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Usuário(a):Juliana C T Benicio/Testes

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TREVO MOVIMENTO MODERADO[editar | editar código-fonte]

O Movimento Moderado do Trevo[1] é o primeiro movimento moderado oficial do Brasil. Mantido por uma ONG apartidária com o mesmo nome, o movimento tem como objetivo promover ambientes de debate político moderado e sensibilizar os brasileiros para a importância de se desenvolver uma postura de política moderada junto à sociedade, para que o fazer político esteja, especialmente, orientado a soluções de problemas do país[2].


O movimento foi criado em 17 de março de 2022, como reação a escalada do extremismo no Brasil[3]. O primeiro encontro moderado no Brasil foi realizado em 4 de junho de 2022 e contou com a presença de palestrantes de diferentes correntes ideológicas para debater o Brasil.

Inspiração[editar | editar código-fonte]

Em 8 de dezembro de 2017, a ONU, em Assembleia Geral, aprovou resolução A/RES/72/129, que reconhece que a moderação é um valor e uma abordagem importante para combater extremismo violento, assim como importante relevante instrumento da promoção do diálogo, respeito mútuo e compreensão.

Na Resolução a Assembleia Geral defende o acolhimento de esforços e iniciativas relevantes nos níveis local, nacional, regional e internacional para promover a moderação:

“...chamando os Estados Membros das Nações Unidas a empreender iniciativas para promover a moderação por meio de atividades como programas de extensão e diálogo intercultural e para promover o valor da moderação, incluindo a não-violência, o respeito mútuo e a compreensão, por meio da educação, lembra a este respeito a importância da educação e treinamento em direitos humanos para contribuir para a promoção, proteção e efetiva realização dos direitos humanos, e encoraja o discurso e o compartilhamento de melhores práticas para amplificar as vozes dos moderados e permitir que prevaleçam.[4]

Pensadores da Moderação[editar | editar código-fonte]

A moderação enquanto postura política valiosa para a cidadania vem sendo estudado por importantes autores. Aristóteles, importante filósofo da Grécia Antiga, já dizia que uma sociedade ética deveria ser guiada pela moderação, pela capacidade de se equilibrar diferentes perspectivas de vida.

Albert Camus defende que a moderação não deve ser vista como uma medíocre busca pelo meio-termo. Quando a moderação é adequadamente entendida é portadora de um espírito combativo capaz de lutar por reformas significativas para uma sociedade aberta e plural. Ele disse: “Nosso mundo não precisa de almas tépidas. Precisa de corações ardentes, de homens que entendem o espaço correto da moderação”[5].

Em Faces of Moderation[6], Aurelian Craiutu (Ph.D.), o professor do Departamento de Ciência Política da Universidade de Indiana, afirma que a moderação deve ser estudada em três dimensões: como um traço de caráter, um estilo de ação política e um conjunto de arranjos institucionais.

O professor Paul O. Carrese, Diretor da Escola de Pensamento Cívico e Econômico e Liderança da Arizona State University, em Democracy in Moderation: Montesquieu, Tocqueville, and Sustainable Liberalism'[7]', observa que a democracia liberal deve evitar extremos. A moderação é o caminho alternativo ao extremismo, onde se equilibra os princípios valiosos para a vida em sociedade como; liberdade, igualdade, religião e ordem. O autor defende, ainda, que a moderação deve ser a guia sobre os debates de política interna e externa, liderando, assim, o processo civilizatório.

Referências:[editar | editar código-fonte]

  1. «TREVO Movimento Moderado» 
  2. «Por que o Brasil precisa de um Movimento Moderado? (Série Movimento do Trevo – Artigo 01/02)» 
  3. «Como livrar o Brasil do extremismo? (Artigo da Série Movimento TREVO 02/02)» 
  4. Resolução da ONU A/RES/72/129 (PDF). [S.l.: s.n.] 
  5. Starkey, Lana (2014). «ALBERT CAMUS AND THE ETHICS OF MODERATION» (PDF): 12 
  6. Craiutu, Aurelian (ed.) (2016). Faces of Moderation: The Art of Balance in an Age of Extremes. University of Pennsylvania Press. [S.l.: s.n.] 
  7. Carrese, Paul (2016). Democracy in Moderation: Montesquieu, Tocqueville, and Sustainable Liberalism. [S.l.]: Cambridge University Press