Usuário(a):Sergio Luiz Gantmanis Munis/Testes

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01 – Sobre o Caos ou Desordem “O bater das asas de uma borboleta num extremo do globo terrestre pode provocar uma tormenta no outro extremo no espaço de tempo de semanas.” (Edward Lorenz) A inércia demagógica crônica, citada anteriormente, é algo grave, porque impede a resolução concreta dos problemas existentes, mas o que dizer de um País, em que a cada 16 dias, ocorre um novo 11 de setembro de 2001, já que sete pessoas são assassinadas no Brasil a cada hora, que representam 168 assassinatos por dia – e nada se faz para conter isso? Como explicar que só no ano de 2016, morreram assassinados quase 62.000 brasileiros, num genocídio só comparado ao provocado pelos EUA, ao povo japonês, em 1945, durante a 2ª. Guerra Mundial? Esse genocídio foi perpetrado com uma bomba nuclear de plutônio, batizada pelos americanos como “Fat Man”, que explodiu sobre a cidade de Nagasaki e, logo no primeiro dia, matou cerca de 40 mil civis, sendo que nos meses seguintes, outros 40 mil morreram devido a queimaduras, envenenamento radioativo e lesões resultantes da severa exposição à radiação. Em 1945, esse ataque nuclear foi considerado uma verdadeira tragédia humanitária, já que a grande maioria das vítimas, era composta por cidadãos japoneses e não por militares – que eram uma minoria. Lá, apesar do abuso extremo do uso da força pelos EUA, que ainda explodiu outra bomba de plutônio sobre Hiroshima, havia uma guerra declarada entre os aliados e as forças do eixo. Mas aqui no Brasil, quase oito décadas após o fim da 2ª. Guerra, quem faz parte dos aliados (do bem) do Brasil, e quem pertence às forças do eixo (do mal)? Será que alguém duvida que existe no Brasil, uma não declarada e camuflada guerra civil em curso? Será que este País é verdadeiramente seguro e amante da paz? Será mesmo que ele não se envolve em conflitos ou guerras? Ou será que estamos sendo enganados, pois as guerras estão nas ruas, favelas e comunidades, e os assassinatos campeiam por todos os quadrantes do país? E o que dizer da profusão de roubos, furtos, tráfico de drogas e armas? O que falar de um país em que os inimigos não são terroristas internacionais ou forças armadas estrangeiras, mas são apenas e tão somente os próprios cidadãos brasileiros, que se relacionam uns com os outros, isoladamente ou em grupos ou quadrilhas, semeando o ódio, o roubo, a morte e a violência mútua? E o que dizer de um País que, tendo uma população de 200 milhões de habitantes, possui 100 milhões de processos judiciais em trânsito na Justiça? E o que falar de um País que, só conta com 16.000 (dezesseis mil) juízes para julgar esses 100 milhões de processos? E como é admissível que, apenas os seis principais bilionários brasileiros, acumulem juntos uma riqueza igual à de 100 milhões de brasileiros? Será que um país que é a 10ª maior economia do mundo, e que se julga genuinamente justo e solidário, em que todos buscam e lutam pelo bem comum, necessita que todos os conflitos sejam resolvidos na Justiça? O problema é que em vez de lutar pelo bem comum, o que ocorre é que as pessoas lutam simplesmente umas contra as outras e até a morte, na busca egoística do próprio bem que, a bem da verdade, é muitas vezes o próprio mal. E o que dizer a respeito dos Fóruns abarrotados de processos e presídios superlotados, que nada tem a ver com justiça, paz e igualdade? Ou será que então, o Brasil é tão somente o país do engodo, engano ou fraude, que só foi criado pelos colonizadores portugueses, para ser espoliado, explorado e escravizado, visando exclusivamente o enriquecimento da elite social, política e econômica dominante? Será que 518 anos depois do “descobrimento” alguma coisa, além da tecnologia, ciência e industrialização, prosperou, mudou ou melhorou no Brasil? Será que devemos aceitar a pobreza, injustiça e violência entre nós, só por que os países semelhantes a nós (Venezuela, México, Bolívia, Equador) também padecem dos mesmos males? Será que só por que alguém colocou uma “cruz” nas nossas costas, para ser carregada, estamos obrigados a aceitar essa condição negativa, sem reagir ou se revoltar? Ou será que é mais fácil viver de cabeça baixa, aceitando toda a sorte de males que são lançados contra nós, pois bem lá no fundo, as pessoas