, Julio Caro Baroja.
  • "Ordenanzas de Huesca de 1349", Revista de Archivos, Bibliotecas y Museos, t. III, 1013, pág. 433 «Item nyl corredor no sia usado que faga mercaduria ninguna que compre nin venda entre ningunas personas faulando en algarabía, ni en abraych nin en bansquenç, et qui lo faga pague por coto XXX sol»
  • Azkue Aberasturi, Resurrección M. de. “Euskalerriaren Yakintza”. Literatura Popular del Pa!s Vasco. Vol. 3: Proverbios, modismos, lenguaje infantil, trabalenguas, sobrenombres, acertijos. Madrid: Espasa-Calpe. 1945.
  • Diccionario enciclopédico español Espasa. Espasa-Calpe, Madrid, 1988.
  • Corominas, Joan. “Diccionario crítico etimológico castellano e hispánico”. Gredos, Madrid, 1991.
  • Ariza Viguera, Manuel (1990). Manual de Fonología Histórica del Español. [S.l.]: Madrid: Síntesis. 84-7738-053-8 
  • Echenique Elizondo, Mª. Teresa (1987). Historia lingüística vasco-románica. [S.l.]: Madrid: Paraninfo. 84-283-1540-X 
  • Lloyd, Paul M. (1987). From Latin to Spanish. Vol. 1: Historical Phonology and Morphology of the Spanish language. [S.l.]: : DIANE. 0-87169-173-6. Acceso completo en Google-books: books.google.com http://books.google.com/books?vid=ISBN0871691736&id=_QkNAAAAIAAJ&printsec=frontcover#PPP4,M1  Em falta ou vazio |título= (ajuda) 
  • Tagliavini, Carlo (1993). Orígenes de las lenguas neolatinas. [S.l.]: Madrid: Fondo de Cultura Económico. 84-375-0357-4 (traducción de la 5ª edición italiana de 1969)
  • Albaigès, J.Mª. (1999). El gran libro de los apellidos. [S.l.]: Barcelona: Círculo de Lectores. 84-226-8028-9 
  • Michelena, Luis (1997). Apellidos vascos. [S.l.]: San Sebastián: Txertoa. 84-7148-008-5 
  • Real Academia Española (2001). Diccionario de la lengua española 22ª ed. [S.l.]: Madrid: Espasa Calpe. 84-239-6814-6 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre linguística ou um linguista é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.