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Usuário(a):Bru124512/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

[O verbete Calabaças já existe na Wikipédia, deve-ser ter cuidado para aglutinar as informações - Dani]

[Da próxima vez seria legal encontrar mais uma ou duas referências que pudessem trazer pluralidade para a distribuição das informações - Dani]

[num verbete wiki, a organização da informação é tão importante quando o conteúdo... é preciso dividir as informações em seções para que vocês possam direcionar a pessoa que lê o texto - Dani]

[Inserir hiperligações ao longo do texto. Os links devem ser repetidos em seções diferentes, só não podem se repetir em uma mesma seção. Ver o vídeo antes de fazer . Prestar atenção na hiperligação de links vermelhos tbm - Dani]

Os "Calabaças", "Kalabaças" ou "Jandaíras" são um povo indígena que habita os municípios de Crateús e Poranga, no estado brasileiro do Ceará, principalmente na Terra Indígena de Cajueiro (Poranga), junto com os tabajaras, e na Periferia de Crateús em 7 comunidades, sendo elas Altamira, Fátima I, Fátima II, Maratoã, Planaltina e Caixa D’água. Eles também afirmam ter parentes em Ipaporanga e Ararendá.[1]Atualmente, [na Wikipédia o texto pode ser lido hoje ou daqui a 10 anos, então não dá pra usar esse tipo de palavra "atualmente", "hoje em dia", "nos dias atuais". É preciso usar marcações temporais específicas, como por exemplo, no século XX, em 2023, na sécada de 1980, etc. - Dani] os Calabaças em Crateús ainda estão no processo de formação de sua associação. Podem ser encontrados em diversos bairros da periferia de Crateús e na serra do Nazário, na zona rural. Também existe um grande número deles no município, mas a maioria não está articulada ao movimento indígena.[1] [pq eles resolveram criar uma associação? pq isso é relevante para um verbete sobre esse povo? - Dani]

A partir da década de 1990, foi feito um processo de mobilização social e política na região de Crateús que resultou na constituição dos grupos Kalabaça, Kariri, Potiguara, Tabajara e Tupinambá. Realizada pela ação da Pastoral Raízes Indígenas da Diocese de Crateús, essa mesma mobilização foi empreendida por moradores da zona urbana da cidade.[1]

Faz parte da cultura dos Calabaças a pesca, tradicionalmente feita no rio Poti, a caça de animais de pequeno porte como peba. tatu e carão; e a plantação de feijão, milho, mandioca e arroz. Quando os brancos chegaram na região, os Calabaças extraíam o mel da Jandaíra, e a partir daí foram chamados de Jandaíras. Antigamente, costumavam morar em casas de palha e seus utensílios eram feitos de barro e cuia.[1]

Os Calabaças que vivem em Poranga estão organizados na luta por suas terras junto aos Tabajara. É comum encontrar famílias mistas, formadas por Kalabaça e Tabajara. Segundo a FUNASA, existem 229 índios pertencentes a esse povo no estado. Em Crateús, integraram o Conselho Indígena de Crateús e Região (CINCRAR) com os Potyguara, Tabajara, Tupinambá e os Kariri, mas doze anos depois formaram associações por etnias, com Imburana sendo uma delas. As terras de Imburana se dividem em três áreas: o lugar de moradia, que fica nos bairros Jardim e Jericó, onde reside a maioria das famílias Kalabaça e Tabajara; o lugar onde plantam e colhem alimentos fica um pouco mais distante das moradias, onde a terra é mais fértil; e o lugar da caça é ainda mais distante, nas matas, de onde também retiram as plantas medicinais: cascas, raízes, folhas e frutas.[1]

Embora o grupo em si seja reconhecido e identificado pelo movimento indígena, muitos membros da tribo dos Calabaças não são integrados. Um grupo bastante disperso e desordenado, eles são um desafio para a mobilização e organização do movimento indígena, e até mesmo para as ações de outros órgãos oficiais. Essa desordem está ligada a uma antiga lenda, que diz que durante a época dos aldeamentos, alguns Calabaças açoitaram um padre jesuíta nas margens do Rio Poti. Antes de morrer, o padre mandou uma praga no grupo; daquele dia em diante eles seriam miseráveis para sempre. Essa maldição é associada a pobreza, à "desorganização" e aos diversos casos de alcoolismo no grupo. Porém, relatos desse episódio são contados mais por membros de outras etnias, os próprios Calabaças tentam evitar o assunto. Além disso também são reconhecidos como "revoltosos", dizendo que na região de Crateús havia um grupo rebelde perambulante. Insatisfeitos com a perda de terras, eles se revoltaram contra todos, invadindo fazendas e fazendo pequenos roubos. Porém eram empobrecidos, e haviam discussões que esquentavam frequentemente, com vários casos de mortes dentro do grupo. Essas ações violentas, juntando com os casos de alcoolismo dentro dos Calabaças, deixaram uma impressão negativa aos olhares de outros grupos indígenas.[1]

Mesmo com essa história violenta, os Calabaças começaram como um grupo nômade, segundo relatos da própria tribo, perambulando pela terra, usando poucos lugares estáticos como apoio. Mas com o passar do tempo, cada vez mais membros adotaram a vida de sedentarismo, morando em cidades como Cocos, Jatobá Medonho, Cabaças e São Benedito, até se estabelecerem de fato nos arredores de Crateús e Poranga.[1]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f g Lucia Silva Lima, Carmen (31 de janeiro de 2010). «Etnicidade indígena no contexto urbano: uma etnografia sobre os Kalabaça, Kariri, Potiguara, Tabajara e Tupinambá de Crateús». repositorio.ufpe.br. Consultado em 11 de dezembro de 2023