Usuário(a):Camillo Cavalcanti/Estruturalismo na Literatura

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O Estruturalismo teve vigência nos estudos literários pelos trabalhos do Grupo Tel Quel/Communications - Roland Barthes, Algirdas Julien Greimas, Juri Lotman, Tzetan Todorov, Claude Bremond etc. Dentre as obras principais estão Análise Estrutural da Narrativa, Ensaios de Semiótica Poética e As Estruturas Narrativas.

O fato poético não está integrada a teoria geral da literatura, porque os textos poéticos são considerados um subconjunto de textos literários, pois a literatura trás em si mesma as suas próprias especificidades a autonomia de seus discursos que comporta em si mesmo as suas próprias leis. A vida do objeto da semiótica poética em relação ao seu discurso não só coextensivo ao conceito de literatura do seu princípio indiferente da linguagem que é produzida, além de discurso "poético e sagrado" que são característicos de uma classe particular dos discursos. A teoria procura explicar o discurso poético e fundamentar ao mesmo tempo a semiótica poética reconhecendo que o discurso poético é duplo, tanto no da expressão quanto no do conteúdo, que são projetados nos dois planos ao mesmo tempo. Há portanto nesses dois planos como segmentação do discurso os semas e os femas, permitindo igualmente a distinção dos níveis linguísticos de análise de modo que defina de forma homogênea,um nível linguístico e vice-versa. A teoria que estuda os sistemas de significação semiológico incorporou em seu campo de observação e experimentação, novos conceitos, reconhecendo estruturas narrativas que não se manifestava nos discursos a um modelo padrão da gramática em relação ao discurso poético. Segundo Lévi Straus, em sua leitura paradigmática dos mitos, detectou o problema dos níveis de profundidade desses textos, e graças à gramática gerativa fez-se distinção entre estruturas profundas e estruturas de superfície, porém na versão soviética de Saumjan-Sobolev, J. Kristeva entre genotexto e fenotexto, aplica-se aí uma hierarquização dos níveis do discurso poético. Contudo Houve uma inversão na ordem "poética" como informação complementar do texto,considerando sua significação que condicionam a produção dos discursos poéticos, sendo articulaveis e formalizaveis de modo que uma gramática poética explique todos os discursos, deduzindo após discursões das análises em meio as duas abordagens. Em um texto poético os signos são encadeados tendo um começo e um fim que são marcados por silêncio ou espaços em brancos, de acordo com Saussure os signos são definidos pela junção de um significante e de um significado, por uma palavra ou uma frase, além de serem signos, são também um discurso manifestada em unidade discreta. O discurso poético em sua abordagem é considerado como um signo complexo, tendo ele aí uma conotação própria para a constituição do texto em signo poético para uma nova leitura denominando-o de objeto poético. Nesse sentido e com relação entre o signo poético e o seu objeto fez com que sua segmentação textual não representasse apenas uma divisão sobre o texto, mas sim impôs uma ordem de sistematização e hierarquização sintagmática. O discurso poético articula dois paralelos na decomposição do seu signo, significante como nível prosódico e do discurso, o significado, como seu nível sintático. A denominação de nível prosódico constitui em sua estrutura desde o acento de palavras, fraseados de modulação dos enunciados, até as curvas melódicas das frases complexas, dos períodos oratórios etc, assim como as articulações supra-segmentais do significante : o metro, o ritmo,a instituição dos versos e das estruturas estróficas (reforçada pela rima e pela assonância) em relação ao nível prosódico, desempenha o seu papel de regulador do fluxo sonoro, os fraseados de modulação e a organização sintáxica e finalmente sob sua forma gráfica: "a disposição geral do texto impresso, a distribuição dos espaços brancos a assinalar as pausas, os sinais de pontuação ou sua ausência, a utilização de variáveis tipográficas", este estudo é aqui esboçado por N. Gueunier, que desdobra a manipulação fônica do nível prosódico e rearticulam a "prosa" em "poesia". Essas pesquisas continuam insuficientes e cheias de lacunas. O nível sintático no plano do conteúdo segue as regras da sintáxe, pois ela corresponde relativamente as particularidades dos sons que afetam a métrica, fundamentalmente os acentos e a duração da expressão, estabelecendo relação entre si. São esses dois níveis que segmenta o objeto poético. Portanto, os níveis prosódico e sintáxico não tem necessariamente a mesma forma, segundo Apollinaire e Michaux, os níveis apresentam-se de duas maneiras distintas: a sintaxe discursiva transfrástica e a unidade sintática frástica, são nas estrofes que se reconhecem a formação das unidades organizadas e hierarquizada. Há no discurso poético dois planos que o