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RESUMO: Através do presente trabalho pretende-se mostrar a importância da música sertaneja na cultura brasileira. O objetivo será Identificar o surgimento da cultura brasileira, e como se destaca no cenário regional, e ate que ponto um organização pode se destacar no meio cultural seguindo suas raízes. Para tanto o procedimento metodológico utilizado foi à pesquisa bibliográfica com estudo de caso. A amostra trata da Morada Du Capiau, usando o método de não probabilística

CULTURA SERTANEJA[editar | editar código-fonte]

MÚSICA COMO UMA EXPRESSÃO DE ARTE[editar | editar código-fonte]

A música é uma das manifestações artísticas das mais ecléticas e democráticas que há, eis que não restringe o acesso a quem quer que seja. Abastados, pobres, cultos, incultos, escolarizados ou não, todos, sem distinção, podem desfrutar da música ouvindo, cantando, dançando, escrevendo... por qualquer meio de difusão: rádio, televisão, internet, “shows”, mídias portáteis etc. Não há falar-se em música caipira sem mencionar o seu precursor Cornélio Pires que morou também em Santos, Botucatu e Piracicaba, exercendo atividades de tipógrafo, repórter, professor de educação física, graças a quem chegaram os primeiros discos gravados deste estilo, já em 1929. [1]

Antes da música, Cornélio Pires já manifestava sua arte através de livros desde o ano de 1910, com "MUSA CAIPIRA" quando também tornou fixa a ideia na cabeça de que também devia colocar em discos as suas anedotas e a autêntica música caipira.


A partir, então, de 1929, começa a formação das primeiras duplas caipiras, tais como Arlindo Santana e Joaquim Teixeira, Alvarenga e Ranchinho, Irmãos Laureano, Jararaca e Ratinho, Mariano e Cobrinha, Raul Torres e Serrinha, Torres e Florêncio. Como compositor surge João Pacífico, autor de grandes sucessos como "Cabocla Tereza", "Chico Mulato" e "Pingo D’água". Daí por diante, o estilo caipira passa por diversas fases sendo a década dos anos 1950, a época de ouro da música caipira, tendo surgido grandes nomes como o compositor Teddy Vieira, as duplas Vieira e Vieirinha, Tonico e Tinoco, Zico e Zeca, Inezita Barroso, Pedro Bento e Zé da Estrada, Irmãs Galvão (ainda na ativa) Tião Carreiro e Pardinho, Liu e Leu (irmãos de Zico e Zeca e primos de Vieira e Vieirinha), entre outros. Nas décadas supervenientes, a música caipira apresentou “novas roupagens”, mas já conquistara morada no coração dos brasileiros, especialmente os do sudeste (São Paulo, Minas Gerais e Paraná). Ainda que houvesse experimentado uma fase de “vacas magras”, surge um movimento de “modernização” da música caipira com a introdução de instrumentos como a guitarra elétrica, trazendo uma versão “mais jovem” com ritmos mais urbanos que restou por redirecionar os rumos da música para esse novo estilo. Opera-se uma certa “segregação” culminando com dois segmentos: a chamada música sertaneja ou “sertanejo universitário” e a música “sertaneja raiz”. Esse “novo estilo” ensejou uma exploração comercial massificada do “sertanejo” mediante uma releitura de sucessos internacionais, voltando os holofotes para novas duplas populares como Trio Parada Dura, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, Chrystian & Ralf, João Paulo & Daniel, Chico Rey & Paraná, João Mineiro e Marciano, Gian e Giovani, Rick & Renner, Gilberto e Gilmar, além das cantoras Nalva Aguiar e Roberta Miranda.

