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Joseph Gabel

Nascido em 1912 em Budapeste, torna-se cidadão francês em 1950. Psiquiatra e sociólogo, Gabel dedicou-se à investigação, docência, e crítica política e literária, nesta última analisando a obra de Orwell, Swift, Kafka.

Os seus trabalhos sobre a alienação, ideologia e falsa consciência inscrevem-se na linha da escola marxista húngara. Em 1962 publica a sua obra La Fausse Conscience: essai sur la reification (traduzida em portugês). O seu conceito de falsa consciência é devedor do pensamento de Lukács (História e consciência de classe), Manheim (Ideologia e Utopia) e Minkowski (A esquizofrenia), com o seu conceito de racionalismo mórbido. A falsa consciência é a base do conceito de ideologia, entendida como uma forma de pensamento deformada por interesses de classe, e que tem como corolário a reificação.

A falsa consciência e a ideologia são duas formas de compreensão não-dialéctica da realidade: a falsa consciência como estado de espírito difuso, a ideologia como cristalização teórica de carácter justificativo. Nesta compreensão não dialéctica oculta-se a historicidade, a temporalidade, em benefício da espacialidade, característica do pensamento reificado e em última análise de carácter esquizofrénico.

Original espanhol em http://www.sindominio.net/etcetera/PUBLICACIONES/textos/39_Joseph_Gabel-kafka.doc