constitui em sua análise no plano dos signos (morfemas, palavras, frases, discurso) que possuem a mesma forma nos dois planos simples da linguagem - o da expressão e o do conteúdo - submetendo em sua sistematização o isolamento dos signos linguísticos em unidades entre os dois planos. Nos diferentes sistemas de funcionamento dos signos entre os dois planos Saussure faz um paralelo entre o significante e o significado. A fonologia conseguiu com muita dificuldade estabelecer o conceito de fonema como unidade abstrata, que independe de suas realizações fônicas ao nível dos signos, e de fema unidade mínima do fonema. Já as unidades linguísticas postula as figuras que correspondentes de semema e de sema. Segundo Apollinaire, analisado por J.-C.Coquet, "o isofismo, tal como acabamos de defini-lo, não leva portanto à homologação termo a termo, segmento fônico a segmento semântico dos dois planos do discurso poético." J.-C.Coquet justifica que "o discurso poético surge em seu plano de expressão como uma linguagem constituída ao mesmo tempo de ruídos e de sons, referindo-se a ele, invoca as regras de harmonia e de inarmonia de sua organização, ou que F. Rastier se reporta aos efeitos de eufonia e de disfonia que o conotariam." No plano do conteúdo o que distingue a literatura escrita da literatura oral é justamente o sujeito da enunciação poética presente no processo de produção do objeto poético. "Ou a enununciação é um ato produtor não linguístico que escapa à competência semiótico, ou então ela se acha presente, de maneira ou de outra," tanto a enunciação pode ser formulada como um enunciado de maneira particular que o enunciado fica dito como enunciação, por empregar outro tipo de enunciado como objeto reintegrada na reflexão semiótica que vai procurar definir o sentido das unidades linguísticas dentre suas conbinações gramatical de seu sujeito. Segundo Mallarmé, no plano semântico, "o enunciado dito enunciação aparece como uma isotopia possível do discurso poético." O conteúdo pode estar investido de três tipos: O do sujeito falando de si mesmo, o que ele faz, a que ordem pertence, o que ele diz e qual a sua finalidade de seu dizer. Esse é um ponto de partida para classificar a semântica das isotopias enunciativas. Os teóricos da área diz se necessário a construção de uma gramática poética, o que tornaria homogêneas as problemáticas expostas a lacunar, trazendo em sua construção uma reprodução fiel da realidade, em que os objetos poéticos construídos não atingiria a plenitude do "vivido" em sua textualidade. Sendo assim se faz importante uma gramática que explique a produção de objetos poéticos em número indefinido. Um objeto poético pode ser declarado abertos a outros objetos poéticos, pois "é impensável uma gramática que explique apenas a construção de um único objeto. Todo objeto poético abre-se, portanto, para o universo das formas poéticas e só tem existência no interior desse universo." O objeto poético se abre para o seu contexto, para o universo das unidades linguísticas assumindo todas as implicações, que se manifesta em outros textos, o sujeito da enunciação não linguística. Segundo Saussure "pouca gente reconhece "a dificuldade que existe em geral para se escrever dez linhas com sentido comum em matéria de fatos de linguagem." "No entanto, o perigo de não dizer coisa alguma talvez seja ainda maior em poética que em linguística." Faz se necessário o conhecimento do "objeto poético", para alcançar um método eficaz em condições que permita a identificação sobre a construção de um discurso de cada, para que haja conservação da sua coerência. Segundo os teóricos, "O próprio termo objeto já se presta a discussão." O termo objeto assume três formas: o objeto "é dado como conhecido" e ele se fundamenta nos fatos; contesta a noção de objeto e de sujeito e ele não é um dado imediato ficando por descobrir, porque o objeto visa uma gramática específica de um conjunto das regras explícitas de que depende o jogo das significações e das sonoridades, portanto diz os autores teoricos que para transpor os limites impostos pela lingística da frase, faz se necessário uma gramática do discurso poético." Tanto a fala quanto a escrita são práticas muito comum nas relações sociais como forma de receber e transmitir mensagem através da oralidade e dos escritos estabelecendo unidade linguística; facilitando a descodificação do texto entre o que se diz e o que se escreve, tendo a mesma forma entre o significante e o significado. Um poema em forma de rondó, de balada ou de soneto em seu discurso poético em unidades métricas não coincidem com as unidades linguísticas, que em via de regra fixam o número de versos e de estrofes, adquirindo o estatuto de objeto semiótico denominado de poema. O soneto em sua forma fixa e ao mesmo tempo em sua forma convencional deve apresentar determinado tipo de conteúdo, porém por ele ter uma forma fixa não sendo adequado