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O que é Desenho Urbano?

O desenho urbano trata-se de um campo da arquitetura e urbanismo que atua em uma escala intermediaria, entre o projeto arquitetônico e o planejamento urbano, possibilitando que as propostas sejam desenvolvidas a partir de métodos de apreensão do espaço que facilitem uma maior aproximação da realidade das populações.

- Ilustração de desenho urbano.

Dessa forma, o desenho urbano pode ser entendido como área especifica de atuação do urbanismo, a qual se debruça na dimensão físico-espacial, de maneira interdisciplinar, levando em consideração os processos sociais que ocorrem na cidade.[1]

Objeto de Estudo.[editar | editar código-fonte]

Esse trabalho tem como objeto o espaço público interurbano. Através de elementos ambientais (vegetação, superfície d'agua, ventos, temperaturas e umidade do ar), da configuração do desenho urbano e da acessibilidade de pessoas (deslocamento), o estudo tem como objetivo detectar caraterísticas que definem o espaço urbano como sendo de permanência (áreas de convívio) ou de passagem (áreas de circulação), contribuindo dessa forma, para a elaboração de diretrizes ambientais e de acessibilidade para o desenho urbano, tornando-os adequados ao bem estar do usuários.[2]

Considerações sobre o meio urbano e o desenho urbano.[editar | editar código-fonte]

A busca de fundamentos teóricos, na área do desenho urbano, deveu-se a necessidade e um conhecimento da relação do homem com o seu meio, considerando o seu comportamento resultante de sua interação com o meio urbano.

É nesta área onde se encontram, hoje, os estudos, pesquisas e conceitos sobre a relação homem ambiente. Portanto, considerando-se os trabalhos referentes ao meio ambiente urbano, observa-se uma ênfase no estudo dos espaços públicos das cidades. Esses espaços são caracterizados pelo livre acesso a qualquer individuo, permitindo sua utilização a usuários com as mais diversas características sociais, econômicas e culturais.

Vários trabalhos de pesquisa tem sido desenvolvidos nesta área, tendo como objetivo o esclarecimento sobre o processo do comportamento do homem, frente às variáveis presentes no meio ambiente urbano. Como referência de trabalhos conhecidos, temos os autores como Lynch (1980), Cullen (1984), Kolsdorf (1996), Del Rio (1990) e Sommer & Sommer (1980), para os aspectos que envolvem o comportamento do homem no meio, Romero (2001), Spirn (1995), Jacob (2001) e Oliveira (1985) para os aspectos ambientais.[3]

Familiarização ao meio urbano.[editar | editar código-fonte]

Todas as teorias urbanas recentes negligenciam a dimensão espacial do objeto urbano, tanto em termos de suas propriedades locais como globais. De acordo com Peponis, “as abordagens recentes de desenho urbano não resolvem a questão de como projetar espaços específicos, ou áreas locais, ao mesmo tempo em que levem em consideração os padrões globais de fluxos contínuos, de centralidade e de diferenciação, que conferem ao espaço urbano seu caráter cultural distintivo”.

A experiência de ambientes genuinamente urbanos refere-se ao encontro, embora não necessariamente à interação, entre pessoas, na maioria das vezes desconhecidas, que podem ser identificadas como pertencentes a diferentes classes sociais, status, raça ou origem étnica; refere-se também à exploração do que não é costumeiro, e ao conhecimento de outros modos de vida, ainda que deles não participemos.

Construir no ambiente urbano significa lidar com essa mistura de familiaridade e diferença; significa também estabelecer uma forma, por mais ordenada que seja em si própria num contexto mais amplo de justaposição que influencia o como a forma, tornar-se-á inteligível. Essas interações não acontecem simplesmente porque as cidades são densas e ocupadas diversa e diacronicamente. Elas ocorrem em função das propriedades morfológicas globais dos arranjos urbanos. Assim, o espaço pode ser visto como a dimensão mais distintiva e persistente da cultura urbana porque ele não apenas expressa, mas supera as classificações estabelecidas pela estrutura e pelos discursos sociais, inclusive as classificações de tipos arquitetônicos.

