Usuário(a):Thales Rodrigues de Miranda/Testes

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Fontes Históricas constituem todos os documentos de que o historiador se utiliza para recontar fatos do passado[1].

São ferramentas para reconstruir a história.

  1. PITCHER, Luke (2010). Writing Ancient History - an introduction to classical historiography (em inglês). Londres: I.B.Tauris. 288 páginas. ISBN 1845119584 

As fontes históricas subdividem-se em visuais, materiais, escritas e orais.[1]

As fontes visuais são aquelas cujas informações estão nas pinturas, fotos, quadros, gravuras ou filmes.

Os objetos utilizados pelo homem no passado constituem as fontes materiais.

As fontes escritas são os mapas e documentos escritos em tempos passados, como jornais e revistas antigos.

O historiador também pode se utilizar de fontes orais, por meio de conversas com pessoas mais velhas, ouvindo as histórias que elas têm para contar, diretamente ou por meio de gravações.

Como Provar Os Fatos Históricos?[editar | editar código-fonte]

A História se separa da ficção pois o historiador precisa comprovar que o que ele alega ter acontecido no passado foi real. Fora desse tipo de ação, a pesquisa histórica fica sujeita à produção de suposições e julgamentos que fogem ao compromisso do historiador em conferir voz ao tempo que ele observa e pesquisa[2]. Neste ponto, entram as fontes históricas. Que tipo de prova o historiador oferece, de modo a confirmar a veracidade dos fatos históricos que ele está defendendo terem existido?

Neste exato momento surge a importância do que denominamos fontes históricas. É por meio da pesquisa e extração de dados das diversas fontes históricas que o historiador ou pesquisador consegue aprofundar seu conhecimento sobre o passado[1].

Entendendo o Conceito de Fonte Histórica[editar | editar código-fonte]

Para que se entenda bem o que são as fontes históricas, é necessário que se saiba que a palavra “fonte” aqui é entendida no sentido de “documento”, ou seja, algo em que está registrado o testemunho de algum evento que ocorreu no passado.

Nesse sentido, as fontes ou documentos históricos constituem tudo o que ser humano produziu desde os seu primórdios. Tais fontes podem ser desde artefatos arqueológicos até dispositivos eletrônicos feitos no século XX, como os primeiros computadores ou microchips. É logico que exista uma diferença de complexidade muito grande entre as diversas formas de fontes históricase é preciso saber diferencia-las[3].

Os achados arqueológicos são também fontes históricas, pois dizem respeito aos ancestrais do homem contemporâneo.

O que diferencia os registros do homem pré-histórico dos registros dos outros animais é a produção de sistemas simbólicos. Nenhum outro animal, além do homem, desenvolveu artefatos.

Há, inclusive, estudos especiais sobre determinados tipos de fontes históricas, como a numismática ou a heráldica. Nesse sentido, as fontes históricas são variadas e muito amplas. Cada tipo de fonte exige do historiador uma habilidade e uma especialidade diferentes.

e que muitos atores se vincularam a mais de uma delas. Os principais tipos de fontes primárias a serem analisados serão jornais, periódicos especializados, autobiografias, correspondências, diários, textos literários, fotografias, prontuários médicos, arquitetura e filmes.

Ao historiador compete interpretar bem tais fontes e extrair delas aquilo que sustentará a sua argumentação.

A diferença da “prova”, em história, para a “prova”, no âmbito de outras ciências, diz respeito ao modo como o historiador maneja as fontes na narrativa que ele constrói.

O passado, enquanto objeto de estudo, não está devidamente organizado e analisado em todas as suas dimensões. Para que seja possível conhecê-lo, o historiador tem que sair em busca dos vestígios que possam fornecer informações e respostas ao seu exercício de investigação.

Sob tal aspecto, notamos que o historiador deve estar à procura constante e regular de fontes que viabilizem o seu contato com as experiências que já se consumaram ao longo do tempo.

