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Tiriba-pérola

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaTiriba-pérola

Estado de conservação
Quase ameaçada
Quase ameaçada (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Género: Pyrrhura
Espécie: P. coerelescens
Nome binomial
Pyrrhura coerelescens
(Wagler, 1832)
Distribuição geográfica

A tiriba-pérola (Pyrrhura lepida), é uma espécie vulnerável na subfamília Arinae da família Psittacidae, os papagaios africanos e do Novo Mundo. É endêmica do Brasil.[2]

Taxonomia e sistemática

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A história taxonômica da tiriba-pérola é potencialmente confusa. Anteriormente, era conhecido como Pyrrhura perlata, mas após uma revisão, descobriu-se que o espécime-tipo, que há muito se acreditava pertencer a esta espécie, na verdade era um juvenil do periquito de barriga vermelha intimamente relacionado. Consequentemente, o nome P. perlata foi transferida para aquela espécie, enquanto pelo princípio da prioridade o próximo nome na fila para a tiriba-pérola, P. lepida, tornou-se seu nome científico válido.[3][4]

Três subespécies da tiriba-pérola são reconhecidas, o nome P. l. lepida (Wagler, 1832), P. l. anerythra (Neumann, 1927) e P.l. coerulescens (Neumann, 1927).[2] Em 2011, uma revisão descobriu que lepida e coerulescens eram essencialmente inseparáveis por sua morfologia. Se isso fosse confirmado geneticamente, normalmente resultaria em coerulescens sendo um sinônimo júnior do antigo nome lepida, mas após uma inspeção mais detalhada, o espécime-tipo deste último é um híbrido. Isso invalida o nome lepida e deixa coerulescens como o nome válido para os lepida e coerulescens combinados e a espécie como um todo. A subespécie anerythra pode, além disso, justificar a elevação ao status de espécie completa.[5]

A tiriba-pérola tem 24-25 centímetros de comprimento e pesa de 70 a 80 gramas. Os sexos são iguais. Os adultos da subespécie nomeada têm uma coroa marrom-escura e coberturas de orelha amareladas; o resto do rosto é verde-azulado opaco com pele nua esbranquiçada ao redor do olho. Suas partes superiores são verdes com um tom azulado. A parte superior do peito e as laterais do pescoço são marrons com descamação amarelada; o peito tem uma coloração azul. O resto de suas partes inferiores são verdes com tons de azul. Sua asa é predominantemente verde, com primárias pretas e azul-cobalto e coberturas inferiores vermelhas. A superfície superior da cauda é marrom-avermelhada e a inferior é marrom-escura. Sua íris é marrom escura, o bico preto acastanhado e as pernas pretas como ardósia. Os imaturos são semelhantes aos adultos. A subespécie P. l. coerulescens tem uma cabeça mais pálida do que a subespécie tipo, uma garganta e parte superior do peito mais cinza e um tom azul mais forte na parte inferior do peito. P. l. anerythra tem uma coloração vermelha em vez de azul no peito e na barriga e nenhum vermelho na asa.[3][6]

Distribuição e habitat

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A tiriba-pérola é encontrada apenas no centro-norte do Brasil. A subespécie nomeada é encontrada no nordeste do Pará e no noroeste do Maranhão. P. l. coerulescens é encontrado no leste do Pará entre os rios Xingu e Tocantins. P. l. anerythra é encontrada no centro e nordeste do Maranhão, e algumas foram registradas no Mato Grosso. A espécie habita o interior e bordas de matas úmidas, matas secundárias e, às vezes, clareiras próximas à mata.[3][6]

Comportamento

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Os movimentos da tiriba-pérola, se houverem, não foram determinados.[3]

Alimentação

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Sabe-se que a tiriba-pérola se alimenta de frutas, mas faltam mais detalhes sobre sua dieta.[3]

Nada se sabe sobre a biologia reprodutiva da tiriba-pérola.[3]

Vocalização

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Os chamados do periquito perolado "possuem uma qualidade bastante irritante, as notas geralmente são dadas em séries rápidas, por exemplo, “krree krree krree” ou “krek krek krek” " e são vocalizadas tanto de um poleiro quanto em vôo. No entanto, essas aves empoleiradas costumam ser silenciosos. Grupos em vôo "chamam freqüentemente e simultaneamente, produzindo uma tagarelice ruidosa, áspera e penetrante".[3]

A IUCN originalmente avaliou o periquito perolado como ameaçado, depois em 2004 como quase ameaçado e, desde 2012, como vulnerável. Tem um alcance limitado e um tamanho populacional desconhecido que se acredita estar diminuindo. "A ameaça mais grave para a espécie é a perda de seu habitat. Grandes áreas de florestas de várzea dentro da faixa já estão severamente alteradas ou foram totalmente desmatadas." A espécie ocorre em várias áreas teoricamente protegidas, mas muitas delas sofrem com a extração ilegal de madeira.[3]

  1. BirdLife International (2004). Pyrrhura lepida (em inglês). IUCN 2006. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2006. Página visitada em 06.11.2007.
  2. a b «Parrots, cockatoos». IOC World Bird List. Janeiro de 2023. Consultado em 18 de fevereiro de 2023 
  3. a b c d e f g h Collar, N., G. M. Kirwan, P. F. D. Boesman, and C. J. Sharpe (2020).
  4. Remsen, J. V., Jr., J. I. Areta, E. Bonaccorso, S. Claramunt, A. Jaramillo, D. F. Lane, J. F. Pacheco, M. B. Robbins, F. G. Stiles, and K. J. Zimmer.
  5. Somenzari, M. (2011). «Taxonomia do complex Pyrrhura lepida (Aves: Psittacidae)» [Complex taxonomy of Pyrrhura lepida (Aves: Psittacidae)]. teses.usp.br (em português e inglês). Biblioteca Digital. Consultado em 6 de março de 2023 
  6. a b van Perlo, Ber (2009). A Field Guide to the Birds of Brazil. New York: Oxford University Press. 126 páginas. ISBN 978-0-19-530155-7