O que é gestão urbana?[editar | editar código-fonte]

A gestão urbana pode ser definida como um conjunto de instrumentos, atividades, tarefas e funções que visam assegurar o bom funcionamento de uma cidade. Visa também garantir não somente a administração da cidade, como também a oferta dos serviços urbanos básicos e necessário para que a população e os vários agentes privados, públicos e comunitários, muitas vezes com interesses diametralmente opostos, possam desenvolver e maximizar suas vocações de forma harmoniosa. A gestão urbana, portanto, deve se basear nos princípios da eficiência, eficácia e equidade na distribuição dos recursos e investimentos públicos gerados a partir da cidade e revertidos em prol de seu desenvolvimento. Para tal, deve o governo municipal dispor de instrumentos que lhe permita intervir de forma a resolver ou tendências existentes. O governo poderá então assumir o papel de agente catalisador durante o processo de planejamento e consolidação do ambiente urbano, dando-lhe condições para estabelecer parcerias estratégicas necessárias para realizar as funções e tarefas para as quais não detém todos os meios e recursos.

- Gestão urbana, ilustração.

Embora o pêndulo da centralização e descentralização varie de um pais pra outro, a nível global, verificam-se processos de descentralização administrativa, política e financeira em diversos países que vem reforçando a transferência de responsabilidades e gerando maior autonomia do governo municipal.[4]

Planejamento urbano e seu conceito.[editar | editar código-fonte]

O conceito de planejamento sempre esteve relacionado a outros termos, como desenho urbano, urbanismo e gestão urbana. Todos esses vocábulos, apesar de serem distintos, tem algo em comum: o objetivo de estudar a cidade. Esta, sendo considerada tanto em relação a suas características físicas quanto sociais, culturais e econômicas. Contexto em que podemos dizer que a expressão planejamento urbano, dentre os termos que citamos anteriormente, é a que comporta um conceito mais amplo.

Assim, o urbanismo estaria mais ligado ao desenho da cidade, tanto na escala de espaços amplos e de ordenação territorial quanto na escala do desenho mobiliário urbano espaços Inter urbanos. Já o planejamento urbano sugere "um contexto mais amplo que aquele representado pelas expressões Urbanismo e Desenho Urbano ".

Infraestrutura para o urbano.[editar | editar código-fonte]

Quando falamos de desenho urbano, temos de correlacionar à infraestrutura, pois a infraestrutura é um conjunto de equipamentos, serviços ou redes fundamentais que organizam a sociedade e seus povoamentos ou servem a eles. As redes publicas são parte da infraestrutura da cidade, região e do pais que proporcionam serviços essenciais como agua , eletricidade e gás.

Há três medidas que devem ser consideradas. A primeira é a diversidade das infraestruturas da cidade que oferecem opções para o usuário urbano; a segunda é a quantidade ou a capacidade das infraestruturas (inclusive o numero de usuários); e, por fim, há a cobertura, que indica a área atendida.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Lima, Verônica Maria Fernandes (2008). Desenho urbano: uma análise de experiências brasileiras. Recife: [s.n.] 
  2. Person, Elisangela (2006). «Espaços de permanência e passagem : contribuição para a elaboração de diretrizes ambientais e de acessibilidade para o desenho urbano». Consultado em 1 de dezembro de 2020 
  3. Person, Elisangela (2006). «Espaços de permanência e passagem : contribuição para a elaboração de diretrizes ambientais e de acessibilidade para o desenho urbano». Consultado em 1 de dezembro de 2020 
  4. Acioly, Claudio C. ([1998]). Densidade urbana : um instrumento de planejamento e gestão urbano. Rio de Janeiro: MAUAD. OCLC 44483316