Usuário(a):Folkmarketing

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O termo folk = povo, aliado à palavra marketing, que tem o significado de um conjunto de meios que uma organização dispõe para vender seus produtos e serviços, resulta na expressão folkmarketing que, segundo uma visão genérica, significa o conjunto de apropriações das culturas populares com objetivos comunicacionais, para visibilizar produtos e serviços de uma organização para os seus públicos-alvo.

As mudanças impostas, ou emergentes, no cenário mercadológico atual, no universo urbano, evidenciam o folkmarketing como uma modalidade comunicacional no contexto da comunicação organizacional integrada, onde ocorre a apropriação das manifestações do folclore regional, com objetivos comunicacionais.

No universo da comunicação organizacional, as estratégias comunicativas não existem como uma receita pronta, mas em processo de construção permanente. Trata-se de um paradigma que está em constante modificação, em função do ambiente cultural, político e do cenário mercadológico, em especial. Nesse contexto, serão necessárias ações de comunicação específicas, do tipo folkmarketing, com objetivos bem definidos, além da elaboração de uma estratégia adequada à situação local, porém sintonizada com as transformações da sociedade industrial.

A dinâmica com que fluem os processos da comunicação, na sociedade industrial, apresenta, como uma alternativa para as culturas populares, a integração nos cenários da sociedade do espetáculo. As manifestações folclóricas atuam como elemento de mediação/decodificação e refuncionalização, no âmbito da contemporaneidade.

A palavra folkmarketing aparece em seu primeiro registro no prefácio do livro Azulão do Bandepe: uma estratégia de comunicação organizacional, de autoria de Severino Lucena Filho], publicado pela CEP (Recife, 1998), livro patrocinado pelo Banco do Estado de Pernambuco - Bandepe, produto de dissertação de mestrado. Segundo Santos (1998), [...] ao continuar o estudo de uma manifestação de folkcomunicação, abandonando o aspecto residual das culturas populares e valorizando o que elas têm, de contemporâneo, com a perspectiva de utilização da folkcomunicação como a estratégia de marketing industrial, o autor nos coloca diante de uma nova linha de estudo: o folkmarketing.

Essa afirmação foi feita quando Santos participou da banca de avaliação da defesa da dissertação de mestrado do autor, na Universidade Federal Rural de Pernambuco, em fevereiro de 1998. Prosseguindo aquela pesquisa, buscando, quatro anos depois , no doutoramento na Pontifícia Universidade Católica no Rio Grande do Sul, seus ecos, para desenvolver o tema: o uso das culturas populares como estratégia de comunicação organizacional no contexto do folkmarketing na festa junina " O maior São João do Mundo" na cidade de Campina Grande no estado da Paraíba no Brasil. Explica Hohlfeldt (2002, p.25) que: [...] a folkcomunicação não é, pois, o estudo da cultura popular ou do folclore, é bom que se destaque com clareza. A folkcomunicação é o estudo dos procedimentos comunicacionais pelos quais as manifestações da cultura popular ou folclore expandem, se sociabilizam, convivem com outras cadeias comunicacionais, sofrem modificações por influência da comunicação massificada e industrializada ou se modificam quando apropriadas por tais complexos.