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Teoria das relações humanas: diferenças entre revisões

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A partir de então que começa-se a pensar na participação dos funcionários na tomada de decisões e na disponibilização das informações acerca da empresa a qual eles trabalhavam.
A partir de então que começa-se a pensar na participação dos funcionários na tomada de decisões e na disponibilização das informações acerca da empresa a qual eles trabalhavam.


==Experiência de Hawthorne==
== Elton Mayo e a Experiência de Hawthorne==


A Escola das Relações Humanas surgiu efetivamente com a [[Experiência de Hawthorne]], realizada em uma fábrica no bairro que dá nome a pesquisa, em [[Chicago]], [[EUA]].
A Escola das Relações Humanas surgiu efetivamente com a [[Experiência de Hawthorne]], realizada em uma fábrica no bairro que dá nome a pesquisa, em [[Chicago]], [[EUA]].

Revisão das 21h11min de 14 de setembro de 2010

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A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um conjunto de teorias administrativas que ganharam força com a Grande Depressão criada na quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929.

Essas teorias criaram novas perspectivas para a administração, visto que buscavam conhecer as atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Até então, o trabalhador era tratado pela Teoria Clássica, e assim: de forma muito mecânica. Com os novos estudos, o foco mudou e, do Homo economicus o trabalhador passou a ser visto como "homo socialis".

A partir de então que começa-se a pensar na participação dos funcionários na tomada de decisões e na disponibilização das informações acerca da empresa a qual eles trabalhavam.

Elton Mayo e a Experiência de Hawthorne

A Escola das Relações Humanas surgiu efetivamente com a Experiência de Hawthorne, realizada em uma fábrica no bairro que dá nome a pesquisa, em Chicago, EUA.

O médico e sociólogo australiano Elton Mayo, fez testes na linha de produção, na busca por variáveis que influenciassem, positiva ou negativamente, na produção.

O primeiro teste foi realizado para encontrar a relação entre a intensidade da luz e a produtividade. Nesse teste, porém, foi encontrada uma variável dificíl de ser isolada, o fator psicológico dos trabalhadores. Por conta desse fator mudou-se o foco da pesquisa, observando o comportamento dos trabalhadores à cada pequena mudança (exs: lanches, intervalos, mudança nos incentivos e nos horários de trabalho)

As Experiência de Hawthorne geraram um novo paradigma para os administradores mundiais. Suas conclusões mais importantes são:

  • Integração social como determinante da produção, ou seja, quanto maior sua integração social no grupo maior será sua vontade de produzir, ao contrário do que dizia a Escola Clássica, que coloca fatores físicos como determinantes.
  • Comportamento do empregado é baseado no comportamento dos grupos e organizações informais, cada empregado não age isoladamente.
  • As necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas formas de recompensa e sanções não-materiais.
  • O despertar para as relações humanas dentro das organizações;
  • A ênfase nos aspectos emocionais e não-racionais do comportamento das pessoas.
  • A importância do conteúdo dos cargos e tarefas para as pessoas, eram realizadas trocas de posição para evitar a monotonia, mesmo que provacassem queda na produtividade aumentavam a moral do grupo.

Roethlisberger & Dickson

Outros autores importantes para a Escola de Relações Humanas foram Roethlisberger e William Dickson por suas descrições das primeiras experiências em sua obra Management and the worker nos ano de 1939. Em seus experimentos nesta obra os autores observaram um grupo de homens que trabalhavam em uma "sala de equipamentos de PABX" e fizeram as seguintes observações:

  • Um pequeno grupo de homens se desenvolveram espontaneamente líderes, com o consentimento do grupo.
  • Este grupo era indiferente a incentivos financeiros
  • Este grupo dava maior importância aos valores e costumes à incentivos fianceiros. Os membros do grupo eram fortemente influenciados pelo código de comportamento do grupo independente das recompensas monetárias.