qualquer conteúdo, pois como o soneto pertence a uma classe de poemas que é definido pelo ponto de vista tanto do significante quanto do significado. Uma forma fixa independem da linguística e da métrica, pois a forma convencional não funciona sozinha do plano da expressão;sendo ela alheia ao significante quando essa garante a conservação pertinente aos elementos linguísticos, ficando reservadas a unidades linguística. Os elementos do plano de conteúdo precisa da organização para estabelecer as unidades métricas convencionais para definir relações hierarquicas, paradigmáticas e sintagmáticas do plano do conteúdo. A divisão formal de um soneto em unidades convencionais se dá por grupos de estrofes, estrofes,versos por ordem definida e hierárquica, tendo em vista apenas as unidades métricas e unidades isotópicas ocupando o mesmo espaço e mesma grandeza no conjunto de relações formais. Portanto as diferenças só são medidas entre termos que apresentam traços semelhantes, ou seja, que exista relações equivalentes ao condicionamento da leitura do poema em sua dimensão diacrônica que constitui relações de sucessão. De acordo com o estatuto particular dos versos, as unidades isotópicas não têm um mesmo estatuto, já que pertencem a uma classe hierarquica. Os sonetos são formados por quartetos e por tercetos em unidades isométricas. Os versos que são subordinados a estrofes e do grupo de estrofes, manifesta a presença de certos conteúdos sêmicos de modo que a leitura isotópica fica facilmente correlacionada entre as unidades de nível superior não só do ponto de vista do conteúdo, mas também da expressão. De acordo ao número de versos é feita uma comparação entre si, o que não ocorre entre um quarteto e um terceto, porém a comparabilidade não significa correspondência entre os termos, feito entre dois quartetos, mantendo sempre as figuras do paralelismo ou da simetria. Os versos de um soneto só tem sentido dentro de uma mesma estrofe. Os versos que vem depois não tem relação com os versos separados por limite de estrofe. O soneto possui em sua estrutura a rede táxica saturante que define a posição dos versos em níveis hierárquicos, com o número de 14 versos de cinco tercetos ou de quatro quartetos, ou seja, dois níveis, sendo ele composto por três instâncias hierárquicas: os versos, as estrofes e os grupos de estrofes. Os níveis de estruturação dos textos de Jarry são usados sistemas complexos de signos que podem ser linguístico ou não, além de usar um aspecto metassemiótico como elemento do texto, e também de apresentar um aspecto conotativo em seus textos. O texto também como destruidor de um sistema de signo tem em sua estruturação um esforço de constituir com efeito o conjunto de signos, pois certos elementos do texto não funciona apenas como signos, mas também como signos de signos, e eventualmente como signos de signos, de signos e assim sucessivamente. Por exemplo no "Ato Heráldico" o sistema de signos é formado por brasões de nome real ou fictício formando o nome das personagens da peça de Heráldica através de escudos brasivos, o primeiro com o aspecto da letra T, o segundo a letra O e o terceiro a letra Y, constituindo a palavra TOY formando um grafema fazendo um paralelo com a estrutura do lexema TOY. Toma-se por exemplo o lexema Bâton-à-physique também representado por escudos divididos em três partes iguais tanto na vertical quanto na horizontal, em sua posição vertical indica palo; horizontal igual faixa. O termo Bâton-à-physique é apresentado como um símbolo fálico, sendo este conteúdo sexual uma metáfora em relação aos escritos do texto de César-Antechrist, portanto os dois textos tem conotação do falo como algo divino. Esses exemplos citados confere o quanto esses signos se distanciam das estruturas linguísticas tradicionais, com efeito trata-se apenas de uma nova estruturação do signo. No terceiro texto fica subentendido dentre os escritos a representação em escudo o esfíncter anal e o Bastão simbolizando simultaneamente o falo e os seus dois contrários. O sexo feminino fica estabelecida uma relação entre ele, o Bastão e o personagem de Orle que é idêntico a César-Antechrist. Tendo Orle o aspecto em seu símbolo do esfíncter anal, e por conseguinte, o Bâton-à-physique que também simboliza o esfíncter anal. O Anticristo, significa o seu próprio contrário, significando igualmente o falo, ou seja, o Bâton-à-physique. Em diversas passagens do texto de Haldernablou onde está explicitado o termo '"...olho bólido" do camaleão..."' funciona como símbolo fálico, de maneira que o camaleão significa o falo o mesmo que com César, comparando ao camaleão, sendo portanto, César e falo "expressão" e "conteúdo" ao mesmo tempo. Segundo Jarry "A estruturação infinita do signo trouxe como consequência a sua destruição. Sobre as ruínas da hiperlinguagem ergue-se uma antilinguagem." --Robson Ferraz Varges (discussão) 18h12min de 18 de março de 2013 (UTC)