Ao contrário do que possa parecer, o reconhecimento e uso de uma determinada fonte histórica não é naturalmente realizado por aqueles que se colocam em busca do passado.

Dependendo dos interesses e influências que marcam a trajetória do historiador, notamos que as fontes históricas podem ser empregadas ou não em seu trabalho.

Desse modo, entendemos que nenhum historiador terá a capacidade ou disposição de esgotar o uso de todas as possíveis fontes relacionadas a um determinado evento ou tema.

Durante muito tempo, os historiadores acreditavam que o passado não poderia ser reconhecido para fora das fontes escritas oficiais.

Tal critério, que perdurou até o século XIX, chegou a determinar que o tempo em que a escrita não fora dominada pelo homem ou as sociedades que não dominavam tal técnica não poderiam ter o seu passado escrito.

Sendo assim, o trabalho de vários historiadores esteve preso aos documentos ou fontes escritas.

No século passado, a ação de outros historiadores e o desenvolvimento de novas formas de estudo foi gradativamente revelando que o conjunto de fontes a serem trabalhadas pelo historiador pode muito bem extrapolar o mundo letrado.

A partir de então, fontes de natureza, visual, oral e sonora foram incorporadas ao conjunto de compreensão do passado. Com isso, observamos que determinados temas históricos tiveram a sua discussão renovada e ampliada para outros patamares.

A Questão da Subjetividade[editar | editar código-fonte]

BLOCH, 2001 em Apologia da História, alerta para a questão da subjetividade, presente nas narrativas.

Um equívoco muito comum no processo de pesquisa é descrito por VIEIRA no fragmento a seguir:

“Na maioria das vezes [os pesquisadores] partem de uma visão de história que identifica a produção do conhecimento com um real que lhe é externo, não a percebendo como construção. Nesse caso, o que buscam é uma maior quantidade de dados que completem um conhecimento histórico ’objetivo’, ’verdadeiro’, que já estaria à disposição.”

(VIEIRA, Um comandante de exército, suponhamos, acaba de obter uma vitória. Imediatamente, começa, de punho próprio, a escrever seu relato. Concebeu o plano de batalha. Dirigiu-a. Graças à medíocre extensão do terreno [...] ele pôde ver a refrega quase toda se desenrolar sob seus olhos. Entretanto, não duvidemos: sobre mais de um episódio essencial lhe será forçoso referir-se aos relatórios de seus tenentes, por sua vez, numa larga medida estabelecid(a)os com a ajuda de informa- ções expedidas por subalternos. No que, aliás, ele só fará se conformar, transformando em narrador, ao próprio comportamento que teve, algumas horas mais cedo na ação. Para coordenar a cada momento os movimentos de suas tropas nas vicissitudes do combate, de que informações terá melhor se servido: das imagens mais os menos confusamente entrevistas através de seu binóculo ou dos relatos que traziam, rédeas soltas, estafetas ou ajudantes de campo? Raramente um líder consegue ter a si mesmo como sua própria testemunha. Entretanto, até numa hipótese tão favorável, o que resta da chamada observação direta, pretenso privilégio do estudo do presente? [...] Toda coletânea de coisas vistas é, em uma boa metade, de coisas vistas por outro. [...] O que me fornecem elas senão, mais ou menos inabilmente expressa, a imagem que meus interlocutores formam do que acreditam eles mesmos pensar ou aquela que pretendem me apresentar de seus pensamentos. (BLOCH, 2001, p. 69-70).


  1. a b FERNANDES (Me.), Cláudio. «As fontes históricas». Escolakids (Rede Omnia de Educação). Consultado em 23 de abril de 2018 
  2. SOUSA (Me.), Rainer. «As Fontes Históricas». Mundo Educação. Consultado em 23 de abril de 2018 
  3. LADD-TAYLOR, Molly; IGRA, Annette; SEIDMAN, Rachel (16 de fevereiro de 2018). «How to Analyze a Primary Source» (em inglês). www.carleton.edu. Consultado em 27 de abril de 2018