Teoria do ermamento

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Origem[editar | editar código-fonte]

Criada pelo historiador Alexandre Herculano esta teoria propõe que existira uma zona tampão, caraterizada pela desertificação populacional, na zona de fronteira entre os territórios muçulmano, a sul, e cristão, a norte na península Ibérica. [1]

Fundamentação[editar | editar código-fonte]

Esta teoria parte do trabalho do Espanhol Cláudio Sanchez Albornoz, que fez do Desierto del Duero, uma teoria extremamente elaborada. Para ele, a questão da monarquia asturiana ser uma verdadeira sucessora da visigótica era um dado certo,recuperando e afirmando a ideia de que estes, os intérpretes do espírito hispânico, desempenhavam a missão de expulsar da pátria os estrangeiros e os intrusos.

Esta teoria baseia-se na interpretação literal das fontes existentes acerca do período em análise. A crónica de Afonso III, que referia que este monarca, depois da ação de um dos seus antecessores, Afonso I (que teria levado consigo todos os cristãos para as Astúrias), teve uma ação repovoadora, levando os cristãos para as cidades que estariam desertas.[2] Por outro lado, os estudiosos relacionavam estas afirmações com os fatos referidos em vários testemunhos que iam encontrando e que reportavam ações de repovoamento a vários nobres, bispos e abades. Logo, tudo parecia confirmar esta ideia de ter efetivamente existido [3]

Aceitação[editar | editar código-fonte]

Esta teoria tal como a espanhola do Desierto del Duero, já não são aceites em termos históricos. [3]