O TERMO “SERTANEJO”[editar | editar código-fonte]

O termo sertanejo, do qual a expressão música sertaneja deriva, significa o habitante do sertão nordestino, isto é, a região seca do Nordeste brasileiro. Entretanto, o gênero Música Sertaneja (grifo nosso), se refere atualmente não à música da região sertaneja, mas à música originalmente produzida e consumida na área cultural caipira, situada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. O movimento migratório de pessoas do Nordeste para São Paulo por ocasião das secas muito intensas e retomo quando volta a chover no sertão, diversas vezes, enquanto outras se instalam em algum ponto da rota. A música também viaja nas duas direções. Os cantadores nordestinos levam para São Paulo a sua voz áspera, cantando cantigas épicas e improvisando duelos musicais nas praças e feiras.[2]

Esses movimentos migratórios estão presentes também em relações às regiões dentro dos próprios estados da federação e nas áreas fronteiriças entre estados. A partir desta observação, este trabalho procura delimitar os aspectos de influência da música caipira como uma expressão forte da cultura regional particularmente do município de Franca e municípios adjacentes. Neste contexto, procura demonstrar quão “enraizada” a música caipira (sertanejo de raiz) nesta região, trazendo realidades de ambientes característicos onde a música é sobeja e ostensivamente manifestada para deleite dos seus milhares de apreciadores e praticantes. A região de Franca é pródiga no surgimento de artistas, na sua maioria anônimos em termos nacionais (ou até mesmo estadual), demonstrando uma vocação para esta tão democrática arte. Ao lado da culinária caipira característica da região, influenciada pelos costumes do Estado de Minas Gerais de onde provém ou descendem muitos dos habitantes, a música caipira é “prato principal” na maioria das manifestações culturais de estilo. Programas de rádio e televisão temáticos, restaurantes, bares, casas de espetáculo, dão o tom pitoresco desta região de população tão hospitaleira e amigável.

MÚSICA CAIPIRA – REGIONAL DO MUNICÍPIO DE FRANCA[editar | editar código-fonte]

Radialista e colunista de jornal Valdes Rodrigues, em matéria publicada no Portal GCN em 2010, contam que a música, de um modo geral, faz parte da cultura franca desde 1872, com a primeira banda fundada pelo maestro Joaquim Tristão de Almeida. Valdes faz referência breve, também, sobre a música “sertaneja” em Franca, que nos idos de 1969, marcou época no quadro Cidade contra Cidade do Programa Silvio Santos, a atuação da dupla Canário e Passarinho. Depois disso, lembra Valdes, a música “sertaneja” – até então rejeitada pelos programas de televisão –, passou a ganhar amplo espaço na mídia televisiva, surgindo duplas como Gian e Giovani e, mais tarde, Rionegro e Solimões. Não obstante haver emergido daí o sucesso do “estilo sertanejo”, os nativos da região nunca deixaram de apreciar e cultuar a música típica caipira (raiz) eternizada na viola de Cornélio Pires. Muitos são os ambientes de culto do estilo em Franca e região, estimulados por programas de rádio e televisão locais que se mantêm fiéis e perseverantes por anos a fio, com sucesso cada vez mais robusto. Um exemplo típico da região é o do folclórico radialista Zé Rasteiro (também é músico instrumentista) que há décadas apresenta programas de música caipira na Rádio Difusora de Franca.


Nos anos recentes, surgiram outras expressões locais de difusão da música caipira. O programa de televisão (TV Franca, canal 23 NET a cabo) apresentado pelo músico instrumentista, cantor e compositor Ronaldo Sabino, grava o seu “Prosa, Café & Viola”, todas as terças-feiras numa churrascaria da cidade (Recanto do Cupim) vem se destacando na difusão da música caipira de raiz nos últimos cinco anos do programa.[3]

Morada Du Capiau[editar | editar código-fonte]

HISTÓRIA DA MORADA DU CAPIAU[editar | editar código-fonte]