têm medo da liberdade ou se julgam culpadas por sabe-se lá o quê? Será que o destino dos povos já está previamente traçado e nada pode ser feito para alterá-lo? E mudando o rumo em direção ao cenário político do Brasil, por que é que a maioria dos presidentes da República, eleitos nas últimas décadas não concluíram seus mandatos? Por que é que eles ou se suicidaram (Getúlio Vargas), ou foram depostos (João Goulart), ou renunciaram (Jânio Quadros), ou morreram na véspera da posse (Tancredo Neves), ou renunciaram para evitar a cassação (Fernando Collor), ou finalmente foram simplesmente cassados (Dilma Rousseff)? Por que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, depois de concluir dois mandatos, foi condenado e se encontra cumprindo pena de reclusão? E por que é que o vice de Dilma, Michel Temer, envolvido em corrupção, antes e durante o exercício da presidência da República, só não foi cassado por comprar o apoio de parlamentares e evitar a cassação? O que existe de podre no “reino do Brasil”? Uma declaração que Fernando Henrique Cardoso disse recentemente é verdadeira, ainda que sirva mais para explicar o presente conturbado e não sirva para explicar o passado político tumultuado do país: “O país em 1988 aprovou uma Constituição Federal parlamentarista num regime presidencialista – e esse é o principal fator de instabilidade política no Brasil.” O que eu penso é que o Congresso Nacional tem poderes em excesso e os partidos políticos de aluguel são um grande mal para o país, mas se o Brasil fosse parlamentarista de verdade e de direito, os primeiros-ministros e seus gabinetes cairiam seguidamente. O problema do Brasil não é o presidencialismo de coalizão e nem os 30 anos da Constituição, já que nem mesmo o parlamentarismo de ocasião é o antídoto para essa questão. Isso é válido de se dizer, pois enquanto persistir o quadro endêmico de corrupção, violência e exploração, a sociedade civil e os três poderes da república replicarão indefinidamente, esse quadro sinistro, algumas vezes sendo a causa e outras vezes sendo o efeito da destruição. E finalmente eu lhes pergunto: Este é realmente o país justo, igualitário e acolhedor que pretendemos entregar para as próximas gerações? É? É óbvio que não é! Porém temos uma última, necessária e cruel informação sobre o quadro de violência deste país, pois enquanto os 50 (cinquenta) anos de combates do governo colombiano contra as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) resultaram em 250.000 pessoas mortas, no Brasil, os assassinatos, apenas nos últimos cinco anos, provocaram o extermínio de 277.200 brasileiros. E olhe que até uns dez anos atrás, a Colômbia era considerada o pior lugar para se viver no planeta, devido aos revolucionários e aos narcotraficantes. Bastou à Colômbia se alinhar e aceitar a ajuda dos EUA, para que ela saísse da condição de “terra de ninguém” e voltasse a ser um país digno e atraente para os turistas, chegando ao ponto de seu governo, no final do ano de 2016, ter feito um inédito acordo de paz com as FARC. Mas esse acordo teve um preço a ser pago, já que as FARC se tornaram um partido político, não se sabendo ainda, se eles realmente abdicaram da guerrilha e do terrorismo. E falando em turismo, eu lhes pergunto: o que é mais seguro, agradável e econômico para um turista estrangeiro, passar as férias de verão no Rio de Janeiro, às margens do Atlântico, sujeito aos arrastões de menores na praia, aos furtos de objetos de valor nos quartos de hotel, e sujeito aos latrocínios, ou ficar hospedado em Cartagena, sem ser incomodado por quem quer que seja, gozando da bela arquitetura da cidade, da culinária e dos prazeres naturais à beira do mar do Caribe? Um lembrete final a ser dado é que se o Brasil não desejar seguir o exemplo e o caminho de reconstrução nacional por que passou a Colômbia, que pelo menos abandone a prática da demagogia e do populismo engendrados pelo Partido dos Trabalhadores (PT) que perdurou por 13 anos, e não siga de forma alguma o caminho do México, Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba e outras republiquetas mais, que optaram pelo mesmo descaminho do Brasil, mas que, apesar dos fracassos, ainda persistem nele, caminhando a passos largos rumo ao precipício. Caso o governo brasileiro bata às portas da Casa Branca, buscando o mesmo