Tzvetan Todorov[editar | editar código-fonte]

A obra de Tzvetan Todorov que tem por titulo “As Estruturas Narrativas” divulga as idéias do Estruturalismo Linguístico e os Formalistas Russos. O autor tem como propósito ajudar para o fundamento de uma gramática da narrativa com sentido de classificar as estruturas narrativas. Com o intuito de buscar as Estruturas gerais, Todorov buscou a análise de obras próprias. Ele identifica sua tarefa como um trabalho de “esclarecimento” que se aproxima mais da técnica do que da ciência. Para os que procuram um método para analisar estruturalmente a narrativa, seus estudos são dos mais úteis, por ter lógica interna em seu raciocínio e por ter uma clareza na exposição das idéias. Em primeira instância a obra nos remete a questões epistemológicas e metodológicas e a segunda nos dá alguns exemplos de aplicação de métodos estruturais a analise narrativa. Encontra-se no estruturalismo marcas de uma influência “formalista” tanto nos princípios gerais quanto em técnicas de analise, mas é importante salientar que os objetivos das duas escolas não são os mesmos assim como os campos de estudo. Para os estudos formalistas a profundidade e finura de suas analises são muitas vezes mal fundadas e contraditórias. Para nós, tem uma razão suplementar para confrontar a doutrina formalista com os métodos e noções lingüísticas atuais. Alguns princípios têm por característica falar mais frequentemente de método formal, mas a expressão é imprecisa e pode-se contestar a escolha tanto do substantivo quanto do adjetivo. O método citado engloba um conjunto de processos técnicos que servem para descrição da obra literária, serve também para investigação cientifica muito diversas. A pesquisa tem por objetivo a descrição do funcionamento do sistema literário. A analise de seus elementos constitutivos e a evidenciação de suas leis, num sentido mais estreito a descrição cientifica de um texto. Ao tratarmos de um poema, devemos descrever cuidadosamente, devemos colocar sucessivamente em diferentes níveis fônicos, fonológicos, métricos... Levando em conta suas relações interdependentes. Em todo elemento que uma obra traz pode ser interpretado segundo o código literário. Para Chklovisk “a obra é inteiramente construída. Toda sua matéria é organizada”. Assim Eichenbaum escreve “Nenhuma frase da obra literária pode ser, em si uma expressão direta dos sentimentos pessoais do autor, ela é sempre construção e jogo.” Os formalistas fizeram essencialmente a análise de poemas. Para serem analisados os diferentes constituintes da narrativa o autor cita obras como Odisséia e o Decameron, As mil e uma noites e o Manuscrito encontrado em Saragoça, que são manifestações com limite de a - psicologia literária. A narrativa psicológica tem como característica suas ações intransitivas, ou seja, a ação é importante por ela mesma e não como indicio de tal traço de seu caráter. Ao se tratar de narrativa, fica explicito que tem seu processo de enunciação, mas para isso é necessário que outra narrativa apareça, passando esse processo de enunciação para apenas uma parte do enunciado. Assim “... uma historia constante torne-se também uma história contada...”Ao tratarmos da gramática da narrativa Todorov inicialmente procura o sentido da palavra “gramática”, citando Robert Kylwardby que diz: ”A gramática só pode ser ciência se for única para todos os homens. É por acidente que a gramática anuncia regras próprias a uma língua particular como o latim e o grego (...). O objetivo da gramática e o mesmo para todo mundo.” --Sheila Moura (discussão) 01h57min de 9 de novembro de 2012 (UTC)

Roland Barthes[editar | editar código-fonte]

