Usuário(a):Imsa26/artigo teste
A Estratégia 2020 surgiu como resposta aos desafios que a crise financeira veio lançar e, por isso os objectivos são traçados para dar maior enfoque à economia real, por contraponto à economia assente na especulação financeira. As oportunidades, decorrentes dessa aposta, são quantificadas e dão mais força à opção tomada embora com projecções já ultrapassadas.
A crise económica que afectou a economia mundial e que fez com que viessem ao de cima as fragilidades europeias, nomeadamente, maior desemprego, investigação e desenvolvimento insuficientes, problemas energéticos e alterações climáticas e pobreza, implicou uma mudança de prioridades por parte da UE. Para isso, foi definida uma estratégia de médio e de longo prazo, de forma a ultrapassar a crise e construir um futuro sustentável, onde se possam encontrar instrumentos capazes de criar novos postos de trabalho e dar à sociedade europeia um novo caminho para trilhar. Esta estratégia ficou definida na Europa 2020, um documento da Comissão Europeia que define as áreas de actuação para que a UE atinja um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.
O Clima e Energia 20/20/20 foi um dos objectivos definidos para que uma das prioridades traçadas, o crescimento sustentável, fosse atingida. O papel vanguardista em matéria de energia e clima foi assumido em 2007 pela União Europeia. Foi a partir daqui que, a Europa, quis ser o maior protagonista no que diz respeito às implicações que as alterações climáticas e o abastecimento de energia segura, sustentável e competitiva acarretam. Fazer da economia europeia um modelo de desenvolvimento sustentável no século XXI foi outro dos desafios a que esta se propôs, a partir desse ano. Foi uma decisão que contou com o apoio do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu.
A escalada de preços a que têm estado sujeitos o petróleo e o gás, mostram que a eficiência energética e as energias renováveis podem afigurar-se como alternativas e serem, por isso, um investimento rentabilizado. Assim, como toda a crise pode significar uma oportunidade, esta mudança de contexto pode ser o motor que leve a economia europeia a um futuro em que tecnologias e a sociedade estejam adaptadas às novas necessidades e no qual sejam criadas novas oportunidades de crescimento e de emprego.
Os objectivos principais traçados pelo Conselho Europeu, nesta área, são: A redução, até 2020, das emissões de gases com efeito de estufa em 20% e em 2009, as emissões tinham sido reduzidas em 17% podendo este objectivo ser mais ambicioso, e chegar aos 30%, se outros países desenvolvidos se comprometerem também na redução , em termos idênticos, e numa contribuição proporcional; O aumento, em 20%, na utilização de energias renováveis no total do consumo energético da UE, até 2020.
A mudança que, os objectivos anteriores implicam, pode gerar oportunidades na economia europeia: As importações de gás e petróleo devem diminuir, aproximadamente, 50 mil milhões de euros em 2020, esta projecção foi feita com o barril a 61 dólares USD, e como consequência haverá uma melhoria na segurança energética, benéfica para cidadãos e empresas da UE; A tecnologia das energias renováveis, com um volume de negócios de 20 mil milhões de euros, permitiu criar 300 000 empregos. Se, o objectivo de 20% for atingido, esse valor poderá triplicar ou mais , subindo para cerca de um milhão de postos de trabalho ou mais se entretanto a UE conseguir ser líder mundial neste sector; O incentivo dado às empresas para utilizarem tecnologia energética com baixa emissão de carbono, pode implicar uma oportunidade para a indústria da UE. A ecoindústria, na sua totalidade, gera, actualmente, 3,4 milhões de empregos. O volume de negócios anual vai além dos 227 mil milhões de euros, o que significa que quem chegar em primeiro lugar, terá maiores vantagens.
Fontes
http://www.eea.europa.eu/pt/pressroom/newsreleases/borboletas-ou-actividade-economica-a
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=COM:2008:0030:FIN:PT:PDF