auxílio obtido alguns anos atrás pelo governo colombiano, para combater a violência e o narcotráfico, é bom saber antes de tudo, se o pessoal de Brasília está pronto e disposto a fazer diversos acordos comerciais, diplomáticos, tecnológicos e estratégicos com os EUA, onde se inclui a instalação de bases militares e a livre circulação de agentes de espionagem da CIA no território nacional. E mesmo que o governo central esteja disposto a fazer várias concessões, resta-nos saber se o presidente dos EUA, Donald Trump, estará disposto ou não a tratar desse assunto com o Brasil, já que além de ser forçado a buscar logo a solução para seus problemas domésticos, exaustivamente explorados na campanha presidencial, Trump só fará aquilo que lhe gerar algum tipo de vantagem ou lucro. Todos conhecem a história de que “Trump recebeu 1 milhão de dólares de seu pai e logo o transformou em 1 bilhão”, e que um de seus negócios, além do ramo imobiliário, é a exploração de cassinos. No entanto, apesar do grande potencial econômico que os cassinos podem gerar, no Brasil ainda persiste a proibição do jogo, que vem desde o tempo do presidente Dutra. Então, qual é a vantagem econômica que Trump teria ao auxiliar o Brasil no combate à violência e ao narcotráfico? A curto prazo ele não teria nenhuma vantagem pessoal, exceto se conseguisse a médio prazo, que o Congresso Nacional brasileiro aprovasse a legalização do jogo nos cassinos – e isso lhe abriria um novo e emergente mercado consumidor. Ou será que o governo central deveria bater às portas da primeira-ministra do Reino Unido, ou buscar ajuda no grupo dos emergentes denominado BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) buscando um auxílio concreto contra a violência? Caso não seja viável conseguir ajuda nos EUA, a opção é procurar o Reino Unido, principalmente agora que ele está se desligando da União Europeia (Brexit), e busca a posição de protagonista do cenário mundial. Quanto aos integrantes do BRICS nem compensa perder tempo, já que os dois países mais modestos (Índia e África do Sul) não têm nem ambições e nem recursos para ajudar ninguém, ao passo que os dois mais poderosos (China e Rússia) não são bons exemplos, nem de confiança ou solidariedade, nem de segurança ou respeito aos direitos humanos. O mais curioso ou triste sobre os BRICS, é que os países onde mais acontecem acidentes de trânsito com vítimas fatais no mundo, são, na ordem: Índia, China, EUA, Rússia e Brasil. Os EUA, apesar de não pertencerem aos BRICS, aparecem em terceiro lugar nessa vergonhosa lista de mortes no trânsito. Mas, em relação à Índia, ressalvo que, apesar de ela não poder contribuir financeiramente para combater a violência no Brasil, ela é um respeitável exemplo de como um país com mais de 1 bilhão de habitantes, conseguiu manter a paz social e o controle da segurança pública, sabendo-se que a grande maioria da população vive em favelas. Entre as favelas, se destaca uma em especial, situada próxima ao aeroporto de Mumbai, denominada favela de Dharavi, que possui uma área de apenas dois quilômetros quadrados, e onde vivem mais de 800 mil pessoas que, apesar das condições adversas e da aglomeração excessiva, vivem e convivem pacificamente. É difícil crer nisso, mas é a pura verdade! As autoridades brasileiras deveriam ir até Mumbai, na Índia, para nessa importante cidade portuária à beira do Mar Arábico, que é a metrópole mais populosa da Índia (com 12 milhões de habitantes), aprender um pouco sobre a cultura milenar e espiritualidade. E também aprender como as autoridades indianas enfrentam o problema da favelização urbana dos grandes centros – e sem deixar que o barril de pólvora exploda. Mas, agora, saindo da educação e retornando ao cenário político brasileiro, é certo que o sinal de alerta vermelho já está aceso há muito tempo em Brasília, e o Brasil e seus governantes não podem mais perder tempo, com manobras vazias e discursos vagos, pois até mesmo a condição de emergente, o país já perdeu e agora integra o infame grupo dos submergentes. Será que todos os sinais que surgiram não são suficientes, para que se faça alguma coisa de concreto para transformar e mudar tudo o que está errado? Ou será que é preciso que venham novos sinais, desta vez da natureza e mais destrutivos, como maremotos, terremotos, tsunamis ou ciclones?