O que é literatura? A língua se manifesta através da fala, o escritor faz uso dela, mas não extrae nada, pois para ele, ela designará uma sobrenatureza da linguagem. A língueza não pertence as letras, é um objeto social. A literatura é muito mais que língua, ela se desenvolve através do estilo do escritor contituindo assim sua arte, esse estilo por sua vez é algo não intencional nasce do pensamento, o escritor está preso a ele e expõe sua maneira de pensar a literatura por de forma ambígua, ou seja, pode surgir da relação entre escritor e sociedade, e por outro lado leva o escritor para os intrumentos de sua criação. Escrituras política Através das escrituras passam diversas formas de linguagem, pois ela possibilita a variedade em seu caminho, ela é a imagem da fala que foi construída anteriormente, e se manifesta pelo funcionamento da linguagem. Através da revolução produziu-se uma escritura diferente, que estava ligada ao sangue derramado. Os revolucionários não queriam modificar a escritura, apenas tornou a realidade pesada por conta da circunstancia. Foi uma escritura fiel e em verossidade não foi enganadora. A escritura marxista foi completamente diferente, seu vocabulário não era retórico mas técnico com codificação metafórica. Era dada como uma linguagem do conhecimento, seu léxico possibilitava manter seu método. Nessa escritura um determinado termo não possue apenas o sentido do dicionário, mas sim todo um significado histórico. Escritura no romance. Romance e história tiveram desenvolvimento ambos no mesmo século porém com relações estreitas. A narração não é obrigatoriedade do romance, pois enquanto esta existir pode também haver a prática da história por análise. O passado simples que assinala a narrativa não tem mais só a função de exprimir tempo,agora ele visa manter fatos hierárquicos, por detrás dele há sempre a explicação do mundo, com ele o narrador consegue uma causa e um fim. Portanto graças ao passado simples a realidade se torna entendida, o verbo exprime um fato fechado, se familiariza a realidade. Para se entender o passado simples basta comparar arte romanesca ocidental com certa tradição chinesa, em que esta é simplesmente a imitação do real, enquanto aquela coloca a máscara e aponta. Existe uma escritura poética? Existe uma diferença na escrita da prosa e da poesia, esta diferença está na quantidade e não na essência como diz Roland Barthes, diferem se conforme a ocasião que se encontram,na maneira de falar, diz Barthes que a poesia nada mais é que a equação decorativa, ou seja, carrega consigo a possibilidade de representação, cheia de significados , ela se exprime a partir de regras, exteriorizando os pensamentos. Na arte clássica, porém, o pensamento é que representa a linguagem, ou seja, através daquela, esta é traduzida , na poética moderna entretanto, as palavras vem cheias de significados, possibilitando a expressão dos sentimentos. Agora porém, a poesia não tem mais toda liberdade de outrora,nem contém signos em si, pois possue sua natureza individual. Na linguagem clássica as palavras são usadas de forma abstrata, significados que remetem a outras palavras, por sua vez, não é inovar com palavras e sim aperfeiçoar a escrita antiga. Triunfo da Ruptura da escritura burguesa. Houve entre os séculos XVI e XVII uma grande liberdade na linguagem literária, ainda não está se procurando qual é a essência humana, como por exemplo em Rabelais, a linguagem ainda não possuem ornamentos, pode se dizer que ainda é uma escrita livre, Foi exatamente no século XVII que a escritura burguesa teve início, marcada pelo poder que obtinha , foi tida inicialmente com um certo cinismo pois era de uma classe minoritária e privilegiada, ou seja, purificada de toda popularidade que poderia haver. Com algumas mudanças ocorridas em torno de 1850 a sociedade francesa é dividida em três classes, a burguesia entra em uma nova situação histórica, ela deixa de ser apenas mais uma ideologia dentre outras. A partir daí surgem as escrituras diferentes, com cada escritor a sua maneira. Escritura e a fala. Por volta de 1830 momento em que a burguesia vive ao redor de si mesma, começa a surgir na língua francesa novas maneiras de falar. Alguns escritores como Balsac entre outros começam a inserir a linguagem popular na sua pronúncia, gírias, jargão alemão entre outros, parecia que o francês estava se deslocando para o popular, apartir de um certo momento o escritor acompanha a linguagem falada, olhando para ele com mais seriedade. Essa linguagem reflete na literatura, pois ela aponta um novo estilo de falar tornando-se mais social e se preocupa mais com os homens, que antes não tinham espaço para transmitir sua mensagem Utopia da linguagem Por se aumentar o número de escrituras na modernidade, o escritor se vê obrigado a assumir uma conduta diante dela suscitando uma ética. Existe uma independência na escrita moderna, ou seja, ela está ligada ao ato literário, há um duplo sentido, as palavras não são apenas o que aparentam, elas carregam em si uma história onde o leitor deve ir além para descobrir o que ela expressa. O escritor muitas vezes não pode fugir de termos populares, se ele quer mostrar algo mais humanista, sendo assim ele deve fugir mais e mais das condições buirguesas de escrever, para deixar explícito a imagem do homem e sua valorização. Isso provoca um rompimento das antigas categorias literárias, e de todo tradicionalismo do passado como cita Roland Barthes. --Tamile lemos (discussão) 18h21min de 8 de novembro de 2012 (UTC)

Juri Lotman[editar | editar código-fonte]

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Claude Bremond[editar | editar código-fonte]

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