A Morada Du Capiau foi iniciada através da grande amizade e o amor pela musica sertaneja raiz, assim fez com que os irmão: Marco Aurélio de Souza (Marquinho) e Lucas Renato de Souza (Lucão) junto com o primo Leandro Quintino, e os amigos Walter Silvério (Neto) e Wender Riogoni, procurassem um lugar para se reunir e ouvir modas de violas, o que até então era raro na cidade de Franca Interior de São Paulo. Foi ai que nasceu a ideia de alugarem uma casa, perto de uma universidade, assim surgia a República Morada Du Capiau, contudo não era uma república de estudante, pois os seus fundadores já possuem uma estrutura de vida sólida e não estudava, e sim uma república de amigos que se encontravam para beber, comer e cantar musica sertaneja. [4] No começo era somente para amigos se encontrem, para passar algum tempo junto, as reuniões eram poucas, só nos finais de semana, onde recebiam os amigos e familiares. O local possuía uma decoração caipira pra que mesmo dentro da cidade pudessem se sentir mais a vontade. Um dia surge um sonho de receberem na república umas das duplas que eles eram fãs, Durval e Davi. E pra pagar o cachê da dupla convidaram os amigos e familiares, venderam mesas, e bebidas. O que eles não sabiam era que surgia o que hoje é uma das maiores casa de música caipira do Brasil, onde chamou de “Morada Du Capiau”. Morada, pois vem o termo casa, um lugar onde se mora ou habita, e a republica se tornou a casa deles, e Capiau significa caipira, assim formando uma casa caipira dentro de uma cidade do dia 25/06/2010.[5] Devido à diferença dos horários de trabalho de cada uma dos amigos, o único dia que conseguiam se reunir era nas segundas-feiras, pois Lucas sempre viaja nas terças. Quando o Lucas morou na cidade Ribeirão Preto, ouviu o termo segunda feliz, assim apelidaram aquela reunião de “Segunda Feliz”, os demais amigos iam chegando, trazendo mais pessoas que com o tempo não teve jeito, tiveram que abrir ao público, que a cada segunda só aumentava mais, e os violeiros sempre estavam de folga na segunda assim reunia todos em um dia só. Hoje o termo “Morada Du Capiau” e “Segunda Feliz”, é uma marca registrada e patenteada por eles. Na casa eles receberam também outras duplas como: João Mulato e Douradinho, Cacique e Pajé. Com isto a casa se tornou frequentada pelos violeiros e apreciadores da viola, de toda a região, dentre eles artista de renome nacional, como: Rionegro e Solimões, Fátima Leão, Amarai, dentre outros, sendo assim surgiu os encontros de violeiros onde se apresentavam as duplas da região e é claro para um público que era cada vez maior. Assim a casa estava cada vez menor, e já não suportava mais o sucesso da Segunda Feliz. Foi quando surgiu a oportunidade de arrendar um sitio que estava abandonado, dentro da cidade, sem capital, porém com muito força de vontade, e ajuda dos amigos, trabalharam de sol a sol, no serviço braçal, por 3 meses, agora a segunda feliz era feita na roça, e nem por isso deixou de ser sucesso, pelo contrario o sucesso só aumentava. No dia 8 de dezembro de 2012, com uma grande cavalgada e uma deliciosa queima do alho, foi inaugurada: o que hoje é a maior “Referencia da musica raiz”, de lá pra cá já se apresentaram na casa: Delley e Dorivan, Matão e Mathias, Rionegro e Solimões, Fatima Leão, Goiano e Paranaense, Cacique e Pajé, Zé Mulato e Cassiano, João Mulato e Douradinho, Lucas Reis e Thacio, Mococa e Paraiso, Belmonte e Amarai, Peão do Valle e Valentin, Divino e Donizete, Guilherme e Gustavo, Roberto Viola e João Carvalho, Lucas e Luan, dentre outros destacamos aqui, o memorável show da dupla Zeca e Léu, uma das ultimas apresentação da maior família que na musica sertaneja existiu.

