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Usuário(a):Biancajoaquim/testesoja

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Soja: Revisão Científica[editar | editar código-fonte]

Definição[editar | editar código-fonte]

Soja. [Do jap. Shoyu.] S. f. V. feijão-soja.

Feijão-soja. S. m. Planta da família das leguminosas, subfamília papilonácea (Glycine hispida), empregada na alimentação e sobretudo na indústria de óleos comestíveis. [Tb. Se diz simplesmente soja. Sin.: feijão chinês. Pl.: feijões-sojas e feijões-soja].[1]

Composição Química[editar | editar código-fonte]

Silva et al. (2006) avaliaram a composição química e o valor protéico do resíduo de soja, subproduto do processo de extração do óleo de soja. A composição centesimal, o valor energético e o perfil de aminoácidos do resíduo e do grão de soja foram determinados. O valor protéico foi avaliado mediante índices biológicos. Ratos Wistar machos, recém-desmamados (n = 24), distribuídos em quatro grupos, foram alimentados por dez dias com rações contendo 10% de proteína (resíduo de soja, soja integral, caseína – controle) ou com ração aprotéica. O resíduo apresentou maior conteúdo protéico (47%) e menor teor energético (334 kcal/100 g) em relação ao grão de soja (40% e 452 kcal/100 g, respectivamente), além de perfil de aminoácidos essenciais com escore de 101% em relação ao padrão de referência e digestibilidade protéica de 88%. Segundo os índices RNPR (Relative Net Protein Ratio) e PDCAAS (escore de aminoácidos corrigido pela digestibilidade), a qualidade da proteína do resíduo de soja é similar à do grão integral (valores protéicos de 87% e 85%, respectivamente). O resíduo de soja é fonte de carboidratos, minerais, fibras e proteína de qualidade nutricional adequada, apresentando vantagens em relação à soja integral tais como menor teor energético e maior concentração protéica. Palavras-chave: soja, composição química, proteína, valor protéico, resíduo de soja.[2]

Valor Nutricional[editar | editar código-fonte]

Garcia (2008) realizou experimento com extrato hidrossolúvel de soja, EHS, que é um produto de elevado valor nutricional, com alto teor protéico. Como o teor de cálcio no EHS é baixo, faz-se interessante a adição desse mineral, a fim de melhorar o valor nutricional do produto. O enriquecimento do EHS com cálcio tem sido uma tarefa difícil, pois os sais desse mineral podem promover coagulação das proteínas da leguminosa, desestabilizando a emulsão. A análise da estabilidade da emulsão é uma ferramenta de grande importância no desenvolvimento de novos produtos. Primeiramente, determinou-se a estabilidade das emulsões de EHS de quatro marcas comerciais, através da quantificação do tamanho das micelas. A série de imagens obtidas em microscopia ótica das emulsões foi analisada, empregando-se operações morfológicas para remoção de ruídos e binarização das imagens com posterior quantificação da quantidade de micelas e da área de cada micela. Em seqüência, uma amostra de EHS orgânico foi enriquecida com cálcio e vitaminas C e D, segundo um planejamento fatorial 23. A análise da perda da estabilidade seguiu os mesmos critérios da análise preliminar, tendo sido feita também a análise reológica dos EHS estudados. O enriquecimento do EHS mostrou ser um processo viável, uma vez que a perda na estabilidade foi pequena em relação ao EHS não enriquecido. O enriquecimento recomendado foi aquele com 15% de Cálcio, 15% de vitamina C e 30% de vitamina D.[3]

Efeitos do Plantio[editar | editar código-fonte]

Cividanes e Barbosa (2001) avaliaram os efeitos do plantio direto e da consorciação soja (Glycine max (L.) Merrill) e milho (Zea mays L.) sobre pragas e inimigos naturais. Os tratamentos constituíram um fatorial 32 (monocultura de soja, monocultura de milho, consorciação soja-milho x plantio direto, plantio convencional), em blocos casualizados. Os insetos foram amostrados pelo método do pano, rede entomológica, procura visual e armadilha de sucção. Entre os insetos-pragas do milho, Maecolaspis assimilis ocorreu em maior quantidade no sistema de plantio convencional; o mesmo ocorreu com os predadores Cycloneda sanguinea e Doru sp. Por outro lado, M. assimilis e o predador Toxomerus sp. foram mais numerosos na monocultura de milho em relação à cultura do milho consorciado com soja. Dos insetos-pragas da soja, destacaram-se pela maior quantidade Anticarsia gemmatalis e Diabrotica gracilenta, no sistema de plantio convencional, e o mesmo aconteceu com a espécie da família Trichogrammatidae, enquanto as espécies da família Eulophidae foram mais numerosas na soja sob sistema de plantio direto. Na soja consorciada com milho foi maior a quantidade de insetos-pragas Megalotomus sp. e Maecolaspis sp. e dos inimigos naturais Geocoris sp., Lebia concina, Orius sp., Braconidae e Scelionidae. Esses autores concluíram que a ocorrência de pragas é menor na soja e milho no sistema plantio direto e que o consórcio soja-milho proporciona maior ocorrência de inimigos naturais na soja. Os termos para indexação foram Glycine max, Zea mays, insetos e controle de pragas.[4]

Referências

  1. FERREIRA, Aurélio B. de H. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s.d., 1499 p. (12ª. Impressão).
  2. SILVA, Maria Sebastiana et al. Avaliação química e biológica do resíduo de soja, Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 26 (3): 571-576, jul.-set. 2006.
  3. GARCIA, Mariana M. T. Avaliação da estabilidade do extrato hidrossolúvel de soja enriquecido de cálcio e vitaminas C e D através do processamento digital de imagens. 2008. xxi, 93. p.: il. Dissertação (Mestrado em Ciência) - Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ - Escola de Química.
  4. CIVIDANES, Francisco Jorge; BARBOSA, José Carlos. Efeitos do plantio direto e da consorciação soja-milho sobre inimigos naturais e pragas. Pesq. agropec. bras., Brasília, v. 36, n. 2, p. 235-241, fev. 2001.