De acordo com os pesquisadores, os aspectos técnicos e humanos devem ser vistos como inter-relacionados, ou seja, além das necessidades fisicas os empregados também possuem necessidades sociais. Ainda segundo os autores na obra acima citada, eventos e objetos no ambiente de trabalho "não podem ser tratados como coisas em si mesmas. Em vez disso eles devem ser interpretados como portadores de valores sociais", ou seja, objetos que não possuem nenhuma significância social podem em uma organização podem tornar-se símbolo de status e adquirir valor social. Os autores concluiram que quando as pessoas não são motivadas pela lógica, os sentimentos sobre as coisas de valor social tornam-se de grande importância no mundo organizacional.

Chester Barnard

Em um momento as teorias de relações há uma divisão. Surge a teoria de Recursos Humanos que o vê o ser humano como detentor de necessidades psicológicas complexas e não como um ser passivo que pode ser estimulado e controlado a partir de estimulos como as Relações Humanas descreviam até então. O trabalho de Chester Barnard pode ser classificado entre estas duas correntes. O autor desloca a análise da organização formal para os informais. Segundo ele "As organizações informais são necessarias ao funcionamento de uma organização formal , como um meio de comunicação, coesão e proteção da integridade individual". Sua Principal obra As funções do executivo retrata as principais tensões entre o individuo e a organização e conclui que os sistemas de treinamento,seleção, vigilância e recompensas não são suficientes para garantir que os indivíduos cooperem com a empresa corrobarando para a idéia do caráter incerto da ação humana. O autor afirma que seria necessario o desenvolvimento de valores comuns e de uma ética que gerassem comprometimento dos indivíduos com a organização.

Teóricos

Além de Mayo, Roethlisberger, William Dickson e Chester Barnard outros teóricos ganharam destaque na Escola das Relações Humanas, como :

Mary Parker Follet, foi uma das precursoras ao analisar os padrões de comportamento e a importância das relações individuais.

Barnard criou a Teoria da Cooperação, e foi um dos primeiros a ver o homem como um ser social, dentro do ambiente de trabalho e analisar as organizações informais promovidas por eles.

Críticas à Teoria das Relações Humanas

As principais críticas a essa escola são:

  • Ela apresenta uma visão inadequada dos problemas de relações industriais - em alguns aspectos a experiência de Hawthorne foi insegura e artificial e mesmo tendenciosa; alguns estudiosos acreditam que a origem esteja no fato de ser a teoria das relações humanas em produto da ética e do princípio democrático então existente nos Estados Unidos;
  • Oposição cerrada à teoria clássica - Tudo aquilo que esta preconizava, a teoria das relações humanas negava;
  • Limitação no campo experimental e parcialidade nas conclusões levaram gradualmente a teoria a um certo descrédito;
  • A concepção ingênua e romântica do operário - as pessoas que seguiram demonstraram que nem sempre isto ocorreu;
  • A ênfase exagerada nos grupos informais colaborou rapidamente para que esta teoria fosse repensada;
  • O seu enfoque manipulativo e certamente demagogo não deixou de ser descoberto e identificado pelos operários e seus sindicatos;

Ao receber tantas críticas, a Teoria das Relações Humanas precisou de uma reestruturação que deu origem a Teoria Comportamental

  • Chiavenato, Idalberto (2003). Introdução à Teoria Geral da Admnistração. [S.l.]: Campus. ISBN 85-352-1348-1  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda);
  • Maximiamo, Antonio Cesar Amaru (2004). Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. [S.l.]: Atlas. ISBN 85-224-3672-X  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda);
  • Caravantes, Geraldo R. (2005). Administração: teorias e processos. [S.l.]: Pearson Practice Hall. ISBN 85-7605-026-5  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda);
  • Motta, Fernando Cláudio Prestes (2002). Teoria Geral da Administração. [S.l.]: Pioneira Thomson Learning. ISBN 85-221-0308-9  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda);
  • Daft, Richard L (2002). Administração. [S.l.]: Cengage Learning. ISBN 85-221-0455-7  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda);

Referências


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