“SEGUNDA FELIZ”[editar | editar código-fonte]

A segunda feliz hoje é destaque em roda regional, e os produtos que comercialização no local são: cervejas, bebidas de dose, vodca, conhaque, whisky e comidas típicas da região como frango a passarinho, torresmo e a famosa galinha. Hoje em dia eles possui uma equipe bem estruturada com colaboradores específicos, tanto no bar, na cozinha e uma grande equipe de seguranças. A casa hoje em dia recebe pessoas de todos os gostos e estilos, possui um grande publico diversificado, não somente quem gosta de musica sertaneja raiz, mais sim todos os apreciadores da cultura musical. A morada funciona somente nas segundas – feiras e algumas vezes no mês cediam algum evento esporádico. O mais conhecido é o encontro de violeiros, onde eles reúnem uma grande variedade de violeiros. Este evento é beneficente, onde arrecadam um kilo de alimento não perecível para instituições carentes, cada encontro uma entidade participa, eles levam algumas pessoas para a arrecadação, e depois divulgam a quantidade de alimento arrecadado. Um grande parceiro da morada du capiau é a famosa dupla sertaneja Rionegro & Solimões, um dia convidaram ele para ir na casa para conhecer, eles gostaram tanto que não param de freqüentar, o carinho e a admiração pelos fundadores e freqüentadores, inspirou o compositor Rionegro a escrever uma musica que mostra como a realizada da casa, assim esta musica se tornou o “ Hino da Morada Du Capiau”. A admiração que os fundadores possuem por todos os violeiros é muito grande, e muitos que passam pela casa, se tornaram da família deles. A dupla Rionegro & Solimões, está sempre juntos com ele, além da dupla ser da cidade de Franca e conviver no meio dos fãs da cidade, é muito fácil de encontrar eles na Morada Du Capiau, segundo o Lucas, eles ainda freqüenta muito ainda a Segunda Feliz. Outra pessoa ilustre que freqüenta a casa é a famosa cantora Fátima Leão, que segundo o Marcos, sempre ajudou e incentivou o crescimento da casa. Atualmente não desenvolve um projeto ambiental e social, contudo possuem planos para levar criança para conhecer o sitio, andar de cavalo, conhecer boi de cela, e sonham em trazer para a Morada Violeiros conhecidos no Brasil todo como Milionário e José Rico. A segunda feliz hoje é falada e comentada em todo território nacional, é uma verdadeira referencia, quem conhece a casa se admira pela simplicidade e autenticidade, e também pela humildade de seus donos. Foi assim que a amizade de cinco amigos tornou, em realidade o sonho deles e de muitos, que se empenham diariamente em defesa da pura e verdadeira musica sertaneja. Eles nunca pensaram em montar um bar e sim um lugar para reunir os amigos e cantar musica sertaneja raiz. De acordo com o Lucas Renato de Souza, É um lugar diferente de se cantar, pois respira a musica sertaneja, e vive a musica sertaneja raiz. A gente não vê pelo lado comercial a gente vê pelo gosto. Percebemos a importância de uma organização solida e com foco nas suas crenças, além de ter forte influencia na cultura brasileira, relembrando as raízes da musica, por que no recinto não se toca sertanejo universitário, pois é um local 100% caipira.

  1. A HISTÓRIA. A história da música sertaneja. Disponível em: <http://www.ahistoria.com.br/musica-sertaneja/>. Acesso em: 04 set. 2014.
  2. PERIPATO, Sandra Cristina. A história da música. Disponível em: <http://www.recantocaipira.com.br/historia_da_musica/historia_da_musica.html>. Acesso em: 04 set. 2014
  3. GCN. Do violino à viola: a história da música em Franca. Disponível em: <http://gcn.net.br/noticia/52970/franca/2010/02/d0-vi0lin0--agrave-vi0la-a-hist-0acuteria-da-m-uacutesica-em-franca-52970
  4. MORADA DU CAPIAU. O capiau. Disponível em: <http://www.moradaducapiau.com.br/>. Acesso em 18 set. 2014
  5. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI escolar: o minidicionário da língua portuguesa. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.