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Eduardo Antônio da Fonseca ([Horizonte|Belo Horizonte], [de fevereiro|23 de fevereiro] de [[1]] – [Paulo (cidade)|São Paulo], [de setembro|23 de setembro] de [[2]]) foi um [[3]] e [[4]] brasileiro que participou da luta armada contra a [militar no Brasil|ditadura militar] como integrante da [Libertadora Nacional|Aliança Libertadora Nacional (ALN)][1].

Eduardo foi assassinado em [[5]], em uma emboscada preparada por agentes do regime na Rua João Moura, no bairro do Sumarezinho, em [Paulo (cidade)|São Paulo]. No episódio, outros dois guerrilheiros, [Sérgio Matos|Antonio Sérgio Matos] e [José Nunes Mendes de Abreu|Manuel José Nunes Mendes de Abreu], também foram mortos.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em [Horizonte|Belo Horizonte] ([Gerais|Minas Gerais]) em [de fevereiro|23 de fevereiro] de [[6]],

Eduardo Antônio da Fonseca, filho de Joaquim Fonseca Júnior e Lucinda 

Miquelina Braga, era estudante secundarista quando resolveu aderir ao movimento estudantil.[1]

Em [[7]],

aos 21 anos, Eduardo entrou para o Partido Socialista Revolucionário 

Brasileiro (PSRB), onde permaneceu até a dissolução do grupo, em [[8]][1]. Nesse mesmo ano, decidiu se filiar à Corrente de Minas Gerais, outro movimento político da época. Ao final de [[9]], com a prisão de vários militantes da Corrente, Eduardo aderiu à [Libertadora Nacional|ALN], pela qual participou de várias ações armadas na cidade de [Paulo (cidade)|São Paulo].[2]

Morte[editar | editar código-fonte]

O guerrilheiro da [Libertadora Nacional|ALN] foi assassinado durante uma ação dos órgãos de segurança do [militar no Brasil|regime militar] que ficou conhecida como Emboscada da Rua João Moura[3]. Além de Eduardo, outros três militantes caíram na armadilha: [Sérgio Matos|Antonio Sérgio Matos], dirigente regional da [Libertadora Nacional|ALN] acusado de participação no assassinato do então presidente da [[10]] Albert Henning Boilesen, um dos financiadores da [Bandeirante|Operação Bandeirante][3], [José Nunes Mendes de Abreu|Manuel José Nunes Mendes de Abreu] e [Maria Nacinovic Correa|Ana Maria Nacinovic Corrêa], única sobrevivente à emboscada e assassinada um ano depois.

Em [de setembro|23 de setembro] de [[11]], agentes do [[12]] posicionaram, à altura do número 2.358 da rua, um [[13]] do [Militar do Sudeste|II Exército] de maneira que parecesse parado em virtude de algum problema mecânico. O intuito era atrair os [[14]] que passariam no local para, então, efetuar o ataque.[3]

Ao avistar o [[15]], o grupo da [Libertadora Nacional|ALN] se aproximou para roubar armas e foi surpreendido por agentes armados que estavam escondidos em um caminhão baú, que, segundo a ex-membro da [Libertadora Nacional|ALN] Susana Lisboa, em depoimento à Comissão da Verdade “[Paiva|Rubens Paiva]”, pertencia ao jornal [de S. Paulo|Folha de S.Paulo][4]. Pela versão oficial, Eduardo e os companheiros foram mortos no local. O laudo do [Médico Legal|Instituto Médico Legal] (IML) apontou que Eduardo levou dois tiros na região glútea e outros dois nas pernas[2].

O corpo de Eduardo foi sepultado no [São Pedro|Cemitério São Pedro], na [paulista|capital paulista], em [de outubro|30 de outubro] de [[16]][3].

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Algumas circunstâncias da emboscada e da morte de Eduardo e de seus companheiros permanecem sem esclarecimento. A análise dos processos pela Comissão Especial sobre Mortos e Desparecidos Políticos[2] mostrou que documentos assinados pelo delegado do [[17]] Alcides Cintra Bueno Filho e [necroscópicos] atestados pelos legistas Isaac Abramovitc e Antonio Valentini apresentam inconsistências, como os horários em que foram encontrados os corpos. Pelos registros, o corpo de Eduardo teria sido encontrado uma hora antes dos outros[2]. Além disso, os cadáveres deram entrada no [Médico Legal|IML] às 18h40, quase três horas depois que supostamente foram encontrados, sendo que o local da emboscada era muito próximo do instituto[2].

A Comissão Especial constatou, ainda, que os ferimentos à bala em Eduardo não seriam capazes de matá-lo na hora, o que sugere que as autoridades envolvidas no caso não prestaram socorro, ou teriam conduzido o [[18]] e seus companheiros a outro local antes da morte[2].

  1. a b c Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos a partir de 1964. Recife: Companhia Editora de Pernambuco. 1995. p. 107-108  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  2. a b c d e f «EDUARDO ANTÔNIO DA FONSECA - Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos». Site da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Consultado em 12 de junho de 2014 
  3. a b c d Dossiê Ditadura: mortos e desaparecidos políticos no Brasil (1964-1985). São Paulo: Imprensa Oficial. 2009. p. 281-283  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  4. Comissão estadual da Verdade Rubens Paiva (20 de março de 2014). «Audiência Pública da Comissão estadual da Verdade Rubens Paiva sobre os Casos Antonio Sérgio de Matos, Eduardo Antônio da Fonseca e Manuel José Nunes Mendes de Abreu, realizada em 19 de março de 2014». Comissão estadual da Verdade Rubens Paiva. Consultado em 13 de junho de 2014