Usuário(a):Dalton Holland Baptista/FLW
Dalton Holland Baptista/FLW | |
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Classificação científica | |
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Família: | |
Gênero: | |
Subgénero: | Chaetodon
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Espécies: | C. meyeri
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Nome binomial | |
Chaetodon meyeri | |
Sinônimos | |
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Chaetodon meyeri é uma espécie de peixes tropicais marinhos da família Chaetodontidae. O nome científico vem do grego Chaeto, cerda ou cabelo, e donte, dente, em referência ao tipo de dentes encontrados nesta família de peixes; meyeri é uma homenagem. Habitam praticamente todas as áreas tropicais de corais do Indo-Pacífico desde o sudeste africano até a costa da Colômbia e Galápagos.[1]
Descrição[editar | editar código-fonte]
Chaetodon meyeri são peixes que podem atingir 20 centímetros de comprimento,[2] Têm corpo alto, lateralmente comprimido, com uma única barbatana dorsal com 12 a 13 espinhas dorsais, de 23 a 25 raios dorsais, e 3 espinhas anais com 18 a 20 raios anais.[3] O corpo é branco ou azulado, com cerca de cinco grandes listras pretas, sendo duas grandes externas concêntricas, três centrais diagonais mais ou menos paralelas inferiormente e curvas no dorso, perimetralmente circundadas por estreitas listras menores brancas pretas e amarelas, uma larga listra preta atravessando o olho e duas outras ao redor da boca. Sua aparência é muito próxima de Chaetodon ornatissimus porém este tem as listras amarelas em vez de pretas.[4] Sua boca é pequena com minúsculas cerdas em vez de dentes.[5] Espécimes juvenis também têm a aparência similar à de C. ornatissimus com a mesma diferença na cor das listras.[4] Algumas das listras mudam de sentido conforme o peixe cresce, as exteriores passam de linhas quase retas para curvas concêntricas ao redor do peixe.
Ecologia[editar | editar código-fonte]
Trata-se de espécie amplamente dispersa pelas regiões de corais do Oceano Índico e Pacífico desde a região de Madagascar, sul da Índia, com a maior concentração ao redor das ilhas do Sudeste Asiático e norte da Austrália e também presente na Grande Barreira de Corais, Havai chegando Micronesia e Galápagos, entre 30°N e 30°S.[6] Segundo Lieske e Myers habita profundidades entre 2 e 25 metros,[7] no entanto deve chegar a profundidades maiores pois Allen afirma que a primeira vez que a espécie foi observada estava a 33 metros de profundidade.[4] Chaetodon meyeri praticamente só são vistos em atóis e em meio a grandes recifes de corais cujos pólipos são seu único alimento.[7] Normalmente vivem solitários ou em pares,[8] juvenis normalmente são solitários.[9] São quase impossíveis de serem mantidos em aquário devido a dificuldade em prover alimentação adequada.[4]
Reprodução[editar | editar código-fonte]
Como os outros peixes deste gênero, não apresentam cuidados parentais e são reprodutores livres, que liberam seus gametas geralmente ao anoitecer. No momento da desova par fica flutuando lentamente em um ângulo de 45° e liberam seus ovos e esperma que desaparecem rapidamente em direção ao fundo.[10] Os ovos são pelágicos, e eclodem em um dia. As larvas, chamadas tholichthys, são características apenas da família dos peixes borboleta. Esta fase da vida é muito diferente: a cabeça é protegida por uma armadura óssea e placas ósseas estendem-se para trás da cabeça. Os tholichthys são cinza prateados, quase transparentes, uma útil adaptação das espécies que vivem em suspensão. Depositam-se no fundo durante a noite, depois que atingem 20 milímetros. Às vezes, milhares de tholichthys eclodem na mesma noite. Crescem tão rápido que pela manhã as larvas já assemelham-se à fase juvenil no que diz respeito à cor do peixe.[11]
Taxonomia[editar | editar código-fonte]
Pertencem ao subgênero Citharoedus formado por apenas três espécies, as outras são Chaetodon reticulatus e Chaetodon ornatissimus, que existem no Indo-Pacífico que apresentam dorso bastante alto, e que, quando jovens, têm corpo quase redondo. Seu focinho é curto, a boca estreita e forte, e a alimentação baseada quase só em pólipos de coral, ocasionalmente algas. O nome desse subgênero, entretanto não é aceito uma vez que já estava sendo utilizado para um gênero de moluscos quando foi proposto para estes peixes. Este subgênero é muito próximo do subgênero Corallochaetodon, que tem apenas quatro espécies. Em conjunto formam um dos subclados deste gênero.[12]
Referências
- ↑ Chaetodon meyeri no FishBase
- ↑ Kuiter, R.H. and T. Tonozuka, 2001. Pictorial guide to Indonesian reef fishes. Part 2. Fusiliers - Dragonets, Caesionidae - Callionymidae. Zoonetics, Australia. 304-622 p.
- ↑ Burgess, W.E. (1978). Butterflyfishes of the world. A monograph of the Family Chaetodontidae. T.F.H. Publications, Neptune City, New Jersey.
- ↑ a b c d Gerald Allen (1985) Butterfly and Angelfishes of the World, Vol. 2. Hans A. Baensh Eds., West Germany.
- ↑ Randall, J.E. (1996). Caribbean reef fishes. Third Edition - revised and enlarged. T.F.H. Publications, Inc. Ltd., Hong Kong. 3nd ed. 368 p.
- ↑ Humann, P. and N. Deloach, 1993. Reef fish identification. Galápagos. New World Publications, Inc., Florida. 267 p.
- ↑ a b Lieske, E. and R. Myers, 1994. Collins Pocket Guide. Coral reef fishes. Indo-Pacific & Caribbean including the Red Sea. Haper Collins Publishers, 400 p.
- ↑ Breder, C.M. and D.E. Rosen, 1966. Modes of reproduction in fishes. T.F.H. Publications, Neptune City, New Jersey. 941 p.
- ↑ Kuiter, R.H. and T. Tonozuka, 2001. Pictorial guide to Indonesian reef fishes. Part 2. Fusiliers - Dragonets, Caesionidae - Callionymidae. Zoonetics, Australia. 304-622 p.
- ↑ Helmut Strutz (2001) Beobachtungen zum Laichverhalten von Chaetodon kleinii im Aquarium, in Der Meerwasseraquarianer.
- ↑ Florida Museum of Natural History (2005). de [www.flmnh.ufl.edu/fish/Gallery/Descript/ButterflyFour/ButterflyFour.htm. Education-Biological Profiles. FLMNH, University of Florida
- ↑ Fessler, Jennifer L. & Westneat, Mark W.(2007): Molecular phylogenetics of the butterflyfishes (Chaetodontidae): Taxonomy and biogeography of a global coral reef fish family. Mol. Phylogenet. Evol. 45(1): 50–68.
Ver também[editar | editar código-fonte]