Usuário(a):Alchimista/artigo6

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O dióxido de carbono (CO2) representa aproximadamente 0,04% do valor nominal de 5.000.000 gigatoneladas de gases e aerossóis que compõem a atmosfera da Terra. É essencial para a fotossíntese nas plantas e outros organismos fotoautotróficos, sendo igualmente um importante gás de efeito de estufa, retendo parte da radiação reflectida pela Terra, o que origina um aquecimento da atmosfera e a superfície terrestre, razão pela qual o nosso planeta possui temperaturas amenas. [1]

A libertação contínua de gases com efeito de estufa provoca um aumento na temperatura da terra, interrompendo o ciclo climático existente de que a humanidade e os nossos sistemas de produção agrícola depende, e provoca o aumento do nível do mar. A concentração de CO2 na atmosfera já aumentou em cerca de 30% desde o início da revolução industrial que ocorreu por volta de meados do século 19.[2]

Variações históricas[editar | editar código-fonte]

Nos últimos 300 anos, as concentrações de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera aumentaram cerca de 40%, de 275 ppm (em 1700) para 380 ppm nos dias actuais. Dois terços desse aumento ocorreram apenas no ultimo século, coincidindo com a industrialização e o uso de combustíveis fósseis sem precedentes na história, sendo esse um factor importante na associação da actividade humana ao aumento da sua concentração.[3]

O método mais directo para a medição das concentrações de dióxido de carbono atmosférico perídodos históricos através de amostragem directas é por medições em bolhas de ar (fluido ou inclusões de gás) presas na Antártida ou calotas de gelo da Gronelândia. O estudo mais amplamente aceito provêm de uma variedade de núcleos na Antarctica e indicam que os níveis de CO2 atmosférico, foram cerca de 220 - 280 ppmv imediatamente antes do início das emissões industriais e não ocorreram muitas variações significativas durante os últimos 10 000 anos.[4][5][6]

O registo mais longo de um núcleo do gelo vem da Antártida Oriental, onde o gelo foi amostrado a uma idade de 800 000.[7] Durante este tempo, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem variado em termos de volume entre 180-210 ppm durante as idades de gelo, aumentando para 280 - 300 ppm durante os períodos interglaciais mais quentes.[8][9][10]

Um estudo contestou a acusação de estáveis os níveis de CO2 durante o interglacial atual dos últimos 10 ka. Com base na análise de folhas fósseis, Wagner et al. [11] argumentou que os níveis de CO2 durante o período de 7-10 ka foram significativamente maiores (~ 300 ppm) e com constantes variações substanciais que podem ser correlacionadas às variações climáticas. Outros contestaram os pedidos, sugerindo que eles são mais propensas a reflectir problemas de calibração das mudanças reais nas emissões de CO2.[12] Relevante para esta disputa é a observação de que os núcleos de gelo da Groenlândia relatam com frequência valores de maiores e mais variáveis de CO2 em comparação com os obtidos na Antártida. No entanto, os grupos responsáveis por tais medidas (por exemplo, Smith et al. [13]) acreditam que as variações de dados provenientes da Gronelândia podem resultar da decomposição in situ de pó decarbonato de cálcio encontrado no gelo. Quando os níveis de poeira em amostras da Gronelândia são baixos, uma vez que quase sempre estão nos núcleos da Antártida, os investigadores encontram boa concordância entre as medições de CO2 da Antártida e da Gronelândia.

Referências

  1. «A Química e a Atmosfera». profs.ccems.pt. Consultado em 17-Maio-2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. «Global Carbon Cycle - The Woods Hole Research Center». www.whrc.org. Consultado em 17-Maio-2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  3. «Dióxido de carbono na atmosfera - Química - UOL Educação». educacao.uol.com.br. Consultado em 17-Maio-2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  4. «Atmospheric Carbon Dioxide». www.john-daly.com. Consultado em 17-Maio-2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. «Atmospheric Carbon Dioxide». www.john-daly.com. Consultado em 17-Maio-2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  6. «Past, Present, and Future Temperatures: the Hockeystick FAQ». www.ucsusa.org. Consultado em 17-Maio-2010  Texto " Union of Concerned Scientists " ignorado (ajuda); Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. «BBC NEWS». news.bbc.co.uk. Consultado em 17-Maio-2010  Texto " Science/Nature " ignorado (ajuda); Texto " Deep ice tells long climate story " ignorado (ajuda); Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  8. «Chemical & Engineering News: Latest News - Ice Core Record Extended». pubs.acs.org. Consultado em 17-Maio-2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  9. «The History of Atmospheric Carbon Dioxide on Earth». planetforlife.com. Consultado em 17-Maio-2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  10. «Past, Present, and Future Temperatures: the Hockeystick FAQ». www.ucsusa.org. Consultado em 17-Maio-2010  Texto " Union of Concerned Scientists " ignorado (ajuda); Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  11. «Rapid atmospheric CO2 changes associated with the ... [Proc Natl Acad Sci U S A. 2002] - PubMed result». www.ncbi.nlm.nih.gov. Consultado em 17-Maio-2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  12. «Early Holocene Atmospheric CO2 Concentrations -- Indermühle et al. 286 (5446): 1815 -- Science». www.sciencemag.org. Consultado em 17-Maio-2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  13. «Atmospheric CO2 Trapped in the Ice Core from Siple Dome, Antarctica». nsidc.org. Consultado em 17-Maio-2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)