Usuário(a):Gaabk3/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Predefinição:Use dmy dates Predefinição:Use Irish English

J.-L.-A. Herrenschneider by Strintz, 1834 (Koch Hall, St.Thomas' Chapter Collection, Strasbourg)

Jean-Louis-Alexandre Herrenschneider (em alemão: Johann-Ludwig-Alexander Herrenschneider)(23 de Março de 1760 – 4 de Fevereiro de 1843) foi um filósofo, matemático, astrônomo, físico, meteorologista e advogado.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Ele nasceu em Gaugrehweiler (‘Grehweiler’ em textos biográficos e documentos pessoais), situado na Renânia Palatinado, filho de Jean Herrenschneider e Salomé Walter. Seu pai era diretor de uma escola de gramática, e depois padre protestante da corte e inspetor eclesiástico de Carl Magnus von Rheingrafenstein, o último conde da linhagem Gaugrehweiler. Em 1773, em uma tentativa de assassinato contra seu pai, sua irmã de dez anos levou um tiro e morreu enquanto sentavam-se à mesa para jantar. Seu pai ficou gravemente ferido. A morte de sua irmã e a sobrevivência de seu pai – que foi considerada por ele milagrosa – tiveram um efeito ao longo de sua vida inteira. Foi descoberto que o agressor era um subordinado de seu pai, que mais tarde tirou a própria vida. Foi sugerido que o comportamento autoritário de seu pai pode ter sido um fator que contribuiu com o crime. Devido ao ocorrido, a família se mudou para Ribeauvillé, na região da Alsácia, onde seu pai novamente se tornou pastor. Em 1777, a família se mudou para Estrasburgo, onde seu pai se tornou diácono na Igreja de St. Thomas e mais tarde pastor na igreja de Santa Aurélia. Seu tio, Johann Samuel Herrenschneider, era professor de matemática na Universidade de Estrasburgo.[1][2][3][4]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Herrenschneider frequentou a Universidade de Estrasburgo, e estudou matemática e astronomia sob Johann Jeremias Brackenhofer. Em 26 de setembro de 1782, ele concluiu seu doutorado em Filosofia com a dissertação “On Consciouesness”. Com a morte de seu tio em 1784, ele assumiu o seu lugar como professor de matemática na universidade, em outubro do mesmo ano. Estudou direito devido à insistência de seu pai, e obteve permissão para praticar em 1785. No entanto, a sua paixão era pelas ciências e pela matemática. Em 1789, ele foi convidado a presidir astronomia, ficando no lugar de seu professor recém-falecido, Brackenhofer.

Seu professorado começou com um passeio nos observatórios europeus: ele conheceu William Herschel, Nevil Maskelyne, Jean-Dominique Cassini, Jérôme Lalande, Jean Sylvain Bailly e Pierre-Simon Laplace. Ao retornar para Estrasburgo em 1797, a universidade havia sido fechada devido à Revolução Francesa. Ele lecionou física, química e matemática em várias escolas locais. Durante o Período do Terror, ele foi preso, junto de seu pai, Isaak Haffner e Johann Lorenz Blessig, além de outros – por se recusarem a renunciar sua fé – até o 9 de Termidor e a execução de Maximilien Robespierre. De 1795 até 1798 ele foi um examinador da instituição l'École centrale des travaux publics, e subsequentemente L'École polytechnique, uma organização centralizada recém-fundada, e também estava na comissão de novos pesos e medidas. Durante 1796 e 1797, ele foi membro da Comissão Jurídica de Educação para reorganizar a Escola Central do departamento do Baixo Reino. Se tornou professor de física e química experimentais na mesma escola em 1800 até a escola fechar três anos depois.

Em 1803, ele foi um dos educadores a fundar o Seminário Protestante de Estrasburgo, junto de Haffner e Blessig, que eram antigos professores da Universidade de Estrasburgo e se tornaram professores no novo Seminário. No início, Herrenschneider era professor de Filosofia. Em 1807, virou curador da biblioteca pública da cidade e do seminário. De 1809 em diante, foi professor de física matemática experimental da Faculdade de Ciência na Academia Real de Estrasburgo, cargo esse que manteve até 1829. Em 1808, seus ensinamentos de matemática no Seminário foram confrontados pelo professor Christian Kramp, que lecionava ciência e considerava o papel de Herrenschneider na Academia uma competição e ameaçou o denunciar para o diretor do Seminário. Herrenschneider decidiu se restringir aos ensinamentos de lógica e metafísica no Seminário, que ele abertamente admitiu não ser seu ponto forte: “Eu acredito ter entendido Platão e Aristóteles, Bacon e Descartes Locke e Leibnitz, Kant e Jacobi, Fiche e até Schelling, mas eu não entendo nada sobre Hegel.” Em 1823, se tornou vice-diretor do Seminário.

Durante sua carreira, ele colecionou 40 anos de dados meteorológicos, que foram publicados e comparados com dados parecidos de Paris, incluindo pressão do ar, humidade e temperatura, direção norte-magnética, direção do vento, chuva, intensidade de tempestades e a temperatura alguns metros abaixo do solo.

Em 1823, ele fundou uma sociedade para ajudar pessoas jovens a serem libertadas de prisões. Ele foi um professor muito querido e celebrado por seus alunos, colegas de trabalho e burgueses da cidade pelos seus trabalhos caridosos e filantrópicos. Um poema foi escrito por Ehrenfried Stoeber, para celebrar seu aniversário de 50 anos. Uma pintura por Strintz foi comissionada em sua honra, em 1823. Ele se tornou cavaleiro da Ordem Nacional da Legião da Honra no dia 29 de abril de 1838.

A partir de 1839, sua saúde se tornou frágil, e faleceu em 1843, sendo enterrado na igreja de St. Thomas, em Estrasburgo. Um busto de Herrenschneider esta diante de seu túmulo.

bust of J.-L.-A. Herrenschneider before his tomb at St.Thomas' Church, Strasbourg

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Herrenschneider, Jean-Louis-Alexandre (Leonore;Archives national; site de Paris». www.culture.gouv.fr/. Consultado em 4 June 2018  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. Laukhard, Friedrich Christian (1798). Leben und Thaten des Rheingrafen Carl Magnus, den Joseph II. auf zehn Jahre ins Gefängniß nach Königstein schickte, um da die Rechte der Unterthanen und anderer Menschen respectieren zu lernen. [S.l.]: Halle 
  3. Sarus, M.; Fargeaud, M. A. (1858). Nouvelle biographie générale depuis les temps les plus reculés jusqu'à nos jours. [S.l.]: Firmin Didot Frères. pp. 462–463 
  4. Schmidt, Friedrich August; Voigt, Bernhard Friedrich (1845). Neuer Nekrolog der Deutschen. Weimar: Bernhard Friedrich Voigt. pp. 102–109